Fanfics Brasil - Capítulo 7 Christopher (Adaptada)

Fanfic: Christopher (Adaptada) | Tema: VONDY


Capítulo: Capítulo 7

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Ei amores,boa noite! Como estão? Muito obrigada pelos comentários,fico super feliz de estarem gostando... Mas gente ou vcs acordam cedo pra ler ou dormem bem tarde😂 vi os horários dos comentários de vcs. Ameii os comentários... Ótima leitura!!!


 


Dulce Maria 


Não deveria ficar pensando no vizinho, mas era impossível não lembrar dele quando eu ficava parada ou quando ia dormir, ou quando ia tomar banho. A combinação daquele homem está fazendo meu cérebro entrar em parafusos.

Lindo, cheiroso e ogro... realmente não tinha como ter tanta perfeição em um homem só. Sem falar no corpo. E que corpo. Quando me lembro daquelas águas deslizando pelo tórax... Meneio a cabeça para voltar à atenção aos vestidos.

Hoje receberia a visita de uma cliente. Estava nervosa, pois era a primeira vez que atenderia em meu novo ateliê.

Passei um aromatizador para deixar o ambiente mais cheiroso e liguei o ar-condicionado. Olhei mais uma vez ao redor e fiquei satisfeita com o resultado. Minha atenção foi roubada pelo celular vibrando em cima da mesa de vidro em que ficava o computador. A cliente chegaria em breve e eu ainda precisava tomar um banho, atendi a ligação da minha cunhada enquanto saía do ateliê em direção ao banheiro.

─ Oi cunhada!

─ Dul, preciso de um help seu hoje. Meu alerta ligou instantaneamente. Michelly dificilmente me pedia ajuda.

─ Aconteceu algo com as gêmeas? ─ ativei o viva-voz e coloquei o celular em cima da pia e comecei a me livrar das roupas.

─ Nada com o que se preocupar, cunhada. Preciso que você fique com elas, só enquanto compro um presente especial para seu irmão.

─ Hoje é aniversário dele e eu esqueci? Merda não acredito.

─ Respira. ─ minha cunhada gargalhou ─ Completamos cinco anos de casado hoje... ─ Ahh... entendi. Quer que eu durma com elas também?

─ Não precisa. Seus pais se ofereceram para passar a noite com elas, mas não sei se vou dormir fora. As meninas podem dar trabalho.

─ Michelly... qual trabalho a Luísa e a Laura dão? Relaxa um dia pelo menos e vá curtir a noite com meu irmão.

─ Muito obrigada cunhada.

─ Tenho uma cliente agora à tarde, mas às quatro eu devo estar livre.

─ Está bem. Depois de encerrar a ligação, olhei minha imagem nua refletida do espelho e percebi que há muito tempo eu não me envolvia com alguém. Estive tão imersa ao meu trabalho, que não tive tempo de pensar em namorar e nem sentia vontade, mas desde que me mudei, meu ritmo de trabalho tinha diminuído e agora percebia que sentia falta de alguém. Sorri com meu pensamento sem lógica, estava sem muita coisa para fazer por opção minha.

Entrei no banho para não me atrasar e tentei não lembrar sobre meus pensamentos repentinos.

Raquel, minha cliente chegou dez minutos antes do marcado. Quando ela me ligou para falar que estava em frente à portaria, interfonei para liberar sua entrada. Desci as escadas e resolvi esperar na porta do prédio. Graças aos céus, não topei com meu vizinho da frente e nem com nenhum outro do prédio. A verdade era que, desde que me mudei nunca tinha visto movimentação naquele local. Senti um calafrio percorrer meu corpo. Será que o ogro do 302 colocou todo mundo para correr?

─ Dulce Maria Savinon? ─ Assustei-me com uma mulher falando comigo.

─ Ah, desculpe... Sim, sou eu.

─ Eu sou Raquel. ─ A mulher sorriu e estendeu a mão.

─ Muito prazer, Raquel. Desculpe pela falta de atenção, vamos subir.

─ Você está bem? Está um pouco pálida.

─ Não se preocupe. Só lembrei de algo, mas já passou. Vamos ver o seu vestido. ─ Sorri com sinceridade para ela.

Subimos as escadas conversando como se já nos conhecêssemos há tempos. Raquel parecia ser mais velha que eu, e pelo tipo de modelo que ela tinha mente, sabia exatamente o que mostrar.

─ Fique à vontade. ─ Abri a porta de casa para ela entrar. Seguimos juntas até o ateliê e encaminhei-a para o local dos vestidos.

─ Seu espaço é um encanto, Dulce.

─ Obrigada. Raquel largou a bolsa em cima da poltrona e andou pelo local maravilhada por ver tantos vestidos.

─ Se eu pudesse me casava um milhão de vezes para usar todos esses vestidos. Sorri diante da sua confissão. Ver a alegria das noivas me contagiava e participar de parte da realização era algo muito gratificante.

─ Vestidos de noiva são realmente um sonho.

─ Imagino que o seu tenha sido um luxo. Fugi do comentário dela e peguei um vestido da arara. Raquel, queria um vestido simples e sem a famosa saia princesa.

─ O que você acha desse?

─ Perfeito. Posso experimentar?

─ Deve. Indiquei o local para ela e voltei a separar mais duas opções. Coloquei o vestido da faixa preta no montante e aguardei. Quando Raquel saiu de dentro do vestiário com um sorriso no rosto, tive mais certeza que desenhar vestidos de noivas era o que eu deveria fazer nessa vida.

─ Estou apaixonada... Dulce, esse vestido parecia ser tão simples, mas quando vesti. Olha isso! Ficou perfeito. Não precisa de nenhum ajuste. ─ Raquel se olhou na parede de espelhos e girava o corpo para olhar o decote U nas costas.

─ Ficou lindo.

─ Eu amei, vou ficar com esse. Jamais imaginei atender uma cliente que optasse pela primeira escolha. Isso era bom, sinal de que meu trabalho a agradou. Mas não a deixaria ir embora, sem ao menos experimentar mais um. Peguei um dos vestido que tinha separado e estendi a sua frente.

─ Vou embalar o que você está vestida, mas gostaria que experimentasse esse. Acompanhei Raquel até o provador e a esperei tirar o vestido, quando me entregou voltei até a ala principal para embalar. Envolvi-o com plástico transparente para proteger, depois com papel seda branco e coloquei na caixa cor de pérola, onde tinha meu nome estampado na tampa. Raquel retornou vestida com o vestido que tinha a faixa preta. Seu sorriso era tão grande, que eu não pude deixar de sorrir também.

─ Você tem mãos de fada madrinha, não é possível.

─ O que achou dele?

─ Esplêndido. Esse detalhe preto ficou chique demais.

─ Esse é um modelo especial. Uma vez sonhei com um detalhe preto nas rendas brancas. Só me contentei quando o criei.

─ Todos são designers seus?

─ Sim. Se a pessoa tiver em mente algum modelo, ela vai me dizer e tentarei desenhar para chegar onde a cliente pediu.

─ Mãos de fadas. Ah, mulher... agora estou na dúvida.

─ Deixe seu coração escolher. Se quiser experimentar outros, posso pegar.

─ Não precisa. Eu já escolhi. As pessoas vão perguntar, quem se casa com preto? Vou responder com orgulho. Eu!

Surpresa por aquele comentário, sorri ainda mais. Uma sensação de dever cumprido invadiu meu coração, afinal ninguém optava por esse modelo. Criá-lo foi como mágica, um tiro no escuro, ainda bem que chegou quem acendesse o interruptor.

─ Vou precisar ajustar só um pequeno detalhe na cintura para que ele fique perfeito em você. Enquanto Raquel se admirava no espelho, fiz as marcações necessárias e pedi a ela que se sentasse em um banco que tinha colocado. Peguei um par de sapatos brancos, depois de me informar a numeração que calçava, e uma tiara decorada para noivas. Ajustei seu cabelo em um coque frouxo, deixando alguns fios soltos e coloquei o acessório. O penteado valorizava a renda das costas. Mesmo que esse não tivesse o decote maravilhoso do primeiro, ainda assim tinha seu diferencial, em ser trabalhado em uma renda com strass.

─ Pronto. Só para ter uma noção quando estiver arrumada. Raquel se levantou e se emocionou ao se olhar no espelho.

─ Nunca imaginei que me casaria aos quarenta e cinco anos. Me aproximei da noiva e coloquei as mãos na lateral dos braços.

─ Nunca é tarde para se curtir a vida, Raquel. E não existe idade ideal para se casar. Te desejo toda felicidade que o universo pode oferecer.

─ Ah, Dulce, muito obrigada! Afastei-me e deixei que ela se admirasse por mais algum tempo, enquanto isso tirei o outro vestido da caixa e coloquei-o de volta no cabide.

Me sentei na cadeira em frente ao computador e fiz a nota de Raquel, quando ela retornou do provador.

─ Você faz vestidos de festas também?

─ Apenas encomendado. Aproveitaria aquele momento para expandir meu nome. Não faria vestidos para alugar, mas caso alguém quisesse confeccionar um vestido, trabalharia dessa forma.

─ Ótimo. Vou ser madrinha de uma amiga, assim que decidir a cor e modelo, eu te ligo. ─ Está bem. Muito obrigada Raquel.

─ Eu que agradeço e ficarei muito feliz, se você comparecer ao meu casamento. Estava acostumada a receber convites para ir a casamentos, tentava ir em todos, e quando não ia, mandava uma mensagem as noivas pedindo desculpas.

Depois de finalizar a compra, ajudei a Raquel a descer com a caixa do vestido e colocar no fundo do carro. Da porta do prédio acenei para a mulher com um sorriso no rosto. Fiquei um tempo ali, respirando o ar fresco do final da tarde e lembrei que minha cunhada não havia me ligado para falar das gêmeas.

Peguei meu celular no bolso da calça e liguei para Michelly.

─ Ei, cadê minhas princesas?

─ Já ia te ligar cunhada. Não preciso mais que você fique com as meninas, mas preciso de sua ajuda, estou chegando em sua casa para te pegar.

─ Nossa, estou curiosa. Seu nome está entre as pessoas autorizadas a entrar. Encerrei a ligação e subi para pegar minha bolsa, quando retornei, Michelly já estava parada na entrada do prédio.

─ Ei, por que não subiu?

─ Quero cansar minhas pernas mais tarde.

─ Poupe-me dos detalhes. Meu sorriso foi contido quando meus olhos encontraram com os dele.

Christopher estava passando pela porta do prédio, ao lado de Michelly enquanto eu, simplesmente paralisei no meio do último lance de escada. Meu coração começou a bater freneticamente. Ele passou por mim sem falar nada. Senti meus pelos se ouriçarem quando seu cheiro invadiu meu nariz. Para minha felicidade ele parou no meio do segundo lance de escadas e olhou em minha direção.

─ Hoje às sete da noite, terá dedetização no prédio. Eles precisam que as portas estejam abertas, para que o veneno entre na casa. Ele era um grosso. Mas eu gostava de ouvi-lo falando. A voz dele causava um rebuliço no meu estômago. Sorri para ele.

─ Obrigada por avisar. Christopher voltou a subir os degraus.

─ Viu como não dói ser educado? Ele parou de novo e olhou para mim. Segurei o sorriso. Encarei aqueles olhos, a barba dava um ar mais sério a ele, e me perguntei naquele momento se ela era macia. Não esperei ele se mover, e desci as escadas para encontrar com minha cunhada que me encara sem entender.

─ Que homem mal-educado. Passou por mim e nem se quer deu boa tarde.

─ Ignore cunhada.

─ Mas ele é um gatão.

─ Sim, ele é. Sorri e puxei o braço dela para entrarmos no carro, antes que comentasse mais alguma coisa e Christopher escutasse.

 



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Autor(a): beatriztinoco

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 90



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  • binha1207 Postado em 17/04/2021 - 08:30:13

    Tô achando que merecemos uma maratona pelo tempo que você ficou longe? Pensa com carinho

  • ssvonuck Postado em 17/04/2021 - 02:18:34

    Meu deus você voltou, nem acredito

  • lariiidevonne Postado em 16/04/2021 - 23:08:39

    Necessito de mais uns 10 capítulos haha

  • lariiidevonne Postado em 16/04/2021 - 23:08:22

    Nunca te pedi nada kkkkk

  • lariiidevonne Postado em 16/04/2021 - 23:08:10

    Continua

  • lariiidevonne Postado em 16/04/2021 - 23:07:58

    Não nos abandone NUNCA MAIS

  • lariiidevonne Postado em 16/04/2021 - 23:07:26

    Que sonho que vou poder terminar essa história haha

  • lariiidevonne Postado em 16/04/2021 - 23:07:08

    Nem acredito que voltou

  • binha1207 Postado em 15/04/2021 - 19:25:31

    O Rafael é demais.... Posta mais...

  • binha1207 Postado em 13/04/2021 - 21:58:43

    Óbvio que sim....mais que ansiosa para a continuação....que bom que vc voltou....


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