Fanfic: Toma mi mano! - Portirroni | Tema: Rebelde; RBD; Portirroni

Dentro do quarto, os dois já estavam extremamente irritados e isso seria visível com qualquer um aparecesse ali. O homem então foi até a porta e a abriu bruscamente, dando de cara com Anahí que, aparentemente, já se preparava para bater. Os dois trocaram um rápido olhar e logo o homem saiu.

- O que ele estava fazendo aqui? - perguntou a loira enquanto entrava. Sua voz soou indiferente, o que deixou Maite apreensiva.

- Não começa a brigar, por favor. - disse cansada.- Ele só queria conversar, mas acabamos discutindo. Já foi.

A morena se aproximou e abraçou Anahí que continuou imóvel.

- Não faz isso. - pediu Mai. - Eu não aguento mais tantas crises de ciúme atoa! Eu nunca dei motivo para nenhum de vocês agirem assim. - a chateação já era palpável em sua voz. 

A morena se jogou em sua cama abraçando um travesseiro. Ela já sentia as lágrimas tomando conta de seus olhos. Não era justo que todas as pessoas que se envolvessem com ela agissem como se ela tivesse algum histórico de traições. 

Any pode ouvir quando a morena começou a chorar e sentiu o coração doer. Ela estava sendo uma idiota. Estava tão preocupada em pensar que Maite ainda gostava de Guido que não deu ouvidos ao que a própria disse. Ela mesma estava estragando o relacionamento das duas.

- Não chora Tita. - disse se deitando e abraçando a outra por trás. - Me desculpa, eu vou parar com essa coisa idiota. Eu...eu…- novamente sentiu as palavras fugirem. Suspirou e recomeçou. - Eu gosto muito de você e tenho medo de você ainda gostar do Guido ou de querer o Ucker porque, sei lá, ele é bonitinho, né. - riu e pode sentir a morena rir também.

- Ele pode até ser bonitinho…- se virou para encarar Any. - Mas você é linda e é melhor do que os dois juntos. - selou seus lábios.

- Não posso te culpar por achar ele bonitinho, porque em mesma já cedi. - riu.

- Tá vendo? Eu que deveria ter ciúmes. Você já ficou com dois e são os dois mais próximos da gente ainda.

- É. - secou uma lágrima da bochecha da outra. - Mas eu nunca senti isso por eles. - encarava os lábios da outra.

- Isso o que? - sentia seu coração acelerar cada vez mais com as palavras e toques de Any. Ela estava nervosa, só precisava saber o porquê.

- Acho que o Ucker era só...um cara bonitinho, sabe? - ainda acariciava o rosto da outra. - O Poncho, agora eu vejo que era uma amizade com benefícios. Ele nunca deixou de ser o cara que magoou a Dul. - disse triste ao se lembrar do sofrimento da amiga.

- Nem me lembre. Ela ficou tão mal. Lembro que ela te disse pra não se deixar levar demais. Talvez seja por tudo que ele fez que ela é tão fechada assim. - abraçou o corpo da outra enquanto curtia seus carinhos.

- Ele melhorou muito, talvez agora dariam certo se ela conseguisse perdoar ele. Nós dois éramos amigos com benefícios e eu realmente amava ele, mas sempre foi só como amigo.

- A Dul merece alguém que seja leal a ela. O Ucker quer tentar, mas não sei se vai dar certo também.

- Também não sei, só espero que ele não faça ela sofrer. - suspirou. - Nós perdemos completamente o foco da conversa, hein? - disse rindo e se ajeitando na cama.

- Perdemos? - a morena sorriu enquanto deitava a cabeça sobre os seios da outra. - E qual era o foco antes?

- Eu estava dizendo que nunca senti isso antes. - acariciou os cabelos negros.

- Isso o que? - perguntou Maite enquanto sentia o coração acelerar novamente.

Ela sabia o que queria ouvir, mas também tinha medo disso. Sentiu Any afastar seus corpos e puxar seu rosto para que pudessem se encarar.

- Eu…- mais uma vez, as palavras fugiram da boca de Anahí, mas dessa vez ela iria trazê-las de volta. - Eu...eu te amo de mais. Amor de verdade, não a amizade que eu sentia pelo Poncho. Eu tenho esses ciúmes imbecis porque eu realmente tenho medo de ficar sem você. - disse enquanto encarava Maite que sorria.

A morena jogou o corpo sobre o da outra e iniciou um apaixonado beijo. Quando se separaram, sorriram lindamente uma para a outra.

- Eu também te amo sua boba. Não tem que ter ciúme de ninguém porque eu só quero você. - beijou a loira novamente.

- Eu queria tanto te dizer isso, mas toda vez que eu tentava parecia que eu ficava muda! - disse Any enquanto acariciava as costas de Mai.

- Você não sabe o quanto eu estou feliz! O importante é que você disse e isso já me deixa assim, toda besta. - sorria de orelha a orelha.

Jantaram juntas no quarto da morena e passaram o resto da noite envolvidas em um clima de romance. Aproveitavam cada segundo que tinham juntas. Em meio a tanta correria era bom ter alguém por perto para curtir os momentos de descanso. 

Na manhã seguinte, Anahí acordou sentindo carícias em seu braço. Sorrindo, abriu os olhos para encarar a morena que ainda tinha o rosto levemente inchado, parecia ter acabado de acordar.

- Bom dia. - disse a morena beijando a outra.

- Bom dia coisa linda! - respondeu Any enquanto envolvia o pescoço de Mai com os braços.

- Acordou feliz por quê? - Maite sorria sentindo os repetidos beijos em seu rosto.

- Ué, porque estou com você! Precisa de mais algum motivo?

- Se você diz, eu vou acreditar. - riu. - Agora me solta porque eu quero aproveitar o dia. O tempo está incrível demais pra ficarmos trancadas aqui.

- Eu ficaria aqui com você sem problema nenhum. - se sentou. - Mas se você quer sair, sinta-se a vontade pra me deixar aqui sozinha. - disse manhosa.

Maite, que tinha se levantado, encarou a loira e sorriu. Se inclinou e lhe deu um selinho. Anahí aproveitou a oportunidade para puxar o corpo da amada para cima do seu, enquanto intensificava o beijo. Ambas riram ao sentir o contato de seus corpos.

- Você sabe mesmo como me convencer. - disse Mai enquanto posicionava suas pernas ao redor da loira.

- Eu sei que sou incrível, pode falar. - murmurou entre beijos.

Anahí começou a acariciar a barriga da outra por baixo da fina blusa de seu pijama enquanto se deliciava com os lábios que a beijavam loucamente. Maite segurava com firmeza o rosto da outra, controlando cada minuto do beijo. Estava tão concentrada nos toques que recebia que se esqueceu completamente que queria sair. Deu uma mordida no lábio inferior da loira no exato momento em que o celular da mesma começou a tocar.