Fanfic: STAY - VONDY | Tema: Vondy RBD

Flash Back

Todo final de turnê era muito pesado pra gente. Tinha dias que nem sabíamos exatamente qual cidade estávamos, que dia era ou quando íamos para casa. Eu amava meu trabalho no RBD, mas o desgaste mental era mil vezes maior que o desgaste físico e isso não era nada bom.

Christopher estava tendo o que a gente chamava “aquele dia”, resumindo é ter aquele dia de merda. De nós 6 Christopher era o que menos tinha esses dias difíceis, mas quando ele tinha era pior que nós 6 juntos.

Ele já tinha quebrado coisas por distração, já tinha distribuído patadas de graça para quem fosse, já tinha descontado nas junk food e o auge foi quando discutiu feio com Anahí sem nenhum motivo que realmente valesse a pena.

Naquela noite depois do show quando sai do banho encontrei Christopher na nossa cama de hotel. Ele estava sentado, com as costas apoiada na cabeceira da cama e cabeça na parede e olhos fechados. Eu vi que a respiração dele estava pesada, ele estava cansado como todos nós.

Com passos lentos me aproximei e ele não se moveu, me sentei em seu colo, passando meus braços pelo seu pescoço, ele finalmente abriu os olhos e pousou as mãos na minha cintura, seus olhos estavam caídos e inchados. Alisei seu rosto com meus polegares ele ronronou como um gato e abriu um sorriso fraco.

Dulce: Tudo bem? – Analiso sua expressão. –

Christopher: Só queria estar em casa – ele desabafa. – Com minha família e meus cachorros... – ele acaricia minha cintura enquanto fala. –

Dulce: Dia difícil, né? – Ele assente sem falar nada. – Só mais alguns dias e vamos estar em casa. – Tento reconfortar ele de alguma forma, ele não sorri, mas parece grato pela forma que me olha.- Vem cá

Eu o abraço e ele retribui imediatamente, ficamos assim por alguns minutos, em silencio, apenas um no braço do outro. Queria poder tirar toda aquela sensação ruim que ele estava sentindo com aquele abraço, eu sabia exatamente como ele se sentia, sabia da sua dor, da sua angustia, do seu cansaço... Nós encontramos reconforto um no outro e dessa forma nossos laços ficavam cada vez mais forte.

Depois que nos separamos eu beijo seus lábios com carinho de forma demorada, quando nos separamos ele sorri pra mim de forma genuína e meu coração se aquece de uma forma que não se pode descrever, apenas sentir. Ele alisa meu rosto e seus olhos estão fitando de forma intensa.

Christopher: Eu te amo. – seus olhos não desviam do meu nem por um segundo se quer. As palavras são como caricias em meus ouvidos. – Muito.

Fim do Flahs Back

Definitivamente era uma nova fase da minha vida, eu estava sentindo coisas diferentes, sentimentos novos e atitudes novas e tudo isso por causa do Christopher. Onde que ia imaginar passar o ano novo na casa de um desconhecido, com gente estranha em uma cidade turística? O que era mais surpreendente é que foi uma das melhores viradas de ano que tive, se é que não foi a melhor.

Infelizmente chegar à capital não foi nada delicioso. Já sabia que ia ser o caos porque já tinha fotos nossas na viagem rolando por todos os lugares, mas não sabia que seria tão horrível assim.

Quando chegamos ao aeroporto logo vimos que tinha alguns jornalistas nos esperando, confesso que me deu um desespero, mas agora já não tinha muito o que fazer, não dava mais para esconder.

Christopher: O que quer fazer cariño? – ele me olha com com carinho e preocupação. –

Dulce: Nada. – suspiro e aperto minha mão na dele. – Só quero ir pra casa descansar. – Christopher fica me olhando acho que para ter certeza se é isso mesmo.-

Christopher: Tudo bem então. –

De mãos dadas saímos pelos portões e quando colocamos os pés no saguão uma meia dúzia de jornalistas nos cercam e sem pedido de licença nós cercam colocando câmeras e microfones na nossa cara.

1: Dulce, vocês e Christopher estão assumidos ?

2: Christopher, Você confirma o que a Natalia falou sobre vocês terem mantido contato todos esses anos?

3: Como começou esse relacionamento, foi na época do RBD?

4: Verdade que passaram o natal em família juntos?

5: Dulce, terminou com Paco para ficar com Christopher?

Quase não consegui acompanham com a enxurrada de perguntas que eles lançaram, e na sua grande maioria eram questões absurdas.

Christopher: Calma gente – ele pede e me mantem ao lado dele segurando minha mão. – Nós acabamos de chegar, estamos cansados e queremos ir pra casa... – nossas mãos estão dadas e sinto os dedos dele acariciando minha mão. –

Dulce: Estamos juntos, é o que vocês precisam saber por agora?

4: Podem ao menos dar uma declaração sobre as declarações da Natalia sobro o suposto caso de vocês?

Dulce: Isso nunca aconteceu...

Christopher: Sempre fomos muito respeitosos em nossos antigos relacionamentos.

1: Dulce Paco reagiu bem com seu novo relacionamento? Ele deu a entender que você recusou o pedido de casamento dele porque ainda estava apaixonada por Christopher.

Dulce: Não, isso não é verdade e não tenho falado com ele, mas imagino que esteja bem, já estamos separadas a um bom tempo. – mexo os pés desejando sair dali o quanto antes. –

3: Vocês se aproximaram por causa do último reencontro do RBD?

Christopher: Pessoal desculpa, agora realmente estamos muito cansados, mas o que vocês precisam saber é que sim, estamos juntos e em nenhum momento faltamos com respeito com ninguém. Fiquem bem e até a próxima.]Christopher abriu entre os repórter que continuaram a perguntar enfiando os microfones na nossa cara e me puxou junto com ele.

Quando entramos dentro do Taxi meus ouvidos estavam até zumbindo e minha cabeça estava doendo.

Dulce: Até que não foi tão ruim – segurei a risada quando Christopher fez uma cara engraçada com minha fala. –

Christopher: Sobrevivemos...

Dulce: Por enquanto – completo. –

Christopher: Por enquanto não, sobrevivemos! – ele afirma e aperta minha coxa. – Amor, você tem que entender que eu te amo e nada vai me fazer te deixar novamente.

Ele não desvias os olhos do meu nem por um milésimo de segundo e eu não posso evitar de sorrir, ele já disse isso para mim muitas vezes, mas essa era a primeira vez que ele dizia que me amava depois que nós reaproximamos. De alguma forma aquelas palavras me curavam, me fazia bem, me faziam me sentir viva.

Dulce: Eu também te amo - pouso uma das mãos no rosto dele e consigo ver o brilho dos seus olhos ao escutar eu dizer que o amava. – e nada vai me fazer desistir disso.