Fanfic: STAY - VONDY | Tema: Vondy RBD

Somente quando eu entro em casa é que parece que posso respirar normalmente.

Deus do Céu eu sou uma idiota.

Subo para meu quarto rezando mentalmente para que simplesmente consiga dormi, mas sei que isso não vai acontecer.

Tiro os sapatos na entrada do Closet e penduro meu casaco, sento na beira da cama sentindo meu corpo cansado, mas infelizmente minha mente estava super acordada.

A cara de Christopher quando entramos na casa de Poncho cortou meu coração e me lembrar dele indo embora sem nem se despedir foi pior ainda. Eu já imaginava que ele não ia vim aqui pra casa, mas olhar ao redor e ter certeza que isso não vai acontecer é dolorido.

Ele estava chateado comigo e isso está me matando.

Talvez eu devesse beber mais um pouco pra conseguir dormir.

Desci para cozinha preparei uma doze de gin com tonica por que era o que tinha aberto no momento.dei uma boa golada, quem sabe assim eu ficaria mais bêbada e dormisse mais rápido.

Depois do segundo copo é que fui perceber o quanto estava bêbada...

Caminhei até a sala, sentindo as coisas ao meu redor se mover, vou na intenção de deitar no sofá e quem sabe dormi um pouco enquanto via imagens aleatórias na TV, mas minha cabeça não estava de acordo com esse rumo que eu gostaria de seguir.

Estava inquieta demais, ao mesmo tempo que imagens de Christopher visivelmente chateado comigo passava em minha cabeça, também passavam imagens criadas por mim mesma de Christopher com Natalia.

Aquilo estava me matando por dentro, a ansiedade dentro de mim só aumentava. Cheguei a pegar o celular algumas vezes e escrever uma Msg pra ele, mas nada parecia certo, nada parecia justo o suficiente para que ele me entendesse.

Não tenho desculpas na verdade, é apenas Medo e esse medo pode custar caro e não sei se estou disposta a pagar.

Dulce: Sua burra! – Bato a mão na testa a algumas vezes. –

Um segundo de Coragem que passou pelas minhas veias e sem pensar em qualquer consequência, eu subi e coloquei o primeiro par de sapatos que estava jogado no closet, peguei a mesma bolsa que usei hoje umas horas antes e sem pensar muito eu pedi o Uber.

Decidi ir pra casa dele e tentei não pensar muito no que ia falar pra ele durante o caminho.

Quando desci do Uber meu coração estava prestes a sair pela boca esse ditado nunca foi tão bem colocado.

O porteiro me liberou, incrivelmente ele se lembrou de mim por conta da última vez que estive ali. Acho que também ele ficou com pena da minha cara.

Quando desci do elevador dando de frente pra porta de Christopher percebi que estava ofegante, olhei o relógio é faltavam pouco minutos para dar 5 da manhã.

Apertei a campainha segurando por alguns segundos a mais. Christopher tinha sono pesado ele não acordaria tão facilmente.

Dulce: Ai meu deus o que eu estou fazendo? – olho em volta, estou ali no Hall sozinha e alcoolizada. –

O que eu estava fazendo ali? Onde eu estava com a cabeça de ir ali? O que eu ia fazer quando ele abrisse a porta? E se ele me rejeitasse novamente?

Dulce: Ai, não, não, não... – me viro pra voltar para o Elevador. – Vou sair daqui agora. –

Aperto o botão do elevador várias vezes. Como se isso fosse fazer ele voltar mais rápido.

Dulce: Anda logo...

Christopher: Dulce?

Respiro fundo quando escuto a voz dele logo atrás de mim, fecho os olhos sem coragem de me virar.

O que vou fazer agora?

Agora não da mais tempo de correr, preciso fazer o que vim fazer.

Christopher: Você está bem? – a voz dele saiu sonolenta. –

Já fiz a merda maior que é estar aqui, agora preciso concluir o meu plano.

Meu pleno é bem simples, eu só quero estar com ele, eu não quero que ele se afaste porque sou uma idiota, tudo que eu mais quero é sentir que estamos bem e que está tudo bem entre a gente.

Encontrando a mesma coragem que me fez chegar até aqui eu me viro.

Christopher apenas de calça de moletom, seus olhos estão inchados e avermelhados, o cabelo esta uma bagunça e sua cara de desnorteado o deixa mais atraente.

Christopher: O que esta fazendo aqui Dulce? – ele cruza os braços talvez já desconfiado das minhas intenções. –

Dulce: Esta sozinho? – aperto os olhos desconfiada, ele mantem a porta estrategicamente fechada atrás dele. –

Christopher: Claro que tô, eu moro sozinho, esqueceu?

Sem aviso e sem pensar, vou até ele e o abraço. Ele não retribui e isso me frustra, mas não o suficiente para eu desistir, passo a mão pela nuca dele beijando seu pescoço com carinho, chego a ver a pele dele se arrepiar com meu toque, mas ele se manteve parado.

Dulce: Me desculpa – digo entre os beijos. – me perdoa, eu não quero que fique longe de mim – passo a mão pelo abdome perfeito dele, ele suspira. – Me desculpa? – seguro o rosto dele para que ele pudesse me olhar nos olhos, na esperança dele não conseguir me negar. -

Christopher: Não tem motivos para eu te desculpar – ele mente e desvias os olhos dos meus por segundos. –

Dulce: Você sabe que sim, que está chateado comigo – eu tento me aproximar dos lábios dele, mas ele se manteve ereto e rígido de uma forma que não consigo chegar aos seus lábios. –

Christopher: Você está bêbada demais pra gente conversar disso... – ele suspira, mas deposita uma das mãos no meu quadril para me manter no lugar. –

Dulce: Então não vamos conversar – peço. Aperto meu corpo ao dele novamente desesperada para sentir um sinal de afeto se quer. – A gente fala sobre isso amanhã, mas me deixa ficar com você, por favor.

Christopher: O que quer de mim Dulce? – ele resmunga, mas cede aos meus carinhos. Finalmente. –

Dulce: Eu quero você... – volto a beijar seu pescoço e ele não me impede. – E eu sei que você também me quer, mordo o queixo dele enquanto minha mão desliza por suas costas. –

Christopher: Mas eu te quero por inteira e você só me quer na sua cama. –as palavras são como chicotadas, me machuca saber que ele pensa isso. –

Ele não diz mais nada, praticamente me pega no colo e me leva pra dentro da casa, fechando a porta logo em seguida.

Ele me leva ao seu quarto, mas não me joga na cama como eu tinha pensando que faria, ele me leva ao banheiro.

Christopher: Toma um banho, eu vou preparar um café pra você melhorar – ele se vira para para sair, mas antes olha pra mim – Você ainda não dormiu, né?

Eu apenas nego com a cabeça e ele sai acabando de vez com as esperanças que eu tinha de aquilo acabar onde eu realmente gostaria de acabar.

Tiro minha roupa pensando no que acabou de acontecer. Christopher tinha rejeitado, mas não tinha desistido de mim. O jeito como ele disse que me quer por inteiro me fez acreditar que ele está triste, mas que ainda me quer isso me alivia de certo modo.

Entro no chuveiro quente deixando a água relaxar meu corpo.

Tento pensar no que vou dizer a ele, mas tudo que penso é tão egoísta que só consigo agradecer por ele estar sozinho nesse apartamento. Grande parte da motivação por eu ter vindo aqui é porque estava imaginando ele com a ex.

Não sei quanto tempo fico ali no chuveiro, quando finalmente saiu eu coloco o roupão de Christopher que está pendurado atrás da porta, eu o encontro sentado na cama com uma xicara de café um prato com uma torrada.

Vou até ele, não sei o que dizer, a bebida já tinha baixado, não tinha mais adrenalina para eu voltar a ser a descarada que estava sendo antes.

Christopher: Come, vai agradecer quando acordar de amanhã – ele diz quando me vê apenas tomando o café. –

Dulce: Não estou com fome – ele sorri. Meu coração esquenta. –

Christopher: Eu sei que não está, mas mesmo assim vai fazer um esforço para comer. – ele manda, sutilmente, mas manda. –

Ele me olha comer, em silencio, apenas me observar tranquilamente. Assim que termino eu coloco a xicara e o prato no criado mudo ao lado da cama. –

Christopher: Vai me dizer o que veio fazer aqui?

Dulce: Não queria que desistisse de mim – me ajeito encostando as costas na cabeceira da cama. –

Christopher: Eu só estava chateado e precisava de um tempo para absorver isso, Eu não tinha desistido . – se ajeita bem ao meu lado e me puxa pra deitar em seu peito. –

Dulce: Eu só não consigo... – levantei a cabeça tentando me explicar, mas ele me interrompe. –

Christopher: Linda, não é hora. – ele alisa meu cabelo. – Amanha quando estiver melhor a gente conversa sobre isso, sim?

Eu apenas assinto e me aconchego em seu colo.

Meu corpo e minha mente agradeceram esse contato, parece que só assim meu corpo relaxo, minha mente desliga. Parece que só assim tudo se encaixa em seu devido lugar e assim posso finalmente dormi tranquila.