Fanfic: Omnitranil | Tema: Ben 10
― E aí, alguma novidade? ― perguntou Kevin enquanto dirigia em alta velocidade.
― Nada ainda... ― respondeu Gwen. A jovem de joelhos sobre o banco traseiro mantinha-se em concentração mágica, com feixes de mantra que saía de suas mãos e rodeavam o corpo desacordado de Ben em busca de qualquer problema biológico ou mágico que tivesse afetado o primo. ― Conseguiu falar com o vô Max?
― Já.
― E?
― E ele disse que não tem ideia do que poderia ter acontecido.
Kevin faz uma curva fechada para esquerda em sem diminuir a velocidade, fazendo Gwen bater a cabeça no vidro e perder a concentração.
― Ai, Kevin!
― Foi mal...
― A gente não consegue ajudar o Ben se a gente morrer! Quer fazer o favor de dirigir direito?
― Você que me mandou correr.
O carro faz outra curva, agora para a direita e foi a vez de Ben bater a cabeça no vidro.
― Ai! ― reclamou Ben. O jovem começava a voltar a consciência.
― Ben! ― disse sua prima ― você está bem?
― Quem falou que é preciso magia pra acordar alguém, hein? ― disse Kevin com um sorriso irônico.
― Se quiser eu posso te mostrar que ela serve pra nocautear também ― respondeu Gwen. ― Quer tentar?
― Calma aí, ô nervosinha.
― Por que vocês estão discutindo, galera? ― perguntou Ben ainda meio zonzo.
― Desculpe, Ben ― respondeu Gwen ― Como você está se sentindo?
― Minha cabeça dói, mas acho que foi da pancada no vidro. ― A mão esquerda acariciava a cabeça no local dolorido. ― O que foi que aconteceu?
― Você apagou, Tenysson ― respondeu Kevin.
― Como assim apaguei? ― Ben começava a ficar inquieto no banco traseiro ― E o Albedo? Conseguiram pegar ele?
― Não, Ben ― respondeu Gwen ― na hora que você desmaiou a gente voltou correndo.
― Mas por quê!? A gente tem que ir atrás dele!
― E a gente vai, se acalma! ― Gwen apoiou a mão no ombro do primo ― Mas você precisa de ajuda, por isso que vamos te levar para o Vô Max antes.
― O quê!? Não gente, eu tô legal, olha! ― Ben apalpava o próprio corpo mostrando que não havia nenhum ferimento ― Nosso objetivo é o Albedo!
― Nosso objetivo é cuidar um do outro também, Ben!
― Então eu vou sozinho. ― Ben toca no disco do Omnitrix que se ativa já com o Holograma do Arraia-a-jato evidente. No entanto, ao tentar pressionar o núcleo do relógio sua mão bate numa bolha rosa e extremamente resistente que agora revestia não apena o relógio, mas também sua mão. ― Mas o que!?
― Ben, desiste, a gente vai te levar para o Vô Max ― disse Gwen.
― Gwen, solta minha mão!
― Aí, moleque! ― disse Kevin ― Eu concordo contigo que a gente tem que ir atrás do Albedo e descer o sarrafo nele, mas na moral, você está zoado, então sossega aí!
― Como assim?
Gwen e Kevin se entreolharam pelo reflexo do retrovisor. Sobrou pra Gwen explicar:
― Ben, quando a gente estava voltando para o carro a gente ouviu você gritar. Por isso voltamos correndo...
― Gritar?
― A gente viu você coberto pelo brilho verde do relógio, deveria estar se transformando, mas... Você gritava desesperadamente...
Ben abaixou a cabeça e tentou se lembrar de algo.
― Durou coisa de poucos segundos, mas a sensação que tivemos é de que havia várias vozes sua ecoando em gritos, choro e pedidos de socorro ao mesmo tempo de dentro do brilho...
― Foi assustador ― disse Kevin.
― Quando a luz verde se foi, você estava de pé, seu rosto estava lavado de lágrimas e depois você desmaiou.
― E-eu...
― Você ficou apagado uns vinte minutos, Tenysson.
― Quê!?
― É por isso que a gente ligou para o Vô Max ― disse Gwen ― Ele disse pra te deixar lá com ele e para irmos atrás do Albedo. Talvez ele tivesse feito alguma coisa com você e não sabemos.
Ben ficou calado. Ele não se lembrava de nada disso. Sentia-se cansado, mas era 1:30h da madrugada agora, quem não estaria cansado, pensou. Ele olhou para a paisagem fora do carro e viu seu próprio reflexo no vidro. O que foi que aconteceu lá?
― Está bem, eu vou ficar com o Vô Max ― disse Ben finalmente.
― Que bom que você aceitou ― disse Kevin ― pois acabamos de chegar.
Kevin freou o carro bruscamente faltando poucos centímetros para acertar o para-choque do trailer do Vô Max estacionado na frente da casa de Ben.
― Kevin! ― disse os primos ao mesmo tempo.
A porta do trailer se abriu e de dentro surge a figura de Max Tennyson trajando um óculos cibernético que descansava no topo da cabeça e um par de luvas de avançada tecnologia.
― Oi, crianças ― disse Vô Max com seu sorriso característico.
― Taí, Sr. Tennyson, está entregue. ― disse Kevin destravando as portas do carro.
Ben e Gwen desceram do carro. Gwen abriu a porta do passageiro, já Ben seguiu em direção ao avô.
― Quase me esqueci ― disse Gwen. Ela estalou os dedos que desfez a bolha ao redor da mão de Ben e entrou no carro ― Fique de olho nele, Vovô!
― Não se preocupe, Gwen ― disse Max acenando uma despedida ― qualquer novidade me informem e tomem cuidado!
O carro de Kevin seguiu pela rua do bairro residencial e seguiu noite adentro. Ben entrou no trailer seguido de seu avô.
― Vô Max, eu…
― Relaxa, Ben, o Kevin já me contou tudo.
― E o senhor sabe explicar o que aconteceu?
― Não.
Ben encarava o relógio em seu pulso com tristeza.
― Mas tenho hipóteses ― concluiu Max e seguiu em direção a um painel cheio de botões que surgiu embaixo do microondas.
― A lata-velha nunca deixa de me surpreender ― disse Ben com um sorriso de canto.
Max apertou dois botões e a mesa de refeições afundou no chão dando espaço para uma pilastra circular com cinco pontas de metal com uma disposição que lembrava uma mão semi-fechada com os dedos para cima.
― Vamos, Ben, coloque a sua mão aqui no meio.
― Vô… tem certeza que isso aí é seguro?
― Tenho sim, isso irá criar um campo de isolamento Ghurtyl impedindo que qualquer sistema de defesa do Omnitrix acabe nos ferindo.
― Tipo se autodestruir?
― Por exemplo. Vamos, coloque a mão dentro do campo.
Assim que Ben apoiou o relógio por sobre a pilastra, uma nova bolha azul revestiu não somente sua mão mas parte de seu antebraço também.
Já estou ficando de saco cheio dessas bolhas, pensou Ben.
Vô Max colocou seu óculos e apertou botões nas laterais das luvas ativando-as. Sua aparência lembrava a de um cientista louco. Max introduziu as mãos dentro do campo Ghurtyl e com muito cuidado investigava a sua superfície do Omnitrix.
― Ben, aconteceu algo com o relógio? Tem pequenas fissuras na superfície do disco.
― Albedo tentou arrancar o disco do peito do Friagem. Não. Quer dizer, tentou esmagar o disco mesmo…
Ben forçava a vista para tentar enxergar dentro da bolha luminosa.
― Na verdade, Vô Max, os buracos que ele fez no Omnitrix pareciam maiores antes.
― Talvez o relógio esteja tentando se consertar sozinho ― Max retira as mãos de dentro da bolha e segue em direção ao painel. ― Talvez se eu o escanear eu consiga descobrir o nível do dano que o Albedo causou.
Max apertou o botão do scanner e ambos observaram do teto da Lata-velha um dispositivo de forma semicircular descer e se posicionar por sobre o campo de isolamento.
― Iniciando escaneamento ― disse Max enquanto apertava um botão na tela de confirmação.
Um feixe de luz horizontal iniciou um caminho em direção a um lado a outro do relógio. No entanto, assim que o primeiro comprimento de onda do scanner tocou a superfície do Omnitrix, o relógio mudou de cor. Tornou-se laranja, um som agudo se ouviu de dentro do dispositivo e um pulso eletromagnético esférico revestiu o relógio e se expandiu por todo o bairro residencial, desligando imediatamente todo dispositivo elétrico na região.
Ben e seu avô mantinham-se paralisados em meio a escuridão no interior da Lata-velha.
― Vô?
― Estou aqui, Ben.
― O que aconteceu?
― Provavelmente algum mecanismo de defesa do relógio.
― Mas o tal do campo de isolamento não servia para isolar exatamente esse tipo de coisa?
― E isolou, ― Max abriu uma das janelas do trailer ― acabou a luz apenas do bairro e não do país.
Ben arregalou os olhos. O Omnitrix também era capaz de surpreendê-lo.
― E agora? O que a gente faz?
― Melhor você ir descansar, Ben. Eu vou tentar de alguma forma religar a energia.
Um dos alien elétricos seria de grande ajuda agora, pensou Ben.
O Omnitrix se encontrava com a luz vermelha típica que sinalizava um estou me recarregando então esquece de virar herói por agora.
― Tem certeza que não quer ajuda?
― Não se preocupe, pode ir descansar, acho que até o sol nascer tudo já esteja resolvido ― Max caminhava de um lado para outro no trailer procurando equipamentos e dispositivos. ― Eu vou entrar em contato novamente com o Azmuth também.
― O senhor falou com ele?
― Tentei, mas não consegui que ele me respondesse. Agora vá dormir.
Ben saiu do trailer e a única iluminação na região era a da lua crescente que reinava no céu. Antes de abrir a porta de casa, olhou por sobre o ombro para o trailer do avô e cogitou voltar para ajudá-lo; mas, também percebeu que sua mão apoiada na fechadura estava tremendo.
Desmaiar não é a mesma coisa que dormir. É, preciso descansar…
E entrou.
Autor(a): tarryloesinne
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
― Pronto, Gwen? ― perguntou Kevin. ― Ainda não. Gwen e Kevin voltaram para as proximidades da estação de energia de Bayside, no exato local em que Albedo pousou após saltar em sua forma apopplexiana. No centro da cratera que havia se formado, estava Gwen utilizando de seu conhecimento mágico para procurar rastros do vil& ...
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