Fanfic: Christopher (Adaptada) | Tema: VONDY

Christopher

Rafael me pagaria por todos os incidentes que eu tivesse com essa vizinha intrometida.

Todos!

Saí de casa cedo aborrecido porque tive que ir à empresa, pois precisava da minha assinatura em algum documento.

Deixei claro para Cléber, que eu não queria contato, tudo que precisasse de mim era para entregar o Rafael, mas meu advogado resolveu não atender nenhuma das ligações do administrador da minha empresa e por isso tive que ir até lá.

Quando cheguei em casa, fui tomar um banho enquanto esperava pelo pão que tinha pedido. Tinha criado o hábito de fazer o pedido em casa, ao invés de ir aos lugares. Em todos eles, deixei claro que não queria que minhas entregas fossem feitas por mulheres. Na delicatessen não era diferente, Leo sabia o trabalho que vinha fazer, trazia meu pão, eu pagava e ele ia embora. Sem perguntas. Sem muito diálogo. Só que daquela vez não foi o Leo, e sim minha vizinha. E porra! A mulher era linda demais. Mas isso não anula que estou aborrecido com meu amigo por ele ter alugado o apartamento da frente. Principalmente depois que ela entrou na minha casa.

Quando cheguei na sala enrolado de toalha e me deparei com aquele rosto, me olhando como se nunca tivesse visto um homem saindo do banho enrolado numa toalha, senti meu corpo inteiro reagi. Se eu estivesse aberto a sexo, daria um jeito de ter aquela mulher em minha cama e me enfiar no meio de suas pernas. Mas quando lembro da Rebeca... Arremessei a carteira na direção da porta, por onde aquela mulher saiu. Lembrar do seu rosto assustado e envergonhado, me deixava puto comigo, com Rafael e com ela. Nenhuma mulher nunca pisou na minha casa. Nem mesmo Genilda, que esteve no prédio uma vez para me entregar um documento.

Meu apartamento era meu refúgio. Tinha consciência que não viveria “enclausurado” pelo resto da vida, mas só queria terminar aquele ano da forma que planejei. Quando Christopher Uckermann voltasse à rotina de sua vida, não me importaria com o que as pessoas iriam falar e nem tão cedo me envolveria com alguma mulher.

Peguei o celular em cima do aparador e disquei para o escritório de Rafael. Uma outra funcionária me atendeu e disse que ele e a secretária estavam viajando. Esfreguei a mão na barba para me acalmar. As pessoas não têm culpa do meu mal humor, mas nem por isso possuem permissão para entrar em minha casa.

Caminhei até a porta para pegar a carteira do chão e um cheiro doce me paralisou. Minha sala agora tinha um cheiro diferente... bom.