Fanfic: Christopher (Adaptada) | Tema: VONDY

Christopher

Meu corpo parecia que estava morto durante todos esses meses que passou, mas desde que aquela mulher invadiu minha casa, sentia o fluxo do sangue correr por entre as veias, fazendo com que meu coração batesse de forma diferente e me fazendo sentir emoções.

Ela parecia ser mais bonita do que eu me lembrava. E eu odiava isso. Odiava saber que tinha uma pessoa morando no meu outro apartamento. Odiava saber que eu tinha uma vizinha.

Todo o cursor do meu planejamento anual, estava saindo de linha depois que aquela mulher invadiu minha sala.

Que droga!

A boca dela é tão perfeita que tenho vontade de traçar com o dedo para decorar o desenho. O perfume dela era de um doce suave, mas que demorava de sair do local por onde passava e agora, seu cheiro estava impregnado em minha roupa.

Não sei o que me deu quando a vi se engraçando com o Ruy, quando percebi o que estava fazendo, ela já tinha trombado em mim. Se eu abaixasse a cabeça na hora em que levantou o rosto, ficaria a centímetros daquela boca. Catarina não parou a boca um minuto desde que me agarrou pelo braço para me afastar da vizinha. Eu queria continuar encarando aquela mulher.

─ Christopher, não espante os clientes. Você está com uma energia muito ruim hoje. Nem deveria ter saído de casa, viu?! ─ A mulher não se abalou com minha cara fechada.

─ Cat, não acha que já falou demais por hoje? ─ Leo se aproximou com meus pães.

─ Catarina, você deveria cuidar do caixa ao invés de estar preocupado com a vida dos outros. ─ Entreguei o dinheiro para ela, sem esboçar nenhum sorriso.

─ Bonitão, você está precisando sorrir mais.

─ Passar bem, Catarina! ─ Peguei meu troco e saí do estabelecimento. Era muito raro eu buscar meu próprio pão, mas fiquei tão imerso as algumas pinturas que acabei esquecendo de pedir para entregar. Só não imaginava que teria o azar de encontrar com a mulher que morava em frente ao meu apartamento.

Enquanto caminhava pela calçada para voltar para casa, sorri ao me lembrar dela estressada. Ela ficou uma graça. O sol estava forte, mas não fazia tanto calor. Talvez mudasse um pouco minha rotina e caminhasse mais vezes na semana, ao invés de dois dias.

Quando cheguei ao último andar, olhei para a porta fechada em frente de onde eu morava e me perguntei se ela estaria lá. Meneei a cabeça, voltando ao meu estado normal e entrei em casa.

Sentia falta do café da Norma, depois que me mudei abri mão da minha cozinheira, eu mesmo me virava com a comida. Para a felicidade de Rafael, remanejei ela para casa dele, pois não era justo que eu a demitisse.

Liguei a cafeteira para preparar meu café, enquanto ligava para minha mãe. Há dois dias ela me ligava e eu deixava o aparelho ficar tocando. Logo em seguida chegava à mensagem perguntando se eu estava vivo. Respondia suas mensagens apenas com palavras monossílabas. Estava devendo as ligações, precisava dar um sinal de vida, afinal era minha mãe. Respirei fundo, quando escutei sua voz reclamando por eu não ter atendido as ligações anteriores. Percebia o quanto ela se segurava para não se intrometer na minha vida. Para acalmar, dona Julieta, avisei que almoçaria na casa dela no dia seguinte e com isso consegui deixá-la feliz.

Tomei meu café assim que encerrei a ligação e fui para meu local de paz. A tela branca, tinha alguns riscos que eu havia começado a desenhar há três dias, hoje tinha motivos para continuar aquele desenho, afinal tinha mais alguns detalhes em minha mente.

 Será que o Ruy vai atrapalhar nosso casal? Aguardeem tá.

Bom amores, hj é só até aqui. Mais uma vez muito obrigada pelos comentários,comentem mais sobre o que acham que vai acontecer ♥️ amanhã tem mais♥️♥️♥️