Fanfic: Mais Uma Cinderela - Vondy (Finalizada) | Tema: Vondy
Dulce María
Já tinham passado dois meses desde que o baile e toda a confusão ocorreram. Depois de receber alta eu fui direto para a casa de Christopher, no centro da cidade, onde eu tinha uma enfermeira que ficava comigo até ele chegar do trabalho. Ele organizou tudo para mim, desde as acomodações até as aulas que eu precisei ter a distância durante três semanas. Annie e Mai também ajudaram, conseguimos refazer nossa amizade – agora estávamos mais inseparáveis do que nunca – e elas me ajudaram a adaptar-me a nova rotina e também a fazer os preparativos do meu casamento. Sim, do meu casamento. Christopher fez o pedido um dia depois de termos confessado nossos sentimento e por ele teríamos casado na mesma semana, mas eu queria esperar até que eu pudesse pelo menos andar sozinha até o altar.
Quando as coisas se acalmaram, eu finalmente criei coragem para perguntar o que tinha acontecido com Sophia e suas filhas, pois embora o ocorrido tenha virado notícia e passado nos principais jornais, eu não os acompanhei e a última vez que as tinha visto foi quando tive que dar meu depoimento à polícia. Bem, depois descobri que Paola e Belinda tinham perdido suas vagas na faculdade – pois além de várias mensalidades atrasadas, a universidade não queria ter o nome ligado à elas – e Sophia tinha perdido todas as “amigas”, bem como todas as regalias que o dinheiro do meu pai fornecia para ela.
Christopher contratou advogados para verificarem o testamento de papai e descobriram que na realidade todas ações da empresa eram minhas – poderia tê-las de fato assim que completasse vinte e um anos – bem como boa parte da fortuna dele, mas deixou para Sophia e cada uma de suas filhas uma quantidade de dinheiro suficiente para elas manterem um bom padrão de vida sem trabalhar muito, infelizmente descobriram que elas torraram o todo o dinheiro em peças de vestuário, viagens e jóias caríssimas. Em resumo, elas não tinham direito à mais nada do meu pai, todas estão com dívidas no banco – por que Sophia fez muitos pagamentos pelas contas das filhas, sem que essas nem desconfiassem – e não tinham dinheiro algum para iniciar a nova vida.
Falei com os advogados de Christopher – que agora que eram meus também – e ofereci-me para dar uma casa para as três, mas fui rudemente rechaçada. Não tentei uma segunda vez. Eu também não quis prestar queixa contra nem uma delas, pois ainda que tenha sido grave o que fizeram, um processo levaria muito e a própria vida já estava castigando-as, assim preferi esquecer delas e focar no futuro.
— Dul? — Ouvi a voz de Ucker chamando de longe.
— Aqui, amor. — Falei colocando a cabeça para fora da sala de jantar o encontrando na metade do corredor, imediatamente ele veio até mim e segurou minha cintura, juntando nossos corpos.
Estávamos na mansão de seus pais – aquela onde ocorreu o baile – fazendo os últimos ajustes para nosso casamento, que ocorreria no dia seguinte. Optamos por uma cerimônia pequena, com poucos convidados e no romântico jardim florido da mansão.
— Ah, por que você sempre some quando vem a essa casa? — Ele perguntou a centímetros dos meus lábios e em seguida me beijou apaixonadamente. — Estou pensando seriamente em não trazê-la mais aqui ou então amarrá-la a mim. — Ele falou com um sorriso, em um misto de seriedade e brincadeira que me fez rir.
— Bobo. — Dei um selinho em seus lábios e acariciei seu rosto. — Não estava sumida, só aproveitei que Mai e Christian subiram se pegar para verificar a disposição dos lugares e confirmar mais uma vez a entrega com a florista.
Nós fomos abraçados até a mesa que estava cheia de documentos espalhados e ele olhou por cima do meu ombro, verificando por cima o que eu tinha feito até agora.
— E está tudo do jeitinho que você quer? — Ele perguntou sem me soltar. — Porque se não estiver, ainda podemos mudar o que você quiser. Menos o noivo, é claro.
— Está tudo perfeito. — Assegurei me aconchegando em seu peito. — E eu jamais me casaria se você não fosse o noivo. — Puxei uma de suas mãos de minha cintura e a beijei.
— Ah! Finalmente achei vocês! — Annie apareceu na porta de repente. — A surpresa chegou, Chris!
— Que surpresa? — Perguntei olhando de um para o outro.
— Se é surpresa eu não posso contar, princesa. — Ucker falou em tom provocativo.
— Ucker! — Franzi o cenho e fiz um biquinho.
— Vocês são muito melosos, credo! — Annie fez uma careta. — Venham logo. — Ela pediu e já saiu andando, nos logo a seguimos.
Seu cabelo castanho escuro balançava na altura dos ombros conforme ela andava elegantemente. Sua barriguinha de grávida de quatro meses já começava a aparecer, mas ela ainda a disfarçava com vestidos soltinhos, se adaptando aos poucos com a notícia. Ela e Alfonso – seu noivo – descobriram mês passado e apesar de estarem felizes também estavam impactados com a gravidez inesperada.
Nesse tempo que passou eu também tive a oportunidade de conhecer o noivo de Annie e Christian, namorado de Mai. Eles são bem divertidos e perdidamente apaixonados pelas minhas amigas/cunhadas. Aliás, se por um lado Annie e Poncho adiantaram a data do casamento, Chris tem sofrido para fazer Mai aceitar noivar com ele, chegava a ser engraçado ver as tentativas que o loiro fazia, mas de pouquinho em pouquinho elas começavam a dar furtos e amolecer o coração daquela morena bonita.
Fomos até a sala de estar e lá tinha apenas uma caixa vermelha posta sobre o tapete, em um dos sofás brancos estava Poncho, que assim que viu a noiva abriu os braços, que logo foram preenchidos por uma Annie sorridente.
— O que é isso? — Perguntei olhando desconfiada para caixa.
— É sua, pode abrir. — Ucker me soltou e me deu um empurrãozinho na direção do embrulho.
Andei cautelosamente até a caixa e me abaixei em frente a ela, levantando a tampa com cuidado. Não podia acreditar naquilo.
— É um… uma… — Fiquei sem fala, apenas a dálmata que me olhava com olhinhos brilhantes. — É minha? — Perguntei olhando para Ucker.
Assim que ele assentiu eu peguei a filhotinha no colo e a trouxe para meu peito, a abraçando com cuidado. Christopher se abaixou do meu lado e fez um carinho na cabeça pintada da cachorrinha e recebeu uma lambida na mão.
— Obrigada, amor! Muito obrigada! — Beijei a bochecha do homem que eu mais amo nesse mundo. — Eu a amei! Olha como ela é linda! — Acariciei a cabecinha macia da canina.
— Quem bom que gostou. Eu escolhi ela pelos olhos, são castanhos e inocentes, iguais aos seus. — Christopher falou para mim, com o sorriso mais lindo do mundo.
— Christopher Uckermann, você acabou mesmo de comparar meus olhos com os da cachorrinha? — Falei em falso tom sério.
— Ah, se fosse eu, me separava! Só podem me chamar de cachorra se estiver na cama comigo! — Mai entrou na sala já soltando uma de suas maravilhosas frases. Meu rosto corou com o comentário e Christopher lançou um olhar sério para o cunhado, que estava com um braço ao redor da cintura de Maite.
— Ah é, morena? — Christian trocou um olhar malicioso com a namorada, ignorando Ucker.
— Vocês são nojentos. — Annie fez uma careta. — Não sei quem é pior, os dois com fogo no rabo ou o casal conto de fadas. — Apontou para Mai e Chris primeiro e depois para mim e Ucker.
— O casal conto de fadas. — As irmãs e seus cônjuges falaram juntos olhando para meu noivo e eu.
— E então qual vai ser o nome desse bebezinho lindo? — Mai se jogou que nem criança no tapete e acariciou a cachorrinha.
— Humm… Deixe eu ver… Você tem cara de... — Falei encarando a filhote. — Alegria! Você vai se chamar alegria. — Determinei e a dálmata balançou o rabinho, parecendo aprovar o nome.
~***~
Os resto da tarde passou bem, estávamos todos nos divertindo – todos iriamos dormir na mansão por conta do dia seguinte – mas a noite, depois do jantar eu fiquei um pouco nervosa com o dia seguinte. Não de fato com o casamento, disso eu tinha certeza, o meu problema era a noite de núpcias. Algum tempo atrás, quando eu e Ucker estávamos nos beijando intensamente eu acabei confessando que ainda era virgem, ele não se incomodou nem pressionou, mas isso não tirou a preocupação que eu tinha sobre o assunto.
Falei com Annie, Mai, Zoraida – uma amiga próxima que conheci na faculdade de veterinária – e até mesmo com minha sogra, todas falaram que nessa hora é só ter calma e confiança no parceiro que as coisas iam fluindo naturalmente, que nosso corpo sabia o que fazer. Minhas cunhadas e Zora ainda me falaram que o Christopher saberia o que fazer e que até eu aprender o que fazer e ganhar confiança nesse momento ele podia me guiar, mas elas achavam que era provável que mais rápido do que eu imaginava eu já estaria tomando a iniciativa.
Enfim, eu estava preocupada essa noite e tinha decidido dormir em um quarto separado do de Ucker – coisa que não fazia desde que fui morar com ele – para poder me acalmar e ele tinha entendido que eu precisava de espaço. Quando todos fomos deitar ele foi comigo até a porta do meu e beijou minha testa, desejando boa noite antes de eu entrar, na hora eu achei bom, mas agora, rolando na cama sem conseguir desligar os pensamentos me sentia horrível.
Não pensei muito e levantei, rapidamente atravessei os corredores escuros e assim que cheguei na porta do quarto de Ucker eu bati, no segundo toque a porta abriu.
— O que uma moça tão bonita faz em meu quarto a essa hora da noite? Já vou avisando que sou comprometido. — Christopher brincou e até conseguiu me fazer sorrir, mas assim que viu a preocupação em meu me puxou para dentro do quarto e me abraçou. — Você está bem, querida?
— Eu… — Hesitei por um momento. — Eu estou nervosa.
— Com o casamento? Tudo bem, isso é normal. Também estou nervoso. — Ele admitiu me olhando, mas de repente seu olhar levemente envergonhado mudou para o de preocupação. — Espera, você não sabe mais se quer casar comigo, é isso? Porque se for isso, eu juro que vai valer a pena casar comigo, você sabe que eu te amo e…
— Não, Ucker. Não é isso, amor. — O cortei e falei calmamente, acariciando suas costa. — Eu estou preocupada com… com a noite… sabe… depois do casamento… — Eu falei sem jeito, sem conseguir olhar em seus olhos.
Ele fechou a porta e depois me levou até a cama, sentando do meu lado e segurando minhas mãos ele me fez encara-lo.
— Dulce, meu amor, eu já te falei, mas repetirei quantas vezes for preciso. — Falou calmo sem tirar os olhos dos meus. — Eu te amo e isso não vai mudar se nós não fizermos amor amanhã ou depois. Vamos no seu ritmo, quando se sentir confortável e preparada vamos fazê-lo. — Acariciou meu rosto olhando-me com aquele olhar apaixonado que fazia meu coração errar uma batida. — Sexo é prazeroso e você não precisa temê-lo. Quando estiver pronta para experimentá-lo, eu estarei pronto para te guiar e enquanto esse momento não chega vamos continuar fazendo como estivemos fazendo até aqui. — Ele beijou minha testa.
— Mas… Você não quer que… que aconteça amanhã? — Perguntei forçando-me a olhar em seus olhos. — Quer dizer não é uma tradição?
— Dulce, vou ser sincero com você como tenho sido até agora. Você é sexy e é a mulher que eu amo, com certeza eu quero fazer amor com você, desde o dia do baile para ser bem sincero, mas só quando eu souber que você tem certeza disso. — Ele olhou em meus como se quisesse fixar suas palavras em mim e eu estaria mentindo se dissesse que não me sinto um pouco mais tranquila. — E não é porque algo é “tradição” que somos obrigados a seguir.
Eu me ajoelhei na cama e entrei entre seus braços, abraçando-o apertado antes de beijar seu queixo, menos preocupada.
— Obrigada. — Dei um selinho em seus lábios. — Eu te amo muito.
— Te amo mais. — Falou sobre meus lábios, antes de dar-me um beijo francês, com língua e tudo.
Ele apagou as luzes e nós nos deitamos lado a lado, para logo em seguida eu ficar de costas para ele, fazendo uma conchinha confortável e quentinha. O melhor lugar do mundo para mim, era ali, entre seus braços.
~***~
Eu havia acordado cedo e passado o dia todo longe de Ucker. Eu e as meninas passamos o dia nos arrumando – com direito a massagem e tudo mais – em uma confusão de vestidos sapatos e penteados, tudo entre risadas e brincadeiras.
Meu vestido era no estilo princesa, desenhado por Annie especialmente para mim. Era ombro a ombro, com mangas de tule que iam até meus cotovelos, o corpete tinha decote em formato de coração e o corpete era todo decorado com renda florida que se desfazia aos poucos pelo final do quadril e reaparecia no final da saia bufante e na cauda. Os sapatos brancos tinham o salto decorado e foram presentes da senhora Uckermann e nos cabelos soltos eu usei um discreto adorno dourado.
A festa estava perfeita, do jeitinho que eu desejei. Tulipas, peônias e as tradicionais gipsofilas estavam espalhadas por todos os cantos, dos arranjos das mesas aos do teto as flores em tons de branco e rosa pálido estavam, compondo uma decoração delicada escolhida por mim e Christopher. Tivemos pouco mais de cinquenta convidados – todos amigos e parentes – e tudo ocorreu bem, nos empanturramos de comida, dançamos a clássica valsa e outras tantas música. Também tivemos o momento vergonhoso onde Ucker tirou a liga da minha coxa com a boca – quase fiquei roxa de tanta vergonha, mas ele riu malicioso o tempo todo – que foi jogada para os solteiros da festa, momento no qual Christian lutou – e conseguiu – para pegá-la como se sua vida dependesse disso e a icônica hora de jogar o buquê. Todas as solteiras alinhadas atrás de mim ansiosas para serem as próximas noivas, mas como se o destino estivesse querendo deixar algo claro, o buquê caiu certeiro no colo de Mai que estava afastada do grupo afoito, que soltou um comentário sobre como estava indignada com aquilo, mas lançou um olhar cheio de significação para Chris e não soltou mais o conjunto de flores.
Embora a festa inteira tenha me agradado havia os momentos que eu mais gostei, em ordem cronológica: o momento em que dissemos sim e trocamos as alianças, quando nos beijamos intensamente selando nosso compromisso, quando cortamos o bolo para logo em seguida dançarmos a valsa e o mais especial, quando ninguém estava olhando, Ucker me puxou para uma sala vazia nos dando privacidade para nos declarar e agarrar como queríamos, com direito a palavras de fofas à maliciosas e mãos bobas e ousadas.
Lá pelo início da festa Annie, Mai e Zora me tiraram discretamente do jardim e me levaram para meu quarto e eu vi Ucker também ser arrastado pelos cunhados. Eu tinha guardar algumas coisas na minha mala de viagem e também tomar banho e trocar de roupa, afinal eu não queria fazer uma viagem de uma hora vestido um enorme vestido cheio de babados, por mais bonito que ele fosse.
Quando saí do banho as meninas me ajudaram a secar e pentear meu cabelo, ajudaram eu ajustar a reveladora lingerie branco-perolado – presente da Mai –que tinha muita renda e transparência, tanto que o sutiã tinha apenas algumas rendinhas para “esconder” meus mamilos e calcinha era minúscula que deixava ver quase toda minha “preciosa”. Embora estivesse envergonhada, não podia negar que me sentia sexy e um tanto poderosa com aquela lingerie. Também substitui o vestido de noiva por um vestido curto em estilo quimono – regalo de Zora – de cetim esverdeado com detalhes em costura branca, mangas que iam até meus cotovelos e apenas dois botões para mantê-lo fechado, um no pescoço e outro na altura do meu seio direito. E todo tempo me deram conselhos, explicaram e deram dicas sobre sexo – como se não tivessem passado semanas fazendo isso – fizeram brincadeiras e deixaram-me mais relaxada e calma, tirando um pouco da apreensão que eu voltei a sentir.
Quando eu estava pronta elas me levaram como se fossem meu cortejo até a porta de entrada da mansão, onde Ucker me esperava rodeado dos cunhados e alguns amigos próximos, ele também parecia ter tomado banho e usava uma calça e uma camisa, ambas elegantes e em tom escuro. Fomos abraçados por seus pais, irmãs e amigos nossos e depois todos praticamente empurraram nós dois para dentro do carro que nos levaria para onde passaríamos nossa lua de mel – em um chalé afastado da cidade, pertencente à família do meu marido – sob o som de assobios, piadas e gracejos maliciosos.
~***~
A maior parte do caminho foi feito em silêncio, como se Christopher soubesse que eu precisava daquele momento de reflexão. Embora não tenha falado nada, Ucker manteve um braço ao redor da minha cintura o trajeto todo, acariciando meus cabelos e beijando ocasionalmente minha testa.
Quando chegamos eu me surpreendi, o chalé era maior do que eu esperava, tinha madeira a mostra e janelas do teto ao chão na fachada, com uma porta na lateral. Assim que descemos e nossas malas foram tiradas do carro, o motorista partiu, deixando Ucker e eu a sós do lado de fora, sob o céu noturno e estrelado.
— Venha, vamos entrar. — Christopher segurou minha mão e me puxou para dentro.
A sala era luxuosa, mas muito aconchegante, toda decorada em tons quentes e madeira a mostra. A cozinha ficava ao lado, com acesso à sala através de uma abertura na parede que as dividia, também era muito bem decorada e bem abastecida, de uma de suas janelas era possível ver uma jacuzzi do lado de fora.
— Nosso quarto fica no andar de cima. — Ucker falou de repente, me assustando.
— Ah, sim, vamos subir. — Falei sem jeito e fui até nossas malas pegando as duas menores. — Deixa eu te ajudar.
Nós subimos para o segundo andar que abrigava uma suíte grande com direito uma lareira de frente à cama de casal, as únicas fontes de iluminação eram duas luzes suaves situadas na cabeceira da cama. Largamos as malas num canto e depois que eu saciei minha curiosidade sobre a decoração do banheiro, ficamos um de frente para o outro, ambos parecendo meio sem jeito.
— O que você quer fazer primeiro? — Perguntei só para quebrar o silêncio.
— Tirar seus sapatos. — Ele sentenciou depois de olhar para meus pés por um momento.
— O que… por quê?
— Porque a última vez que você usou eles fugiu de mim e eu não estou nem um pouco disposto a deixa-la escapar hoje. — Ele me deu um sorriso meio brincalhão meio malicioso, quebrando o clima tenso. — Vem, senta aqui. — Pediu e indicou a cama.
Assim que eu o fiz ele tirou meus sapatos com cuidado – que eram os mesmos que usei na noite do baile – e depois beijou delicadamente meus pés. Depois de colocar os calçados em um cantinho tirou os próprios, em seguida ligou o som que havia em um canto do quarto e uma música suave começou a tocar.
— Me concede essa dança? — Ele esticou uma mão e eu prontamente a agarrei, juntando nossos corpos.
— Acho que estamos um pouco nervosos. — Eu murmurei depois de alguns passos e ele assentiu com um leve sorriso.
— Podemos deixar as coisas fluírem? — Ele perguntou olhando em meus olhos. — Sem o compromisso de ir até o fim, se se sentir insegura basta falar e paramos. — Continuou sem deixar de me olhar, mostrando que falava sério. — Quer tentar? — Ao invés de responder com palavras, grudei nossos lábios, em um sim mudo.
Nos beijamos calmamente no início, sem deixar de dançar, acariciando o rosto um do outro. Sem forçar, naturalmente, nossos beijos começaram a ganhar mais intensidade, assim como suas caricias em minha cintura e as minhas em seus ombros, a música e a dança foram, aos poucos, ficando em segundo plano.
Sem perceber e sem separar nossos minhas mãos ganharam vida e procuraram os botões de sua camisa, soltando desajeitadamente cada um até que eu pudesse, com a ajuda de Ucker, tirar o tecido de seus ombros. Fomos andando instintivamente até a cama, ainda nos beijando, quando a parte de trás dos meus joelhos bateram no colchão macio, Ucker me empurrou delicadamente até que eu estivesse deitada.
Nos afastamos um pouco para nos ajeitarmos melhor na cama, eu deitada bem no meio e ele pairando sobre mim. Depois de me olhar intensamente, pedindo silenciosamente meu consentimento, Ucker voltou a me beijar, explorando cada canto da minha boca. Quando o ar nos faltou, seus beijos desceram para meu pescoço, enquanto eu passei a explorar seus ombros e costas com ambas as mãos. Christopher beijou o espaço entre minhas clavículas e depois de trocar um olhar comigo abriu os botões do meu vestido, escorregou-o por meus braços e analisou com cuidado cada pedaço de pele que era exposto. Nos sentamos frente a frente e ele me ajudou a tirar o resto do vestido, jogando-o longe logo em seguida.
Encaramos um ao outro, com olhares de desejo de ambas as partes. Meu corpo todo estava quente, meus mamilos estavam enrijecidos sob a renda do sutiã e minha intimidade começava a ficar úmida. Lentamente descemos nossas vistas um para o corpo do outro, quando meus olhos encontraram o meio de suas pernas, ainda cobertas pela calça era possível ver o contorno de sua excitação e mesmo estando envergonhada minha excitação cresceu ante aquela visão.
— Tão linda… tão minha. — Ucker murmurou, passando o dedo lentamente sobre a renda no topo do meu sutiã, parecendo estar hipnotizado. — Posso tirar? — Perguntou com os olhos grudados nos meus.
Sem coragem para falar eu apenas assenti com a cabeça e no instante seguinte suas mãos soltaram habilmente o fecho da peça. Quando meus seios saltaram livres do tecido meu rosto aqueceu mais e instintivamente me abracei a ele para esconder meu rosto em seu pescoço.
— Dul… quer parar? — Ele perguntou erguendo meu rosto para que pudesse ver meus olhos, mas eu apenas neguei com a cabeça. — Por favor, fale comigo, está me deixando preocupado. O que há de errado?
— Nada… é só que… — Ele acariciou meu rosto me incentivando a continuar. — Posso tirar sua calça?… Acho que vou me sentir mais confortável se você estiver igual a mim. — Falei voltando a esconder o rosto.
— Você sempre pode tirar minha calça, Dul. — Ele falou em um tom quase brincalhão que me fez abrir um sorriso.
Ele afastou nossos corpos um pouco e depois de um suspiro tomei coragem e estiquei as mãos, tocando no cinto de sua calça. Com as mãos um pouco trêmulas desafivelei a tira de couro e depois com um puxão tirei-a jogando-a longe, depois um pouco mais ousada puxei o zíper de sua calça, mas para tirá-la por completo Ucker teve que sair da cama voltando para ela tão rápido como tinha saído. Agora estando igualmente “vestidos” voltamos a nos analisar.
— Você deveria ser proibido de usar cuecas brancas, eu praticamente posso ver seu… seu pênis. — Falei depois de um tempo, mas nem percebi que meu pensamento saiu em voz alta.
— Só eu? Sua calcinha também não deixa muito para imaginação. — Brincou rindo e passando de leve um dedo sobre a borda da diminuta peça que me cobria, fazendo vários arrepios cobrirem meu corpo e eu umedecer um pouco mais.
Eu não o respondi, sentindo uma nova onda de desejo grudei nossos lábios e juntei nossos corpos, beijando-o com ganas e desejo, querendo descobrir até onde aquelas sensações estranhas poderiam me levar. Conforme nosso beijo foi intensificando, voltamos a deitar na cama, ele por cima de mim e eu tão curiosa e desejosa que começava a não me importar em estar seminua na frente de um homem pela primeira vez.
Quando o ar nos faltou, Ucker desceu os beijos por meu pescoço e ombros, mas dessa vez não parou, simplesmente desceu mais até alcançar meus seios colocando a boca sobre um, acariciando o outro com um mão. E eu simplesmente vi estrelas, com uma sensação nunca antes experimentada. Suas carícias se intensificavam a cada instante e eu parecia ir cada vez mais alto rumo a algo desconhecido, porém ele inesperadamente parou as carícias, começando a beijar minha barriga.
— Na-não… — Desconcertada e insatisfeita, desejando um alívio de algo que eu nem conseguia nomear.
— Calma. — Ucker falou com um sorriso malicioso me olhando de baixo para cima. — Vou fazer algo que você vai gostar ainda mais. — Disse pouco antes de depositar um beijo sobre minha intimidade, ainda coberta pela minúscula calcinha. — Vou tirá-la, tudo bem? — Ucker avisou colocando as mãos nas laterais e como resposta eu apenas levantei o quadril para facilitar a retirada da peça.
Agora eu estava muito excitada e igualmente curiosa, não conseguia sequer ficar envergonhada. Lentamente Christopher tirou a peça e jogou-a longe, em seguida, olhando para mim, desceu o rosto até minha intimidade inalando meu aroma para em seguida depositar um beijo na minha região mais íntima.
— Tão molhada e doce. — Murmurou mais para si do que para mim.
O que veio a seguir foi difícil de definir. Sua boca passou por toda minha intimidade, fazendo carícias que eu só tinha ouvido falar, causando tantas sensações que meus pensamentos ficaram embaralhados. A medida que eu parecia me aproximar de um ápice desconhecido, ele esticou uma das mãos para acariciar alternadamente meus seios, enquanto usava sua outra mão para ajudar nas carícias lá embaixo, introduzindo primeiro um dedo e depois dois dentro de mim, sem nunca deixar de usar sua boca.
Tive a sensação de estar subindo cada vez mais alto, mais e mais até que caí em queda livre, na melhor e mais inesperada das sensações já tive. Nesse momento meu corpo arqueou levemente e minhas mãos largaram os lençóis, indo direto para os cabelos escuros de Christopher, instintivamente segurando sua cabeça lá com medo de que ele parasse na melhor parte.
Fiquei meio desnorteada por alguns instantes enquanto voltava do meu primeiro orgasmo. Quando consegui focar-me abrir os olhos, Ucker ainda estava entre minhas pernas e me olhava cheio de desejo.
— Isso foi incrível! — Murmurei com um enorme sorriso, apoiando-me em meus cotovelos para vê-lo melhor.
— Incrível é vê-la gozar. — Foi a resposta dele que voltou a ficar sobre mim, dessa vez deixando-me sentir sua intimidade sobre a minha, que com apenas seu leve movimento voltou a formigar.
— Você quer que eu faça isso… em você? — Eu perguntei um pouco apreensiva, me parecia injusto não retribuir, mas não sabia se estava pronta para aquilo.
— Outro dia. Por agora só quero que me beije. — Nem tinha terminado de responder e colou nossas bocas. Abri a minha receosa do meu próprio gosto em sua língua, mas inesperadamente, ainda que estranho, eu tinha um gosto bom e esse estava sendo um dos beijos mais sensuais e excitantes da minha vida. — Você quer continuar? — Ucker perguntou quando o ar nos faltou me olhando seriamente.
— Sim. — Respondi decidida, o que o fez abrir um grande sorriso. — Mas… você pode… ir… devagar? — Pedi, com um pouco de medo da dor que eu poderia sentir.
— No seu ritmo. Irei tão lento quanto você precisar. — Falou em tom de promessa e me deu um selinho.
Christopher saiu da cama no instante seguinte, foi até uma das malas e pude ver ele tirar um pacotinho laminado de lá – que supus ser uma camisinha – e depois tirou rapidamente a última peça que o cobria, deixando a vista seu membro. Eu não era uma grande conhecedora de corpos masculinos, mas creio que meu marido era muito bem provido no tamanho e espessura de seu pênis, confesso que fiquei um pouco insegura sobre como nossos corpos se uniriam.
— Tudo bem? — Ucker perguntou quando voltou para cama, sentando de frente para mim. Foi aí que eu percebi que não tinha tirado os olhos do meio de suas pernas.
— Sim… mas você tem certeza que vamos nos encaixar? Você é… — Indiquei sua intimidade, mas ele apenas levantou as sobrancelhas como se não entendesse. — Seu membro é grande, é isso. — Meu rosto corou, mesmo eu tendo falado rápido.
— Obrigado. — Ele agradeceu com um sorriso convencido e malicioso. — Não se preocupe, amor, com toda a certeza nós nos encaixaremos. — Ele beijou a ponta do meu nariz.
Eu voltei a me deitar e mais uma vez ele ficou sobre mim, voltamos a nos beijar, reconstruindo o clima. Christopher encostou seu corpo no meu, de modo que eu pudesse senti-lo e seu membro se tornasse mais familiar, ao mesmo tempo uma de suas mãos fazia carinhos ousados por meu corpo, dando atenção especial aos meus seios e principalmente a minha intimidade.
Quando eu estava no topo do precipício, pronta e ansiosa para cair, Ucker afastou-se por um momento – pelo cantinho do olho pude vê-lo colocar a camisinha – e logo em seguida seu membro estava entre minhas pernas, alinhado com minha abertura.
— Posso? — Seu tom era levemente suplicante e foi aí que eu percebi que ele provavelmente se sentia como eu.
— Por favor. — Abri meu melhor sorriso malicioso.
Então lentamente ele empurrou seu membro. Eu sentia meu corpo se “abrir” aos poucos para recebê-lo, quando meu hímen foi rompido senti uma ardência uma dor um pouquinho maior do que esperava, por isso apertei meus dedos em suas costas, ele empurrou apenas um pouco mais e parou. Durante todo o momento nos encaramos com todo nosso amor e desejo transbordando em nossos olhares.
— Sinto muito, amor. Vou ficar parado agora. — Ele acariciou meu rosto e o encheu de beijos.
— Obrigada. — Acariciei seu rosto e o beijei, imitando seus gestos. — Você pode me beijar?
— Sempre. — Ucker sussurrou sobre meus lábios antes de me beijar.
Mais uma vez o clima esquentou e sem necessidade aviso começamos a nos mover, primeiro lentamente me dando tempo para me acostumar com a sensação e entender como eu deveria mover-me, depois, aos poucos, fomos aumentando a velocidade. Ucker em nem um momento deixou de me acariciar e isso possibilitou que eu alcançasse o clímax mais uma vez naquela noite, dessa vez junto com ele.
Depois de terminarmos eu sentia meu corpo todo mole e uma sonolência gosta, sem falar na sensação de satisfação percorria todo meu corpo. Quando eu estava no meio do caminho entre a realidade e o mundo dos sonhos, senti Christopher passar o que supus ser uma toalhinha morna, vagamente ouvindo ele falar sobre me limpar e em seguida ele estava deitado ao meu lado, puxando-me para seu peito.
— Eu te amo, sabia? — Murmurei sonolenta, fazendo um carinho em seu rosto com a ponta do dedo indicador.
— Sabia. — Ele respondeu com um tom convencido e aquele sorriso perfeito e em seguida beijou meus lábios de leve. — Eu também te amo, mas agora você precisa dormir. — Ele beijou minha testa.
Com um sorriso nos lábios eu fechei os olhos e caí na inconsciência, dormindo no lugar mais perfeito do mundo, entre os braços do meu amado ouvindo a suave batida de seu coração.
~***~
ttm: Continuei, amore! S2
Fofuras,
A penultima parte dessa história, espero que tenham gostado! O hot não tá lá essas coisas, mas eu espero que tenha ficado pelo menos aceitável! Antes de ir, eu gostaria de saber se vcs gostariam que eu colocasse um cap. extra com algumas curiosidades sobre essa história e as imagens que inspiraram as roupas da Dulce? Até amanhã!
Comentem y Favoritem!
Besos y Besos, Lindezas!!! 😘😘😘
Autor(a): Srta.Talia
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Christopher Uckermann Cinco anos haviam passado desde que eu e Dul tínhamos e cada um deles tinha sido maravilhoso. Hoje estávamos na casa de meus em mais um dos tradicionais almoços de domingo e eu, meus cunhados e meu pai estávamos sentados em uma mesa no jardim, observando as mulheres de nossas vidas se divertindo na piscina como se não ...
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Comentários da Fanfic 5
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thayna_chagas Postado em 01/05/2021 - 15:55:47
Amei essa mini fic, mesmo sendo uma história curtinha conseguiu me deixar apaixonada com cada detalhe S2
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ttm Postado em 22/04/2020 - 22:02:52
gostaria siiim, continua sz
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ttm Postado em 21/04/2020 - 20:00:31
continuaaa sz
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lariiidevonne Postado em 20/04/2020 - 19:58:18
Contínua! Que fic maravilhosa :)
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ttm Postado em 20/04/2020 - 19:26:23
continua