Fanfic: Amor de Conveniência - Vondy (Adaptada) [Terminada] | Tema: Vondy

Ele dirigiu-se para o remador e ela recusou-se a observar, mesmo por alguns segundos, aqueles mús­culos impressionantes se flexionarem enquanto ele se exercitava.

Ela preferiu subir, tirar o moletom, Tomar um ba­nho demorado, vestir uma calça jeans e camiseta e se enfiar no escritório.

Só de pensar em comida, sentia-se mal. Dulce abriu o laptop e começou a trabalhar.

Anahí telefonou por volta das oito e meia e co­meçou sem rodeios:

— Você ficou de retornar a minha ligação.

Como poderia ter esquecido?

— Sinto muito. Tive um dia e tanto. — Uma meia verdade, se é que havia alguma.

— Alfonso fez uma reserva para nós quatro jantarmos amanhã. Christopher sabe os detalhes.

Ela tentou mostrar entusiasmo, mas só conseguiu dizer:

— Ótimo.

— Alguém comentou alguma coisa com você com relação à foto do jornal?

— Uma ligação da minha avó convidando para um chá no sábado pela manhã. Estou esperando alguns conselhos sábios junto com a recomendação para es­tar sempre atenta — ela fez uma pausa. — E você?

— Minha mãe também ligou. Sem escândalos... etc.

Anahí desligou o telefone, Dulce trabalhou por mais duas horas, desligou o laptop e recolheu-se no quarto.

Sozinha. Nem sinal de Christopher. Ela deitou-se e apa­gou a luz.

Havia um bilhete com a letra de Christopher em cima da mesa quando ela desceu para o café-da-manhã.

Encontro com Alfonso e Anahí, 18h30, na cidade.

Reparar os danos. Dois casais, demonstrando feli­cidade e união, tentando conseguir a publicação de uma foto na coluna social do jornal na manhã seguin­te. Dessa forma, desmentiriam a insinuação da mídia com relação ao casamento deles.

Isto parecia um plano.

Será que Christopher avisou a Rosa que jantariam fora?

Dulce escreveu um bilhete e pendurou com ímã na geladeira.

O restaurante, um dos mais chiques da cidade, foi deliberadamente escolhido por ser reduto de ricos e famosos.

— Você acha que isso vai funcionar?

Anahí ergueu a taça de cristal e brindou:

— Quem se importa com isso? — E deu um sorri­so travesso.

— Temos que usufruir a companhia um do outro, fazer uma excelente refeição e beber champanhe.

Dulce retribuiu o brinde e encostou sua taça na dela.

— O que mais poderiam perguntar?

A amiga esboçou um sorriso malicioso.

— Mike, Javier, e chamam isso de festa?

— Devem estar falando sobre isso em algum outro lugar.

— Você acha?

— Comportem-se — Alfonso advertiu.

— Foi um dia difícil — Anahí confidenciou. — Minha enteada me rebaixou para madrasta de meia-tigela por eu ter discordado que o vermelho escuro é a cor de cabelo que está na moda. Isso foi no café-da-manhã, que não é a melhor parte do meu dia. Tive um descanso durante o horário escolar, depois do qual meu enteado resolveu me testar, afirmando que um brinco é permitido como acessório no uniforme es­colar.

Dulce esforçou-se para esconder o sorriso:

— Ah, querida.

— Ontem — Anahí continuou e valorizou o mo­mento — um de seus amigos disse que eu era atraente, o garoto acabou com o nariz ensanguentado. Isso, claro, não deu certo e ele ficou de castigo na escola.

— A culpa é toda sua, seus atrativos chamaram atenção.

Anahí lançou um olhar para ela:

— Você deveria ser minha melhor amiga. Posso continuar?

— Deve — Dulce provocou.

— E tem mais. O pecado mais recente para as ma­drastas é vestir um número menor que as enteadas.

— Rolaram lágrimas e fúria — Alfonso declarou. — E ela ainda quer ter filhos.

— Os nossos serão diferentes.

— Querida, eles também crescerão e se tornarão adolescentes.

— Que preocupante.

Alfonso e Christopher começaram a falar do mercado de ações enquanto Dulce olhava o menu de sobremesas e pedia um chá.

Quando o garçom se afastou ela foi fotografada e alertou baixinho:

— Paparazzi.

O fotógrafo foi rápido... ele provavelmente tinha que cobrir outros lugares badalados naquela noite.

— Missão cumprida — Anahí declarou quando o fotógrafo saiu.

Eles permaneceram um pouco mais e usufruíram o ambiente agradável.

— Nós precisamos fazer isso outras vezes. — Christopher entrelaçou seus dedos aos de Dulce enquan­to Anahí distribuía abraços.

— Um almoço, em breve.

— Liguem.

Seguiram em direções diferentes para pegar os carros. Daqui a pouco, a cidade estaria um tumulto quando as pessoas começassem a sair dos restauran­tes. Mas, por enquanto, estava relativamente calma. Dulce recostou-se no banco do carona e fechou os olhos.