Fanfic: Toma mi mano! - Portirroni | Tema: Rebelde; RBD; Portirroni

Mai acordou com o barulho da porta do banheiro do avião batendo. Por mais que conseguisse dormir agora, seu sono ainda era extremamente leve. Esfregando os olhos, ela viu quando Ucker saiu do banheiro e voltou para o seu lugar. Todos os outros aí dormiam.

- Desculpe, não queria te acordar. - disse o outro.

- Tudo bem. - se ajeitou na poltrona.- Ultimamente meu sono tem sido bem conturbado.

- Te entendo. Às vezes demoro horas pra dormir também. - ficou em silêncio por alguns minutos. - Como você está em relação ao Guido? - pergunta enquanto se abaixava ao lado da poltrona de Mai.

- Ahh Ucker. - suspirou. - Tô meio chateada com ele. Não foi legal ele tentar forçar algo quando eu já tinha dito não.

- Eu entendo. Mas então...você está disposta a tentar algo com outra pessoa? - perguntou sugestivo fazendo a morena sorrir.

- Você precisa parar de ser tão cara de pau! - riu. - Não acha que já está na hora de procurar alguém pra ficar por um tempo? Ficar de verdade, sério mesmo.

- Não deu muito certo quando eu tentei. - disse olhando para Any.

- Ela só não era a pessoa certa pra você. - respondeu contendo um resquício de ciúme.

- É, pode ser. - se sentou no chão do avião. - Mas o que eu posso fazer se vocês são as mulheres com que eu passo mais tempo na vida e são extremamente lindas. - brincou arrancando um sorriso de Mai.

- Ahhh Christopher, não tente me enganar. Eu sei que você gosta da Dul, não precisa esconder.

- Pelo jeito todo mundo sabe, né. Só ela que não. - disse meio desapontado encarando a ruiva que ainda dormia.

- Você tem certeza disso? - Mai perguntou e recebeu um olhar do outro. - A Dul só é mais reservada. Isso não é segredo. Se você mostrar pra ela que realmente quer, eu acho que ela vai te dar uma chance.

Antes que Ucker pudesse responder, o piloto colocou a cabeça para fora da cabine e pediu para que todos se ajeitassem e colocassem os cintos, pois iriam passar por uma corrente de ar que provavelmente balançaria consideravelmente o avião. Ucker se levantou e voltou para o seu lugar, acordando Poncho para que ele colocasse o conto enquanto Mai acordou Chris, Any e Dul.

- Jesus, eu me sinto como se tivesse sido esmagada. - disse a ruiva se ajeitando no banco.

- Tecnicamente você foi. - disse Mai rindo. - Esses dois te usaram de travesseiro.

- Da próxima vez você fica no canto. - disse a ruiva cutucando Chris. - Você tem a superfície corporal maior pra servir de travesseiro.

- Ahhh, mas você é tão confortável ruiva! - brincou o loiro enquanto a abraçava. - Mas eu também estou todo dolorido. Nunca dá pra dormir bem num avião, isso é fato!

Antes que alguém pudesse responder, o avião começou a balançar bastante, logo prendendo a atenção de todos.

- Caramba, e isso é porque era uma corrente pequena. - disse Poncho enquanto sentia o avião tremer.

- Como se já não bastasse ter que ficar horas dentro desse avião minúsculo. - disse Mai nervosa.

- Ei, relaxa. - disse Dul tocando o joelho de Mai. - Daqui a pouco isso passa e logo vamos chegar.

Mai suspirou nervosa. Não era segredo para ninguém ali que a morena tinha problemas com lugares fechados. Por mais que em voos convencionais eles estivessem sujeitos a serem abordados por fãs, as vezes ela preferia isso aí ter que entrar no pequeno avião particular que só tinha espaço para os 6, para Pedro e para o piloto.

- Eu odeio esse avião minúsculo. - murmurou irritada.

- E elevadores. - disse Ucker brincando.

- E qualquer lugar fechado, né. - disse Poncho também rindo e entrando na brincadeira. 

- Idiotas. - disse rindo enquanto jogava seu travesseiro em Poncho.

- Você me ama que eu sei. - riu.

Como o voo era longo, os 6 acabaram fazendo de tudo um pouco dentro do avião. Ouviram música, leram, conversaram, jogaram. Chris parecia ter se esquecido das fotos vazadas de seu casamento e se divertia com os amigos, que se empenharam em mantê-lo entretido. Any se sentia aflita ao pensar sobre Chris. Ela não conseguia parar de pensar que, se quisesse mesmo ter algo mais sério com Mai, ela teria que passar pela mesma exposição, teria que lidar com as mesmas críticas.

Críticas da mídia em geral não eram uma preocupação real para ela, afinal, ninguém tinha nada a ver com sua vida, a não ser as pessoas por quem ela tinha algum carinho, como sua família. E era aí que estava o problema. Sua mãe com certeza não aceitaria, sua irmã e seu pai também não. Talvez fosse precipitado pensar sobre isso agora, mas ela não podia evitar. Tinha ficado tão feliz em estar com Mai por apenas alguns segundos, imagina ficar para sempre ao lado da morena. Ela observava enquanto Ucker, Chris e Poncho interagiam com a outra arrancando gargalhadas dela. Sorria só de ver a morena feliz.

- Você parece uma besta olhando pra ela assim. - disse Dul ao seu lado.

- Eu sou besta por ela mesmo. Não adianta nem tentar negar. - disse sorrindo.

- Ainda bem que sabe. - riu. - Mas como vocês estão?

- Ela está me dando uma chance. - olhou para a amiga. - Vamos tentar. Não temos nada sério ainda, mas estamos tentando e, sinceramente, eu acho que estou completamente apaixonada por ela.

- Isso é ótimo! - disse feliz. - Não tenho dúvidas de que você está apaixonada e eu acho que ela também. Vocês merecem ser felizes.

- Obrigada. - abraçou a amiga. - Mas e você e o bebê ali. - gesticulou na direção de Ucker.

- Ahh Any. - suspirou. - Ele é muito criança ainda. Precisa amadurecer.

- Mas você gosta dele? - observou a ruiva que encarava os amigos, principalmente Ucker.

- Acho que sim, mas não sei se daria certo.

- Dá uma chance pra ele. Ele realmente é bem brincalhão as vezes, mas sabe ser sério quando precisa. Tenta, acho que você vai se surpreender. - sorriu para amiga.

As duas ainda observaram a interação dos outros 4 por alguns minutos até que Dul foi até eles para participar do jogo que utilizavam para passar o tempo. Mai, aproveitando a oportunidade, foi até Any e se sentou ao lado da loira que sorria para ela.