Fanfics Brasil - Capítulo 12 Christopher (Adaptada)

Fanfic: Christopher (Adaptada) | Tema: VONDY


Capítulo: Capítulo 12

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Dulce Maria


Claro que morar naquele apartamento maravilhoso com o preço que estou pagando não seria perfeito demais.

A vizinhança era o motivo do famoso “bbb”–bom, bonito e barato. Abusei na noite anterior? Sim, abusei. Aproveitei do álcool, para tentar dar em cima do meu vizinho, mas como sou péssima em flertes, o tiro saiu pela culatra. E agora, eu o odeio e não quero mais vê- lo.

Peguei o celular dentro da bolsa para conferir a hora quando parei diante o prédio que Rafael trabalhava.

Assinei o contrato de um ano, mas não queria ficar naquele local nem mais um segundo.

Respirei fundo e subi até o andar do escritório dele. Quando pisei os pés na recepção, dei de cara com o meu vizinho conversando com uma mulher.

─Era só o que me faltava. ─resmunguei sozinha. Não tinha ligado para marcar horário. Estava com tanta raiva, que preferi resolver as coisas logo.

─Espere- o na sala dele, Christopher. ─Ele saiu sem notar minha presença, a morena andou até mim. Me lembrava dela, foi super educada comigo quando vim a esse lugar na primeira vez.

─Oi, posso ajudar?

─Oi, eu vim falar com o Rafael. Ele está?

─Você é?

─Desculpe. ─sorri sem graça.

─Sou Dulce Maria. Aluguei um apartamento com o Rafael e preciso resolver um problema com ele. Na verdade, um grande problema. ─ela sorriu.

─Ah, agora me lembro de você, Dulce. Desculpe a falha de memória, mas só nos vimos uma vez. Eu sou Genilda.

─Tudo bem, Genilda. Olha, eu não liguei para avisar que vinha, mas preciso mesmo falar com ele.

─Rafael, está finalizando uma reunião. Mas se desejar aguardar, tenho certeza que ele irá atendê- la.

─Ótimo. Ajeitei a bolsa no meu ombro e acompanhei Genilda, quando ela abriu a porta e dei de cara com Christopher, travei na porta.

─Vou esperar na recepção. ─murmurei. Ele percebeu minha presença e caminhou em minha direção.

─O que você faz aqui? Olhei furiosa para o homem. Percebi a confusão no rosto de Genilda.

─Pergunto o mesmo? ─Coloquei a mão na cintura, o enfrentando.

─Estou perdendo alguma coisa? ─a voz de Rafael ecoou atrás de mim. Virei o corpo para falar que ele cancelasse meu contrato, mas o homem aproveitou o espaço que dei e entrou na sala, onde Christopher estava, antes de eu falar.

─Rafael, os dois querem conversar com você, mas não têm horário marcado.

─E desde quando marco horário para falar com ele, Genilda?

─Entre, Dulce. Pode deixa que eu me entendo com esses dois, Geni. Feche a porta por favor!

Entrei naquela sala, onde o ar estava sendo roubado pelo maldito vizinho.

Acordei decidida à não o ver nunca mais e olha só onde me encontro. Rafael caminhou até um sofá no canto da sala e pediu que nos sentássemos. Fiz, mas Christopher permaneceu em pé.

─A que devo a honra de vocês dois aqui?

─Sem gracinha, Rafael. Quero essa mulher, fora do prédio! Olhei chocada para Christopher. Quem ele pensa que é para falar dessa forma? Por acaso aquele prédio inteiro era dele?

─Você é um babaca! ─fiquei de pé, encarando- o.

─Rafael, seu apartamento é maravilhoso, mas a vizinhança deixa a desejar. ─Olhei para o homem sentando relaxado no sofá. Nem parecia que estava abalado com a nossa discussão.

─Tenho que concordar com você, sobre a vizinhança, Dulce.

─Então por que não me alertou quando assinei o contrato?

─Porque não assinaria.

─Dê um jeito no seu outro inquilino. ─bradei com ele e Christopher caiu na gargalhada.

─Vocês são vizinhos. Precisam manter uma relação saudável.

─Impossível manter algo saudável com esse ogro. ─Cruzei os braços.

─Você não contou a ela sobre o apartamento, Rafael? ─ Christopher se aproximou.

─O que tem o apartamento? ─Olhei aflita para eles.

─Já vi que essa conversa vai ser longa. Vou pedir a Genilda que prepare café para nós. ─Rafael se levantou e saiu sem me dar respostas.

As roupas pretas de Christopher, foram substituídas por cores claras e só agora me permitir analisar aquele homem. No fundo eu me odiava por me sentir atraída por ele.

─Rafael não te contou, mas o apartamento que mora é meu. Então tenho todo direito de te querer fora dele. Foquei no que ele estava falando e me lembrei do contrato. Estava com raiva daquele ogro, por achar que era dono do mundo.

─No contrato tem o nome dele.

─Sinto informá- la, mas ele enganou a nós dois.

O choque da informação deve ter sido estampado no meu rosto, pois Gael mudou a postura de arrogante para preocupado. A raiva foi revertida para Rafael. Ele teria que me explicar aquela história direitinho. Encarei aqueles olhos castanho que me observava. Tentava entender, por que ele me tratava daquele jeito, sendo que eu não fiz nada a ele. Senti o olhar intenso dele. Confusa com aquela tensão que se formou entre nós, me afastei um pouco. Christopher me confundia.

─Por isso, você me trata com grosseria?

─Eu só não quero aproximação. Gosto da tranquilidade do meu lar. Apertei os olhos, encarando- o.

─Mas eu não faço barulhos.

─E então? Os vizinhos se entenderam? ─Rafael voltou dispersando uma conversa civilizada entre mim e Christopher. Apertei a alça da minha bolsa. Queria xingar aquele homem bonito de terno, mas quando ele levantou a xícara de café e aquele cheiro me invadiu, parte da minha raiva foi anestesiada.

─Quero apenas um motivo que o fez mentir sobre o apartamento. ─pedi, enquanto pegava a xícara com café.

─O apartamento estava vazio desde que ele comprou. Christopher rejeitou o café e nos observava. Sinceramente não sabia de onde minha calma estava surgindo. Acho que era do café.

─Eu vim aqui determinada a cancelar o contrato e realmente ainda quero, principalmente por ter me engando e porque o vizinho... ─olhei para aquele homem que consumia meu juízo de tão lindo ─, bem, o vizinho parece não gostar da minha presença, mas isso pouco me importa.

Rafael levantou as sobrancelhas nos analisando. Com um sorriso presunçoso nos lábios, deixando- o ainda mais bonito, colocou a xícara na bandeja em cima da mesinha de vidro e falou:

─O vizinho parece se sentir afetado por ter uma bela mulher que o tirou da zona de conforto. Ele estava acostumado a todos correrem da carranca que coloca no rosto, mas você bate de frente com ele e isso perturba o juízo dele.

─Rafael! ─ Christopher deu um passo na direção do homem e então parou, me encarando. Vi quando o pomo de adão, subiu e desceu. Mordi o lábio para conter o sorriso. Então eu perturbava o juízo dele. Me balancei nos meus pés e fingi ainda estar brava.

─Vou procurar outro local, e assim que encontrar, irei rescindir o contrato. ─terminei o café e coloquei a xícara ao lado das outras.

─Sabe que não existe clausula para quebra do contrato e foi você mesma que pediu isso. ─Aquele advogado exalava tranquilidade. Encarei Rafael, furiosa. O celular dele tocou, pediu licença para atender e enquanto eu permanecia em silêncio olhando tudo em volta, principalmente meu vizinho. Ele voltou a nos dar atenção.

─Preciso entrar em uma reunião agora. Podemos conversar outra hora? Era uma causa perdida. Lembro- me muito bem de ter pedido para que o contrato fosse de um ano, sem direito de ambas as partes cancelar.

Poxa, eu estava em êxtase por encontrar um apartamento naquele bairro.

Rafael saiu e me deixou naquela sala com Christopher. Algo tinha mudado desde nossa conversa civilizada.

─O apartamento é seu, dê um jeito de quebrar as malditas cláusulas sem que eu pague alguma coisa. Virei para sair da sala e fui interceptada pela mão dele segurando meu braço. Senti o ar fugir do meus pulmões. O toque dele parecia queimar minha pele, fiquei nervosa com aquele contato. Me virei de frente para ele e sua mão foi para longe de mim.

─Me desculpe pela grosseria, mas você realmente forçou a barra. ─Seu rosto estava próximo do meu. Lembrei a mim mesma que eu o odiava. Não podia ficar tão próxima dele. Não agora, que tinha decidido ficar longe.

─Não invadirei mais seu espaço, pode ficar tranquilo. Eu preciso ir. ─Tentei me afastar, mas Christopher se aproximou mais um pouco.

─Eu me chamo Christopher. Perturbada com aquela aproximação, olhei entre os olhos e a boca dele. Minha língua deslizou pelos meus lábios involuntariamente, para molhá- los. Balancei a cabeça confirmando.

─Eu sei. ─sorri. ─Agora te chamarei pelo nome, quando o vir. Até mais. Ousada na minha atitude, avancei o espaço e beijei seu rosto, entre a barba e parte da pele. Com o coração prestes a sair pela boca, me afastei dele rapidamente e saí daquela sala. Não sei exatamente quando foi que algo mudou entre nós, mas Christopher parecia ter diminuído o espaço da ponte que tinha criado. A raiva dele parecia ter passado. Saí do escritório de Rafael e fui direto ao shopping, precisava comprar um presente para minha cliente Raquel.

O Casamento, aconteceria em dois dias e eu ainda nem tinha pensado que roupa usar, só sei que queria vê- la naquele vestido que ficou tempo parado no meu ateliê, pelo simples fato de ter um detalhe preto.

Depois do meu encontro inesperado com o Christopher no escritório de Rafael, não o encontrei mais e sempre antes de sair, eu conferia no olho mágico se a porta da casa dele estava fechada. Confesso que o estava evitando. Ainda não tinha coragem de olhá- lo cara a cara, depois do beijo que dei nele. Evitei também a delicatessen nos últimos dias, fingi estar de relações cortadas com minha amiga Catarina, mas a verdade era que, eu só não queria ter a surpresa de encontrar com meu vizinho por lá.

Cheguei ao casamento de Raquel, no momento em que vários convidados estavam chegando.

O vestido azul claro, combinava com a bolsa de alça fina metálica. Fazia tempo que eu não comparecia a um casamento de minhas clientes. Me acomodei em um dos bancos da igreja e esperei a cerimônia iniciar. Além de me emocionar com a noiva entrando, fiquei encantada quando ouvi elogios dos convidados sobre o vestido que ela usara.

O salão de festa ficava próximo, chamei um Uber para que me levasse ao local. Não quis vir com meu carro, pois gostaria de beber essa noite. Sentei- me a uma mesa mais afastada. Estava sozinha com meus pensamentos e o copo de uísque ouvindo a música internacional que tocava no ambiente, quando presenciei os noivos se aproximando da mesa.

─Ah Dulce, estou muito feliz por você ter vindo. ─Recebi um abraço apertado de Raquel.

─Parabéns aos noivos, está tudo lindo. E você Raquel, está maravilhosa! ─disse com sinceridade.

─Obra de suas mãos de fada. ─apertou de leve minha mão

─Amor, a Dulce que fez essa obra prima que estou usando.

─Parabéns Dulce. O vestido é perfeito.

Agradeci mais uma vez e voltei ao meu lugar quando eles foram cumprimentar os outros convidados.

Curtindo a noite, acompanhada do meu copo de uísque assisti alguns convidados dançando na pista ao som de música eletrônica, a batida eletrizante era realmente convidativa. Virei o copo de vez e me atrevi a ir dançar também. Me soltei, dancei como não tinha feito há muito tempo, outro garçom passou oferecendo bebida e peguei outro copo com alguma coisa. Não identifiquei o sabor, só sabia que era álcool.

Meus pés começaram a cobrar o preço de dançar num salto fino, voltei para mesa alegre demais e tive quase certeza que a bebida junto com a dança não tinha me feito bem, pois eu estava vendo um homem conhecido sentando em uma das cadeiras, na mesa que eu estava antes de ir para a pista de dança.

Olhei ao redor para procurar por outra mesa vazia e não encontrei. Pisquei os olhos rapidamente e voltei a encará- lo, era realmente o Christopher que estava ali.

Tentei me recompor, desviei o caminho e fui para próximo ao jardim que ficava na lateral do salão, bebi o restante da bebida que estava na minha mão.

─Por que não voltou para a mesa que estava sentada? ─assustei- me com a voz dele atrás de mim. Se ele soubesse que eu não era capaz de me controlar quando estava bebendo, não faria contato comigo. E como ele sabia que eu estava sentada lá?

─Vim tomar um ar. ─disse sem me virar.

─Que coincidência, estarmos no mesmo lugar.

─Fui ameaçado a vir. ─percebi a som de um sorriso. Por favor Christopher, se mantenha longe. Mas ele não fez, se aproximou um pouco mais e parou ao meu lado. O cheiro dele me invadiu em cheio, aumentando ainda mais o batimento acelerado do meu coração. Engoli em seco. Um garçom passou oferecendo mais bebidas, peguei outro copo e fui bebendo aos poucos.

─Não acredito que temos amigos em comum. ─ele comentou olhando para as plantas a nossa frente.

─Sou amigo do noivo. E você? Tinha certeza que a bebida não estava me fazendo bem, pois estava conversando com o Christopher e ainda não tínhamos brigado.

─Conheço a noiva. O silêncio entre nós se fez presente em meio aos barulhos de pessoas conversando e música rolando.

─Dulce?

─Sim. ─Virei- me para ele e nossos olhares se encontraram. Nunca um silêncio foi mais que necessário. A vontade de tocá- lo tomou conta de mim, aproveitei o momento e estendi a mão para tocar aquela barba onde meus lábios já puderam sentir. Lentamente meus dedos encostaram naqueles fios, vi Christopher vacilar e fechar os olhos, por impulso avancei e beijei seus lábios.


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Autor(a): beatriztinoco

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 90



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  • binha1207 Postado em 17/04/2021 - 08:30:13

    Tô achando que merecemos uma maratona pelo tempo que você ficou longe? Pensa com carinho

  • ssvonuck Postado em 17/04/2021 - 02:18:34

    Meu deus você voltou, nem acredito

  • lariiidevonne Postado em 16/04/2021 - 23:08:39

    Necessito de mais uns 10 capítulos haha

  • lariiidevonne Postado em 16/04/2021 - 23:08:22

    Nunca te pedi nada kkkkk

  • lariiidevonne Postado em 16/04/2021 - 23:08:10

    Continua

  • lariiidevonne Postado em 16/04/2021 - 23:07:58

    Não nos abandone NUNCA MAIS

  • lariiidevonne Postado em 16/04/2021 - 23:07:26

    Que sonho que vou poder terminar essa história haha

  • lariiidevonne Postado em 16/04/2021 - 23:07:08

    Nem acredito que voltou

  • binha1207 Postado em 15/04/2021 - 19:25:31

    O Rafael é demais.... Posta mais...

  • binha1207 Postado em 13/04/2021 - 21:58:43

    Óbvio que sim....mais que ansiosa para a continuação....que bom que vc voltou....


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