Fanfic: Fogo - Vondy (Adaptada) [Terminada] | Tema: Vondy

Alfonso e Christian estavam olhando para ela, a curiosidade aberta em seus olhares. Eles provavelmente estavam tão curiosos sobre ela quanto estava sobre eles. Mas se conheciam Christopher, se fossem tão próximos quanto Christopher vinha insinuando, havia pouca dúvida de que sabiam exatamente o tipo de relacionamento que o amigo preferia e sabiam que Dulce era... submissa.

Mas se pensasse que olhariam para ela com “menos” em seus olhos, de alguma forma diminuindo-a ou pensando que eram “mais” do que ela, estava errada. Não havia nada além de interesse. Preocupação com o seu amigo, sem dúvida, e eles provavelmente estavam avaliando se achavam que Dulce combinava com ele. Christopher dissera que no começo não tinha pensado que Maytê fosse uma boa ideia para Christian, e, na verdade, até fora verbal sobre isso. Estariam seus amigos pensando a mesma coisa sobre ela? Ela não queria ser considerada indigna. Eles não a conheciam e Dulce não queria ser julgada depois de um rápido olhar.

– Eu adoraria ver o seu trabalho em algum momento – disse Alfonso. – Acho que a gente poderia dar uma alegrada no prédio dos nossos escritórios. Tudo o que temos é um monte de merda abstrata chata. Acha que se interessaria em dar uma olhada em algum momento e ver o que poderia fazer para colorir um pouco as paredes?

Ela sorriu.

– Claro. Eu adoraria. Mas vou avisá-lo logo. Minhas pinturas são definitivamente coloridas. Eu não sou muito do tedioso, de coisas sombrias. Eu gosto de. . . cores vibrantes. Temas. E eu definitivamente teria que mudar a marcha. O que eu estou trabalhando agora dificilmente seria apropriado para um ambiente de negócios.

Christopher tossiu, engasgando com uma risada.

As sobrancelhas de Christian se levantaram.

– Ah, é? Então diga. No que você está trabalhando agora?

Ela corou de novo, sabendo que falara o que não devia.

– Em nada que você vá ver – Christopher disse em um tom uniforme. – Esse é para os meus olhos só. Mas você é bem-vindo para ver todo o resto que ela quiser mostrar.

– Ah, agora eu estou curiosa! – exclamou Anahí. – Do que ele está falando, Dulce?

Ela limpou a garganta, mortificada por ter jogado isso no ar. Sua boca sempre ficava à frente de seu cérebro, infelizmente.

– Ahn, bem, eles são um pouco eróticos. – ela corou novamente. – Coisas como autorretratos.

Quero dizer, não é como se eu tivesse alguém para usar como modelo.

– Ah – Maytê disse, seus olhos brilhando de tanto rir. – Sim, eu aposto que Christopher ficaria louco se você os mostrasse para alguém.

– Pode ter certeza – Christopher murmurou. – Ninguém verá isso além de mim.

Mas alguém os tinha visto. Ou pelo menos o primeiro que ela tinha levado para o Sr. Downing. Ele havia sido vendido junto com todas as suas outras pinturas, e com os outros daquela série que tinha levado para a galeria após a primeira venda. Ela se perguntava se incomodava Christopher o fato de que alguma pessoa desconhecida lá fora detinha aquelas pinturas. Ela desejava agora que não os tivesse vendido. Desejava que pudessem ser apenas de Christopher.

– Dulce, estamos planejando uma noite só das meninas esta semana e adoraríamos que você viesse – disse Anahí.

Alfonso e Christian prontamente gemeram e Christopher sorriu.

– Que gemido foi esse? – perguntou Dulce.

Christopher riu.

– Depois de tudo o que eles me disseram, eu definitivamente acho que é uma boa ideia que você vá. Mas vou ficar muito decepcionado se você não voltar para casa bêbada em um vestido sexy e com sapatos avassaladores. É o que tem me torturado desde a última vez em que elas saíram juntos. Agora que eu posso participar em primeira mão tenho que dizer que estou ansioso. Dulce lançou a todos olhares perplexos.

Alfonso riu.

– Vamos apenas dizer que quando as nossas meninas saem, elas ficam bêbadas, se divertem, mas, em seguida, chegam em casa e tiram vantagem de nós, pobres homens de família.

Maytê bufou.

– Como se você não gostasse.

– Não diga isso, baby – Christian disse, divertimento em sua voz. Mas a expressão em seus olhos dizia tudo. Eles haviam ficado positivamente mais melosos quando ele olhou para Maytê.

– Então, você está bem com isso? – ela sussurrou para Christopher de forma que os outros não pudessem ouvir.

Christopher entrelaçou os dedos com os dela debaixo da mesa, mas, em seguida, baixou a mão e passou o braço em volta dela, puxando-a para tão perto que suas cadeiras se bateram e ela estava quase em seu colo.

Evidentemente, ele não mentira quando disse que gostaria de tocá-la, estar perto dela, e não dava a mínima para quem visse.

– Oh sim, eu estou bem com isso – Christopher murmurou de volta. – Se eu conseguir o que Alfonso e Christian conseguem quando suas mulheres saem e ficam bêbadas? Então, sim, definitivamente. Eu vou até mesmo te comprar o vestido e os sapatos para a ocasião.

Ela riu baixinho.

– Isso garante um novo vestido e sapatos?

– Definitivamente.

– Eu não bebo muito, como disse a você, mas para isso talvez eu vá ter que fazer uma exceção.

Seus olhos brilhavam enquanto Christopher olhava para ela.

– Faça uma exceção. Vou me certificar de que não se arrependa.