Fanfic: Omnitranil | Tema: Ben 10
Estamos de volta na estação de energia de Bellwood. Ben, Gwen e Kevin cercavam Albedo em sua aparência apopplexiana modificada.
― Não tem como fugir, Albedo! ― disse Ben ainda humano.
O vilão rangia os dentes e procurava uma forma de escapar do cerco. Sua musculatura tensa sinalizava que ele iria atacar a qualquer momento.
― A gente vai te mandar para o Nulificador que é onde você pertence! ― gritou Kevin.
― Havíamos concordado em avisar o Azmuth, Kevin ― disse Gwen.
Albedo tentou avançar para a direita de Kevin, mas foi recebido por um escudo de Gwen formado no último instante. Ele então recuou e voltou para o centro do cerco. Seu olhar emanava ira e sede de sangue.
― A gente não vai te deixar fugir! ― disse Ben.
― Isso mesmo, Albedo! ― continuou Kevin ― Você vai nos dizer o que você fez com o Ben e vai nos dizer agora mesmo!
A fala de Kevin pegou Ben de surpresa.
― Como é?
Ben olhou para Albedo e percebeu que a forma do vilão estava estranha. Não era mais o appoplexiano. Era menor. Era mais estranha. Era... Era ele mesmo!
O jovem olhou para os arredores e percebeu que agora era ele que se encontrava no meio do cerco. Kevin, Gwen e mais uma pessoa garantiam que Ben não saíssem de onde ele estava. Ele era perigoso.
Ben olhou para a terceira pessoa no cerco e novamente viu sua própria imagem. Um humano de 15 anos, com a jaqueta verde de sempre! Mas como poderia estar em dois lugares ao mesmo tempo!?
Ele então sentiu uma dor atravessar seu corpo. Ao olhar para o que deveriam ser suas mãos, viu dois membros disformes e deformados que se moviam na tentativa de formar algo.
Ben gritou.
Gritou novamente quando acordou na cama.
Ele estava em seu quarto. Sua jaqueta estava apoiada numa cadeira próxima. Sua bagunça habitual mantinha-se no mesmo lugar de sempre. Estava seguro. Pelo menos era o que ele pensava e, dessa forma, tentava convencer o coração disparado.
Bem, com receio, olhou para suas mãos. Estavam normais. No punho esquerdo, o Omnitrix descansava com sua luz verde. Estava totalmente carregado e não havia mais nenhum sinal do ataque de Albedo no disco.
― Beeeen!? ― gritou sua mãe da cozinha ― Tá tudo bem?
― Está sim, mãe!
― Então tá. Vem tomar café e aproveita e leva para o seu avô!
O jovem se levantou e foi em direção à janela. O trailer do avô ainda estava estacionado no lado de fora da casa.
Será que o Vô Max conseguiu religar a energia? ― pensou. Em seguida, pegou o controle da TV e ligou no programa dos Lutadores Sumôs, Advanced Generations ― Sim, ele conseguiu.
Mas sem saber o porquê, não sentiu vontade de assistir no momento. Talvez o coração ainda disparado pudesse ser uma das explicações. Achou mais prudente ir ver o avô, quem sabe ele não tenha conseguido uma solução para o outro problema também?
***
― Vô Max? Está aí? ― Ben se encontrava parado em frente à porta da lata velha com um prato em mãos. ― A mamãe pediu pra eu trazer café-da-manhã para o senhor.
― Estou sim, Ben. Pode entrar.
Ben fechou a porta da Lata-velha assim que entrou e deixou o prato com o café da manhã em cima da mesa de refeições. Seu avô se encontrava próximo ao volante, conversando com um holograma da Gwen projetado sobre o painel do carro semelhante a um enfeite de automóveis.
― Entendi, Gwen, eu aviso pra ele. E tomem cuidado. Qualquer nova informação me avisem ― e desligou a comunicação.
― Era a Gwen, vô? Ela encontrou o Albedo?
― Não, Ben. Mas parece que encontram outras pessoas que também estão atrás do Albedo.
― Como assim? Quem são?
― Sua prima não sabe dizer ainda. No momento ela e Kevin estão escondidos na área militar abandonada de Los Soledad. Estão garantindo que não estão sendo seguidos antes de voltar a nos encontrar.
― E por quê?
― De alguma forma os tais indivíduos que eles encontraram conseguem rastrear a energia do Omnitrix e, por encontrarem pequenos rastros de energia no Kevin e na Gwen, acabaram perseguindo-os a madrugada praticamente toda.
― E por que não vieram atrás de mim?
― Eu acredito que o blackout de hoje de madrugada acabou também apagando rastros do Omnitrix na região.
― Não tem registro dessas pessoas no arquivo dos Encanadores? ― disse Ben, apertando botões pelo trailer e fazendo monitores surgirem em lugares inusitados no ambiente. ― Como eles são?
― Gwen mandou algumas fotos e detalhes num arquivo pela extranet. Acho que deve-
― Aqui, já achei ― disse Ben clicando num documento no computador.
Max ri da facilidade que os jovens de hoje têm para lidar com a tecnologia, lembrou de sua época e a falta que uma imensa rede de intercomunicações fazia falta nas missões. Ele então vira-se no banco do motorista e volta a mexer em dispositivos no painel do trailer:
― Enquanto você procura, eu vou ligar para os Encanadores para informar da situação.
Assim que a conexão se estabelece com o quartel general dos Encanadores, uma voz já começa a falar, antes mesmo de qualquer identificação.
― Magistrado Tennyson, graças a Rhaveh, eu ia entrar em contato com o senhor nesse exato instante!
― O que houve, soldado?
― Estamos tendo problemas no Setor Leste de Energia dos Encanadores, senhor. Há relatos de invasão e já perdemos a comunicação com vários de nossos homens no local.
― Alguma informação sobre os invasores?
― Parece ser apenas um, Magistrado, mas com força suficiente pra romper todas as nossas defesas.
Vô Max olhou para Ben que retribuiu com uma expressão de preocupação. Então voltou-se ao comunicador.
― Eu estou indo. Mantenha-se atento para qualquer pedido de reforços.
― O senhor irá sozinho, Magistrado?
― Não se preocupe ― respondeu Ben ― Ben Tennyson também irá responder ao chamado.
― Muito bem então, Ben Tennyson, ficaremos no aguardo. Boa sorte ao dois!
Vô Max desligou o comunicador e virou-se para o neto, dizendo:
― Ben, você não vai.
― Como é!? Por quê?
― Ainda não sabemos o que há de errado com você e com o Omnitrix e não posso te deixar usar o relógio.
― Qualé, vovô!? Kevin e Gwen já me deixaram de fora da busca do Albedo agora o senhor também?
― Ben, você não entende-
― Entendo sim! Seguinte, eu não vou usar o Omnitrix.
Max suspira sabendo que essa discussão ia acabar levando tempo demais.
― Ben...
― Eu estou falando sério, vovô. Prometo não usar o relógio aconteça o que acontecer.
― E como você-
― Sou um Encanador também, Vovô. Posso usar os equipamentos de Encanadores... ― Ben girou o puxador da gaveta e ao abri-la, onde antes havia talheres, agora exibia pistolas laser e granadas de energia. ― Tipo esses! Vamos lá, vovô, você sabe que eu consigo.
Max coçou a cabeça e, enfim, se deu por vencido.
― Vamos, sente aí ― disse apontando para o banco do passageiro ― E coloque o cinto. Já perdemos tempo demais então vou ter que acelerar.
Ben pulou no banco do passageiro e, como uma criança que acabava de descobrir que ia para a Disney, ele mal conseguia segurar a excitação. Uma aventura iria lhe fazer esquecer o sonho que teve, pensou.
O coração mantinha-se acelerado. Ele não sabia dizer se dessa vez era pela possibilidade de uma aventura que se aproximava. Na verdade, isso não importava.
Será?
Autor(a): tarryloesinne
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Vô Max dirigia a Lata Velha em alta velocidade, enquanto dava instruções ao neto: ― Armário da direita, embaixo da pia, Ben. ― Só tem panela aqui, vovô. ― Na porta esquerda do armário, logo embaixo, tem um pequeno botão. ― Embaixo, embaixo... Achei. ― Aperte e segure. ― Apertar e ...
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