Fanfic: Amor de Conveniência - Vondy (Adaptada) [Terminada] | Tema: Vondy

Volteeeei para alimentar os nossos vícios. hahaha

— Quando é que você vai entender a mensagem? — A atriz foi direto ao assunto.

Por que fingir?

— Talvez você devesse se perguntar isso.

A fila andou um pouco.

— Existe uma lei contra perseguição e assédio — Dulce continuou tranquilamente. — Continue com isso e você vai se encontrar em uma situação difícil.

Por um momento ela pensou que Belinda fosse ata­cá-la, Dulce chegou a temer o ódio transparecido nos olhos da atriz.

— Não esteja tão certa de que o Christopher é seu — Belinda retrucou friamente. — Você vai perdê-lo.

Ela estava longe de ser política.

— Com você continuando a mentir? — Ela espe­rou a réplica. — Você acha que eu não verifico?

Dulce percebeu que Christopher vinha em sua direção e ela tentou avisá-lo com um olhar. Esta briga era dela e deveria tentar resolver sozinha.

— Nós nos falamos ao telefone todos os dias.

— Você envia mensagens de texto... que Christopher prefere ignorar.

Belinda deu um sorriso debochado.

— Você não pode ter certeza disso.

— Sim — ela disse tranquila. — Eu posso.

— Não concordo com você.

— Desista, Belinda — ela advertiu. — Saia com a sua credibilidade e reputação intactas.

— Vá para o inferno.

Dulce encolheu os ombros:

— A escolha é sua.

A atriz lançou um olhar seco, depois se virou e voltou para sua mesa. Oba, essa foi boa!

Christopher se aproximou e ela apenas olhou para ele.

— Será que Belinda desistiu de esperar na fila? — Christopher comentou e deu um beijo na boca de Dulce.

Seu corpo aqueceu só de ser tocada por Christopher. Fi­caram se olhando por alguns segundos.

Alguma coisa estava acontecendo naquele mo­mento, a magia que estava diretamente ligada aos sentimentos. E mais, muito mais. Era como se suas almas tivessem se fundido em uma só. Loucura.

Tudo em volta desapareceu, ela não prestava mais atenção no evento, nas pessoas, no barulho ao redor. Só havia aquele homem.

Será que esteve tanto tempo preocupada com os próprios sentimentos que não percebeu o que parecia ser impossível para ela?

Preparou-se tão bem para um casamento de conve­niência, para aceitar afeição no lugar de amor... que não imaginou que tudo isso poderia mudar.

Christopher não mencionou a palavra amor... mas ela também não.

Oh, Deus. Seria imaginação dela? Estaria vendo coisa onde não existia?

A resposta era simples... ela poderia perguntar a ele.

Com certeza, uma voz interna zombou. Vá direto ao assunto com: Você me amar. Deve funcionar.

Um minuto de hesitação por parte dele e ela mor­reria.

Um movimento discreto, o toque suave das mãos dele na cintura dela trouxe-a de volta à realidade.

— Não falta muito — Christopher indicou, e ela perce­beu que a fila devia ter andado, só havia umas doze pessoas na frente deles.

Minutos depois, compraram o livro, o autor auto­grafou e voltaram para a mesa deles.

— Obrigada. — Blanca abriu o livro, leu a de­dicatória e sorriu. — Vou guardá-lo como um tesouro.

— A atriz a incomodou?

A pergunta de Luiz provocou um sorriso sem gra­ça.

— Nada que eu não pudesse resolver — Dulce garantiu.

— Mulheres estúpidas não sobrevivem — Luiz virou-se para Christopher. — Cuide disso.

— Já cuidei.

O tom da voz dele provocou um arrepio na coluna dela.

De algum modo, não percebeu Belinda indo embo­ra sem tentar criar problemas. Desilusão não se trans­forma necessariamente em lógica ou razão e, a não ser que Dulce estivesse errada, a atriz continuaria insistindo.

Onde ou quando aconteceria era difícil prever.

— Podemos ir?

O convidado de honra estava cercado por um gru­po de fãs ávidos, enquanto isso várias pessoas se diri­giam para as saídas.

Blanca levantou-se:

— Se vocês não se incomodarem? — Ela lançou um olhar de reprovação para Luiz quando ele tentou ajudá-la segurando-a pelo cotovelo. — Não sou exa­tamente uma decrépita.

— Dá última vez, você reclamava de uma dor no tornozelo.

Ela reclamou? Dulce não se lembrava de ter ou­vido a avó reclamar de dor alguma.

— Você está imaginando coisas — a velha senho­ra reclamou.

Já era tarde quando chegaram em casa. Foi uma noite agitada. Dulce subiu as escadas enquanto ele verificava e ligava o alarme de segurança.

Ela estava tremendamente cansada, tirou os sapa­tos de salto alto e foi para o banheiro se livrar das roupas.

A cama nunca pareceu tão boa ou tão confortável, ela notou logo que entrou embaixo dos lençóis.

Quando Christopher entrou no quarto, já estava ador­mecida. Ele permaneceu parado olhando para aque­las feições delicadas em um repouso tranquilo... a maciez da pele e o movimento sutil que os olhos fa­ziam por baixo das pálpebras.

Aquela boca convidativa... e ele ficou em dúvida se deveria beijá-la.

Ela era tudo para ele, Christopher pensou enquanto tira­va as roupas. Mulher, bruxa e a luz da vida dele.

Como poderia olhar para outra mulher quando ti­nha Dulce.

Breve, muito breve, eles precisariam conversar.

Mas não esta noite, ele decidiu assim que foi para a cama.

Christopher apagou a lâmpada da cabeceira, aproximou-se dela e abraçou-a.