Fanfic: STAY - VONDY | Tema: Vondy RBD

As festas de fim de ano sempre me deixam como uma maluca. Eu odiava fazer compras de fim de ano, todos os anos eu falava que ia me programar para não deixar tudo de última hora, mas todo ano eu deixava para o último minuto como sempre.

Essa manha eu acordei cedo, fiz uma hora de yoga online com uma nova professora que Claudia me indicou, depois tive que encarar o caos que estava o shopping para terminar de comprar alguns presentes que estavam faltam, como camisas novas para meu pai, airpods para Clara, um estojo de aquarela para Alessia , sapatos novos para minha mãe, um quadro exclusivo do Juan para Claudia que estava na vibe da arte agora, um notebook novo para Blanca e uísques para meus cunhados. Também comprei aos meus pais estadias de uma semana em um hotel na serra para eles passarem o ano novo na natureza como eles gostavam. Não achei nada que gostaria de dar para Christopher. Queria dar algo especial, mas não achei nada que realmente me lembrasse ele. Desisti logo depois de ter dado 3 voltas no shopping inteiro, bom ele não ia passar o natal aqui, então poderia olhar com calma na semana que vem antes dele chegar.

Voltei pra casa e comi uma salada que já estava ficando velha na geladeira e tomei agua com gás enquanto embrulhava todos os presentes que eu teria que dar Hoje para minha família e outros que seriam entregue aos meus amigos e minha equipe depois já que eu deixei tudo por último.

Meu celular não aparava de vibrar, minhas irmãs e minha mãe estavam combinando as coisas da ceia essa noite e também as pessoas estavam mandando feliz natal o tempo todo o que ajudava com a vibração continua do meu celular. Graças a deus nenhuma nessas mensagens era de Paco. Já tem dois dias que ele não mandava nada. Achei estranho, mas estava grata por isso.

Todas as mensagens dele me cobravam um posicionamento sobre meu relacionamento com Christopher. Quem ele pensa que é para achar que eu devo qualquer tipo de satisfação a ele? Não o bloquei, mas confesso que não me faltou vontade. Nós terminamos nossa relação de forma amigável, não queria deixar nenhum clima esquisito ou ruim entre nós, afinal de contas ele foi a primeira pessoa que amei de verdade depois de Christopher e sempre ia ter muito carinho por ele. Não queria conversar porque ainda não tinha cabeça para conversar com ele, então resolvi ignorar, o que não foi muito sábio, pois agora ele tirar as conclusões da forma que ele quiser, mas tudo bem, acho que agora ele cansou e quem sabe até esquece e depois eu posso tentar conversar com ele.

Christopher também tinha sumido. Ele falou comigo por mensagem apenas na parte da manhã, disse que iria para um lugar que não teria um sinal bom de celular, mas que ele me ligaria para dar feliz natal.

A velha Dulce neurótica e possessiva já estava bolando em sua mente diabólica o que Christopher estaria fazendo com um monte de ator, na américa do sul em um lugar sem sinal? Minha mente montou cenas na minha cabeça mais sujas que orgia de filme pornô. Tentei focar minha cabeça em embrulhar os presentes e na minha taça de vinha, mas toda vez que uma mensagem pipocava na tela do meu celular e eu via que não era dele minha mente traiçoeira me levava de volta as cenas obscenas.

Cresce Dulce Maria, Cresce!

A atual Dulce tomou o controle das coisas focando em outras coisas e fazendo o celular ficar esquecido em qualquer canto da casa.

No fim da tarde eu tomei banho e comecei a me arrumar e arrumar todas as coisas que ia levar para a casa dos meus pais. Tive que chamar o uber para me ajudar a por todas as coisas que eu estava levado para dentro do carro.

Durante o Percurso da minha casa até a casa dos meus pais eu aproveito para ir respondendo mensagens dos meus amigos mais próximos.

Meu Carro nem para na calçada da casa da minha mãe e eu já sou atropelada por Claudia que praticamente me arranca do carro.

Claudia: Pelo amor de Deus Dulce – ela pega as sacolas do carro – que demora...

Dulce: Não são nem 20H00 ainda Claudia. – ela coloca as caixas e sacolas nos meus braços. –

Claudia: leva logo essas coisas lá pra dentro.

Entro e deixo o motorista do Uber ajudar Claudia com o resto das coisas. Meu pai logo me vê na porta e corre para me ajudar com as coisas.

Depois de cumprimentar a todos na casa as meninas me ajudam a colocar os presentes embaixo da arvore, depois vou até a cozinha ajudar minha mãe e minhas irmãs com a comida e arrumar a mesa do jantar.

A casa estava uma loucura, estávamos com a comida atrasa, as meninas brigavam de 5 em 5 minutos, meus cunhados discutiam sobre política, eu e minhas irmãs estávamos falando mal dos outros enquanto meu pai tentava afiar a faca para cortar o peru, mas o melhor de tudo isso era ver o sorriso da minha mãe. Ela estava feliz, ela estava em casa do jeito que gostava de estar.

Claudia: Pelo amor de Deus – ela bufa batendo a taça de vinho na pia quando escutou mais uma vez as meninas gritarem. – Eu não aguento mais essas meninas.

Dulce: Deixa comigo – me levanto da mesa. –

Claudia: Obrigada. – ela sorri agradecida. –

Antes que eu possa chegar até a sala a campainha toca.

Fernando: Querida, olha quem esta na porta por favor?

Giro nos calcanhares virando meu caminho para porta. Mas quem seria a essa hora em pleno natal? Quando abro a porta meu queixo vai ao chão e eu nem tento segurar.

Paco.

Não sei o que falar e nem diz. A primeira coisa que eu faço e sair e fechar a porta para que ninguém lá dentro o veja aqui.

Ele estava exatamente como eu me lembrava, mesmas roupas, mesma barba, mesmo cabelo... Mesmo tudo. Demoro uns segundos para me recompor ele parece tão angustiando quanto eu.

Paco: Não vai falar comigo aqui também?

Dulce: O que você está fazendo aqui? – Olho pros lados e pra trás para ter certeza que ninguém estava vindo. –

Paco: eu preciso falar com você, mas parece que você está dedicada a não falar mais comigo mais. Eu fiz alguma coisa? – ele se aproxima para tocar em meu braço, ele esta ferido, eu percebo isso pelo seu tom de voz. –

Dulce: Paco é véspera de natal – suspiro. – Não é a hora. Você deveria estar com sua família.

Paco: essa família já foi minha um dia... – ele une as sobrancelhas e se aproxima mais de mim. –

Dulce: Mas não é mais! – me afasto discretamente dele, mas a porta esta bem atrás de mim, não tem muito o que fazer. – Olha, agora eu não posso falar, mas vamos combinar de sair pra jantar e a gente conversa, o que acha?

Os olhos dele brilham como de criança com doce, ele segura minha mão e não seu porque eu sinto pena dele nesse momento.

Paco: Seria um prazer – ele sorri pra mim com carinho, mas não sinto vontade de retribuir. Essa situação é muito estranha. – Eu só preciso conversar com você – ele segura minha mão. –

Dulce: Tudo bem. – não sei o que dizer nem como me comportar. –

Xxx: Estou atrapalhando alguma coisa?

Paco se vira para olhar, mas eu conheceria aquela voz em qualquer lugar.

Christopher.

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Até semana que vem ;*