Fanfic: Lua Negra [Vondy] | Tema: Vondy, Trendy, Sobrenatural

pânico!

Uma palavra nunca descreveu tanto o que eu estava sentido naquele momento. Fechei os olhos na tentativa de que fosse apenas um pesadelo...tinha que ser. Abri os olhos novamente e lagrimas escorreram descontroladamente por minha face. Me encarei no pequeno espelho preso na parede e senti uma enorme vontade de vomitar. Eu estava coberta de sangue.

Droga…

Olhei novamente para o corpo caido a minha frente. Melanie Morphys. Desde o dia que ela chegou no orfanato sempre procurava me irritar. Eu sempre a odiei, mas...nunca a desejei morta

Não pelo menos a 10 minutos atrás.

Flashback on :

10 minutos antes

Eu estava contente demais, hoje é o meu aniversario de 16 anos. A maioria das crianças que vem parar aqui não sabem sua verdadeira data de nascimento e por isso agradeço a quem tiver me largado por ter pelo menos deixado um bilhete com meu nome e minha data de nascimento. Além do colar que sempre esteve no meu pescoço, as freiras me disseram que quando cheguei eu o segurava com tanta força que minhas mãos estavam ficando vermelhas. Esse é o único pertençe que eu tinha que poderia ter pertencido aos meus pais, a unica coisa que aproximava deles mesmo sabendo que poderiam estar mortos ou que me odiassem. Apesar de saber que eu não teria  uma festa de aniversário me sentia animada e nada tiraria essa minha felicidade hoje.

Ou talvez sim...

- Porque esta sorrindo piralha? – Melanie entra no quarto me fazendo pular de susto

-Não te interessa – respondo fria

- Já te disse pra me respeitar garotinha – Me puxa pelo braço fazendo-me levantar da cama – Eu sou mais velha e você me deve respeito.

- Vai se ferrar Melanie - puxo meu braço de volta. A mesma da um sorriso irônico e me encara ou melhor encaro o objeto no meu pescoço e seu sorisso se transforma em um maldoso. Segundos depois sinto uma pressão no meu pescoço e logo o colar se tora. Com um sorisso vitorioso Melanie me encara com deboche .

- Devolve – sussuro, mas a mesma nega – DEVOLVE – grito com todo o ar dos meus pulmões, mas a desgraçada continuava com a mesma cara de vadia convencida. Fechei os punhos com ódio, ela não podia fazer isso. Ele me pertençe e ela não tinha o direito de tocar com aquelas mãos imundas a única coisa que me conectava com meus pais.

- Sabe Dulce acho que ele ficaria mais bonito em mim – diz e se vira o colocando no seu pescoço e olhando para o pequeno espelho empoerado – E como você foi uma garotinha muito desobediente ele agora pertece a mim.

Vadia...

Apertei o punho com ainda mais força. Melanie sempre foi uma cadela maldosa que vive procurando me intimidar. Perdi as contas de quantas coisas ela aprontou e depois colocou a culpa em mim para que as freiras me trancassem no quartinho do terror. Mas agora eu não ia deixar ela sair vitoriosa dessa, o colar é meu e apenas meu, não vai ser uma vaca desgraçada que vai tirar meu bem mais precioso.

Meu sangue fervia, e uma corrente elétrica percorria por todo o meu corpo, arrepios na minha pele me faziam suar frio... O que estava acontecendo comigo? . Zumbidos começaram a surgir das pofundezas do meu subconciente fazendo assim minha visão embaçar e logo voltar ao normal novamente. Nunca me senti assim, só que o mais estranho de tudo era que a única coisa que passava na minha cabeça era que eu queria mais do que nunca Melanie Morphys morta…

Mate-a...Mate-a… Mate-a…

Minha cabeça latejava e aquelas vozes se tornava cada vez mais alta, Melanie falava alguma coisa enquanto me encarava com um semblante confuso, mas eu não a ouvia...as vozes não deixavam. Eu so queria que aquilo parasse, que tudo ficasse em silêncio, queria que aquelas malditas vozes saissem da minha cabeça. Coloquei minha mãos na cabeça a apertando na tentativa de que aquilo acabasse,mais não adiantava, e se tornou tão alto que eu não pude aguentar.

E foi ai que explodi...

Ou melhor explodi Melanie...

Flashback off

Como eu havia feito aquilo?

Olhei para o chão e meu colar estava caido sem nenhum dano, o peguei e apertei forte sobre o peito. Tudo estava confuso demais e o pânico que percorria por todo o meu corpo só tornava tudo pior. Aquilo so podia ser um pesadelo, era a única explicação. Fui tirada da confusão que rondava pela minha cabeça por um baque forte de porta se abrindo e um grito. Madre Angela encarava o corpo ou melhor o que sobrou dele em choque e logo seu olhar caiu e mim.

- O...oqe...v...oce f..fez – guaguejava trêmula.

Derrepente senti uma dor insupotavel nos meu ossos me fazendo cair de joelhos, como se meus ossos fossem se quebrar, minha visão se tornou amarelada por alguns segundos. Eu não fazia ideia do que estava acontecendo.

Ela me olhava como se eu fosse um monstro.

Talvez eu fosse...