Fanfics Brasil - Capítulo 10 Christopher (Adaptada)

Fanfic: Christopher (Adaptada) | Tema: VONDY


Capítulo: Capítulo 10

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Dulce Maria


Sorri ao ver o copo com água e a embalagem do remédio em cima do criado mudo. Eu me lembrava de quase tudo que aconteceu na noite passada. A lembrança dele me carregando até o quarto ainda estava fresca, principalmente o seu cheiro. Lembrava que ele entrou resmungando, mas não conseguia me recordar o que ele tinha dito, esperava também, que tivesse me mantido de boca fechada.

Eu não tinha remédios em casa, então liguei para minha mãe e pedi que comprasse para mim e pedisse ao meu irmão para trazer quando fosse trabalhar, pois definitivamente não tinha forças para ir até uma farmácia.

Quando a campainha tocou, me arrastrei até a porta e me deparei com dona Maria e Marcos. Ela tinha um semblante preocupado no rosto. Abracei- a, dizendo que estava tudo bem e encarei a porta de Christopher. Quem diria que ele ajudaria uma pessoa. Queria agradecê- lo pelo que fez.

Falei com meu irmão e dei passagem para eles entrarem. Além do remédio, trouxeram bolo, queijo e frutas. Minha mãe começou a preparar o café, enquanto queria saber o que eu tinha.

─Mãe, já disse que é só um resfriado. Dormi com a janela aberta e minha garganta inflamou. De forma nenhuma iria contá- la que não lembrava de ter fechado a porta da frente e que meu vizinho me colocou na cama.

─Faça o favor de prestar mais atenção. Marcos dava risada da preocupação da minha mãe.

─Como foi à noite? ─perguntei com um sorriso no rosto, pois me lembrei do que a Michelly estava planejando.

─Maravilhosa ─Piscou o olho para mim. ─Larguem de conversar, tomem logo esse café antes que esfrie. Eu não tinha apetite, mas para não preocupar mais a minha mãe, eu petisquei. Bebi o café que tinha acabado de preparar e em seguida tomei o remédio.

─Por que não fica lá em casa, até melhorar?

─Mãe, é só uma dor de garganta. A febre já passou.

─Você disse que não tinha remédios em casa. Não poderia mentir para minha mãe e dizer que tinha só um, mas dizer a verdade era abrir espaço para um milhão de perguntas. Talvez uma meia verdade, não fosse pecado.

─Ontem teve dedetização aqui, então consegui ver meu vizinho e pedi a ele.

─Maria, conte essa história direito.

─Mãe...

─Você disse que tinha dormido de janela aberta, que horas foi essa dedetização então? Merda! Meu irmão me olhava com expectativa.

─O que eu falei foi verdade mãe, porém quando tomei o remédio já era tarde da noite. Deixei a janela aberta, por recomendação do homem que fez o serviço e acabei cochilando no sofá. Esperava que ela engolisse dessa vez. Não queria minha mãe batendo na porta de Christopher, agradecendo.

─Ah, fico aliviada que você tem bom vizinho.

Não necessariamente bom, mesmo que ele tivesse me ajudado na noite anterior, isso não anulava como ele reagiu de outras vezes.

Marcos foi embora depois de tomar café e fiquei na companhia da minha mãe. Pouco depois das onze, me sentia disposta e nem parecia que eu tinha tido febre na noite passada. Contei a minha mãe sobre a venda do vestido com a faixa preta, que eu havia criado e o quanto estava feliz por aquilo.

─Eu disse que ele estava esperando pela pessoa certa. ─comentou, pegando a bolsa de cima do sofá.

─Sei que aquele comentário foi para mim, dona Maria. ─Sorri acompanhando- a até a porta.

─Se a carapuça serviu.

─Mãe, já falei que tudo tem seu momento. O meu é fazer os vestidos para aquelas pessoas que querem dar um passo importante no relacionamento. Agora vamos, que eu preciso encomendar algumas rendas.

Olhei para porta da frente depois de fechar a minha e desci as escadas com minha mãe.

Durante as visitas nas lojas, deixei meus cartões e recebi o cartão de uma empresa que importava tecidos. Aquilo muito me interessava, pois o fornecedor que eu comprava, andava atrasando com meus pedidos.

Deixei minha mãe em casa e voltei para casa.

Queria passar na delicatessen só para ver a Cat, mas minha mente me lembrou que evitar o vento gelado da noite seria a melhor coisa a fazer e então segui direto para o prédio.

Desde o ocorrido na minha casa, meus horários não estavam batendo com o de Christopher. Nem na hora que eu ia comprar pão e nem a tarde, quando eu ia comprar meu cappuccino.Ensaiei por diversas vezes bater na porta da casa dele para agradecê- lo pelo que fez por mim, mas sempre desistia quando esticava o braço e voltava para minha casa.

Nessa semana, acabei estreitando amizade com todos os funcionários da delicatessen e Ruy, estava ainda mais à vontade em me flertar. Ele era bonito. Educado. Eu solteira... por que não? Cat sempre dava um jeito de dizer que eu não combinava com ele, mas que deixaria que eu mesma percebesse- se. Até pensei que ela tivesse interessada nele, mas eles eram somente amigos.

Eu e Cat, estávamos mais próximas e acabamos trocando números de telefone. Então mais uma vez eu estava ali, naquela cafeteria que ficava na delicatessen, esperando meu cappuccino, quando o vi entrar.

As roupas pretas eram as marcas registradas deles, e aquele cabelo amarrado em um coque perfeitamente penteado. Meu coração disparou, mas consegui disfarçar que sua presença tinha me abalado, afinal eu estava começando a aceitar os flertes do Ruy. Um homem entrou logo depois de Christopher, e eu o conhecia. Era o dono do apartamento que eu morava. Estreitei os olhos e os vi conversando como se conhecessem.

Registrei todos os movimentos deles, e quando Christopher foi até o caixa, notei que Cat sorriu para ele. Sabia o motivo daquele sorriso. Eu já a conhecia o suficiente para saber que a cabeça dela estava pensando mil e uma maneira para que ele me visse ali. Abaixei a cabeça quando o vi girar na direção das mesas onde eu estava. Me concentrei no celular e olhando por cima dos cílios, vi que eles se sentaram afastados de mim. Consegui respirar aliviada. Agora estava torcendo para que meu cappuccino chegasse logo. Não demorou muito e vi Ruy se aproximando.

─Chegou o pedido para a mulher mais gata dessa cafeteria. Eu já estava acostumada com suas cantadas, não ficava mais envergonhada com aquilo.

─Obrigada Ruy.

─Trouxe o cookie pelo qual você é apaixonada.

─Você é ótimo. Tentei responder baixo, apesar de sua voz ser um pouco alta devido ao barulho das pessoas conversando ali.

Concentrada no meu lanche, eu olhava para Cat no caixa, que me olhava e sorria, indicando o local onde Christopher estava. Tomei um susto quando meu celular vibrou e apareceu uma mensagem dela.

CAT: Ele já notou que você está aqui.

Meu coração acelerou.

Não iria me abalar com aquela mensagem. Respondi de volta.

EU: Se concentre no seu trabalho e esqueça o vizinho bonitão.

Praticamente engoli meu lanche e me levantei para ir embora. Passei rapidamente no balcão para me despedir dos meus amigos e mais uma vez, fui surpreendida com os flertes do Ruy.

─ Dulce, vamos em um barzinho hoje à noite? ─Pensei em negar, mas me lembrei que há muito tempo não saia com alguém. Quando ia abrir a boca para responder, ele completou

─Vamos eu, a Cat e o Leo. Sempre que recebemos o pagamento do mês, vamos curtir um pouco. Sorri ao ser inclusa naquele convite.

─Claro que topo. Só me dizer o horário e o local.

─Eu te mando mensagem. ─Cat respondeu com um sorriso no rosto.

─Está bem. Vou para casa, aguardo o contato. ─Acenei para eles e saí do estabelecimento.

Evitei olhar na direção que Christopher estava com o dono do apartamento que moro. Será se ele também é dono do outro? Talvez esse seja o motivo para estarem juntos.

Fui caminhando para casa. Sair um pouco da rotina me faria relaxar antes de começar a criar a próxima encomenda.

A mensagem de Cat com o endereço do local, chegou logo após eu chegar em casa.

Encarei meu reflexo no espelho alisando o vestido que tinha escolhido para sair e achei que estava muito formal para um encontro de amigos. Tirei e peguei uma calça jeans e uma blusa de mangas compridas. Fiquei com a calça e tirei a blusa. Muito social. Peguei uma camisa de malha branca com frases douradas. Bem melhor! Calcei uma sandália de salto e peguei uma jaqueta para completar o look e me proteger do sereno da noite. Deixei meus cabelos soltos, e passei perfume antes de sair do quarto. Estava tão acostumada a só sair a trabalho que as roupas formais me acompanhavam sempre. Peguei a bolsa, e coloquei o celular dentro depois de chamar um carro. Não iria dirigindo, afinal iria beber um pouco.

Já tinha trancado a porta, quando me virei para descer as escadas e acabei pisando em falso. Se não fosse pelas mãos dele em minha cintura, eu teria rolado escada abaixo.

─Obrigada.

─Como sempre, não prestando atenção nas coisas. Respirei fundo forçando um sorriso. Não iria cair nas suas provocações.

─Não tropecei no meu próprio pé porque eu quis. Ah, obrigada pelo outro dia.

─Pelo visto já está melhor. ─Se deu conta de que ainda estava com as mãos em minha cintura e se afastou.

─Sim, estou. ─Sorri com sinceridade, mesmo ele se mantendo sério. Cada dia mais eu tinha certeza que ele fora esculpido. E cada dia mais eu queria tocar aquela barba. O cheiro dele era inebriante.

─Só não espere que ajude você, se passar mal novamente. Ah, ele tinha que estragar nosso papo.

─O que eu fiz a você para me tratar dessa forma? ─perguntei realmente curiosa. Meu carro provavelmente já tinha chegado, mas ter Christopher a um par de palmos de distância era algo de acontecer.

─Se mudar para esse apartamento.

─O quê? ─minha voz saiu alterada. Ele tinha conseguido me deixar irritada. Christopher deu de ombros e subiu os últimos degraus, indo em direção a porta da casa dele.

─Se quer saber, estou pouco me lixando para o que você pensa. Se está incomodado com minha presença. Se mude. Eu paguei por um ano de aluguel e nem fiz um mês aqui, ainda. Sinto lhe informar querido vizinho, mas você terá que aguentar minha presença por mais onze meses.

Não esperei por uma resposta e desci as escadas, torcendo para que o carro que chamei ainda estivesse me aguardando. Peguei o celular e vi que já tinha chegado e havia mandado mensagem.

Quando entrei no carro, pedi desculpas ao motorista por tê- lo deixado esperando e passei o endereço que iria encontrar com meus amigos.

 


 


 


 


 


 


Aí ai, o Ruy tá de olho na Dulce e ela já aceitou sair com eles, Chris sendo ignorante , mas o bom é que a Dul enfrenta ele kkkkkk... O que acham que vai acontecer? Amanhã tem mais amores ♥️



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Autor(a): beatriztinoco

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 90



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  • binha1207 Postado em 17/04/2021 - 08:30:13

    Tô achando que merecemos uma maratona pelo tempo que você ficou longe? Pensa com carinho

  • ssvonuck Postado em 17/04/2021 - 02:18:34

    Meu deus você voltou, nem acredito

  • lariiidevonne Postado em 16/04/2021 - 23:08:39

    Necessito de mais uns 10 capítulos haha

  • lariiidevonne Postado em 16/04/2021 - 23:08:22

    Nunca te pedi nada kkkkk

  • lariiidevonne Postado em 16/04/2021 - 23:08:10

    Continua

  • lariiidevonne Postado em 16/04/2021 - 23:07:58

    Não nos abandone NUNCA MAIS

  • lariiidevonne Postado em 16/04/2021 - 23:07:26

    Que sonho que vou poder terminar essa história haha

  • lariiidevonne Postado em 16/04/2021 - 23:07:08

    Nem acredito que voltou

  • binha1207 Postado em 15/04/2021 - 19:25:31

    O Rafael é demais.... Posta mais...

  • binha1207 Postado em 13/04/2021 - 21:58:43

    Óbvio que sim....mais que ansiosa para a continuação....que bom que vc voltou....


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