Fanfic: Amor de Conveniência - Vondy (Adaptada) [Terminada] | Tema: Vondy

Minha amoras lindaaaaas... Viciadas? Que tal mais uma dose? hahaha

O céu estava claro, quase opalescente, ao anoite­cer. Em breve, o sol se poria no horizonte e as cores se transformariam em sombras, assumindo variações de cinzas.

As ruas se iluminariam, os altos prédios da cidade brilhariam com o colorido das luzes de néon.

Neste momento, havia uma quietude no ar, como se os resquícios do dia traçassem sinais imperceptí­veis antes de se entregarem à escuridão da noite.

Um outro cenário surgia, Dulce percebeu. O bri­lho e a vivacidade das pessoas nos restaurantes e nas festas. Ao passo que nos lugares mais pobres da cida­de o perigo emergia e nenhuma criatura em sã cons­ciência ousaria se intrometer.

Era prazeroso poder sentar e aproveitar a tranqui­lidade da noite, Dulce meditou. Neste exato mo­mento, Christopher estava no meio da viagem, em um vôo a caminho de Melbourne. Daqui a duas horas estaria em casa.

Ela estava ansiosa, uma sensação em forma de re­demoinho começava pelo estômago e tomava conta de todo o corpo.

Será que ele se preocupava com ela? Realmente se importava?

Sentia-se como se estivesse na beira de um preci­pício... hesitando em dar o último passo no caso de estar tremendamente enganada e Christopher não estar lá para segurá-la.

As emoções conflitantes não a dominaram.

Como já estava ficando escuro, Dulce entrou, ati­vou o alarme, colocou seu prato na cozinha e subiu as escadas.

Tinha e-mails para baixar e precisava trabalhar na estratégia de marketing.

Christopher a encontrou lá, profundamente concentra­da no laptop, e ele entrou no escritório, posicionou-se ao lado dela e colocou a mão de leve em seu ombro.

— Olá — ele abaixou-se e beijou-a na testa. — Ocupada?

Ela deu uma olhada para ele e não conseguiu des­viar os olhos dos dele:

— Apenas... esperando por você.

O sorriso dele deixou-a derretida.

— Espere um pouco até eu Tomar um banho, está bem?

Ele tocou o nariz dela de leve, virou-se e saiu antes que ela pudesse dizer qualquer coisa.

Ela passou o cursor pela tela do laptop e fechou os programas.

Foi então que olhou outra vez para a mesa presen­teada e fechou os olhos de remorso por não ter agra­decido assim que ele chegou. Era a primeira coisa que ela pretendia ter feito.

Dulce entrou no quarto na hora em que ele estava saindo do banheiro, com uma toalha enrolada no qua­dril e com os cabelos molhados do banho.

Por um segundo, o ar ficou preso nos pulmões dela, e não conseguia se mover.

Ridículo, ela pensou. Ela dormia com ele, dividia as intimidades. Por que tanto pudor e tanta timidez agora?

Será que ele percebeu? Será que viu?

Céus, esperava que não.

— A mesa é linda, obrigada.

— Venha até aqui.

A voz gentil dele derrubou qualquer tênue tentati­va de resistência, mesmo assim ela não se moveu.

Por alguns segundos, ele apenas olhou para ela, depois se aproximou, levantou uma das mãos e acari­ciou os lábios dela... que tremeram com o toque dele.

— Belinda tem muita coisa a responder.

Isso era verdade!

— Ela telefonou hoje para você — era uma afir­mação, não uma pergunta. — Me deixe adivinhar... ela insinuou que comprei a mesa para dar de presente a ela?

— Sim.

Os olhos de Christopher faiscaram.

— Ela é uma mulher perigosa.

Diga-me alguma coisa que eu ainda não saiba! Ele segurou o rosto de Dulce com as duas mãos.

— Juro sobre o túmulo de minha mãe... não há nada entre mim e Belinda, a não ser na cabeça dela.

As evidências contra a atriz eram muitas e as discrepâncias eram maiores ainda para que Dulce não acreditasse nele.

— Se ela ligar outra vez, transfira para mim.

Ela sabia que Belinda ligaria, só não sabia quando. Duvidava que a atriz estivesse satisfeita.

— Eu posso cuidar dela.

Ele pressionou os lábios contra a testa dela e per­maneceu assim por alguns segundos.

— Eu tenho certeza de que você pode. — Ele pas­sou o dedo pelo nariz dela e beijou-a delicadamente, o gesto mexeu com os sentimentos dela e deixou-a animada.

— Oba — ela concordou baixinho em seguida. — Isso é gostoso.

Ele passou os braços por trás dos joelhos dela e le­vou-a para a cama.

— E vai ficar melhor.

Ele cumpriu a promessa. O amor que fizeram to­cou profundamente o coração e a alma de Dulce.