Fanfic: Lua Negra [Vondy] | Tema: Vondy, Trendy, Sobrenatural

POV`S Dulce

Foi exatamente como eu havia imaginado. Alfonso precisava ouvir que não estava sozinho, que nem todos tinham medo dele. A todo momento eu fiquei do lado dele,quando ele aceitou a ajuda de Henrique, na volta pro colégio e até mesmo quando soube o que era de verdade. Eu sabia que ele precisaria de apoio e foi o que fiz. Ao descobrir a verdade eu me vi em Alfonso, ele estava exatamente como eu na noite que descobri, confuso, amendrontado e com uma enorme sede de respostas. 

Henrique me pediu que mostrasse o quarto onde Alfonso ficaria e eu obviamente concordei. Andávamos pelos corredores em silêncio. Eu não sabia o que dizer a ele e suponho que o mesmo também. Alfonso observava cada parte do colégio, os quadros, as estátuas, ele parecia encantado. E quem não ficaria, o colégio Portilla possuía um charme de ambiente antigo de tirar o fôlego. 

- Você sentiu medo? - Alfonso pergunta me tirando dos meus devaneios.

- Do que exatamente? - Ele suspira fundo e me olha.

- Quando se transformou, você sentiu medo? - O olhei e senti um frio no estômago lembrando da noite passada. Sem dúvidas aquele tinha sido o pior dia da minha vida, nem mesmo quando matei Melanie eu senti tanto pavor.

- Eu senti tanto medo que preferi morrer ao continuar com aquilo - respondo e baixo a minha cabeça. Alfonso acentiu - E você sentiu medo?- ele ficou calado por alguns segundos até que se pronunciou:

- Eu achava que ia morrer, que fossem sequelas do acidente, mas meu corpo começou a mudar e eu me tornei um animal descontrolado e faminto. Então sim, eu tive medo. 

 Naquele momento conversar sobre aquele assunto com Alfonso me proporcionava um estranho aliviu. Ultimamente eu me sentia como um peixe fora d`água, a garota diferente que não fazia ideia do que acontecia ao seu redor, que desconhecia qualquer coisa sobre suas raízes, naquele momento com Alfonso pude perceber que eu não era tão diferente assim. 

- Dulce, obrigada! - Alfonso disse me surpreendendo - Se não fosse por você, provavelmente eu não estaria aqui, e não saberia o que sou de verdade - ele tocou no meu ombro delicadamente. Alfonso possuía uma aura protetora, que fazia dele alguém capaz de fazer o possível e o impossível para defender a quem lhe importava. Eu sorri pra ele, um sorriso sincero. 

Uma forte sensação de estar sendo observada me fez arrepiar. Me afastei de Alfonso e olhei para os lados. Não havia ninguém... Talvez seja só cansaço. Claro! com certeza era isso. Sorri sem graça pra Alfonso e continuei andando.

- Bom, está entregue - Digo apontando para a porta de madeira com o número 94.

- Obrigada mais uma vez Dulce - Ele sorri e eu acinto.

- Disponha Alfonso - digo e ele faz uma careta.

- Por favor me chame de Poncho, Alfonso é nome de velho - ele diz me fazendo gargalhar alto. 

- Como quiser Poncho - Ele pisca pra mim e abre a porta do seu quarto sussurrando um boa noite, a fechando em seguida assim me deixando sozinha no corredor

E mais uma vez senti a sensação estranha de estar sendo observada. Tentei ignorar aquilo e começei a andar em direção ao meu quarto, mas subitamente parei ao sentir que estava sendo seguida. Me virei e não havia ninguém...estranho. Dei de ombros e continuei. E mais vez o mesmo aconteceu, me virei e nada. Fiquei ali parada tentando entender o que está havendo. Até que senti uma mão no meu ombro, me virei e mais uma vez...nada! Irritada decidi me virar de voltar e continuar a andar mas fui surpreendida por Christopher agora na minha frente, me fazendo pular de susto. 

- Ah...Oi... - digo gaguejando - faz tempo que está aí ?.

- Não! Acabei de chegar - Ele me olhava de uma forma que fazia arrepiar todos os pelos do meu corpo, um olhar furioso, intimidador e repleto de desejo - O que faz aqui a essa hora, não acha que já está tarde demais? - Diz e se aproxima. Seu rosto estava a poucos centímetros do meu, fazendo meu coração disparar já saindo pela boca - Você pode acabar tendo a infelicidade de trombar com algum monstro cruel querida Dulce.

Era impressão minha ou as suas palavras estavam carregadas de ironia. Christopher parecia diferente, obscuro. Aquele não parecia o cara que me ajudou na floresta. Ele olhava no fundo dos meus ohos, com um sorriso cafageste estampado no rosto. Parecia que ele sabia o que eu estava pensando.

- Talvez seja porque esse é quem realmente eu sou- Cachorro, ele tava lendo meus pensamentos.

- Como ? Para de ler minha mente garoto - digo irritada e ele gargalha - Sai da minha frente preciso ir pro meu quarto - Admito que aquele tom debochado de Christopher me irritou, quem ele achava que era?. Tento o empurrar pra sair da minha frente mas ele não moveu um músculo - Argh! Idiota - murmuro e o cortorno saindo de sua frente e andando em passos firmes pelo corredor o ouvindo gargalhar alto.

- Bom sonhos docinho - ele gritou me fazendo revirar os olhos.

É eu acho que tive uma impressão errada sobre Christopher. Pensei que ele fosse diferente, mas vejo que não. Afinal o que poderia esperar, ele é um vampiro, um ser incapaz de sentir algum sentimento.Entro irritada no quarto e Maite me olha com uma sombrancelha arqueada. 

- O que deu em você? - Pergunta enquanto trança seu cabelo. 

- Aquele idiota do Christopher - Digo e Maite abre um sorriso malicioso - Nem vem com esse sorrisinho, ele é uma babaca Mai - bufo e me jogo na cama.

- Um babaca Lindo - diz e eu reviro os olhos - Qual é vai negar? Você naquele dia no refeitório parecia manteiga derretida por ele. 

- Não estava derretida coisa nenhuma, só curiosa - digo e Maite murmura um " uhum,sei". Nesse momento lembrei que não tinha perguntado sobre a minha dúvida dos vampiros a ela - Mai vampiros podem andar na luz do sol? 

- De jeito nenhum, a menos que queiram virar carvão - Ela responde e eu levanto da cama me sentando na mesma confusa. 

- Ué, então porque o Christopher sai durante o dia e não aconteçe absolutamente nada? - Maite pensa por alguns segundos e responde. 

- Ouvi dizer que é um anel - diz e eu levanto a sobrancelha - Não sei bem sobre isso, apenas sei que esse tal anel que ele usa o faz privilegiado. Ele não tira por nada. 

Anel? O que ele tinha de tão especial que fazia um vampiro poder andar tranquilamente durante o dia? É a cada dia que passa eu sinto que não sei absolutamente nada sobre o mundo sobrenatural. 

[...]

Eu estava lá novamente. O caixão estava a minha frente, mas ele não estava lá, o que achei estranho. Observei o grande objeto negro, eu queria abri-lo. Segurei a tampa e tentei puxar para cima, mas não abria. Forçei com mais força, só que nada acontecia. Suspirei irritada e o encarei. Por que não abria? Mas que droga! Foi aí que vi a entrada para uma chave. Claro, está trancado... Mas onde está a chave?.

Olhei ao redor do vazio a procurando, e como esperado...nada! Da última vez que estive aqui eu consegui abri sem chave alguma, porque agora era diferente? Tentei mais uma vez puxar a tampa, mas não funcionou. Eu precisava encontrar a chave, só que aonde ela estaria? E porque o garoto não estava lá?...

Acordei suada e ofegante. O que significa aquele caixão e onde estaria a maldita chave?. Nesse ele não apareceu, e eu não entendi porque, ele sempre estava lá...mas dessa vez era como se abrir aquele caixão dependesse apenas de mim...

Naquela manhã eu finalmente começaria a ter aulas de como controlar meus poderes. Por ser a única híbrida presente no colégio eu teria um pouco mais de exclusividade. Jenna estava responsável pelo meu lado bruxa e Logan na qual era lobo cuidaria do outro lado. Teria também umas aulas extras de latim e artes marciais com Gerard. 

A minha primeira aula hoje seria com Jenna as 8:30 e enquanto não dava a hora estava com Maite no refeitório. Como sempre Mai tagarelava horrores e eu apenas escutava.

 - Eu não sabia se metia fogo nele ou se aceitava ir pro mato com ele Dul, foi um horror - Maite contava aos risos sobre a vez que Chad um vampiro do internato a chamou pra transar na floresta em uma festa secreta - No final de tudo Henrique descobriu acabando a festa e eu acabei nem indo com ele - Era impossível não rir das histórias de vida de Maite. Eu me sentia mal por não ter história legais pra contar assim como ela e por isso apenas me contentava em escutar as dela - Pera quem é a carne nova?- pergunta parando de rir e encarando algo atrás de mim.

Me virei olhando pro mesmo lugar que Mai e vi Poncho vindo em nossa direção. O mesmo abriu um sorriso enorme enquanto me olhava. 

- Bom dia Dulce - disse assim que parou em frente a nossa mesa - E ... - Olhou em direção a Mai.

- Maite prazer - Ela o encarava como se ele fosse um file mion o que me fez rir.

- Sou Poncho - Sorriu envergonhado percebendo o olhar malicioso dela sobre ele - Posso me sentar com vocês? - Acentimos e ele sentou ao meu lado - Então qual são os planos pro dia de hoje das madames? - pergunta enquanto põe uma torada na boca.

- Eu tenho aula pela manhã e a tarde vou treinar um golpes de Jiu-jitsu - Maite responde. Poncho acente e me olha.

- Também tenho aula agora e a tarde talvez vá pra biblioteca - digo.

- Biblioteca? Você se importa se eu for junto? Preciso ler mais sobre esse lance de Lobisomens - pergunta e eu nego com a cabeça timidamente - perfeito então - ele sorri e me manda uma piscadela.

Mai nos olhava com um sorriso malicioso no rosto em seguida mexeu os lábios pra que só eu entendesse" Sua safada" o que me fez rir. Mas parei assim que percebi um par de olhos castanhos me olhando furioso. Cerrei meus olhos encarando Christopher que abriu um sorrisinho debochado. Cretino!...

Gente por favor comentem o que estão achando da fanfic. Estou percebendo que tem muitas leitoras fantasma, o que me deixa chatiada.