Fanfic: STAY - VONDY | Tema: Vondy RBD

Eu tinha acabado de fazer uma chamada de Video com Mallu quando a campainha tocou. Eu sabia que era Christopher. Apesar de pedir inúmeras vezes que ele não viesse pra cá eu sabia que ele ia cagar para meu pedido.

Abri a porta de casa e fiquei sem folego. Ele estava maravilhoso, deduzi que já estivesse pronto para o jantar que seria daqui a algumas horas.

Christopher: Oi linda – ele me puxou pela nuca com delicadeza e beijou meus lábios com doçura me deixando levemente desnorteada com o cheiro de camomila que ele exala.

Dulce: Oi – fecho a porta assim que ele sai. – Não disse que não era pra vim pra cá? – vou atrás dele que já esta indo para o sofá como se a casa fosse dele. –

Christopher: Qual é o problema afinal? – ele me olha interessado na resposta que vou dar. –

Dulce: O que vão achar se a gente chegar juntos a esse jantar?

Christopher: A verdade? – Percebo a ponta de ironia em sua voz. Solto o ar com força sem paciência pra falar com ele. –

Dulce: Vou me arrumar – me viro pra subir as escadas. –

Christopher: Vou com você! – antes mesmo que ele possa se levantar eu me viro pra ele com rapidez. –

Dulce: Não! – ele se assusta. – Você vai ficar bem ai onde esta. –

Christopher: Credo... – escuto ele murmurar quando já estou de costas. – Também estava morrendo de Saudades de você. – ele grita quando já estou no topo da escada. –

Me arrumo rapidamente, enquanto isso o nosso novo grupo no Whats não parava, sempre alguém estava mandando mensagem.

Terminei de me arrumar antes mesmo do que eu estava esperando. Estava ansiosa por aquilo. Afinal fazia um bom tempo que não estávamos juntos, acho que desde outro jantar na casa da Anahí no qual Poncho não compareceu.

Aquele foi tão bom, tão gostoso que esse com nós todos reunidos não podia ser ruim.

Eu não sei explicar o que é, mas é uma energia que só a gente pode sentir, passamos nossa juventude juntos e de uma forma nada tradicional, por mais que não sejamos mais amigos unidos nós sempre vamos ter uma cumplicidade real, pura e verdadeira.

Desci as escadas e Christopher estava falando em inglês no celular, não quis prestar muita atenção, mas logo vi que ele falava de trabalho.

Olhei para as horas no meu celular e faltava 15 paras 8 da noite. Christopher quando me viu sorriu e pediu um minuto com o dedo.

Uma inquietação começou bem no fundo do meu estomago logo se irradiando para o peito.

Ai que sensação horrível.

Respirei fundo ao mesmo tempo que tentava controlar minhas mãos inquietas.

Odeio ficar assim, odeio essa sensação, é uma das coisas das aqui eu tenho mais problema em controlar. Essa maldita ansiedade.

Christopher: Você esta linda – Fico tão perdida tentando controlar minha ansiedade que nem vejo quando ele se aproximou de mim. –

Dulce: Obrigada – minha voz sai com mais ar do que deveria. –

Christopher: Vamos? – Assinto, ele pega minha mão me trazendo e sorri... Isso me tranquiliza de uma forma que não faz sentido.-

Não sei por que, mas sempre cedia as vontades de Christopher, bom pelo menos a grande maioria delas. Ele é uma pessoa extremamente fácil de dizer sim e impossível de dizer não. Não sei se isso faz sentido, mas é exatamente assim que me sinto em relação a ele.

...

Christopher: o que você tem hein? – ele baixa o som do carro antes de falar. –

Dulce: Como assim o que eu tenho? – Finjo não entender o que ele esta falando. –

Christopher: Linda você ta estranhamente calada, ta balançando os pés incansavelmente e ta fazendo uma cara esquisita. –

Dulce: Que cara esquisita? – me viro pra ele.-

Christopher: sei lá uma cara de quem quer chorar e ir ao banheiro ao mesmo tempo. – ele desvia o olhar da pista para me olhar. Fazendo uma cara ridícula que imagino ser uma imitação da minha. –

Dulce: Ai cala essa boca – me viro pra frente olhando os faróis dos carros passando do outro lado pista.- Eu só não sei o que esperar desse encontro.

Christopher: Linda você não precisa se preocupar com isso – ele aperta minha coxa com carinho e meu corpo parece agradecer o toque dele. – Nós somos todos amigos independente de qualquer coisa.

Acho engraçado como Christopher faz tudo parecer simples.

Estacionamos no inicio da rua pois não tinha nenhuma vaga próximo a casa de Poncho.

Assim que o carro parou eu apertei o passo, assim daria tempo de chegar primeiro e Christopher vim depois, subi as escadinhas que dava para porta da casa pulando 2 degraus e apertei a campainha.

Christopher: Porque correr tanto? – me viro e o vejo subindo as escadinhas da entrada. –

Dulce: O que esta fazendo? – sussurro pra ele . – Eu já apartei a campainha – dou um empurrãozinho nele de leve. – Já vai aparecer alguém.

Christopher: Que ótimo, assim a gente vai poder entrar logo – ele me olha sem entender. –

Dulce: Christopher – passo a mão pelo cabelo sem paciência. – eles vão pensar que viemos junto!

Christopher me olha como se eu tivesse enlouquecida, se aproxima de mim e segura meu rosto. –

Christopher: Linda, a gente veio juntos.

No mesmo instante que as palavras terminaram de sair da boca dele a porta atrás de nós de abriu.

Por puro instinto ou talvez habito nós nos separamos um do outro. Cristian que estava na porta, ele estava sorrindo pra nós de uma forma receptiva, mas seus olhos estavam apertados, como se tivesse desconfiado de alguma coisa.

Christian: Oi gente – ele caminha ate nós e me abraça primeiro – AH Dul como você esta linda – ele beija meu rosto e eu o retribuo –

Dulce: Olha só com fala.

Christian: isso é só um corpinho – ele pisca pra mim e se vira para Christopher. – Quanto tempo – eles apertam as mãos um puxando o outro para um abraço logo em seguida. –

Christian se afasta e para na nossa frente olhando sorridente, mas seus olhos ainda estavam o entregando, ele estava desconfiado. Meu rosto estava quente, eu não conseguia sustentar aquele olhar.

Christian: Vocês vieram juntos? – os dedos dele balançam de um lado para o outro. –

Christopher: Sim

Dulce: Não – falamos exatamente no mesmo minuto. –

Olho pra Christopher sem entender. O que ele está fazendo? Ele me olha do mesmo jeito, sem entender nada. –

Dulce: Bom, viemos juntos, mas não o caminho todo, nos encontramos ali no começo da rua – finalmente explico. –

Christopher: É... – eu sei que é sutil, mas consigo notar o desapontamento dele no tom da voz dele. Uma coisa que só quem foi muito próximo ia perceber. – o Uber dela parou exatamente ao lado do meu carro, acredita?

Christian sorri e arqueia uma das sobrancelhas olhando diretamente pra mim. Isso foi desconfortável.

Christian: Que coincidência, hein? – Ficamos quietos. – Vem, vamos entrar – ele entra na casa e vamos logo atrás. - Só falta Mai chegar agora.