Fanfics Brasil - 4 Desejo Proibido - Vondy ( Finalizada )

Fanfic: Desejo Proibido - Vondy ( Finalizada ) | Tema: D&C


Capítulo: 4

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Passava das dez horas da noite quando deixei a pensão decidida a conseguir o dinheiro da passagem de volta para o Rio, e quem sabe um pouco mais. Fiz a árdua caminhada até a rua que escolhi para fazer ponto, no centro, usando a saia longa e a blusa comportado que comprei mais cedo.


Chegando ao lugar determinado, antes de mais nada escondi-me em um beco escuro para enrolar a saia na altura da cintura até que se tornasse uma mini-saia e amarrar a blusa acima do abdômen, deixando o umbigo de fora.


Fui para a calçada bem iluminada, desprovida de pedestres, com um bom movimento de carros passando, dos modelos mais caros e luxuosos.



Recostei-me a um poste, posando de forma sensual e comecei a jogar piscadelas e beijinhos para todos os motoristas, da forma como estava acostumada a fazer, embora nunca antes tenha sido tão constrangedor, devido ao fato de que era apenas eu ali. Em Copacabana havia dezenas de garotas fazendo a mesma coisa, então se tornava algo habitual. As pessoas nem estranhavam mais, apesar de que muitas ainda discriminavam.



Em Montana, aquela gente certamente nunca tinha visto uma garota fazendo ponto nas ruas, afinal todos pareciam muito bem de vida, ninguém precisava disso, o que fazia de mim uma aberração aos olhos delas.



“Fica calma, Dulce. É só por uma noite”


Disse a mim mesma.



Todos os motoristas reduziam a velocidade para me olhar, não apenas atraídos ou espantados, pelo pouco que conseguia ver, pareciam mortificados. Um deles quase bateu de frente em um poste de tanto que girou o pescoço para olhar para trás.



As horas foram se passando e ninguém parava, apenas olhavam. Alguns davam a volta no quarteirão para olhar de novo, mas parar que é bom nada. Eu já estava começando a acenar com a mão, como uma desesperada.



“Mas que merda? Será que só tem viado nessa maldita cidade?” Me impacientava.



Por fim, alguém parou no acostamento, logo adiante, numa BMW luxuosíssima que tinha dado a volta no quarteirão. Fui até lá quase correndo, respirando fundo para acalmar os nervos e esboçar o meu melhor sorriso.



Minha surpresa foi colossal quando o vidro escuro da porta se abriu e vi uma mulher loira, muito bonita e sofisticada, ao volante. Definitivamente cair de boca numa perereca não era meu esporte preferido, mas eu não tinha muitas opções, portanto não podia dispensar.



Principalmente porque era uma mulher que parecia ter muito dinheiro, eu podia cobrar quanto quisesse que ela pagaria. Além do mais as lésbicas preferiam saborear o corpo de uma mulher, eu já tinha saído com algumas antes.



Podia me deitar, relaxar e pensar na minha volta para o Rio enquanto ela me lambia toda.



— Olá. — falei, mostrando meu sorriso largo.



— O que você faz aqui? — ela perguntou.



— Faço programa. Ta afim? — o queixo dela caiu à medida que os olhos azuis se arregalavam.



— Não. Eu só quero conversar. Entra.



— Eu cobro pra conversar também.


— Tudo bem, eu pago.


— Não quer saber o preço antes?


— Sim. Quanto?


— Quinhentos reais a hora.


Seus olhos arregalaram de novo.


— O quê?!


— É pegar ou largar.


Suspirou consternada.


— Tudo bem. Entra.


Minha nossa! Eu nunca tinha entrado em um BMW antes, achei que seria uma experiência excitante, porém, apesar de confortável, o interior do carro fedia tanto a cigarro que se tornava quase impossível respirar.



— Onde você costuma ir com os homens? — a mulher perguntou após nos inserir de volta no trânsito.



— Não faço ideia. Você é minha primeira cliente.



— Vamos ao Saron, é um hotel que fica aqui perto.



— É você quem manda. — dei uma piscadela e ela revirou os olhos com desdém.



Nem me impressionei mais com a suntuosidade do prédio no qual entramos, tudo o que cercava aquela mulher parecia luxo e suntuosidade. Na recepção, o rapaz que atendia a cumprimentou com submissão, respeito e familiaridade, observando-me com tanta curiosidade que chagava a ser engraçado enquanto dava a ela a chave de uma suíte. Ao entramos no aposento enorme, decorado com sofisticação, me dirigi direto para o frigobar, apossando-me dos pacotinhos de castanhas e de um todinho, comendo com muito apetite sob o olhar atento da mulher, que se acomodou, muito ereta, com as pernas cruzadas, a mesa na antessala, enquanto eu me sentava do outro lado.



— O que você estava fazendo com o Christopher? — ela perguntou, muito séria, antes de acender um cigarro e dar uma grande tragada.



— O Christopher da moto? — indaguei com a boca cheia de castanhas.



— Sim. Ele pilota uma moto.



— Como sabe que eu estava com ele?



— É uma cidade pequena e sou muito observadora.



— Ele me deu uma carona quando eu fui assaltada.Trouxe-me até a cidade, me emprestou dinheiro para a comida, uma pensão. Mas o dinheiro acabou.



— Só isso?



— Só. Por quê? Ele é amigo seu?



— Ele sabe que você faz programa? — ignorou minha pergunta.



— Não. Só você sabe.



— E você faz isso há muito tempo?



— Uns quatro ou cinco anos.



— Por que veio para Montana?



— Para tentar uma chance de sair dessa vida, mas estou meio sem sorte. — com a fome controlada pela guloseima, parei para refletir sobre a atual situação. — E então, por que você me trouxe aqui? O que quer de mim?



Ela ficou me encarando em silêncio por um longo momento, soltando grandes baforadas de fumaça, parecendo um dragão que solta fogo pela boca.



— Tenho uma proposta a te fazer. — declarou por fim.



— Faça.



Ela esmagou o toco do cigarro no cinzeiro e acendeu outro. “Eita?”



— Estou disposta a te dar quinhentos mil reais para te ajudar a sair dessa vida.



Arregalei meus olhos pouco acreditando que ela falava sério. Com aquela quantia eu compraria minha casa e abriria meu negócio bem rapidinho.



— Nossa! Quem eu tenho que matar? — brinquei. — Devo te avisar que não cometo crimes.



— Não se trata de crime. Você só tem que seduzir um homem e levá-lo para a cama. Nada mais, nada menos.



Foi a minha vez de ficar encarando-a em silêncio, tentando entender que raio de proposta era aquela.Cheguei a cogitar que estivesse brincando comigo só para passar o seu tempo.



— Que homem? — perguntei.



— O Christopher.



Algo estranho se revirou em meu estômago sem que eu compreendesse o motivo, talvez a forma íntima e ao mesmo tempo cheia de sentimentos como ela pronunciou o nome daquele homem, o que compreendi menos ainda.



— O Christopher é gay. Não tem como convencer um gay a ir pra cama com uma mulher.



Seu rosto branco demais assumiu um tom avermelhado, à medida que seu olhar se tornava frio sobre o meu.



— Então você já tentou. — aquilo soou mais como uma afirmação que uma pergunta.Senti-me embaraçada.



— Bem... Na verdade... Eu o convidei para ir ao meu quarto. Mas ele recusou.



— E por isso você deduziu que ele é gay.



— E não é?



— Não. Ele é padre.



Cheguei a duvidar de que tinha ouvido direito, mas era aquilo mesmo, eu não estava surda. Meu queixo caiu no chão, a incredulidade me tomou. O que ela dizia fazia todo sentido, o cara era bom de coração, querido por todo mundo por quem passava, atraía a atenção das mulheres, mas não dava bola para nenhuma. Só podia ser um padre mesmo.



— Um padre que anda de moto e não usa batina? — eu ainda estava aturdida por não ter percebido.



— Ele nem sempre foi padre. — a mulher se levantou, esticando o corpo esguio e alto dentro do vestido longo e elegante, sem abandonar o cigarro de entre seus dedos.Caminhou de um lado para o outro e então parou, de costas para mim. — Ele era meu noivo. — caraca! Meu queixo passou do chão desta vez. — Crescemos juntos aqui em Montana, namorávamos desde a adolescência.Depois que ele me pediu em casamento, fizemos uma longa viagem pelos países da Europa, mas ele se recusou a voltar. — a amargura era crescente no tom da sua voz.— Preferiu ficar em um seminário católico na Itália, recluso, longe da civilização e de mim. A princípio continuei na cidadezinha lá perto, mas ele não saía da sede do seminário, acho que estava me evitando, então desisti e fui estudar na Inglaterra. Quando soube que ele tinha voltado para Montana, larguei tudo e voltei a morar nesse fim de mundo atrasado, para ficar perto dele. Mas não adiantou. Ele se recusa a abandonar a religião. — A voz dela estava trêmula e senti pena. — Isso já faz quase três anos. — Pigarreou, limpando a garganta, esmagou a ponta do cigarro no cinzeiro e acendeu outro. Por isso Christopher a trocou pela batina, quem ia aguentar tanta fumaça?


— Eu sinto muito. — falei compadecida



— Não sinta. Ajude-me. — virou-se para me encarar com os olhos marejados de lágrimas. — Se você o persuadir a quebrar o voto de castidade, ele abandonará a batina e voltará para mim.



Pensei no absurdo que ela me propunha. Ela devia estar mesmo muito desesperada, para jogar outra mulher assim de bandeja nos braços do homem que amava. O amor é mesmo capaz de tornar as pessoas cegas e tolas.



Outro absurdo, seria eu fazer aquilo com uma pessoa boa como Christopher, sacanear o único ser humano que me estendeu a mão quando mais precisei. Aquilo seria inumano, cruel e imoral, eu ia precisar de todo o mau caratismo que existe dentro de mim, afinal, em troca da chance real de nunca mais precisar me prostituir, eu faria qualquer coisa. Além do mais, talvez estivesse fazendo um bem aos dois, pois certamente seria melhor para Christopher ter uma família que viver isolado e solitário de tudo dentro de uma igreja.



— Deixa eu ver se entendi. Você quer que eu o seduza, para que ele quebre o voto de castidade e deixe de ser padre, para retomar o noivado.



— Exatamente.



— E quem te garante que ele vai largar a batina depois que quebrar o voto de castidade? Ele pode simplesmente esconder isso. Fazer e fingir que não fez. Os homens são assim.



— Não Christopher. Ele tem caráter.  Jamais faria uma coisa dessas. Se cair em tentação, volta para sua vida no dia seguinte.



— E se não voltar pra você?



O olhar que ela me lançou foi tão frio e ao mesmo tempo furioso, que me encolhi.



— Ele volta. Ele me ama também. Só precisa esquecer essa bobagem de ser padre.



Ela o conhecia muito melhor que eu, se acreditava no que estava dizendo, era porque tinha fundamento. Sua proposta era descabida, imoral, mas era a oportunidade que eu tanto precisava, não ia deixar escapar de forma alguma. Restava saber se eu conseguiria seduzir Christopher.



Ele não era nada fácil. Eu podia apostar como aquela mulher linda e sofisticada diante de mim tinha tentado ludibriá-lo muitas vezes a ir para cama, assim como garotas iguais à recepcionista do restaurante onde fomos, que quase o devorou com o olhar. Eu mesma tinha tentado uma vez e fracassei. Por outro lado, eu tinha muita experiência com homens, e mesmo estando atrás de uma batina, Christopher ainda era um homem.



— E se eu fracassar? Você me paga do mesmo jeito?



Ela soltou uma grande baforada de fumaça.



— Sim. Eu pago. Te mantenho na cidade com o que precisar, até você conseguir. Não vai ser fácil, mas uma profissional como você deve saber o que fazer. E não se esqueça, — ela voltou a sentar para me encarar de perto, com aqueles grandes olhos azuis, meio gélidos, meio furiosos. — Será apenas uma vez entre vocês dois e nada mais. No instante que conseguir o que queremos você se afasta dele, vai embora daqui e nunca mais volta. Nem por um instante, pense em ter mais que uma transa com ele.



— Fica tranquila. Estou acostumada a ter relações com um homem sem nutrir nem mesmo simpatia por ele. Com Christopher não vai ser diferente.



— Ótimo. Vejo que vamos nos entender.



Imaginei-me deixando a cidade com quinhentos mil reais na conta bancária, era mais que suficiente para organizar a minha vida. Por outro lado, eu já tive uma quantia quase igual àquela e perdi tudo de uma hora para a outra, muito facilmente. O que podia me garantir que não aconteceria de novo? Era mais seguro e uma coisa mais certa, encontrar um homem rico e me casar com ele, um homem lindo e gostoso, claro. E aquela mulher podia me ajudar a conseguir isso, dando-me uma vida boa em Montana, inserindo-me na sociedade local como uma dama, apresentando-me aos melhores partidos. Isso sim era uma coisa certa.


Eu precisava me aproveitar do desespero dela para conseguir alcançar os meus objetivos.



— Eu não quero dinheiro. Quero me casar com um homem rico. — falei.



— Como é? — mostrou-se surpresa.



— Eu já tive muito dinheiro e hoje não tenho nada.Dinheiro acaba, casamento também, mas do casamento eu posso levar alguma coisa.



— Eu não entendo aonde você quer chegar.



— Quero que você me ajude a encontrar um marido rico em troca do que vou fazer por você. Torne-me uma mulher aceitável nessa sociedade de vocês, me apresente aos rapazes solteiros da cidade. Não gosto de velho e nem de homem feio, mas posso me casar sem amor com um gatinho.



— Com quinhentos mil reais você pode ter uma vida muito melhor que ficar presa a um casamento.



Cruzei os braços diante do meu corpo, determinada.



— Ou o marido, ou nada.



A mulher revirou os olhos com desdém.



— Tudo bem, eu penso em alguém que se casaria com você. Agora vamos ao que interessa. Fiquei sabendo que Christopher está pedindo ao prefeito para contratar uma nova funcionária para auxiliá-lo e posso apostar que está cavando essa vaga pra você. É a oportunidade perfeita de se aproximar.



Fiquei confusa com tudo o que ela dizia.



— Auxiliá-lo em como? Sendo a coroinha da igreja?— soltei, com ironia.



— Claro que não. Ele dirige um orfanato.



— Orfanato?



— Sim. Ele toma conta de um orfanato que fica a alguns quilômetros de distância da cidade. Não é muito longe, uns quinze minutos de carro. Ele mora lá, assim como todos os funcionários.



— Espera aí, eu não posso ir morar fora da cidade, preciso conviver com as pessoas aqui, encontrar meu futuro marido.



A mulher suspirou irritada e revirou os olhos de novo.



— Eu te arranjo um carro ok? Você pode ir e vir a qualquer hora como todo mundo faz. É um orfanato da igreja, mantido com o dinheiro de doações e da prefeitura. Se você estiver trabalhando lá será vista pela sociedade como uma mulher respeitável, pois Christopher não contrataria qualquer uma. Isso aumentaria suas chances de arranjar um bom partido. Os homens de Montana são bastantes conservadores.


— E como vou explicar a Christopher que comprei um carro se nem tenho um emprego?



A mulher diante de mim não era apenas bonita, mas também inteligente. Com dois minutos de reflexão, encontrou a solução para aquele problema.



— Eu arranjo um carro igual ao seu que foi roubado, diga a ele que foi encontrado pela polícia, junto com suas outras coisas. Vou falar com o delegado para mentir caso seja necessário. — minha nossa, ela queria mesmo aquele homem.



— E como você sabe que o prefeito vai acatar o pedido de Christopher para contratar mais uma funcionária?



— A ele vai. Ele é meu pai. — ela tirou uma caneta prateada da bolsa que pegou um guardanapo da mesa. — Qual o modelo e a placa do seu carro? Preciso arranjar um que seja da mesma marca.



Disse a ela os detalhes sobre o carro, para que anotasse.



— Acredito que amanhã Christopher já irá te procurar para dar a notícia de que te conseguiu o emprego no orfanato.
Esteja na pensão quando ele chegar. Vou te dar o dinheiro das diárias, da comida e quando o conseguir o carro te dou mais para roupas e outras coisas, paras que ele pense que você reaveu tudo.



— E quando você vai me apresentar aos rapazes da cidade?



— Isso precisa ser feito com calma. Primeiro você se integra, depois te apresento a uma amiga que vai te levar a festas e outros lugares bem frequentados, já que nós duas não podemos ser vistas juntas, para que Christopher não desconfie de nada. Agora vamos, está ficando tarde. — levantou-se e foi para a porta. Antes de sair, virou-se novamente. — Não se esqueça de que para seduzir Christopher você precisa agir com muita sutileza. Não dê em cima dele logo de cara, como disse que fez antes, isso só o afastará. Deixe ele saber que você está interessada, jogue charme, provoque, se insinue, mas espere que ele tome a iniciativa.



— Não precisa me dizer como seduzir um homem, eu sei perfeitamente como se faz.



— Assim espero.



— Aliás, qual o seu nome? — perguntei.



— Valentina e o seu?



— Dulce.



Passava da meia noite quando Valentina me deixou na frente da pensão, com dinheiro suficiente para a diária e alimentação, a quantia que eu ainda devia ter do que Christopher me dera. Quase não consegui dormir aquela noite, repassando mentalmente aquele plano diabólico de destruir a escolha de um homem. Certamente ia ser uma delícia ir para a cama com Christopher, porém, nunca antes me senti tão canalha pelo que pretendia fazer a ele, enganando, mentindo, destruindo algo que podia ser seu sonho de vida. Eu não sabia quais os motivos que o levaram a escolher o sacerdócio. Para ter deixado para trás uma mulher linda, inteligente e rica como Valentina, em troca de se tornar o que se tornou, na certa teve um motivo muito grande, talvez fosse seu sonho de vida e ainda assim, eu destruiria tudo.



“Ai meu Deus? Eu não presto mesmo?”



O que me restava era me apegar à esperança de que estivesse fazendo-lhe bem ao devolvê-lo para a vida de antes, dando-lhe a chance de constituir uma família com uma mulher que o amava demais, para que minha consciência pesasse menos.
Contudo, eu não sabia se as coisas eram assim. Minha única certeza naquilo tudo, era que se Christopher soubesse a verdade sobre aquela armação, odiaria tanto a mim quanto à sua ex-noiva, mas apenas nós duas sabíamos e eu duvidava que ela deixasse a verdade escapar, acarretando o risco de perdê-lo de vez.


Quanto a mim, depois de fazer a merda toda, logo me casaria com outro homem e nada mais poderia me afetar. 


Diria a Christopher que foi apenas uma aventura passageira, da forma como muitos homens faziam com muitas mulheres e me afastaria. A esta altura eu já teria o meu pretendente a marido e viveria a custa de Valentina até o nosso casamento.



Colocando as coisas assim, parecia tudo muito simples, e até seria se a minha consciência já não estivesse pesando com antecedência. Eu podia recusar aquela proposta, por Christopher ser o cara bacana que era, entretanto, não conseguia ser tão boazinha assim. Essa era a minha natureza.



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Autor(a): Lene Jauregui

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 66



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  • anne_mx Postado em 20/09/2020 - 00:39:59

    Não sei se eu tô de TPM ou se é realmente emocionante mas eu chorei, que fanfic linda e que incrível eles superando tantas coisas em nome do amor <3

  • siguevondy Postado em 03/05/2020 - 16:11:08

    Simplesmente amei <3

  • Dulcete_015 Postado em 01/05/2020 - 21:25:39

    Eu ameii,q bom q Dulce perdoou a familia

  • jeffery Postado em 01/05/2020 - 20:36:32

    Meu deus ta acabando, poxa vida

  • Dulcete_015 Postado em 01/05/2020 - 19:23:14

    Continuaaa

  • lariiidevonne Postado em 30/04/2020 - 22:34:32

    Contínua

    • Lene Jauregui Postado em 01/05/2020 - 17:26:08

      Continuei meu anjo'h.

  • Dulcete_015 Postado em 30/04/2020 - 16:20:29

    Continuaa,finalmente os dois voltaram Poxa q triste q já está no fim

    • Lene Jauregui Postado em 01/05/2020 - 17:27:15

      Poisé meu Anjo'h, finalmente nosso casal estão juntinhos de novo. E sim, é uma pena que a web já esteja acabando.

  • jeffery Postado em 30/04/2020 - 15:46:11

    Socorro continua

    • Lene Jauregui Postado em 01/05/2020 - 17:27:36

      Continuando amoré.

  • jeffery Postado em 29/04/2020 - 22:52:18

    Neu deu Socorro continua

    • Lene Jauregui Postado em 30/04/2020 - 12:24:14

      Atualizado meu Anjo'h.

  • lariiidevonne Postado em 29/04/2020 - 22:09:53

    Meu Deus! Tadinha da Dul... Continua

    • Lene Jauregui Postado em 30/04/2020 - 12:24:53

      Tadinha msm amoré. Capítulo atualizado, espero que goste


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