Fanfic: Desejo Proibido - Vondy ( Finalizada ) | Tema: D&C
— Era garçonete. — respondi, olhando para a moça que servia as mesas. — Parti porque fui expulsa de casa.
Seus olhos azuis estreitaram sobre os meus.
— Por que expulsa?
— Andei saindo com alguns clientes do restaurante e meus pais descobriram.
Eu não estava mentindo por completo, aquilo realmente aconteceu, fui garçonete por alguns meses, quando tinha dezessete anos, antes de começar a sair com os fregueses do restaurante e descobrir que isto era muito mais rentável, o que causou a minha expulsão de casa. Eu só estava omitindo a parte que eles me pagavam e pulando os quase quatro anos de horror nas calçadas de Copacabana.
Fiquei observando seu rosto lindo em silêncio, esperando por uma reação de discriminação, repúdio, ou mesmo a liberdade de dar uma cantada ousada, mas nada disso aconteceu, Christopher permaneceu impassível, seu olhar neutro.
— Seus pais devem ser muito conservadores. — observou.
— Você não imagina o quanto. Mas vou mostrar a eles que posso mudar, que posso ser alguém na vida, preciso apenas arranjar um emprego.
— Que tipo de emprego você procura?
— O que aparecer eu faço.
A comida chegou e ataquei o prato sem me preocupar com a etiqueta, estava faminta demais para isto. Eu comia com muito apetite, sob o olhar espantando de Christopher, sem mais trocarmos uma palavra até que eu estivesse totalmente satisfeita, mais que isso, eu estava a quase explodindo de tão cheia.
Após a refeição deliciosa, continuamos sentados à mesa, conversando como velhos conhecidos, sobre tudo e ao mesmo tempo sobre nada. A cada instante perto daquele homem eu me sentia mais atraída pelo seu charme, seu jeito gentil e desinteressado de ser, sua beleza rara e máscula, irresistivelmente, embora soubesse que precisava evitar esse tipo de atração, manter-me longe de tais sentimentos, pois foi assim que as coisas começaram entre mim e Fábio e veja como terminaram. Entretanto, com Christopher eu não tinha opção, pois era a única pessoa que eu tinha agora.
Era bem tarde quando ele se ofereceu para ir me levar de volta na pensão. Ao estacionarmos e saltarmos diante da casa azul, toda escura e fechada, enfiou a mão no bolso do seu jeans, de onde tirou um maço de dinheiro, oferecendo-me.
— Isso é pra você. Não é muito, mas é suficiente para pagar o quarto e algumas refeições até você conseguir um emprego. Vou ver se te ajudo a achar alguma coisa.
Em qualquer outra circunstância eu teria desconfiado das suas intenções por trás daquele gesto, porém, pelo pouco que o conhecia sabia que não havia maldade nenhuma naquele homem, ele não estava me ajudando com o intuito de me levar para a cama em retribuição, como outros já fizeram, fazia simplesmente porque era gentil e bom, talvez a melhor pessoa que já cruzou o meu caminho.
Ainda assim, não consegui evitar o constrangimento, senti-me verdadeiramente uma fracassada ao voltar a depender do favor de um homem, quando na verdade deveria estar construindo uma boa reputação, mostrando-me uma mulher independente e forte, capaz de conquistar um marido adequado, como planejei.
— Não posso aceitar. — falei, desconcertada.
— É só um empréstimo. Quando estiver trabalhando você devolve. — disse, com aquele sorriso que deixaria qualquer mulher com a calcinha molhada.
Recebi o dinheiro da sua mão com a sensação de que não parecia certo aceitar a quantia sem dar-lhe nada em troca. Um homem que vinha fazendo tanto por mim, sem o qual provavelmente eu teria morrido de fome e teria que dormir na pracinha, merecia retribuição e eu só conhecia uma forma de retribuir: dando a ele o que todo homem quer. O que não seria nenhuma tortura, pelo contrário, eu queria aquilo e queria muito, estava irremediavelmente atraída por ele.
Assim, coloquei-me muito perto de si, quase roçando meu corpo no seu, observando seu rosto se tornar subitamente sério, a fisionomia contraindo. Segurei-lhe a mão, espalmando-a em meu rosto e sorri de forma maliciosa e sensual.
— Você gostaria de me acompanhar até meu quarto? — Indaguei, num sussurro quase erótico.
Ele puxou sua mão muito depressa, ao passo que seu rosto ficava vermelho. Minha nossa? Eu nem sabia que um homem era capaz de ficar corado. Recuou um passo, ainda muito sério, alternando seu olhar entre o dinheiro em minha mão e o meu rosto.
— Você não precisa fazer isso. Não precisa ir pra cama comigo por causa do dinheiro. — Sorriu totalmente sem graça, sem que seu olhar acompanhasse o gesto.
— Não é pelo dinheiro. — com outro passo, reduzi a distância entre nós, apenas para que ele recuasse de novo, esbarrando na moto atrás de si. — Eu quero ficar com você. Pelo menos por esta noite. — “porque depois estarei ocupada demais conquistando um marido rico”.
— Não vai dar... Quer dizer... Não vai ser possível. — montou na moto e colocou o capacete com pressa, como se fugisse do ataque de um Tiranossauro Rex. — Eu não posso. — completou.
Mas qual o problema com aquele cara afinal? Que homem na face da terra dispensaria sexo fácil e sem compromisso? Casado ele não era, pois averiguei o seu dedo desprovido de aliança na primeira vez que o vi. Só podia ser gay, então, essa era a única explicação para o seu comportamento.
Lembrei-me da forma como a recepcionista do restaurante o devorou com o olhar, sem que ele retribuísse e cheguei à conclusão de que essa era a única explicação, Christopher é homossexual e não falou nada por timidez. E eu aqui insistindo em levá-lo para a cama.
Sou uma anta mesmo!
— Foi mal. — tentei sorrir para dissipar o clima tenso que se instalara no ar, mas não foi possível. — Me desculpe.
— Tudo bem. — deu de ombros, tentando sorrir também, embora ainda estivesse muito embaraçado.
— Ainda podemos ser amigos? — perguntei sem graça.
— Claro. Sempre estarei aqui quando você precisar.
— Eu também estarei aqui para o que der e vier. — “Inclusive se quiser ajuda pra pegar alguns caras, sei muito bem como fazer”.
— Então boa noite.
— Boa noite.
Ele arrancou tão depressa que o ronco do motor da moto soou com uma violência absurda. Fiquei ali parada na calçada observando-o até dobrar em uma esquina, imaginando o quanto era verdadeira a fala de Margô sobre todo homem muito bonito ser homossexual, eu tinha acabado de comprovar isto.
Uma pena, um grande desperdício, eu ia fazer loucuras se fosse para a cama com aquele homem. Todavia, foi melhor assim, afinal se ele fosse hetero eu corria o risco de me envolver e acabar me ferrando de novo. Menos mal.
Tentei abrir o portão de entrada o mais silenciosamente possível, o que nada adiantou, pois assim que avancei pelo quintal, a lâmpada da varanda dos fundos da casa da dona Dolores acendeu e me virei para ver a mulher de pijama, encarando-me emburrada.
Forcei minha boca a se esticar em um sorriso e fui até ela.
— Quanto custa o quarto dona Dolores? Quero lhe pagar pelas duas noites e talvez mais algumas.
Ela viu o tufo de dinheiro em minhas mãos, quando comecei a contar as cédulas e pela primeira vez sorriu para mim.
— Cem reais, minha filha. — agora eu era até filha dela. — Quanto tempo você pretende ficar?
— Ainda não sei. — entreguei-lhe os duzentos reais.
Ocorreu-me que eu podia ter começado minha jornada por uma nova vida com o pé esquerdo quando acordei tarde esta manhã. Talvez esta tenha sido a razão de não ter conseguido nada. Se acordasse cedo na manhã seguinte, saísse da pensão depois de tomar o café da manhã, mais disposta e com uma aparência melhor, teria muito mais chances de arranjar um bom emprego e até conhecer alguém interessante.
— A senhora pode me acordar amanhã cedo? É que estou sem celular. Roubaram junto com meu carro.
A mulher olhou para o dinheiro em sua mão e depois me encarou com evidente piedade, cheguei até a pensar que me devolveria, todavia, seria muito para a mesma noite encontrar um homem que dispensa sexo e uma mulher que dispensa dinheiro.
— Claro. Que horas quer que te chame?
— As sete está bom.
— Estarei batendo lá as sete em ponto. Boa noite.
— Boa noite.
Aquela noite nem precisei lavar minhas roupas, pois compraria outras novas logo pela manhã. O dinheiro que Christopher me emprestou não era muito, mas suficiente para o que eu precisava por pelo menos três dias, até lá eu conseguiria algo. Com uma nova aparência — roupas novas, maquiagem e uma escova no cabelo — e indo até o centro de cidade de táxi, a fim de chegar cedo e descansada, poderia procurar emprego também nas empresas sediadas pelos grandes edifícios que vi por lá, assim minhas chances de conseguir algo se tornavam muito maiores.
Com o apetite saciado e o coração cheio de esperança, tomei um banho demorado e adormeci rapidamente.
O dia seguinte começou exatamente como eu havia planejado. A dona Dolores me acordou às sete horas e embora acordar cedo não fosse meu esporte preferido, levantei-me com a maior disposição, tomei um banho rápido para espantar a preguiça, vesti as mesmas roupas e fui tomar o café da manhã na varanda ampla da casa, junto com os poucos outros hóspedes, famílias e homens sozinhos com cara de trabalhadores braçais.
O clima em Montana não era tão diferente do Rio, embora a temperatura fosse muito mais amena, o sol forte já exibia seus raios cedo da manhã. Ao sair, como não encontrei nenhum moto táxi, peguei um táxi que me levou ao centro da cidade. Fui direto para uma loja de roupas não muito sofisticada, onde comprei dois trajes completos sociais, — saia longa e blusa de mangas curtas e calça de linho com um terninho — devia ser suficiente por enquanto. Depois, fui ao cabeleireiro e fiz uma escova para domar a juba que se tornara mais rebelde depois das horas no sol forte na beira da estrada quando fui assaltada. Fiz também uma maquiagem simples e já usando um dos trajes recém-comprados, fui em busca dos meus objetivos, certa de que desta vez encontraria um bom emprego. Ledo engano!
Percorri quilômetros e mais quilômetros de ruas, entrado em todas as lojas e outras empresas pelas quais passava — gráficas, escolas particulares, museus, escritórios, etc — e mais uma vez quebrei a cara. Parecia não haver uma só vaga de emprego naquela maldita cidade. Apenas uma loja de móveis me pediu para voltar no dia seguinte para ver se o gerente podia contratar mais uma vendedora, algo que não era uma coisa certa, mas que foi a única fagulha de esperança que me restou.
No final da tarde eu estava completamente desanimada e cansada, com uma vontade enorme de desistir de tudo e voltar para o Rio e o pior era que nem mesmo como voltar eu tinha. Por isso muitas mulheres optam pela prostituição, as coisas são muito difíceis para quem nasce pobre, não tem família e precisa começa do nada. Difícil é apelido, as coisas são quase impossíveis.
A noite começava a cair quando entrei em um restaurante simples para fazer a minha terceira e última refeição daquele dia, quando só então me dei conta de que a quantia em dinheiro que Christopher me dera não era tão alta assim, ou eu tinha gastado mais que o necessário com as roupas, o cabelo, o táxi e a maquiagem. O fato era que o que tinha me restado, só dava para a diária daquela noite na pensão e mais uma refeição. O que eu ia fazer depois?
Não podia continuar aceitando os favores de Christopher, aliás, eu nem sabia se ele algum dia ainda voltaria a falar comigo depois do mico que paguei convidando-o para ir ao meu quarto. Não sei se foi involuntariamente, mas passei algumas vezes perto da pracinha onde o vi no dia anterior e não havia sinal dele em parte alguma. Talvez passasse pouco por ali, ou talvez estivesse me evitando. O que seria realmente uma pena, não porque eu precisava dele, mas porque apreciava sua companhia, além do que era a única pessoa que eu conhecia naquele lugar, embora jamais o procurasse deliberadamente para pedir ajuda, ele já tinha feito muito por mim. Preferia voltar a fazer programas que viver pedindo.
Tentei passar despercebida da dona Dolores quando voltei à pensão à noite, mas a mulher era sagaz e no instante que entrei no quintal, a luz da sua varanda se acendeu. Dei a ela minha última nota de cem reais, ficando com apenas o suficiente para o almoço do dia seguinte. Se não encontrasse nada, estaria realmente ferrada.
A rotina da manhã se repetiu na sexta-feira. A dona Dolores me acordou às sete horas, tomei o café junto com os outros hóspedes — comendo mais que todo mundo a fim de acumular energias — e saí. Desta vez fui a pés para o centro da cidade, ou não teria o que comer depois.
Comecei pela loja de móveis na qual fiquei de voltar e não deu em nada, o gerente alegou que por enquanto não dispunha de poder aquisitivo para bancar mais uma funcionária. Repeti o itinerário do dia anterior, visitando as poucas empresas onde ainda não tinha ido, mas já sem esperanças e como esperava, não consegui nada, nem mesmo promessas. Ou o país estava atravessando uma crise brava de desemprego, ou a população daquela cidade realmente não foi com a minha cara, embora o fato de eu não ter documentos, nem um currículo e tampouco um endereço fixo, tenha contribuído bastante para o fracasso do meu plano.
Ao meio dia eu havia desistido. Entrei em um restaurante para gastar minha última nota de vinte reais e pensar sobre o que faria. Recusava-me a procurar por Christopher, já o tinha explorado demais. Ainda assim, após o almoço, sentei-me no mesmo banco da pracinha onde o vi há dois dias, esperando que eventualmente passasse, mas não aconteceu. Eu estava definitivamente só e sem nada.
Não restava alternativa, a única saída seria arranjar alguns programas por ali, pelo menos para conseguir o dinheiro da passagem para voltar para o Rio.
Retornaria ainda pior do que quanto parti, sem o meu carro, com uma mão na frente e outra atrás, retomaria a única vida na qual eu parecia me encaixar, afinal, quando se nasce com um destino traçado, muito dificilmente se consegue fugir dele. Eu era apenas mais uma garota de programas a fazer uma tentativa frustrada de sair daquela vida, como vi muitas e muitas outras tentando e não conseguindo. A medida de emergência à qual a maioria se agarrava, era ir morar com um cara velho, feio e cheio de problemas, que nenhuma mulher que não precisasse queria e viver o resto da vida levando porrada dele. No meu caso, eu preferia a morte, pois não suportava homem feio e tampouco suportava apanhar. Às vezes acontecia durante algum programa ou outro, ou mesmo na rua, mas era uma coisa rara — no caso das porradas — e que acabava depressa — no caso de fazer sexo com um energúmeno —, passar a vida inteira como se estivesse dentro de um programa, certamente era pior que a morte.
Fiquei sentada ali no banco da praça até o final da tarde, até que desisti de tudo. Quando voltei à pensão estava decidida a esperar a noite cair, procurar uma rua relativamente deserta, com um bom movimento de carros e fazer aquilo que me restava para arranjar o dinheiro para voltar ao Rio. Eu já até sabia qual rua seria, tinha passado por ela hoje. Era como uma mini Avenida Getúlio Vargas, com muitos carros e poucos pedestres. Ainda passei na delegacia para saber se encontraram minhas coisas, mas, como era previsto, a polícia não tinha nenhuma pista.
Ainda era dia quando entrei na pensão e nem assim consegui driblar a dona Dolores. No instante em que avancei pelo quintal ela surgiu de dentro da casa, com um regador na mão, molhando as samambaias que havia penduradas no teto da varanda.
Tentei ignora-la, mas ela era implacável.
— Conseguiu emprego minha filha? — indagou, antes que eu tivesse a chance de entrar no quarto.
— Mais ou menos. — falei secamente. — Pago a diária pela manhã.
Ela ficou muito séria, mas nem liguei se estivesse pensando horrores de mim, no dia seguinte eu não estaria mais na cidade mesmo. Montana seria apenas uma vaga lembrança na minha memória.
No quarto, deitei-me a fim de descansar para a noite, mas não consegui relaxar, meu peito angustiado demais pelo meu insucesso. Talvez eu devesse tentar mais um pouco, continuar procurando emprego no dia seguinte, pedir comida à dona Dolores. Ela não ia negar um prato de comida a uma faminta. Entretanto, sabia que seria em vão. Estava acostumada a ter dinheiro todo dia à minha disposição, a ser independente, não conseguiria viver a custa dos outros, principalmente de estranhos, em algum momento ia fraquejar e desistir, então que desistisse logo, pelo menos evitava mais fadiga.
Autor(a): Lene Jauregui
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Passava das dez horas da noite quando deixei a pensão decidida a conseguir o dinheiro da passagem de volta para o Rio, e quem sabe um pouco mais. Fiz a árdua caminhada até a rua que escolhi para fazer ponto, no centro, usando a saia longa e a blusa comportado que comprei mais cedo. Chegando ao lugar determinado, antes de mais nada escondi-me em um beco ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 66
Para comentar, você deve estar logado no site.
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anne_mx Postado em 20/09/2020 - 00:39:59
Não sei se eu tô de TPM ou se é realmente emocionante mas eu chorei, que fanfic linda e que incrível eles superando tantas coisas em nome do amor <3
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siguevondy Postado em 03/05/2020 - 16:11:08
Simplesmente amei <3
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Dulcete_015 Postado em 01/05/2020 - 21:25:39
Eu ameii,q bom q Dulce perdoou a familia
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jeffery Postado em 01/05/2020 - 20:36:32
Meu deus ta acabando, poxa vida
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Dulcete_015 Postado em 01/05/2020 - 19:23:14
Continuaaa
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lariiidevonne Postado em 30/04/2020 - 22:34:32
Contínua
Lene Jauregui Postado em 01/05/2020 - 17:26:08
Continuei meu anjo'h.
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Dulcete_015 Postado em 30/04/2020 - 16:20:29
Continuaa,finalmente os dois voltaram Poxa q triste q já está no fim
Lene Jauregui Postado em 01/05/2020 - 17:27:15
Poisé meu Anjo'h, finalmente nosso casal estão juntinhos de novo. E sim, é uma pena que a web já esteja acabando.
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jeffery Postado em 30/04/2020 - 15:46:11
Socorro continua
Lene Jauregui Postado em 01/05/2020 - 17:27:36
Continuando amoré.
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jeffery Postado em 29/04/2020 - 22:52:18
Neu deu Socorro continua
Lene Jauregui Postado em 30/04/2020 - 12:24:14
Atualizado meu Anjo'h.
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lariiidevonne Postado em 29/04/2020 - 22:09:53
Meu Deus! Tadinha da Dul... Continua
Lene Jauregui Postado em 30/04/2020 - 12:24:53
Tadinha msm amoré. Capítulo atualizado, espero que goste