Fanfic: Toma mi mano! - Portirroni | Tema: Rebelde; RBD; Portirroni

Saíram do ônibus de mãos dadas, arrancando mais inúmeros gritos dos fãs.

Tiraram mais algumas fotos aí lado do veículo, responderam a algumas perguntas, autografaram coisas e trocaram algumas poucas palavras com os fãs antes de precisarem ir embora.

Como sempre, diversas perguntas inconvenientes sobre Christian eram feitas a todos, mas tentavam ser o mais educados possível e evitar qualquer polêmica desnecessária.

- Tenho vontade de bater nesses idiotas que só sabem perturbar o Chris. - disse Dulce.

Ela e Poncho estavam abraçados em um canto, sorrindo para um fotógrafo que estava misturado a multidão.

- Quando for fazer isso, eu te ajudo. Eles me irritam demais. - respondeu o homem.

Os dois voltaram a se aproximar dos fãs, pegando alguns objetos que lhes eram oferecidos para autografarem. Uma garota a esquerda de Poncho lhe estendia uma foto antiga, na qual ele e Dulce estavam lado a lado e ele apertava as bochechas da ruiva enquanto ela apertava as dele.

- Sabe, essa é uma da minhas fotos preferidas. - disse para a garota, sorrindo.

- Minha também! - veio a resposta que ele quase não pode ouvir devido aos gritos dos outros em volta.

Destampou uma caneta piloto e autografou a imagem.

- Ei, Ardilla! - gritou, observando Dulce olhar em sua direção. - Vem aqui, por favor.

- Diga, Ponchito. - disse ao se aproximar.

- Autografe aqui, por favor. - entregou a imagem a ruiva, que rapidamente fez o que lhe foi pedido. - Agora…- começou entregando a foto de volta para a garota. - preparem seus câmera!

Sorrindo, ele se aproximou e apertou as bochechas da ruiva mais uma vez, assim como na foto antiga.

- Seu besta! - exclamou ruiva, com o voz sufocada devido às bochechas comprimidas pela mão do outro.

Dulce estendeu as duas mãos e colocou uma de cada lado do rosto do moreno, apertando suas bochechas assim como na foto. Ela deu o seu melhor sorriso e o viu fazer uma careta semelhante a da foto. Sem perder tempo, os fãs se apressaram para fotografar os dois.

A diferença mais evidente entre a foto antiga e as inúmeras que estavam sendo tiradas naquele momento era a proximidade dos dois. Por mais que na outra estivesse com os rostos próximos, dessa vez estavam literalmente colados. Soltaram as mãos e se encararam com sorrisos nos lábios.

- Você não perde essa mania mesmo, não é? - questionou a ruiva.

- Nunca! - respondeu Poncho, com um sorriso de orelha a orelha.

Os dois se perderem por alguns segundos nos olhos um do outro, até que foram tirados de seu momento pelo chamado de Oso, que os levaria até um local menos movimentado de onde todos poderiam ir para suas próprias casas.

- Quer sair pra jantar hoje? - questionou Poncho.

Ele e Dulce estavam sentados nos bancos mais ao fundo da van. Os outros quatro ainda estavam entretidos em uma conversa sobre o flagrante de Mai e Any dentro do ônibus.

- Não quero acordar de madrugada com som de vocês transando. - disse Ucker. -

- Ah cala a boca, Uckermann! - exclamou Anahí. - Como se você não fosse fazer isso se tivesse a oportunidade.

- Opa, mas não é só ele que vai estar lá! - manifestou-se Christian. - Eu também não quero ouvir!

Dulce riu do protesto do amigo, que se fingia de incomodado. Ela virou os olhos e percebeu que Poncho a encarava, esperando uma resposta.

- Claro. - respondeu. - Não tem planos com mais ninguém hoje?

- Agora eu tenho com você. O que mais eu poderia querer? - fez uma careta misturada com um sorriso.

- Sexta a noite, Alfonso? Realmente não tinha nada planejado?

- Eu tinha planejado te convidar a muito tempo, mas não tive coragem antes. - desviou o olhar, parecendo realmente desconfortável. - Mas confesso que estava com medo de levar um fora. - sorriu fraco.

- Quem diria, o grande pegador com medo de levar um fora. - sorriu.

- Esse cara já era. A fase de se deslumbrar com isso passou.

Os dois se encararam em silêncio. Dulce analisava atentamente o rosto de Poncho. Ele realmente parecia decidido e mais maduro. De uns tempos para cá realmente se mostrava mais controlado, não saía o tempo todo com Ucker e tinha parado de ser tão "galante" com qualquer mulher que parecesse minimamente interessada. Talvez depois de Dulce e Anahí o terem deixado por esse hábito tão ruim, ele tenha finalmente começado a mudar.

- Pelo menos um jogo gravado você tem pra assistir caso eu dissesse "não", estou certa? - questionou brincalhona. O homem gargalhou.

- Está, está certíssima! Preciso me prevenir, não é? - sorriu.

- Dul, Poncho nos ajudem aqui! - gritou Ucker.

- Essas duas vão realmente "fazer aquilo" dentro do ônibus! - exclamou Christian.

- Vou fazer a Mai gritar dentro daquele ônibus! Vocês que comprem protetor de ouvido. - disse Any se recostando no banco.

- Anahí! - gritou Maite. - Dá pra parar de me expor desse jeito?!

- Seria engraçado se isso acontecesse. - disse Dulce rindo.

- Ah, qual é! E você ainda se diz minha amiga! - Perroni disse enquanto encarava amiga.

- Bom, se é assim, vamos ser justos. Vou levar o BJ. - disse Christian, cruzando os braços.

- Ei, nem vem! Daqui a pouco aquele ônibus vira um cabaré. 

- De novo: - começou Any. - como se você não fosse gostar Uckermann.

Ainda em meio a uma discussão, chegaram a um estacionamento já longe da multidão de fãs, onde cada um foi para um lado.

- Te encontro na sua casa. - disse Any ao se afastar de Mai, mandando um beijo no ar. 

Ela entrou em seu carro e observou a morena entrar no próprio veículo ao longe. Assim que colocou seu cinto, ouviu seu celular apitar mais de uma vez. Olhando a tela, pode ler o nome da irmã.

" Mamãe e papai me contaram e eu não quis acreditar. Não imaginava que minha irmã pudesse ser tão promíscua assim"

Seu coração gelou. 

" Não levei Ana hoje porque não tinha certeza, mas preferi não arriscar. Aparentemente foi a melhor coisa que eu fiz."

Já sentindo as lágrimas correrem por seu rosto, viu a mensagem que mais lhe doeu brilhar na tela.

"Me esqueça! Esqueça que tem uma irmã e esqueça a Ana Paula. Nunca mais quero te ver perto dela. Não quero que ela passe por essa vergonha que é ter uma tia como você. "

Atônita, passou as mãos pelos cabelos nervosamente. Tudo a sua volta parecia rodar enquanto seu corpo parecia mais fraco a cada minuto. Em um reflexo, escancarou a porta do carro e colocou a cabeça pra fora bem a tempo de colocar para fora tudo o que tinha comido no dia. 

Após alguns segundos, levantou a cabeça e olhou em volta do estacionamento. Mesmo com a vista levemente turva, percebeu que mais nenhum de seus amigos estava ali. Bateu a porta do carro e pegou novamente o celular.

"Não vai dar pra ir agora, preciso resolver algo. Te ligo mais tarde." 

Enviou a mensagem para a namorada e dirigiu o mais rápido que seus sentidos permitiram na direção oposta.