Fanfic: Creepy Night with the Witches | Tema: The Gazette
Boa noite, meus queridos leitores, como vcs estão?
30/10
Ruki P.O.V.
Era uma noite fria com ventos gélidos numa Lua de Sangue que brilhava no céu, colorindo algumas poucas nuvens com seu tom avermelhado.
Tínhamos acabado de fazer um show de Halloween, os meninos estavam eufóricos para curtir os resto da noite para pedir doces ou travessuras ou ir numa festa temática, somos uma banda japonesa de Rock estilo visual kei e estamos em turnê com o lançamento do nosso novo disco.
Para nossa alegria ou não nosso show de Halloween, coincidiu com a data que estaríamos nos EUA, e todos sabemos que o melhor Dia das Bruxas é aqui. Por sorte esse seria o último show nas Américas antes de voltarmos ao Japão e teríamos mais dois dias de folga para aproveitar essa festa aqui em Nova York.
Esqueci de me apresentar sou Matsumoto Takanori vulgo Ruki, minha banda é o The Gazette, talvez você já tenha ouvido falar ou escutado alguma música nossa.
Estou aqui fora, vendo os staffs guardarem todo nosso equipamento, sentado fumando um cigarro aromático para descansar pois o show foi intenso e estou quase sem voz.
Uruha e Kai atrapalham meu momento solitário, os dois muito eufóricos dizendo que os staffs americanos falaram que terá uma festa de dia das bruxas igual ao dos filmes numa escola perto do local do show.
Me viro para eles meio indignado.
_ Vocês não estão cansados? Foram duas horas de show, eu to todo arrebentado não tem onde não dói, as pernas então. . . não sei se consigo levantar mais do chão._ Digo com a voz falha e rouca. Esse show foi realmente muito bom.
_ Vamos Ruki, nós nunca fazemos nada divertido é sempre show, hotel, avião e show de novo._ Uruha reclama fazendo manha.
_ Levanta vai Taka, nós vamos com as roupas do show de Halloween_ Diz Kai.
_Mas e o Aoi e Reita cadê eles? _ Tento achar uma escapatória ao não ver os outros dois.
_ Eles nem esperaram, já foram na frente para se trocar no hotel._ Kai dá de ombros.
_ Vocês tem certeza? Nenhum de nós fala inglês direito, mal entendemos o que falam quando conversam conosco e se não fosse os intérpretes estaríamos perdidos._ Falo as razões que estão na minha mente, porque sei que um "não to afim" não daria certo com Kai agora.
_ Ah! Ruki sempre querendo ficar na sua bolha protetora isolado de todos. . . _ Uruha resmunga com aquela boca estranha e cruza os braços.
_ Nunca temos folga, é só trabalho, trabalho e trabalho! Nunca tem diversão, cansa ser líder assim! Você dá muito trabalho Takanori. . ._ Dessa vez quem faz manha é o Kai.
_ Já que o nosso líder está querendo diversão vamos então, só não diga depois que não avisei. _ Falo olhando na cara dos dois só para ter certeza que guardaram minhas palavras.
Me levanto com ajuda deles e pego minhas coisas no camarim, nós três e alguns staffs caminhamos até o hotel.
Primeira vez que vejo o Kai e o Uruha felizes para fazer uma coisa juntos, aquele dia do passeio das Pirâmides no México foi tirado na sorte, então não conta, mas no fim eles gostaram e se divertiram. Uruha viu até Aliens no alto da pirâmide, devia ser a altitude.
Poucos minutos depois de uma caminhada chegamos ao hotel, seguimos em direção ao elevador nos quartos ficam no mesmo andar, assim que as portas se abrem saímos no andar desejado.
_ Ruki, não demore o staff ficou de nos encontrar daqui uma hora no saguão do hotel, para chegarmos a 23h na festa._ Kai fala como aviso. Ele sabe que eu to com preguiça até de respirar, imagina tirar a roupa do show e colocar outra?
_ Kai, com qual você vai? Médico ou maluco do circo?_ Uruha para um pouco mais a frente no corredor dos quartos e olha para nós.
_ Shima a de médico é mais fácil de vestir e só preciso dar um retoque na maquiagem._ Kai fala e confere sua teoria olhando-se na câmera frontal de seu celular.
_ Quero ver o que o Aoi e o Reita vão vestir._ O loiro olha em volta como se procurasse eles mesmo sabendo que não estão aqui.
Os dois se entre olham e vão até uma das portas do corredor, Kai bate enquanto Uruha fica encostado na parede olhando para o chão. Depois de bater algumas vezes ouvimos um "Quê?" abafado vindo de dentro do quarto.
_ Reita, o que você vai vestir? _ Kai pergunta olhando para a fechadura.
Reita abre a porta do quarto quase pronto, com sua roupa de médico e máscara de couro, olha para o Kai e depois para o Uruha, faz um sinal com a mão para a própria roupa.
_ Achei mais fácil pelo pouco tempo que temos para nos arrumar, mas queria ir mesmo é com a outra._ Ele fala coçando a pele embaixo da máscara com dificuldade.
_ Eu ia dizer o mesmo._ Kai fala animado._ Vou me trocar também._ Ele se vira e vai para o próprio quarto.
_ Sabe do Aoi? _ Uruha fala depois de espiar por cima do ombro do baixista.
_ Ele foi para o quarto disse que ia tomar banho, pois estava todo suado e grudento._ Responde Reita e o Shima concorda com a cabeça.
_ OK._
Ele caminha apressado para seu quarto, que era compartilhado com o do líder e antes de entrar olha para mim morgando no meio do corredor.
_ Por que ainda não foi se arrumar? Temos pouco tempo._ O loiro me olha confuso e eu percebo que Reita já entrou de volta em seu quarto compartilhado com o Aoi.
_ Então, 'tô muito cansado, acho que vou ficar no quarto mesmo. _ Falo numa última tentativa, eu realmente estou meio sonolento.
_ Mas não vai mesmo, nunca fazemos nada em grupo, você fica só na sua casa com Koron enquanto nós quatro saímos! _ Kai coloca a cabeça para fora do quarto e depois sai por completo, o olho vendo ele já de jaleco e quase pronto.
_ Kai, você sabe que sou tímido para sair e conversar com outros sobre outros assuntos que não sejam música ou moda. _ Rebato.
_ De que ainda ser uma banda de Rock se você esquece do principal? "Sexo, Drogas e Rock'n Roll."_ Kai tenta descontrair e eu sorrio levemente. _ Faz tempo que não faço o primeiro, então não desperdice nosso momento de diversão num país estrangeiro… _ Não que nós usássemos drogas, nunca pensamos nisso, mas é como o moreninho disse, estamos sempre em turnê e eu adoro entretanto não sobra tempo para relacionamentos.
_ Mas Kaaaai. . ._ Tento dramatizar.
_ Vai logo Ruki, já estamos atrasados. _ Ele manda, impaciente.
Vou para meu quarto e Kai também entra no dele Uruha sai arrumado e entra no quarto do Reita com o Aoi, logo ouvimos uma discussão sobre o espelho entre Aoi e Uruha.
_ Essa roupa de médico não sei se 'tá combinando com meu cabelo loiro, na última vez ele estava azul e eu também usava lente vermelha. _ Uruha continua sendo narciso falando alto para que ouçamos mesmo que ele tenha deixado a porta do quarto aberta.
_ Uruha para com essa viadagem e vamos para festa. _ Reita resmunga, só mesmo ele pra fez o Aoi quase se engasgar com seu vaporizador .
_ Reita vá pro inferno! Grosso! _ Uruha se vira partido para cima do Reita lhe dando um soco no ombro.
_ As duas moças já pararam de trocar desaforos?! Vamos antes que a festa acabe!_ Aoi fala saindo e corre da linha de tiro de duas almofadas que eles atiraram nele.
Dentro do meu quarto me jogo na cama sentindo meus músculos reclamando; ah! Mas eu não quero ir mesmo.
De repente ouço batidas na porta do meu quarto e logo ela está aberta mostrando os quatro vestidos de médico e um Kai bravo.
Eu sempre fui antissocial, não é agora que vai mudar.
_ RUKI, POR QUE VOCÊ AINDA NÃO TÁ PRONTO?! _ Kai fala raivoso.
_ Eu disse que não quero ir. _ Respondo.
_ Você é muito chato Taka! _ Aoi resmunga e eu seguro um "foda-se" na garganta.
_ Só sabe chamar a gente para aquelas reuniões da gravadora e entrevista de rádio _ Reita fala alheio.
_ Não quero saber, levanta já e coloca seu jaleco. Dá um jeito nesse cabelo, você tem 5 minutos Ruki, nada mais! _ Uruha fala autoritário fazendo os outros sorrirem junto comigo. Ver ele mandando é divertido.
Eles ficam no quarto esperando enquanto me arrumo e fico pronto uns 10 minutos depois.
Depois dessa bronca coletiva e me obrigar a ficar pronto parece que me animei um pouco com o passeio para a festa.
Entramos no elevador, até o térreo do hotel onde o staff já estava cochilando no sofá de tanto esperar. Além do staff americano, dois câmeras e um dos intérpretes nos acompanham para van, todos entram felizes e contentes menos o eu que ainda não vejo o porquê de tanta euforia assim.
Por volta de 10 a 15 minutos chegamos ao local da festa, a escola é um pouco afastada do centro, num bairro que parece ser rural, pois atrás dela tem uma floresta. Está tudo macabramente decorado com lanternas de abóboras, teias e aranhas, morcegos e muitos esqueletos espalhados, luzes saindo do chão e muitas esculturas que mexiam e produziam ruídos horripilantes.
Logo descemos da van, dificilmente seremos reconhecidos, estamos todos de médicos com acessórios com sangue, até nas máscaras cirúrgicas. O lugar está lotado, gente entrando e saindo, crianças correndo com os sacos de balas nas calçadas, os adultos estavam muito bem vestidos, principalmente as mulheres, assim que começamos a entrar na festa cinco mulheres com fantasiadas em vestidos vitorianos, um de cada cor, fizeram reverência de comprimento com costumamos fazer, certamente elas perceberam que não somos daqui. Uma delas num lindo vestido azul, chegou perto de nós.
_ Good Night! Welcome to Halloween tonight!_ Disse e fez uma reverência que entendemos ser um comprimento.
Nosso intérprete traduz e entendemos que ela falou. _ “Boa noite! Sejam bem vindos a noite do dia das Bruxas!”_
Ela continua falando antes de qualquer um de nós pudesse responder.
_ Stay alive! Let the games begin! _ aponta para dentro da casa.
Enquanto o nosso intérprete faz a tradução para nós a moça desaparece na multidão de pessoas.
_ Eu disse Kai, não devíamos ter vindo! Que mensagem mais estranha, “Fiquem vivos! Que os jogos comecem!” _ Ruki fala já super arrependido por ter seguido eles.
_ Ruki, caso você nunca tenha assistido filmes de terror, foram referências a dois filmes de Hollywood. _ Diz Kai puxando Ruki para dentro sendo seguido pelos outros.
_Quem vem numa festa de Halloween vestido de padre? _ Diz Aoi sentindo um pequeno arrepio na espinha.
_ Toda a fantasia é válida nesse dia, vai ver eles são adoradores do filme O Exorcista! _ Responde Uruha se encaminhando para dentro da escola a procura de uma bebida.
_ Mas é muito esquisito desde que chegamos ele não param de nos encarar, estão até parecendo aqueles serial killers._ Comenta Reita correndo atrás o Uruha com medo de ficar sozinho ali fora.
Como é um país estrangeiro não seremos reconhecidos com facilidade, uma vantagem e tanto.
Adentramos na escola e tudo está decorados os corredores tem teias de aranhas, esqueletos, fitas laranjas e pretas pelo caminho até o salão de baile onde a festa realmente acontece.
_ Kai, devagar você está indo muito rápido! Estou trombando em todo mundo!_ Reclamo.
_ Quero chegar na mesa logo, estou com fome e preciso beber um antes que o Uruha seque tudo._ Kai vendo a mesa de longe.
_ Nem vem Kai, quero tomar aquele ponche que sempre vejo nos filmes, então me dá licença que 'tô passando! _ Uruha parece muito afoito em provar as receitas de Halloween.
_ Reita, você viu aqueles padres na entrada?_ Pergunta Aoi.
_ Então, parece que eles decidiram entrar também são bem assustadores, sinto que eles ou nos reconheceram ou querer nos sequestrar._ Reita empurra Aoi na direção dos outro na mesa de comida.
_ Vou ficar de olho neles estou com um mal pressentimento._ Aoi cutuca Reita que estava com olho de doce na boca.
É bem diferente do Japão as pessoas aqui não tem vergonha, de se beijar ou ficar se agarrando na frente dos outros. Nosso staff nos chama para irmos mais para o meio salão para aproveitar a música e dançar um pouco.
Como pessoas que tocam Rock ou Metal, somos bem tímidos nós escutamos os ritmos e tentamos interagir com as pessoas e dançar, aparentemente todos estão se divertindo. Uruha gostou mesmo do ponche até o Aoi está tentando acertar uns passos.
_ Realmente está muito divertido e gostoso Kai tinha razão precisávamos sair da rotina e fazer algo diferente _ penso alto encostado na mesa comendo um petisco e bebendo esse ponche tem apenas gosto de álcool.
Vejo que nossos dois câmeras já deixaram o serviço de lado e não estão mais gravando nossos passos, cada um arrumou uma acompanhante que por sinal são bem lindas não vejo mais o staff nos trouxe e fico meio preocupado em como vamos voltar para o hotel. Moto que nosso tradutor diz algo para o Kai, mas não consigo entender de longe, então me aproximo para saber do que ser trata.
_ Kai, onde ele vai? Estamos perdidos sem ele, eu sou péssimo em inglês._ pergunto preocupado.
_ Você se preocupa demais, vá aproveitar a festa! Ele volta logo, só saiu para fumar. Satisfeito? _ O Kai responde.
_ Kai, notou que esses cinco padres estão sempre parados e encarando a gente?_ Aoi questiona acuado.
_Verdade, estou observando eles desde que chegamos e definitivamente estão nos observando e com aquele olhar de maldade... tipo serial killer. _ Reita sente um arrepio na espinha só de falar.
_ Pessoal, qual o problema? Viemos aproveitar a festa e não ficar julgando seus convidados, e se enxerguem, quem somos nós pra julgar?! _ Responde Uruha apontando para sua fantasia "ensanguentada" e termina seu ponche indo buscar mais.
Assim que Uruha chega na mesa para pegar bebida um dos padres o pega pelo braço com força e começa arrastá-lo com força para saída, sem mais nem menos, ele grita por ajuda, mas o círculo fecha atrás de nós os padres estão atrás de nós também, Uruha dá um soco na barriga de seu captor e corre na nossa direção, os cinco padres partem pra cima nós como fúria no olhar sem opção corremos saindo do salão em direção do corredor atropelando os outros que estam tentando entrar.
Sem saída pensamos em ir para a van, mas não vemos o staff em lugar algum e todos os outros também sumiram e não temos a chave ficamos do lado de fora da escola procurando o tradutor em todo lugar ele tinha saído para fumar não devia tá longe.
Quando retornamos o olhar para trás um dos padres acenando para que os outros se dividam e nos cercarem novamente decididamente eles estão querendo nos sequestrar.
_ Então Kai o que vamos fazer?_ Questiono.
_ Eles não estão brincando, por que querem pegar a gente? _ Diz Reita.
_ Meu braço 'tá doendo! Cara, ele apertou com força. _ Uruha fala passando a mão no braço tentando aliviar a dor.
_ Bem que eu senti um mau agouro quando os vi nos encarando. _ suspira Aoi.
_Não conhecemos ninguém aqui e nem sabemos com pedir ajuda, e nosso único celular está sem sinal,eles não vão nos entender. SERÁ QUE ELES SUMIRAM COM NOSSOS AMIGOS TAMBÉM? _ Kai fala desesperado com a aproximação novamente dos padres vindo um de cada lado da escola.
Nós estamos juntos entre a porta da escola e a escada não tem como fugirmos qualquer um de nós poder ser pego. Por que será que estão nos perseguindo?
Então aparece escondida atrás de uma das lápides do cemitério da entrada da escola a mulher de vestido azul acenando para nós.
_ Kai, veja a mulher da entrada que nos deu Boas Vindas! _ Falo.
_ Parece que ela está acenando para nós. _ Aoi menciona.
_ Dê certo modo, acho que sim. Ela está nos chamando para ir lá! _ Reita diz intrigado.
_ Ela 'tá fazendo um gesto para abaixamos e ir até ela. Né? _ Conclui Uruha segurando o braço ainda dolorido.
_ Ela deve ter percebido que os padres estão atrás de nós. _ Kai fala se abaixando e andando na direção dela.
Ela estava à direita da escada atrás das grades do cemitério falso então descemos as escadas meio abaixados com medo de sermos pegos e contornamos a grade e chegamos um por um até a lápide, ficamos agachados e escondidos só olhando os padres se encontrarem na escada e não achando mais ninguém e ficam loucos andando para todos os lados indo na direção da rua nos procurando até que um carro grande preto chega e eles entram e vão embora.
Levantamos aliviados e agradecemos muito a mulher que responde nossa reverência em Japonês também.
_ Você fala nosso idioma?_ Kai abre um sorriso mostrando suas covinhas.
_Sim, me interessei ouvindo a música de vocês, depois fiz um curso para um dia poder ir ao Japão. _ Diz a mulher do vestido azul.
_ Você reconheceu a gente? Como? _ Pergunta Reita
_ Eu fui no show que fizeram! Tamanha foi minha surpresa e alegria ao vê-los na festa da minha escola! _ Responde ela.
_ Mas na entrada você nos recebeu em inglês e foi tão formal, qualquer outro fã estaria gritando e chorando até se ajoelhando aos nosso pés! _ Uruha fala convencido como é.
_Eu estava gritando e chorando por dentro, mas sabia que vocês precisavam de espaço e esse tempo para se divertir. _ Fala rindo.
_ Você sabe quem eram os padres que estavam nos perseguindo? _ Aoi pergunta com ar de preocupação.
_ Nunca os vi por aqui. Eles chegaram logo depois que vocês passaram por mim na porta._ Fala se levantando totalmente e ajeitando a coluna.
_ Não temos como ir embora, nossos amigos que estavam conosco sumiram e estou com medo de voltar lá dentro!_ Reclamo com tom de sabia que essa noite não ia prestar.
_ Vocês já dançaram em volta de uma fogueira?_ A mulher pergunta.
Sacudimos a cabeça negativamente surpresos com a pergunta.
_ Eu e umas amigas vamos celebrar o Sabbat da Fertilidade da Terra onde os participantes dançam e se alegram nas voltas da fogueira também podemos cantar uma música da banda temos um violão lá seria um show particular da banda para celebrar a Lua de Sangue no Halloween. Vocês aceitam ir?
_ E fica longe daqui? _ Questiono.
_ Não, é atrás da escola numa clareira._
_ Nunca dancei em volta de uma fogueira! _ Uruha eufórico com a novidade.
_ Tá ai uma coisa que nunca ouvir falar deve ser legal._ Reita se empolga.
_ Dançar em volta de uma fogueira… seria uma experiência um tanto ousada... _ Aoi fala meio indeciso ainda.
_ Ficamos gratos em você ter nos protegido então aceitaremos ir você._ Responde Kai mostrando novamente suas covinhas no sorriso de lado.
A mulher pede para ficarmos esperando aqui ela dá a volta nas grades e sobe as escadas passado alguns minutos ela volta com mais quatro amigas belíssimas e vestidas igual a ela só que de cores diferentes. Elas se aproximam e cada uma gruda no braço de cada nós.
_ Vamos! É quase meia noite!_
Acenamos com a cabeça e seguimos rumo a clareira e distante vemos a fumaça de fogueira já tá queimando bem alto. É muito estranho tentar conversar com a outra pessoa por mímica já que falamos idiomas diferentes, mas o mais engraçado é que parece que todos estão se entendendo e as amigas da mulher de vestido azul são muito divertidas e extrovertidas suas risadas são muito gostosa e extremamente atraentes.
Na Clareira - 31/10 - 00:00h
Depois de alguns minutos de caminhada chegamos até a fogueira. Uma mulher mais velha com um manto com capuz e uma outra mais nova que está segurando um violão ambas estão do outro do lado da fogueira. Assim que chegamos fazemos um círculo em volta da fogueira são nós e a mulher de azul e suas amigas rondando em volta da fogueira ao toque de uma musica celta cantada e tocada no violão.
Quando a música acaba a de vestido azul vai até a mulher mais nova e explica o que deseja para ela na volta pega minha mão fechando a roda. Ela fala perto do meu ouvido:
_ A próxima música você saberá cantar Ruki! _ Ela diz.
_ Não acho que sei cantar músicas celtas, mas gosto do ritmo._ Falo perto do ouvido dela.
_ Nós vamos tocar uma música sua que combina com esta noite especial. _ Diz com um riso pequeno.
_ Mas qual seria? _ Pergunto espantado.
_ Só escute o som e você vai descobrir! _ Ela me olha enigmática.
Os outros também estão esperando a música começar assim que a primeiras notas do violão tocam fico surpreso que a mulher mais nova consegue tirar de letra dessa música difícil sozinha, não perco tempo e começo o solo cantando e todos cantam junto me alternando entre o gutural e a melodia que só tem em Dogma.
Os disfarces estão em decadência
Os crimes que eles falam de um mundo em declínio
Ganância morre através da nossa própria ubiquidade
Eu nego tudo
Eu nego tudo isso
Eu nego tudo
Enquanto eu aceito a escuridão, seu isolamento se torna cerimônia
A verdade precisa existir lá
Eu devoro a ideologia de multidões frenéticas,
E cubro eles com “uma escuridão que não deve misturar”
A concretização dessa ideia aberrante do rebanho desafia Deus
Eu vou ser um Deus sem cérebro
Destinado a rastejar por essa terra
— então dance com a escuridão,
Tornando-se um ídolo, uma certeza
Eu vi a maneira como a ganância morre,
Não há dúvidas em minha mente
[Crime]
Rebanho de marionetes iguais
Ódio crescente
Tenho pena de você
[Crime]
Odeie a sua vida
Rebanho de marionetes iguais
Ódio crescente
Derrubando Deus, aqui nós vamos oferecer morte
Suas vozes incontáveis lá fora, sigam o som do meu aplauso
Vamos nos tornar escuridão e trazer
A morte mais perfeita
Eu vou envolver esse mundo em escuridão
A escuridão desse mundo
Começa hoje a noite...
.:.:.:.:.:.:.:.
P.O.V OFF
Eles estão tão distraídos cantando a única música que conheciam, se sentindo relaxados por causa disso, que não percebem que a música estava sendo usada como cântico e sua letra realmente invocava a escuridão. Em volta da fogueira começa a se formar sombras negras sobem até o alto e voltam em forma de fumaça negra que começam a circular as chamas da fogueira, elas deliberadamente soltam as mãos deles e dão um passo atrás deles os abraçando carinhosamente.
No entanto assim que a música acaba elas permanecem abraçadas a eles, se balançando ainda no ritmo da melodia final, a surpresa e susto vem em seguida quando eles tentam se soltar do abraço, mas elas pareciam ter dobrado suas forças e os seguram mantendo-os ali no lugar, presos a elas.
Mulher celta mais idosa tira o capuz e pega um pergaminho antigo e desenrola começando a lê-lo em voz o que está escrito.
_ Vamos nos tornar a escuridão com realização da Profecia dos escolhidos que irão doar a semente para gerar o filho da escuridão para o mundo humano. Então começa hoje à noite: Quando A Lua de Sangue estiver posicionada na Noite do Dia das Bruxas, os escolhidos da Terra do Sol Nascente estarão no local indicado pela escuridão cantando sua própria música em volta da fogueira como ritual e selando seu destino, nessa noite a escuridão vai envolver o mundo trazendo a perfeição da Morte._
_ Sabe aqueles padres? Não queriam sequestrar vocês, queriam protegê-los de nós e da Profecia da Escuridão. _
Ruki se sacode nos braços da mulher sem sucesso, os outros também estão lutando para se livrar do abraço que os mantém presos.
Assim que a mulher fala ao seu ouvido vê-se a fumaça negra vindo na direção deles e assim como os outros, tentam com suas últimas forças se soltar, mas a única coisa sentem é ser envolvido por aquela fumaça que entra por suas boca e possui seus corpos e alma, pois a partir de aquele momento sabem o que são e o podem fazer.
As mulheres soltam eles ao perceber que o ritual e cântico deram certo, quando todos o homens da banda se viram para elas e notas-se que suas órbitas oculares estão totalmente pretas cobrindo toda íris, nenhum ponto branco existe, elas os observam e não somente os olhos mudaram mas suas feições sombrias estão maliciosas com um desejo profundo a ponto de explodir eles também exalam um perfume tão sexualmente forte que no mesmo instante todas as cinco Bruxas ficam excitadas e exalam isso.
Não demora muito e tudo vira uma pequena bagunça, os cinco invocados começam a fazer o que vieram fazer ali. Deixar a semente do mal no mundo.
Não havia nada de romântico nem carinhoso ali, as bruxas sabiam o que viria e os invocados não tinham tempo para perder.
Na posição mais rápida que encontraram e a mais fácil, as bruxas levantam suas saias e abaixando sua roupa íntima enquanto os invocados arriaram as calças e cueca.
O ato foi rápido e da forma mais limpa que os demônios conseguiram fazer, quando ejacularam já sabiam qual mulher foi fecundada e o pai da escuridão estava escolhido.
O símbolo do pentagrama de Dogma começa se desenhando no ombro do escolhido como uma tatuagem de ferro quente então a escolhida pega o punhal cerimonial e corta sua palma fazendo o sangue verter pelo corte ela assim como as outras levantam do chão ficando sentada de frente para o seu lindo youkai japonês ela leva sua mão ensanguentada até o ombro dele fundindo seu sangue com o escolhido agora estavam ligados como os Pais da Escuridão.
Os outros ao verem que o escolhido foi marcado aumentam seu desejo ardente por elas as beijando com fogo e prazer fazendo seus instintos ferverem num misto de euforia e tesão, elas então olham seus olhos negros que parecem chamas e sentem suas almas queimando o ritmo cardíaco delas aumenta ao extremo causando uma parada cardíaca levando-as ao infarto coletivo. Assim elas caem uma por uma na relva já sem vida, mas com um sorriso em rosto vê-se as fumaças negra saindo deles e voltando para fogueira e seus corpos caem ao lado delas.
A fumaça negra sai do escolhido por último, ele ainda está nos braços da bruxa que o coloca cuidadosamente no chão acariciando seus cabelos e sua face que agora parece de um anjo, mas sente um desespero e suas lágrimas escorrem ao olhar para ambos os lados e ver que suas irmãs serviram como sacrifício do ritual.
A Anciã e Mulher do violão que presenciaram tudo vem ao encontro da escolhida ajudando a se levantar sua missão agora é cuidar do filho da escuridão. Entretanto ela não quer sair de perto dele e fica acariciando seu rosto.
_ Ele é tão lindo! Preciso dele, eu o amo e quero ele pra mim!
A mulher mais nova a repreende.
_ Você não pode tê-lo ele pertence a Escuridão agora. _
A Anciã chega mais perto dela e revela o porquê dela não poder ficar com ele.
_ Como o ritual foi aceito e a profecia se concretizou a Escuridão levou nossa irmãs como sacrifício para que eles carregassem a semente do mal para gerar mais quatro crianças assim formando o Legado do Deus da Noite Eterna não podemos interferir no planos da Escuridão apenas junte sua coisas e vamos embora eles já estão acordando.
As duas pegam a escolhida pelo braço vão a arrastando para dentro da floresta no sentido oposto da fogueira ela se vira e olha pela última seu lindo escolhido com olhos cheios de lágrimas por ter que deixá-lo para trás.
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A luz da Lua já está começando a sumir no céu e a fogueira foi reduzida a cinzas só se escuta o crepitar das brasas ainda em chamas um barulho incessante de um toque musical rompe o silêncio da noite fazendo eles acordar assustados no meio do mato sem saber o que estaria acontecendo, ainda estão meio lentos e os olhos um pouco embaçados ambos levantam as costas do chão e ficam se entreolhando uns ao outros em seguida percebem que as mulheres da festa estavam deitadas ao seu lado.
Eles tentam acordá-las entretanto são surpreendidos quando tocam nelas elas não se movem então eles puxam o braço delas e veem corpos sem vida e com os olhos queimados é uma visão aterrorizante, suas acompanhantes estavam mortas.
O desespero toma conta dos cinco homens ali presentes que se afastam delas se levantando rapidamente e se juntam no meio daquele círculo onde existia uma fogueira.
Sem saber muito o que fazer e meio que por instinto de sobrevivência e muita adrenalina, eles fogem e correm sem parar com medo e pavor de quem ou o que matou as mulheres ainda estivesse por perto e voltasse para acabar com serviço matando eles também.
Logo eles avistam a escola e as luzes da festa estariam a salvo, foi o que pensaram.
Na escola seus amigos haviam ficado preocupados com o sumiço deles sem aviso, na última vez que os tinham visto estavam no salão dançando e bebendo depois não os viram mais, o tradutor que havia saído para fumar também tinha voltado e perguntava sobre eles por aí, a festa já estava chegando ao final mesmo que tivessem arrumado companhia já era hora de voltar.
Todos se encaminham para fora do colégio para descobrir onde eles teriam ido e perguntavam para as pessoas da festa se os tinham visto a mais estranho é que a resposta era sempre negativa, chegando na porta de entrada eles os avistam sentados nas escadas ofegantes com se tivessem corrido uma maratona.
Ruki é o primeiro que vê o staff e os câmeras e sacode os outros que viram ao mesmo tempo para ver. Eles se levantam e abraçam os seus amigos e pedem para ir embora urgentemente os amigos ficam preocupados com estado de desespero e medo que eles se encontram, porém o Halloween pode ser assustador para alguns desavisados.
O staff americano chega com a van e eles entram rapidamente olhando para todos os lados, como se alguém os tivessem perseguindo e partem rumo ao hotel, onde com certeza estariam seguros.
Durante o caminho de volta eles tentam desviar das perguntas de onde estavam e o porquê daquele estado que eles se encontravam.
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Já no hotel eles entram sem dizer uma palavra sobre o acontecido. Todos pensavam o mesmo "Será que aquilo foi verdade? Teria acontecido mesmo? Talvez tivesse mais do que álcool naquele ponche alguma droga que criou confusões na mente com a influência do Halloween. Se fosse verdade aparecia algo no noticiário da TV?" Olhavam a TV do saguão enquanto esperavam o elevador. "Essas mortes deveriam aparecer no plantão de notícias , mas se nada ainda foi falado seria uma brincadeira de mal gosto do Halloween?"
O elevador chega e eles entram e no corredor eles se despedem com "Boa Noite", mesmo quase sendo dia, entram em seus quartos e vão dormir.
O vôo de volta para o Japão estava marcado para às 18h, eles dormiram quase o dia todo já passava das 15h e nenhuma mala ainda tava arrumada, foi uma confusão só se não se apressasse perderiam o vôo. Apesar de ser outono estava fazendo muito calor e todos optaram por uma regata que deixava os ombros bem amostra carregavam uma blusa de frio no braço por causa do ar do avião, cada um carregava sua mochila de carrinho eles também estavam com seus óculos escuros chapéu e não podemos esquecer de suas máscaras cirúrgicas, o elevador que os leva para o térreo era inteiro de espelhos.
Um deles olha para as costas do outro.
_ Nossa! O que é isso no seu ombro?_ Ele vira para se olhar.
_ Parece ser uma tatuagem? _ O outro fala.
_ Com certeza você não tinha isso ontem!_ Mais alguém nota.
_ Gente, o que tinha naquele ponche?! _ Exclama mais um sobre a tattoo.
_ Devíamos estar muito bêbados ontem à noite pois não me lembro de fazer uma tatuagem com o símbolo do pentagrama do álbum, na verdade não lembro de nada!
A porta do elevador se abre e eles seguem em direção a van que os levará ao aeroporto.
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Continua em Creepy Night - A Série - Cap 01 - Aeroporto
Autor(a): Kaguraway
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