Fanfic: Toma mi mano! - Portirroni | Tema: Rebelde; RBD; Portirroni

N decidi q rumo vou dar pra essa história e tô com a cabeça meio ruim pra escrever. Não sei se continuo ela como tinha planejado ou se reduzo e continuo a one Adicta (está no Spirit, é uma one shot Portirroni q me deixa realmente orgulhosa pq eu gostei bastante doq fiz), então enquanto n consigo escrever vou posta 2 vezes na semana, as vezes 3. É melhor isso doq eu postar td de uma vez e ficarem sem indeterminadamente, concordam? Se alguém estiver afim de se manifesta sobre, sou toda ouvidos. 

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- Amor? - chamou a morena.

A cabeça de Any rapidamente se virou para ela e foi possível ver as lágrimas que rolavam por baixo dos óculos escuros. A loira se jogou em seus braços enquanto chorava ainda mais. Maite apenas acariciou os cabelos da loira calmamente, esperando que ela se acalmasse. Após alguns minutos, as duas voltaram a se sentar na sombra da árvore lado a lado.

- Eu...eu briguei com a minha mãe. - começou a loira.

- A Ana me contou. - entrelaçou seus dedos aos da namorada. - Foi por causa da gente, não foi?

Anahí apenas suspirou e Maite não precisou perguntar mais nada. Já estava claro que tinha sido isso. As duas permaneceram em silêncio mais alguns minutos, com Any derramando muitas lágrimas silenciosas. A morena apenas acariciava a mão da namorada para mostrar que estava ali, não tinha muito o que fazer em uma situação dessas.

- Ela disse pra eu acabar com isso. Ou posso esquecer que tenho família. - disse a loira encarando o horizonte, depois, se virou para a namorada. - Ela não faria isso, faria? - perguntou apreensiva.

Maite suspirou e encarou a namorada. As íris azuis que tanto amava estava agora mescladas com um vermelho forte, resultado de muitas lágrimas derramadas. As sardas da namorada estavam extremamente evidentes devido ao feixe de luz que passava por entre as folhas das árvores e mais uma lágrima solitária escorria pela bochecha esquerda da loira. Ela se apressou em secá-la.

- Eu não sei, Any. Eu realmente não sei. - suspirou.

Depois de sua discussão com a mãe, Any evitava a todo custo ter qualquer contato com ela. Quando foi deixar Ana Paula em casa, apenas a irmã estava lá. Se desculpou com ela, mas não contou sobre a briga com a mãe, afinal, era mais provável que Mari ficasse contra ela também. 

Maite acabou se encontrando com os pais mais uma vez e aproveitou a ocasião para contar sobre seu relacionamento para o pai e para seu irmão Paco. Ambos ficariam surpresos e não souberam muito bem como agir, mas Paco, assim como Adolfo, demonstrou apoio a irmã e buscava entender o seu lado. Javier ficou um pouco relutante, mas depois de um pouco de conversa com os filhos e com a esposa, fez questão de pedir desculpas a Maite e começou a se esforçar mais para reagir bem.

O relacionamento das duas continuava bem na maior parte do tempo. Aproveitavam cada segundo que tinham juntas, seja para ficarem atoa em casa ou para fazerem compras, jantarem em um restaurante diferente a cada noite da semana e coisa do tipo.

Os únicos momentos em que as coisas pareciam um pouco fora dos trilhos era quando entravam no assunto família. Quando Maite contou sobre a reação de seu pai e irmão, Any tentou parecer genuinamente feliz, mas não conseguiu.Por mais que ela realmente estivesse feliz pela namorada, seria mentira se dissesse que não sentia também uma grande tristeza por não ter tido a mesma receptividade com seus pais.

Javier e Maite insistiram para que a filha levasse Anahí até a casa deles para um jantar, dessa vez como parte oficial da família, mas assim que Maite mencionou isso, o clima mudou totalmente.

- Então…- começou a morena.

Ela estava deitada em sua cama usando um pijama qualquer. Any estava deitada sobre seus seios, acariciando suavemente sua barriga enquanto assistiam a um filme na televisão. A morena acariciou os cabelos loiros e deslizou a mão até as costas da namorada, buscando as melhores palavras para continuar.

- Javier disse para eu te convidar para um jantar. - mordeu o lábio, nervosa.

Maite, que olhava para a tv como se estivesse muito interessada, apenas acariciava as costas de Any, que vestia apenas a grande camiseta da morena que ela tanto adorava. Anahí levantou a cabeça e encarou a namorada.

- Javier? Seu pai? - questionou a loira com um tom indiferente.

- Sim. - finalmente encarou a loira. - Ele e minha mãe disseram que querem um jantar com você já sendo oficialmente da família. 

Anahí soltou um leve riso, mas extremamente debochado.

- Eu, da família. Quem diria. - riu novamente e voltou a deitar sobre os seios da namorada.

- Posso saber a graça? - questionou levemente irritada.

Anahí não respondeu. Maite, impaciente, empurrou a namorada para o lado e se sentou encarando-a. Anahí a observou incrédula e viu a namorada cruzar os braços sustentando um olhar rígido em sua direção.

- Ah, Maite! Por Deus! Não é nada demais, eu só achei irônico eu fazer parede da "sua família" e a minha nem querer olhar na minha cara. - disse gesticulando com as mãos.

- Eu sei que as coisas estão difíceis pra você, mas não precisa agir assim, como se minha família fosse algo…ignorável. - disse já um pouco brava. - Eles estão tentando! E não é como se todo mundo tivesse virado as costas pra você também.

- Você sabe que não é assim que funciona. Minha mãe não concorda, minha irmã também não e muito menos meu pai. - disse também se irritando. - Não preciso que eles digam isso diretamente pra mim pra saber.

- Claro, até porque você nunca contou de verdade pra eles. Confirmou pra sua mãe porque começou a chorar. - cruzou os braços olhando com raiva para a namorada.

Anahí riu sarcástica mais uma vez.

- Então o problema é eu não ter falado com todas as palavras igual você fez? Maite, por favor! Você deixou seu irmão descobrir sem querer também, só contou pra sua mãe porque ela pegou vocês no meio de uma conversa. - bateu as mãos no colchão. - Desculpa se meus pais já deixaram claro desde sempre que não vão aceitar.

- Pelo menos eu tive a coragem de admitir de verdade o que eu sinto. Chorei? Sim, mas no final falei o que tinha pra falar ao invés de ficar pelos cantos me lamentando toda vez que escuto alguém falar de "família"! 

Anahí a encarava incrédula. Não era justo a morena ser tão dura com ela. Não era como se fosse sua escolha ficar triste ao se lembrar que seria duramente regeitada por sua família se assumisse o que realmente sentia.

A loira se levantou e foi até o canto do quarto, pegando sua calça que estava sobre uma cadeira e vestindo-a rapidamente enquanto sentia uma lágrima rolar por seu rosto.

- Onde você vai, Anahí? Estamos conversando. - disse Mai ainda irritada.

- Vou pra casa. - secou uma lágrima. - Vou "me lamentar" na minha casa.

A loira saiu do quarto sem olhar mais nenhuma vez para a namorada. Quando já estava na metade do quintal ouviu seu nome ser chamado mais uma vez e apertou o passo. No momento em que ligou o motor de seu carro, pode ver Maite abrindo o portão, pronta para ir em sua direção. Deixou uma última lágrima escorrer antes de acelerar até sua casa.

No dia seguinte a essa briga, Maite foi até a casa de Any para lhe pedir desculpas e a loira logo cedeu. Por mais que já estivessem bem, não tocaram mais no assunto "família", nem em nada que pudesse se aproximar disso. A loira continuava triste e se sentindo abandonada pelas pessoas que mais amava. 

Já Maite compreendia a tristeza da namorada, mas achava que ela estava fazendo um pouco de drama demais, afinal, só sua mãe que realmente sabia o que estava acontecendo. Para ela, a loira estava sofrendo por antecipação.

Dentro de alguns dias teriam que começar as gravações do novo álbum que, como previsto, tinham sido antecipadas. As viagens da tour continuariam, teriam que ir até os EUA para gravarem parte do disco em um estúdio de lá e logo em seguida já começariam uma nova tour.

Um dia antes do primeiro dia de gravações do novo álbum, as duas estavam paradas em frente a casa da loira. Maite tinha passado a noite lá e se preparava para ir embora. Encostada na porta de seu carro, puxou o corpo da namorada para perto do seu e sentiu os braços de Any imediatamente rodearem seu pescoço. 

Sorrindo, as duas se beijaram apaixonadamente. Seus lábios se tocavam de forma calma e suave, sem nenhuma pressa. Maite apertou a cintura de Any e sentiu a namorada sorrir contra seus lábios. Subitamente, um alto barulho de buzina logo a frente delas fez com que se separassem rapidamente.

Olharam em direção ao carro que tinha feito o barulho e paralisaram. Enrique e Marichelo estavam parados lá dentro, olhando para as duas friamente. Maite encarou a namorada e pode ver que ela parecia incapaz de se mexer e seus olhos já começavam a se encher de lágrimas. Enrique, com uma brusca manobra, deu a volta com o carro e foi embora a toda velocidade.