Fanfic: Christopher (Adaptada) | Tema: VONDY
Dulce Maria
O final de semana passou como um borrão, afinal estive acompanhada de duas princesas e não vi minhas horas voarem. Mesmo sabendo que não teria descanso, gostava de ir à casa dos meus pais.
Encarei o prédio onde tinha me mudado recentemente e respirei fundo. Começaria a semana em um novo lar. Na noite anterior, mandei mensagens para minhas clientes informando o novo endereço do Ateliê. Ainda não acreditava que morava naquele apartamento maravilhoso.
Caminhei até a entrada e subi as escadas com um sorriso que não cabia em mim. A caixa que carregava nas mãos foi um presente da minha cunhada com vários acessórios para enfeitar meu local de trabalho. Assim que cheguei em frente à porta de casa, coloquei a caixa no chão para pegar a chave na minha bolsa. Quando estava entrando, escutei uma porta se abrir, sem disfarçar olhei para trás e dei de cara com um homem. As roupas pretas me chamaram atenção, afinal era uma combinação que te levava a pecar. Queria poder olhá-lo mais um pouco, mas meu vizinho mal levantou a cabeça quando notou que tinha mais alguém naquele espaço, ainda assim mostrei o quanto era bem educada.
─ Oi, bom dia! Sou a nova moradora do prédio.
─ Bom dia! ─ seu murmúrio deu a impressão de que o cara não estava a fim de papo, ele desceu as escadas praticamente correndo. Fiquei parada olhando-o descer, enquanto mantinha a porta do apartamento aberta e com a caixa nas mãos. Meneei a cabeça espantando a imagem do meu vizinho em minha mente. Talvez ele seja casado, e a mulher seja daquelas bem ciumentas, por isso não deu abertura para uma conversa. Anotei mentalmente que dá próxima vez olharia para as mãos dele, ou talvez eu pudesse tocar a campainha dele agora para saber quem mais morava ali. Só posso estar maluca. Afastando os pensamentos, entrei em casa e foquei em arrumar meus novos acessórios. Fiquei tão imersa em meu mundo, que não percebi a hora passar. Mesmo passado o horário do almoço, preparei um frango grelhado e uma salada de folhas com tomate e queijo. Quando comecei a comer, lembrei do ocorrido de mais cedo. Apesar de ter me mudado há poucos dias e não ter passado o final de semana em casa, jamais imaginaria que eu teria um vizinho bonito.
Olhei ao redor da minha cozinha na esperança de encontrar algo que pudesse me fazer bater na porta da frente, mas todas as peças pareciam no local, ou poderia mentir e pedir um pouco de açúcar para o café. A verdade era que eu só queria olhá-lo um pouco mais de perto. Não estava desesperada, mas nunca vi um homem daquele tamanho com os cabelos amarrados. Meu corpo reagiu só de pensar. Depois de comer voltei ao meu trabalho, mas dessa vez me concentrei para fazer o que me dava prazer.
Desenhar.
Com um lápis na mão e uma folha em branco na minha frente fiquei olhando aquele papel, até que algo surge em minha mente e quando menos espero, já estou rabiscando um novo modelo. Era realmente prazeroso criar algo que faça uma mulher realizar um sonho.
Fiz uma pausa quando senti meu corpo cobrar pelo dia trabalhado. Apaguei as luzes e segui para o banheiro. Uma vez ouvi dizer que o melhor lugar para se pensar é sentada na privada, mas discordo, para mim é na cama. Deitada e relaxada. Ali sim, era o melhor local para se pensar em tudo. Foi o que fiz depois do banho, deitei-me para reunir os pensamentos e agendar mentalmente o que faria no dia seguinte. Minha mente desligou sem nem eu mesmo me dar conta, pois acordei cedo com a claridade avisando que mais um dia tinha começado.
Desejando comer pão quentinho, desci depois que fiz a higiene matinal.Tinha uma delicatessen vizinha de onde morava, visitei as redondezas antes mesmo de assinar o contrato e me encantou ter vários comércios por perto. Depois de fazer o pedido dos pães que queria, me dirigi ao caixa para pagar quando a funcionária dividiu a atenção com um dos atendentes.
─ Ei, Leo. O bonitão do prédio vizinho ligou pedindo para levar a encomenda dele.
─ Retorne à ligação e diga que hoje vai demorar um pouco, pois Ruy ainda não chegou.
─ Com maior prazer. ─ A caixa sorriu e voltou sua atenção para mim, informando o valor da minha compra.
─ Você é nova aqui? Senti que aquelas pessoas pareciam acolhedoras, diferente do bairro que eu morava, que as pessoas atendiam no automático.
─ Sim, me mudei há alguns dias. ─ Ah, que legal. Seja bem-vinda ao bairro. Espero que goste.
─ Obrigada. ─ Tirei o dinheiro e a entreguei a ruiva do caixa.
─ Mora perto daqui?
─ Sim, aqui do lado.
─ No prédio do bonitão? ─ Peguei o troco e a nota. Sorri com sua pergunta. Bem, onde eu morava tinha um homem bonito, mas não sei se era o mesmo que ela falava. ─ Depende. Descobri ontem de manhã que tenho um vizinho bonito, mas não sei se estamos falando da mesma pessoa. Saí dando espaço para outras pessoas e não dei continuidade naquela conversa. Peguei meu pão, queijo e manteiga da fazenda e voltei para o apartamento.
Antes de entrar, encarei a porta do meu vizinho e tentei escutar algum barulho, mas estava tudo muito silencioso. Talvez eu estivesse agindo como uma psicopata. Desviei minha atenção para minha casa e entrei. Olhei para o pacote grande que coloquei na mesa e sorrir ao lembrar que eles não usavam sacolas plásticas. Era algo incomum nos dias de hoje, mesmo sabendo dos danos que aquilo causava. T
de dentro do pacote, outros menores com as coisas que tinha comprado e notei que tinha um a mais, com o nome “Christopher” escrito e o nome do prédio, que coincidentemente era o mesmo que eu morava. O problema era que não tinha o número do apartamento e eu não iria bater em todas as portas perguntando se algum deles tinha encomendado pão. Com minha curiosidade atiçada abri a sacola e notei que tinham seis. Quem pede para entregar pão, sendo que mora ao lado? Busquei o celular em cima do balcão da cozinha e liguei para o número da delicatessen que tinha no pacote. Alguns toques depois a voz de uma mulher soou, informando o nome do local.
─ Oi, estive aí agora a pouco e na minha sacola veio um pacote de pão de outra pessoa.
─ Leo, encontramos o pão do bonitão. ─ a mulher gritou e só então percebi pela empolgação que era a mesma que tinha me atendido no caixa, não conseguir conter a risada baixa.
─ Tem como você trazer aqui ou me passar onde mora, assim um dos funcionários pode ir buscar.
─ Tendo em vista que vocês estão com menos funcionário...
─ Ah, você é a nova moradora do bairro. ─ Ela se lembrou de mim, naquele momento percebi que tinha feito a escolha correta em me mudar para aquele apartamento.
─ Isso mesmo. Então, o tal cliente bonitão que tem por nome Christopher, segundo o pacote, mora no mesmo prédio que eu.
─ Não acredito! ─ Dei risada quando notei sua empolgação aumentar.
─ Acredite. Só preciso saber qual o apartamento dele. Posso fazer esse favor para vocês.
─ Leo, a moça bonita que veio aqui, mora no prédio do bonitão. ─ Balancei a cabeça achando graça da intromissão daquela mulher.
─ Meu nome é Dulce Maria.
─ Prazer querida. Me chamo Catarina, mas todos me chamam de Cat. Com T mudo. ─ Está bem Cat. Agora me diga onde o cliente mora, ou ele vai comer o pão frio. ─ Você tem razão. Não ligue se ele for mal educado com você. Ninguém é perfeito. Ele mora no 302. Senti o sangue fugir do meu corpo ao mesmo tempo em que um sorriso maior surgia em meu rosto.
─ Desculpe por te fazer subir escadas.
─ Não se preocupe. ─ Obrigada Dulce Maria, e venha todos os dias até nosso estabelecimento. Mesmo que não vá comprar, mas passe para nos dar um bom dia.
─ Por nada. Passarei. Até mais. Desliguei o celular confusa com seu comentário sobre subir escadas, afinal não tinha dito em qual andar eu morava. Cat, conversava demais, mas seu jeito espontâneo e alegre tinha ganhado meu coração. Poderia ir lá todos os dias, mas não iria dar abertura que soubesse da minha vida pessoal, pois não queria ser pauta de sua conversa em algum momento.
Me sentindo nervosa, deixei meu café para depois e fui levar o pão para o vizinho. Estendi a mão por diversas vezes para tocar a campainha, mas me contive, pois minha empolgação foi tomada pela timidez. Por fim, resolvi bater na porta, a voz alta dele ecoando através da porta me fez dá um pulo.
─ Entra! Ele deixava a porta aberta? Como mandava alguém entrar se nem sabia quem era? Girei a maçaneta devagar e coloquei o rosto antes de finalmente entrar, a sala estava vazia e o mesmo cheiro que havia sentido quando o encontrei pela primeira vez invadiu meu nariz. Puta merda, o homem era cheiroso demais.
─ Pode deixar o pão na mesa, Leo. Vocês demoraram. Apertei os lábios para não emitir nenhum som. Ele já sabia quem ia chegar, talvez por isso deixou a porta aberta. Não ia me atrever a responder alguma coisa, sairia dali e ele nem saberia que uma pessoa estranha entrou na casa dele. Se já tinha o costume de pedir o pão, talvez pagasse a conta em alguma data acertada por eles. Caminhei de volta na direção da porta e antes de sair, fui surpreendida com a voz mais alta.
─ Aqui está o dinheiro. Me virei rapidamente e fiquei sem reação quando o vi apenas com uma toalha enrolada na cintura. O homem estava disperso da situação, pois estava mexendo na carteira. Pude avaliar todo o conjunto da obra à minha frente, desde os cabelos grandes e molhados escorrendo água pelo peitoral. Queria nunca ter entrado no apartamento. Mentira, queria sim. Mas jamais imaginei encontrá-lo naquele estado. Aproveitei para fazer uma rápida inspeção em suas mãos. Sem aliança. Quando o homem levantou o rosto para me entregar o dinheiro ficou sem reação, o coração parecendo que ia sair do corpo.
─ Desculpe... eu... eu vim entregar o pão e... ─ desviei meus olhos do corpo dele e me concentrei em seu rosto com um olhar sério.
─ Bem, o pão está entregue. Você vai ter que ir levar o dinheiro. Caminhei para trás, tentando alcançar a porta.
─ Da próxima vez não deixe a porta aberta quando estiver no banho. ─ Apontei para ele, que apenas olhou para o próprio corpo e não exibiu nenhuma reação em sua face. Abri a porta e saí daquele espaço que tinha subido a temperatura. Entrei correndo na minha casa para me sentir segura daquele pecado em forma de homem. Meu rosto estava pegando fogo. A fome e a vontade de comer pão quente, passou no momento em que me senti constrangida ao ser flagrada avaliando aquele corpo.
Oi amores,boa noite ,como estão? Muito obrigada pelos comentários ♥️♥️♥️ e aí, continuo ? rs
Autor(a): beatriztinoco
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 90
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binha1207 Postado em 17/04/2021 - 08:30:13
Tô achando que merecemos uma maratona pelo tempo que você ficou longe? Pensa com carinho
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ssvonuck Postado em 17/04/2021 - 02:18:34
Meu deus você voltou, nem acredito
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lariiidevonne Postado em 16/04/2021 - 23:08:39
Necessito de mais uns 10 capítulos haha
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lariiidevonne Postado em 16/04/2021 - 23:08:22
Nunca te pedi nada kkkkk
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lariiidevonne Postado em 16/04/2021 - 23:08:10
Continua
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lariiidevonne Postado em 16/04/2021 - 23:07:58
Não nos abandone NUNCA MAIS
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lariiidevonne Postado em 16/04/2021 - 23:07:26
Que sonho que vou poder terminar essa história haha
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lariiidevonne Postado em 16/04/2021 - 23:07:08
Nem acredito que voltou
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binha1207 Postado em 15/04/2021 - 19:25:31
O Rafael é demais.... Posta mais...
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binha1207 Postado em 13/04/2021 - 21:58:43
Óbvio que sim....mais que ansiosa para a continuação....que bom que vc voltou....