Fanfic: Toma mi mano! - Portirroni | Tema: Rebelde; RBD; Portirroni

Logo estavam diante de um enorme gramado que ficava no meio da construção. Any caminhou até perto de uma pilastra e se sentou no chão, observando a namorada que olhava encantada para cada parede e para o céu imensamente azul. 

Maite percebeu a ausência da namorada e a procurou com os olhos. Sorriu ao vê-la no chão, apoiada em uma pilastra. Se aproximou e se sentou no meio de suas pernas, ficando encostada de lado sobre o tronco da loira que logo a abraçou.

- É muito lindo! - disse olhando para o céu.

- Sabia que ia gostar. - apertou a namorada e suspirou. - Tenho que te contar uma coisa. - disse triste e imediatamente viu Maite se afastar.

- O que foi? - questionou preocupada.

- Em Madri - começou nervosa. - minha mãe ficou olhando com uma cara esquisita quando eu te abracei depois do show. Eu ignorei porque pensei que não fosse nada demais, mas...fiquei com um presentimento ruim, sabe? - encarou a namorada enquanto apertava os dedos das mãos. - No dia que eu fui almoçar com eles, ela me questionou sobre o Poncho e falou do Chris. Sobre ser errado ele estar com o BJ. Meu pai e a Mari concordaram com ela. - já tinha a voz embargada. - A Mari me disse que não aceitaria se fosse alguém da família. - deixou a primeira lágrima escorrer sem poder segurá-la.

Maite abraçou a namorada e sentiu ela desabar totalmente. Any começou a chorar compulsivamente enquanto se agarrava ao corpo da morena, que não sabia o que dizer. Não tinha nada que ela pudesse fazer para amenizar o sofrimento da amada.

- Amor. - chamou a morena. - Olha pra mim. - ergueu o rosto da outra e sentiu o coração doer ao ver seus olhos repletos de lágrimas. - Eu sei que pode parecer difícil agora, mas talvez eles se acostumem com o tempo, vão aprender a lidar com isso. - sorriu terna. - Meu...meu irmão descobriu quando fui até a casa dos meus pais. Contei pra minha mãe também.

- O que?! - questionou arregalando os grandes olhos azuis. - Como ele descobriu?

- Minha mãe falou sobre eu parecer apaixonada de novo e ele me perguntou quem era. Eu não tive coragem de contar logo de cara, mas eu perguntei o que ele achava do Chris. - segurou as mãos da namorada e encarou-as. - Eu...eu não disse mais nada. Ele me olhou e só...só entendeu o que eu estava dizendo.

- Mas o que ele fez? Surtou, brigou, te apoiou? - perguntava afobada. - E foi o Adolfo ou o Paco? Eu nem perguntei antes, sou uma burra mesmo. - falava sem parar.

- Ei! - segurou novamente o rosto de Any. - Calma! Ele só saiu, mas no dia seguinte disse que não entendia, mas que se eu te amava ele ia estar do meu lado. - acariciou o rosto de Any e a viu sorrir. - Ele está tentando entender. Minha mãe também. Ela apareceu enquanto conversávamos e me viu chorando. Eu contei pra ela e….ela não teve a melhor reação possível, mas também está do nosso lado e está tentando entender.

Anahí sorriu e se jogou não braços da namorada. As duas se abraçaram com força e a loira derramou mais algumas lágrimas.

- Eu estou feliz por você. - disse a loira ao se afastar. - Seus pais são incríveis, sempre foram.

- Os seus também são, só vão precisar de um tempo para se acostumarem com isso. - sorriu para a loira. - Eu não contei meu pai e pro Paco ainda, preferi esperar todos estarmos juntos de novo, mas o que você acha de ir comigo? Aí já te apresento oficialmente como minha namorada também. - sorriu e deu um rápido selinho em Any.

- Acho melhor não. - sorriu. - Acho que eu explodiria de nervoso na frente do seu pai e seus irmãos. Você é a mais velha, mas vai saber, né? - abraçou novamente a namorada.

- Para, eles adoram você. - se aconchegou apoiada em Any. - E mais cedo ou mais tarde você vai ter que ir, não vai fugir de mim Anahí. - enfiou a mão por baixo do vestido preto que a namorada usava e a posicionou bem no fim de sua coxa.

- Não sou nem doida de fazer isso. - sussurrou a loira e beijou o topo da cabeça de Mai.

Ficaram lá até o anoitecer, observando o céu mudar lentamente de cor. Maite sabia que Any ainda pesava sobre seus pais e estava extremamente apreensiva quanto a isso. Não podia culpá-la, porque também estava. Estava explicado porque a mãe da loira tinha sido tão fria com ela nas últimas vezes que se encontraram, mas acreditava que ele acabariam se acostumando, precisava acreditar. A felicidade de Any dependia disso e a sua também, já que a loira era tudo em sua vida.

Com o céu já escuro, voltaram para o carro e foram em busca de um hotel para ficarem.

No dia seguinte, Maite acordou com o toque estridente de seu celular.

- Alô? - disse ainda sonolenta.

- Bom dia, Mai. Já vou as notícias? - soou uma voz conhecida.

A morena retirou o celular do ouvido e chegou o nome na tela. Carolina Palomo, assessora de imprensa do grupo. 

- Bom dia. Não vi nada ainda. O que aconteceu? - questionou já preocupada. 

Reparou que Any ainda dormia ao seu lado na cama, com o braço repousando sobre sua barriga. Retirou-o com cuidado e foi até o banheiro, fechando a porta em seguida.

- Alguém fotografou você e a Any. As manchetes são sobre vocês estarem aproveitando os dias de folga e coisas do tipo.

Maite gelou. Rapidamente o beijo na festa em Mérida veio com tudo aos seus pensamentos. Não deveria ter bebido tanto, assim não seria tão imprudente quanto naquela noite.

- Mas as fotos não tem nada demais, ou tem? - questionou preocupada.

- Não, são só de vocês saindo de um convento em Izamal. - respondeu a mulher. - Por que? Tem algo que eu deva saber, algo que eu deva preparar uma declaração? - questionou apreensiva.

- Não, não tem nada. Obrigada por avisar. 

As duas se despediram e Maite respirou aliviada. Ok, tinha levado um susto e tanto. Voltou para o quarto e percebeu que a namorada ainda dormia. Ligou a tv e se deitou novamente, se distraindo enquanto esperava a loira despertar.

- Bom dia. - murmurou a loira se esticando na cama cerca de 40 min depois.

- Bom dia. - respondeu Maite. - A Palomo ligou pra avisar que tiraram umas fotos nossas juntas e logo devem estar anunciando.

- É impressionante como sempre nos acham. - disse tranquila.

-  Você não está preocupada? Esqueceu da festa em Mérida? - questionou afobada.

Anahí imediatamente a encarou, ficando branca subitamente.

- Meu Deus! As fotos foram de lá?! - disse arregalando os olhos.

- Não. - a morena gargalhou. - Você tinha que ver sua cara! Foram tiradas aqui, ontem a noite. - ainda ria. 

- Não acredito. - disse com raiva. - Eu te odeio Maite. - se levantou e correu para o banheiro, batendo a porta com tudo.

- Eu sei que você me ama! - gritou se ajeitando na cama enquanto sorria.

A tarde, resolveram sair para curtir um pouco mais a cidade. Passaram mais 2 dias em Izamal, mas a todo o momento percebiam alguém tirando fotos das duas às escondidas, ou nem tão escondidas assim. Decidiram ir para um lugar mais afastado, onde pudesse curtir de verdade com privacidade e estarem mais próximas da natureza, de um lugar mais calmo. Decidiram partir para Celestún, direção completamente oposta a que estavam seguindo até o momento, mas era o lugar exato para o que procuravam. 

- Agora chega, né? - disse Any enquanto caminhavam pela praia. - Depois daqui só pra casa. 

- Eu não me importaria de viajar pra sempre com você. - sorriu e beijou a namorada. - Mas nós precisamos voltar de qualquer jeito.

Caminharam por alguns minutos até que decidiram jantar em um restaurante a beira da praia. O lugar era apenas uma grande varanda de madeira iluminada por luzes amarelas e algumas tochas. Podiam ter total visão do amplo mar a sua frente e de um longo cais que se estendia pela praia. Comeram calmamente, sem medo de serem interrompidas, mas ainda assim mantinham uma certa "distância".

Ao terminarem, foram para a praia e caminharam pelo cais, se sentando em sua ponta onde observaram o entardecer mais uma vez.

- Eu não quero ir embora. - sussurrou Anahí apoiando a cabeça no ombro da outra.

- Eu também não. - recostou a cabeça sobre a da namorada. - Poderia ficar aqui para sempre com você. 

Uma brisa leve jogava o cabelo de ambas para trás. Conforme as horas iam passando, o restaurante atrás delas ganhava mais movimento, mas ainda assim não tinha muitas pessoas. Uma música calma começou a tocar no estabelecimento e podia ser ouvida dali.

- Dança comigo? - pediu a morena.

Anahí apenas a encarou confusa. Maite sorriu e se levantou. Estendeu a mão para namorada que não hesitou em agarrá-la. Logo as duas estavam dançando suavemente ao ritmo da música. Any abraçou o corpo de Maite, apertando-a contra si. Beijou suavemente os lábios da namorada, se envolvendo naquele contato.

Separaram-se por falta de ar enquanto Anahí acariciava a bochecha da outra, distribuindo selinhos por seus lábios e queixo. Levou a mão até a alça do vestido longo que a morena usava e a desceu, depositando um beijo no ombro agora nu.

- Eu te amo tanto. - sussurrou a loira.

Apertava com força a cintura de Maite, mantendo os lábios em contato com sua pele.

- Eu também te amo, meu amor. - acariciava os fios loiros de olhos fechados, sentindo seu corpo nas nuvens.