Fanfic: Toma mi mano! - Portirroni | Tema: Rebelde; RBD; Portirroni

Nino Sincero não consigo t responder pelo seu comentário pq eu nem tenho mais uma conta no Facebook kkkk, mas obrigada por comentar :)

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As duas mulheres observaram quando Guido saiu do meio da multidão da pista de dança e começou a se aproximar delas novamente. Any se ajeitou no sofá já se preparando para afastá-lo da amiga. Por mais que ela não quisesse ser rude, não era mais momento para ser paciente. Quando Guido estava a uns 15 passos da mesa, Ucker surgiu correndo e o empurrou novamente para a pista de dança, ignorando os protestos do outro. O moreno deu apenas um olhar em direção as moças e piscou sorrateiramente, arrancando um sorriso de ambas.

Um silêncio se instaurou entre as duas e, mesmo com a música extremamente alta, ainda era muito desconfortável. Quando Any abriu a boca para dizer algo, Mai se levantou e andou em direção ao banheiro. A loira suspirou e continuou observando os amigos na pista. Poncho continuava dançando e não parecia ter notado sua ausência. Ela sorriu enquanto observava Dul, Chris e Ucker que pareciam extremamente animados. Ucker gesticulou como se perguntasse por Mai. Any apenas apontou em direção ao banheiro e viu quando o moreno a chamou para se juntar a ele. Ela sorriu e novamente apontou para o banheiro. Era hora de finalmente encarar de novo Maite Perroni em toda sua beleza no lindo vestido branco que usava.

Ela entrou no banheiro e logo avistou a amiga que estava parada em frente a pia, observando seu reflexo no espelho.

- Achou algum defeito? Porque eu nunca vi nenhum. - disse se aproximando e viu a expressão confusa nos olhos da outra. - No seu rosto. Eu nunca vi nenhum defeito nele.

- Falou a loira de olhos azuis claríssimos pra morena de olhos castanhos sem graça. - riu

- Não tem nada de sem graça nos seus olhos. Quem se importa com a cor quando mais ninguém tem olhos que expressam tanta verdade e tanta luz quanto os seus? - disse a loira já com uma voz melosa, deixando de olhar Mai pelo espelho e fitando seu rosto de perfil.

Mai virou o rosto e encarou a mulher a sua frente. A vontade de beijar seus lábios era grande, mas as lembranças da última vez em que seus lábios se tocaram também estava presente. Any sentia como se pudesse passar a vida inteira olhando para Mai. Provavelmente seria melhor olhar para ela enquanto sorria, mas, mesmo ela estando com aquela expressão pensativa e levemente aborrecida, a loira não queria perdê-la de vista.

- Bom...- disse Mai suspirando em seguida. - vou voltar para a mesa.

A morena começou a andar, mas parou ao sentir seu braço ser segurado. Any a encarava sem dizer nenhuma palavra. Se cansando de esperar, Mai abriu a boca para dizer algo, mas foi impedida pelos lábios de Any que avançaram sobre os seus. Ela sentiu uma mão da loira se arrastando para sua nuca enquanto a outra tocava suavemente sua cintura. Mai levou suas mãos também para a cintura de Any, mas não demorou por ali. Logo deslizou as mãos pelas costas da outra, que estavam nuas devido ao modelo de sua blusa. Ela arranhou suavemente a pele, arrancando um gemido da loira. Mai então parou o beijo, mas continuou abraçada a Any.

- Não dá. - sussurrou. - Não dá! - disse mais alto dessa vez enquanto se afastava.

- Mai, eu…- Any começou a dizer, mas foi interrompida.

- Não Any. Não dá! Você vai acabar fugindo de novo quando eu "perder o controle" - disse levemente com raiva. - Não gosto de ser só uma válvula de escape até que você se toque da realidade. - já estava triste ao falar e não conseguia encarar a outra.

- Mai, você não é uma válvula de escape! - exclamou afoita. - Eu...eu não sei porque fugi de você daquele jeito. Na verdade, eu sei. Eu fiquei com medo. Fiquei com medo porque eu gostei de beijar você! - dizia enquanto olhava nos olhos da morena. - E eu ia continuar, mas aí eu lembrei que somos amigas, somos mulheres, temos que nos preocupar com a banda, tem o Poncho…

Maite estava baixando a guarda ao ouvir as palavras de Any. A esperança de querque pudesse acontecer algo estava cada vez mais vívida em seu íntimo até que Any tocou no nome de Poncho. A raiva tomou conta de si. Por mais que ele fosse seu amigo e Mai gostasse muito dele, já era hora de Any entender que esse relacionamento não era nada saudável para nenhum dos dois .

- Tá bom Any, já entendi. Você se preocupa com o Poncho. - disse irritada. - Está certa, tem que se preocupar com seu namorado mesmo. Namorado que você mais briga do que tudo nos últimos meses, mas está tudo bem!

A morena nem esperou uma resposta e saiu correndo do banheiro. Ela não olhou para trás em nenhum momento e logo foi embora com um dos motoristas que aguardava do lado de fora da boate. Ao chegar no hotel, foi direto para seu quarto e se afundou na banheira. Tudo o que ela precisava depois desse dia extremamente cansativo era um banho e cama! 

Já Any ficou atônita por alguns minutos no banheiro. Sua mente era pura confusão. Ela então voltou para a balada e passou cerca de uma hora e meia sentada, bebendo e observando os amigos dançarem. De minuto em minuto, um deles vinha até ela e a chamava para dançar, mas ela negava a todos os pedidos. Poncho veio várias vezes e sempre tentava convencê-la com beijos no pescoço e carícias em seu corpo, mas ela só sentia certa... "repulsa" por ele naquele momento.

As duas e trinta da madrugada, Anahí avisou a Poncho que iria embora e saiu o mais rápido que pode, sem lhe dar nem um beijo. Já no corredor do hotel, encarou por alguns segundos a porta do quarto de Mai, pensando se deveria ou não bater. Achou melhor não, até porque ela esperava que a insônia da morena tivesse passado e que ela estivesse dormindo como o anjo que era.