Fanfic: Toma mi mano! - Portirroni | Tema: Rebelde; RBD; Portirroni

Não tiveram muito tempo para conversar já que precisavam ensaiar, conferir os figurinos, verificar os detalhes de som, entre diversas outras coisas. Any se sentia perdida, avoada. A conversa com Mai a deixou extremamente pensativa. Talvez a morena ainda sentisse algo por Guido, afinal, os dois passaram muito tempo juntos. Enquanto os dois alimentavam uma relação saudável e duradoura, Any tinha passado por 3 relacionamentos. Derek, Ucker e Poncho. Nenhum dos 3 durou muito, mas ela se sentia feliz com eles. E se ela não fosse capaz de dar a Mai um relacionamento consistente como o que ela tiveram com Guido?

- Ei loira, você está bem? - perguntou Chris. - Está tão quieta.

Os dois estavam sentados em uma parte mais elevada do palco, longe dos outros. Poncho e Ucker conversavam com os músicos sobre alguma coisa inaudível e Mai e Dul discutiam detalhes do show com Guido. A preocupação não era exatamente o show de hoje, mas sim o que aconteceria em alguns dias, onde gravariam um dvd.

- Você acha que eu sou ruim com relacionamentos, Chris? - perguntou a loira enquanto observava Mai.

- O que? Por que essa pergunta do nada? - disse o loiro confuso. - Relacionamento é adaptação Any, você aprende a lidar com a pessoa, afinal, todo mundo é diferente.

- Ela ainda gosta dele. - disse ainda encarando Mai. 

Chris se virou para onde os olhos da amiga estavam direcionados e viu Mai bem próxima a Guido enquanto apontava para algo na folha que ele tinha nas mãos. Eles realmente pareciam próximos, mas não era muito diferente da proximidade entre ele e Dulce.

- Any, se ela está com você é porque ela gosta de você, ué! Não tem nada a ver ela estar próxima dele. É o trabalho dela.

- Ela tem que cantar, não ficar agarrada nele assim. - disse com raiva.

- Não seja injusta! Você tem que dançar com o Poncho e o Ucker o tempo todo e ainda tem que beijar o Poncho. - disse começando a se irritar. - Se alguém tem motivos pra ficar brava, esse alguém é ela.

- Desculpa. - a loira suspirou. - É que eu estava pensando em tudo que ela viveu com ele. - sentiu um aperto no coração. - Eles tinham algo sólido, maduro. Já planejavam uma vida juntos! Eu não sei nem o que vou fazer amanhã Chris! Além do meu trabalho, eu não sei o que vou fazer.

- Any você está sendo injusta com você também. Você não quer abrir a sua loja? Desenhar seus modelos, se casar, ter filhos? - o loiro abraçou a amiga. - Isso tudo são planos pra sua vida. Não se cobre tanto. Não é porque o relacionamento deles era todo milimetricamente planejado que o de vocês duas também precisa ser.

A loira deitou a cabeça no ombro do amigo e continuou observando a morena, que ainda conversava com o diretor e com Dulce. Ucker tinha se juntado a conversa e logo Poncho também se aproximou. Estavam realmente empenhados em realizar o melhor show possível.

- Guido, o dançarino chegou! - exclamou Pedro subindo no palco acompanhado de um homem.

Ele chamou todos para se aproximarem e então apresentou o homem que, ao final do show em Madri, faria uma pequena dança com uma das meninas.

- Anahí, você vai dançar com ele. - disse Pedro.

- Mas eu não sei dançar isso. Não danço praticamente nada na verdade, só coreografia. - disse a loira desanimada. Ela estava realmente triste por seus pensamentos anteriores.

- Sem problemas senhorita. - disse o homem beijando a mão de Any. - Não é algo complicado, posso te ensinar em instantes.

Passaram o resto da tarde ensaiando para o show daquela noite, mas também para do dvd que gravariam em Madri. Any se esforçava para aprender a pequena coreografia que faria com o dançarino espanhol, já que ele não poderia estar presente nos próximos dias para ensaiarem e, como tinha dito, não era mesmo algo muito complexo. Estavam tendo alguns minutos de descanso, mas Any fez questão de continuar, pois não queria errar no dia seguinte. Mai observava a loira com um enorme sorriso. Era lindo como ela se dedicava ao trabalho, ao que amava. 

A morena então saiu do palco em busca de uma garrafa de água. Logo pode ouvir passos atrás de si.

- A senhorita poderia dançar comigo também. - disse o dançarino enquanto se aproximava.

- Ahh, não é muito minha praia. - mentiu.

O homem estava muito perto de seu corpo e lhe lançava um sorriso galante. Era só o que faltava agora. Se Any visse aquilo, a coisa iria ficar feia. Ela começou a voltar para o palco, torcendo para que aquela conversa terminasse ali.

- O que acha de sairmos para um jantar? Posso te mostrar o melhor restaurante de Madri. - disse o homem a acompanhando.

- Não dá, temos outros shows pra fazer e nossa agenda está bem apertada. - respondeu a morena já subindo as escadas para o palco.

- Que pena, mas caso mude de ideia estarei disponível. - o homem piscou e foi novamente até Any que ainda estava distraída com os passos.

- Arrasando corações como sempre hein morena. - disse Ucker se aproximando de Mai e a assustando.

- Credo Ucker! Você aparece do nada. - disse com a mão sobre o peito.

- Ouvi o senhorito ali dando em cima de você. - riu. - Mas me diz, deu o fora nele por minha causa, né? - brincou enquanto aproximava seus rostos rindo.

- Idiota! - respondeu batendo de leve no amigo e se afastando.

Ela olhou para Any e percebeu que ela os encarava. O sorriso rapidamente deixou seu rosto. Ela não queria brigar de novo, mas, para sua surpresa, Any sorriu também, mas não era sarcástico nem feliz, era um sorriso triste. Maite não conseguiu nem sorrir de volta devido a preocupação que tomou seu corpo. Por que triste? Raiva, sarcasmo, indiferença ela entenderia, mas tristeza?

Ensaiaram mais alguns minutos e depois cada um foi para um camarim onde tomaram banho e se arrumaram para o show lá mesmo. Maite tentou arrumar uma brecha para ir falar com Any, mas estavam com o tempo extremamente curto. No show, a loira parecia bem. Feliz como sempre estava enquanto cantava, mas foi só as luzes se apagaram que ela também "apagou". Dentro da van, a morena finalmente conseguiu se sentar próxima a ela para conversarem.