Fanfic: Criminosa (Vondy) | Tema: Rebelde

POV Christopher

Estava sendo agonizante ver Dulce naquele estado. Ela estava apagada fazia quase meia-hora. Eu checada o seu pulso o tempo todo e pressionava a ferida tentando estancar o sangue. Já havia decidido leva-la ao hospital quando ouvi a campanhia e sai correndo.

- Sou Christian - ele entrou na casa sem esperar um convite e o levei ate o quarto

Ele não falou mais nada e a examinou.

- É melhor mesmo que ela tenha apagado - O que eu vi a seguir foi um filme de terror. Ele extraindo algo do braço dela que logo vi que era uma bala. Mas que merda era que Dulce estava metida? Ele definitivamente não a conhecia mais e hoje ele estava assustado por tudo que estava vendo. Sangue nas paredes, janela e no chão. O sangue dela e ela completamente desacordada. 

Eu via Christian dar pontos no braço dela e a escutei respirar fundo. Ela estava acordando

- Roberta não se mexa - pra mim era estranho ouvir alguem chamando ela de Roberta

- Puta merda - ela fechou os olhos com força pela dor, ele passou uma toalha pra ela e ela mordeu enquanto terminava de fechar a ferida. A vi morder a toalha com força pra não gritar. E eu não sabia o que fazer, aquilo estava me despedaçando.

Ela estava metida em alguma merda grande. E fazia sentido por que ela queria afasta-lo e proteger a Anahí. Mas ele não queria julgá-la, conhecia Dulce o suficiente para saber que Dulce era uma sobrevivente e fez o que podia para seguir em frente. E ela era muito mais corajosa que ele.

Me aproximei dela sentando do seu lado e segurei sua mao. Ela levantou os olhos e pude ver que estava exausta e frágil. A vi encostar a cabeça em meu ombro e não pude falar nada. Sabia que não era o momento pra isso.

Christian me passou os cuidados que deveria ter com ela e os remedios e foi embora. Tão impessoal como entrou e parecia que aquilo era normal pra ele. Coloquei Dulce na cama e estava limpando tudo enquanto ela dormia. Ainda estava tentando processar tudo e tinha muito mais perguntas do que respostas. Parava toda hora pra ver se Dulce estava bem

- Eu não morrer, voce pode parar de se preocupar - ela abriu os olhos e me deu um sorriso fraco

- Você quer alguma coisa?? - me aproximei dela, a preocupação estampada na sua voz

- Água por favor e o meu telefone

POV Dulce María

Fazia tempo que não tinha se metido em um problema desses. Já tinha levado um tiro antes mas já fazia alguns anos. Tinha algumas cicatrizes que a lembravam da dureza da sua vida nos últimos anos. Sempre acontecia um arranhão ou outro mas um tiro? Essa merda tinha ferrado tudo. Sabia que não poderia confiar naqueles idiotas e a sua liberdade ficou mais distante depois desse roubo fracassado. Christopher me deu o telefone e foi buscar água pra mim.

Rapidamente liguei para Poncho, precisava saber o que tinha acontecido

- A polícia pegou tudo, perdemos a grana - eu suspirei frustrada - Mas o cara foi apagado

- Isso é culpa sua poncho - gritei exacerbada - Onde você achou esses idiotas? Eu levei um tiro por isso

- Eu falhei e eu sei disso - disse entredentes - Você esta bem? Onde você esta?

- Estou segura mas vou ter que ficar fora uns dias

- Precisa de alguma coisa? - ele soou preocupado

- Não precisa fingir preocupação ponchito, isso não combina com você - falei irônica

- Você é uma mão de obra valiosa - ele soou divertido - e digamos que um bom passatempo

- E você tambem é um otimo passatempo ponchito - desdenhei mas no fundo me divertia. Era uma boa companhia, apenas isso. Escutei a porta abrir e era Christopher

- Preciso ir - e desliguei antes de escutar uma resposta

- Quem é ponchito? - ele me olhava irritado

- Escutando atrás da Porta Christopher? - arqueei a sobrancelha

- Você não me respondeu - ele me entregou o copo e cruzou os braços

- Ninguém que você deveria saber - suspirei 

- No que você esta metida Dulce María? - ele me olhava sério, o olhar cheio de preocupação

Tentei me sentir e senti uma dor aguda, ele correu pra me ajudar.

- Nada bonito e nada que você deveria se envolver ou saber - o olhei nos olhos - Esse é o motivo que quero você longe de mim. Isso vai acontecer mais vezes e tudo bem pra mim. Mas não quero ngm mais correndo risco e quem fica perto de mim corre perigo Christopher

- Não tem como você sair disso Dul? - ele segurava meu rosto

- Eu quero, estava tentando - fui sincera - Mas ainda não posso - fugi do seu olhar

- Eu pensei que você estava morrendo Dul - ele me fez olha-lo - Entenda que eu te amo, saia disso por favor - ele me beijou e eu me permiti. Ele me beijava com desespero pero só tocava meu rosto. Senti que ele tinha medo de machucar. Eu sorri entre o beijo. Eu o amava também

Ele me ajudou a tirar minha roupas sujas de sangue e me deu banho. Não havia nenhuma segunda intenção ali e eu me sentia bem em ser cuidada por ele. Eu sentia saudades dele mas não queria admitir aquilo para mim mesma. Ele me ajudou a colocar uma de suas camisas e deitou comigo na cama.

- Me deixa cuidar de voce - ele me abraçava por trás com cuidado, beijando meu pescoço

- Você esta usando um golpe baixo - eu não podia esconder um sorriso

- Eu vou usar todos as armas que tenho pra ter você o máximo possivel - ele me apertou em seu abraço

- Eu vou ficar aqui hoje - respondi tentando fingir que aquelas palavras não tinham me tocado - Eu estou aqui agora

Eu fechei os olhos e cai no sono rapidamente. A sensação dele proximo a mim me dava uma paz que eu precisava.