Fanfic: Toma mi mano! - Portirroni | Tema: Rebelde; RBD; Portirroni

- Senhorita. - cumprimentou o homem enquanto depositava um beijo não mão de Dulce, que sorriu em resposta. - É um prazer vê-la de novo. - disse se aproximando de Mai. - Meu convite Ainda está de pé caso tenha um horário disponível. - sorriu galante enquanto beijava a bochecha da morena.

- Ahhh - começou a morena, hesitante. - Eu realmente não tenho um horário livre, sinto muito. - sorriu sem graça. 

O homem então se afastou, ainda sorrindo e começou a dançar com Any que mostrava alguns passos para sua mãe que tentava ajudá-la com a coreografia. Nenhuma das duas parecia ter notado a interação do espanhol com Maite.

- O que foi isso? - sussurrou Dul para a morena. 

- Ele me chamou pra sair no ensaio na outra cidade, mas eu disse que nossos horários estavam muito apertados. - jogou o corpo sobre a cadeira.

- O espanhol está te querendo mesmo hein, morena. - disse Ucker enquanto se posicionava entre as cadeiras das duas mulheres.

- Cala a boca Ucker. - disse Mai e suspirou.

- Ele não é de se jogar fora, mas entendo você dizer não. - disse Dul enquanto terminava sua maquiagem.

- Ah por favor! Ele só sabe dançar, mas a beleza não tem! Olha só o que você está perdendo de verdade. - brincou Ucker enquanto "se oferecia" em uma pose ousada para Dul.

- Idiota. - respondeu a ruiva sorrindo. - De todo modo, ele não me quer. O interesse dele é outro.

- Interesse de quem? - pergunta Poncho se aproximando. - Alguém viu meu gel de cabelo? - vasculhava a mesa em busca do produto.

- O dançarino está a fim da Mai. - respondeu Ucker um pouco mais alto do que deveria. 

- Ucker! - exclamaram Dulce e Maite juntas.

- Fala mais baixo seu doido. - repreendeu a morena. - Ele está bem ali atrás!

- Opa! Ele não é ruim Mai. - disse Poncho olhando para o homem que estava concentrado em sua dança com Any. 

A morena apenas revirou os olhos e foi em direção a um sofá vazio para se sentar. Chris conversava com BJ em um canto do camarim e Ucker e Poncho se entreteram quando começaram a perturbar Dul, algo que sempre faziam. Sem muito o que fazer, seus olhos acabaram caindo sobre os dois indivíduos que dançavam no canto do cômodo. Any mexia o corpo suavemente. Parecia conhecer a coreografia a vida toda.

- Você está a fim dele mesmo? - perguntou Poncho se jogando no sofá.

- O que?! Não! - disse assustada. - Eu só tô olhando. Não tenho nada pra fazer.

- Sua cara não dizia exatamente isso. - riu. 

De repente, o cérebro do moreno teve um "estalo". Ele olhou novamente para amiga e percebeu que o olhar abobalhado continuava em seu rosto, mas talvez ele não estivesse necessariamente direcionado para o dançarino. Maite, percebendo o silêncio do outro, o encarou e percebeu os olhos do amigo vidrados nos seus. Parecia perdido em pensamentos. 

- Não viaja Poncho, não quero nada com ele. - o homem apenas continuava a sustentar o olhar. - O que foi?

- Nada. - respondeu. - Só...estava pensando. Bom, se você não quer ele, está no seu direito, mas eu acho que ele não vai desistir porque continua te encarando. - riu.

Os dois olharam mais uma vez para a dupla que antes dançava, mas agora os dois encaravam os que estavam no sofá. Anahí bebia água de uma garrafinha, mas não tirava os olhos de Mai. Sorriu assim que percebeu que a outra também a encarava. Poncho observou atentamente a troca de olhar entre as duas. Talvez ele estivesse certo.

Alguém da produção apareceu para avisá-los que era hora de subirem ao palco. Any abraçou sua mãe e em seguida seu pai, que após soltá-la passou por todo o camarim abraçando um por um.

- Maite! - disse Enrique ao se apaixonar da morena. - Não nos encontrarmos no hotel. Senti sua falta lá, tem tanto tempo que não nos encontramos.

- Ahh, é…. infelizmente não nos encontramos. - disse nervosa. -

- Quando voltarem para o México, vou fazer questão de que a Any te leve até nossa casa. Precisamos fazer mais um almoçou com todos reunidos. - sorria enquanto segurava os braços de Mai.

- Seria ótimo! Eu v-vou ficar muito feliz. - gaguejou de tanto nervoso.

O homem a abraçou mais uma vez e foi até BJ para cumprimentá-lo também.

- Que merda foi essa….- sussurrou a morena mais para si do que para qualquer outro. 

- O que foi? - perguntou Dul que se aproximava.

- Eu acabei de gaguejar igual uma idiota na frente do pai da Any. - disse aborrecida, arrancando uma gargalhada da ruiva.

- Medo do sogro Mai, é isso que foi. - riu e puxou a amiga para que fossem até o palco.

Logo o show começou e tudo saiu como o planejado. Os fãs vibraram como loucos ao verem o beijo de Any e Poncho e Ucker e Dul. Mai apenas observou a cena, como sempre fazia. Foi difícil ver os fãs tão empolgados por verem os dois juntos? Foi! Mas ela teria que lidar com isso para o resto da vida, mesmo que ela e Any terminassem algum dia. Era inegável que eles formavam um casal lindo, mas apenas na ficção. 

Logo após os beijos, as primeiras notas de I Wanna Be The Rain começam a soar e, enquanto cantava, Mai não pode deixar de observar como Anahí parece feliz sobre os palcos, ela realmente nasceu para aquilo. A música segue e parece ser a perfeita trilha sonora para aquele momento.

"I wanna be everything that touches you, everything

I wanna be the rain

That falls on you

Washes away the pain"

Ela queria poder tirar todas as dores de Any, todos os sofrimentos. Queria ser como o vento beijando o rosto dela todos os dias, a todas as horas, mas ela não queria ser o sol na vida de Any. Por que, na verdade, Any já era o sol de sua vida e e tudo o que ela precisava era que isso continuasse, que ela continuasse iluminando todos os seus dias. As estrelas se tornavam insignificantes quando ela tinha tão perto de si os olhos que enchiam sua alma de brilho.

Olhando mais uma vez para Any enquanto cantava como apoio para Chris, percebeu que a loira a encarava sorrindo. Sentiu seu coração se apertar de felicidade.

"Eu amo ela demais!" Pensava Anahí. Desde os primeiros minutos em que a voz de Maite soou como coro na música, ela sentia como se o som fosse um ímã para seu corpo. Cada resquício da voz fazia seu corpo se arrepiar e atraía imediatamente seus olhos. Não queria perder nenhum segundo daquele momento, mas era forçada a desviar o olhar a cada vez que uma câmera se aproximava. 

Quando seus olhares finalmente se encontraram, a vontade de correr para os braços da morena foi quase incontrolável, mas seu lado profissional gritou por prudência no último segundo.

(Autora aqui só pra esclarecer: aqui na história só foram cantadas as músicas que foram para o DVD, ;) ok? )