Fanfic: Fogo - Vondy (Adaptada) [Terminada] | Tema: Vondy

Ela queria isso. Ansiava por isso. Ela queria o mesmo com Christopher. E se as palavras dele fossem algo a se levar em consideração, estavam nesse caminho. Ainda a deixava perplexa que aquilo tinha acontecido tão rápido, mas depois ele explicou que também tinha acontecido rápido para seus amigos. Nesse contexto, talvez não fosse tão inacreditável que ela e Christopher se tornassem um casal sério em um curto espaço de tempo.

– Querida, eu quero que você conheça duas mulheres muito especiais, Anahí e Maytê. Anahí é a recém-casada e tenho certeza que se Christian continuar nesse caminho, Maytê não estará muito atrás em dar o passo para o altar.

– Pode crer – Christian grunhiu.

– Olá, Dulce – disse Anahí, seu sorriso aberto e amigável. Ela era irmã de Christian de acordo com Christopher e agora Dulce podia ver a semelhança.

– Oi – Dulce devolveu. – Estou muito feliz em conhecê-las.

– Olá, Dulce – disse Maytê, seu sorriso não menos amigável do que Anahí, mas deixava óbvio que era mais tímida e mais reservada.

Lembrando de tudo que Christopher contara sobre Maytê, Dulce a estudou, considerando o fato de que a jovem sentada ao lado do lugar que Christian havia escolhido percorrera um longo caminho e aguentara uma vida muito dura. E ainda havia o fato de que esta mulher tinha ido para a cama com Christopher. Christopher e Christian. Dulce não tinha certeza se ficava com ciúmes pelo fato de que Maytê teve as mãos de Christopher em cima dela ou se tinha inveja pelo fato de que May tinha aproveitado um ménage com dois machos alfa incrivelmente lindos.

Ela estava bastante inclinada à segunda opção.

– Olá, Maytê – Dulce respondeu calorosamente. – Eu ouvi muito sobre todos vocês. Você são muito importantes para Christopher. Família, como ele os chama. Eu não aguentava mais esperar para conhecer todos vocês.

Christopher a encaminhou para sua cadeira ao lado de Alfonso e em frente a Maytê e Anahí.

– Ele é nossa família – Christian disse com uma voz firme. – E nós somos a dele. Absolutamente.

– Eu acho que é maravilhoso que ele tenha amigos tão leais – Dulce disse com maciez.

– Então, Christopher disse que você é uma artista, Dulce – Christian falou uma vez que todos estavam em seus assentos. – E que você desenha joias também.

Dulce balançou a cabeça, de repente tímida de ter a atenção voltada para si.

– Ela é incrível – disse Christopher. – Seu trabalho é lindo.

Dulce virou-se para Christopher, surpresa.

– Mas você não o viu. Ou não muito. Ainda não, de qualquer maneira.

Christopher pareceu rapidamente desconfortável, mas depois sorriu.

– Eu vi no que você está trabalhando agora. É muito bom.

Calor percorreu suas bochechas e ela sabia que estava corando. Estava trabalhando no momento com um tema bem mais erótico do que em seus trabalhos anteriores. Mas era para Christopher, apenas Christopher.

– Foi você que desenhou o colar que está usando agora? – Perguntou Anahí, inclinada para a frente, com o olhar preso à gargantilha de Dulce. – É lindo!

Agora ela estava realmente corando. Estava convencida disso. Christopher apertou a sua mão por baixo da mesa e ela controlou o seu constrangimento. Isto era importante. Era o que ele queria. Para que ela nunca tivesse vergonha das pessoas saberem que era dele.

– Não – disse em uma voz rouca. – Christopher mandou fazer pra mim. Foi um presente dele.

Os olhos de Anahí se arregalaram com compreensão, e, a seu crédito, ela não pressionou mais nem tentou diminuir o constrangimento por dizer algo mais apressadamente. O olhar de Dulce foi atraído para a gargantilha que Maytê usava. Sua mão tinha ido em direção a ela automaticamente no minuto em que Anahí tinha comentado sobre a de Dulce. Evidentemente, era uma espécie de coleira também. Uma dada a ela por Christian. Será que todos os amigos de Christopher compartilhavam de suas inclinações sexuais? Ela certamente poderia ver Alfonso e Christian em um papel dominante. Era evidente pela maneira que olhavam para Anahí e Maytê. Evidente na sua linguagem corporal. O quão protetores eles eram mesmo sentando em um restaurante público. Talvez os outros não notassem, mas Dulce sim. Estava em sintonia com aquele aspecto porque era o que estava vivendo. Era uma necessidade dentro dela, da mesma forma que parecia ser uma necessidade para Christopher, Alfonso e Christian.

Ela tinha um milhão de perguntas. Perguntas intrometidas que ela adoraria ser capaz de fazer a Anahí e Maytê. Mas segurou a língua. Não ia querer eles se intrometendo na sua relação com Christopher, e ela lhes ofereceria a mesma consideração. Mas isso não amenizava a curiosidade ardente que tinha. Talvez com o tempo, se viessem a ser amigas, ela se sentisse mais confortável com esse tipo de conversa com as outras mulheres. Mas, ainda assim, sabia sem dúvida que nunca iria entrar em uma discussão com Maytê sobre o ménage que ela teve com Christopher e Christian. Havia um limite para a inveja que ela podia lidar!