Fanfic: STAY - VONDY | Tema: Vondy RBD

Dulce: O que exatamente você estar querendo dizer com isso? – Tento amenizar minha surpresa, mas acho não funcionou. – Voltar a cantar juntos?

Anahí: Sim, algo nesse sentido. – ela fala com cautela, estudando meu rosto. –

Dulce: Não acho que isso funcione. – Digo sinceramente, mas ela não se abala. – Any não acho que esse seja o momento certo pra isso. Quer dizer, você imagina o Poncho cantando e dançando com a gente de novo?

Anahí: Não quero que a gente volte com o grupo como antes. – ela suspira e brinca com os dedos na ponta da toalha de mesa. – Você viu como nossos fãs ficaram com o nosso reencontro? Viu como eles ficaram tão contentes com uma foto apenas? – ela me encara com olhos que me lembram a Any de muitos anos atrás. – Eles merecem mais, sabe? Aqueles nossos últimos shows, todos corrido, mau planejados e cheios de desfalques... Aquilo não foi justo com eles. Não quero voltar com o grupo e sair de turnê por ai, mas poderíamos fazer algo legal para eles. – ela se endireita na cadeira repentinamente. – E também não precisamos de Poncho pra tudo, acho que todo mundo vai entender os motivos dele. – Ela tenta falar com indiferença, mas em seu tom percebo que ela não gosta disso. –

Dulce: Certo... – penso um tempo antes de falar. – E o que está pensando, fazer um outro último show, ou gravar um DVD?

Anahí: Talvez – ela bebe um gole do suco e limpa a boca com o guardanapo logo em seguida. – Estava falando com Guilhermo esses dias e pensando em algo meio acústico, um show sem público talvez...

Dulce: Pera aí. – Ai interrompo. – Falou com Guilhermo?

Anahí: Claro! – Ela se inclina sobre a mesa para ficar mais perto de mim. – Dul, podemos entregar coisas lindas aos nossos fãs sem viver aquele turbilhão de coisas que vivíamos quando estávamos no RBD, podemos fazer nossas coisas pessoais, nossos trabalhos solos sem largar o projeto juntos. Somos crescidos agora, podemos tomar conta melhor das coisas se escolhermos uma equipe boa.

Dulce: Não sei... – estou desconfiada, nada daquilo tinha passado pela minha cabeça antes, eu precisava pensar nas possibilidades. – Isso é uma coisa que precisa ser pensada.

Anahí: Eu sei! – ela morde o lábio segurando o sorriso. – Eu estou falando isso para você pensar isso mesmo. Acho que devemos pensar, ver quem topa, pensar no que podemos fazer, procurar uma equipe e boas pessoas para realizarem isso com a gente.

Dulce: Com quem mais você falou cobre isso?

Anahí: Bom, até agora só com você, Vou falar com Cristian e Mai, e pensei que você poderia falar com Christopher e dependendo do que eles falarem nós podemos comunicar Poncho, mesmo já sabendo o que ele vai falar.

Dulce: Vou falar com Christopher.

Anahí: Acha que ele vai topar? – ela aperta os olhos para mim. –

Dulce: Não sei, ele esta trabalhando em algum projeto com uns amigos, não sei o que ele vai dizer sobre isso.

Anahí: Vai me mantendo informada, ta? E pensa bem no que eu disse.

...

Anahí me deixou com a pulga atrás da orelha nessa tarde. Confesso que isso não passava pela minha cabeça, e não ia passar tão cedo, mas o jeito que ela falou me despertou algo. De fato se planejássemos direto, se impuséssemos nossas ideias e nossos desejos, talvez desse para fazer algo com o qual poderíamos cuidar.

Na época do RBD nós trabalhávamos muito, mas quase não ganhávamos dinheiro. Nós éramos só o que trazia o dinheiro, as caras que chamavam o público, mas não era com a gente que ficava a parte boa da grana. Então os chefões usaram a gente até o ultimo segundo possível. Foi um período de muito aprendizado, de conhecimento, onde vivi momentos incríveis, mas confesso que não me sujeitaria a algo daquele tipo novamente.

Christopher entrou no quarto roubando minha atenção, ele passa pela porta guardando o celular no bolso. Meus lábios se abrem, ele retribui o sorriso e vem até mim, ele se abaixou e me deu um beijo carinhoso nos lábios.

Christopher: Oi amor – ele sussurra nos meus lábios. Um calor percorre na minha espinha. Nunca me acostumo com o que ele causa em mim. – Como foi seu dia? – ele se endireita, mas mantem os olhos em mim. –

Dulce: Interessante... – me ajoelho na cama para olhar pra ele melhor. – E o seu?

Christopher: Produtivo talvez... – ele se encaminha pro meu Closet. – O que quer dizer com interessante? – Ele pergunta já lá dentro. –

Dulce: Estive com Anahí hoje. – Solto no ar. –

Christopher: Hum.... Interessante.

Dulce: Foi o que eu disse.

Christopher: E qual foi o assunto? – a voz cheia de ar dele indicava que ele estava em movimento dentro do closet. –

Dulce: Ela está com ideias sobre fazermos algum projeto com RBD. – Silencio. –

Christopher: RBD? – ele volta a aparecer na porta o closet. –

Dulce: Parece que andou falando com Guilhermo e tudo.

Christopher: E que tipo de ideia é essa? – ele cruza os braços. –

Dulce: Não sei bem, mas ela quer fazer algo que não atrapalhe a carreira de ninguém, sabe? Algo que nós pudéssemos controlar, algo que a gente escolhesse fazer. – Christopher morde o lábio pensativo. –

Christopher: Sabem que Poncho não vai topar nada disso, não sabem? – ele fala como se fosse obvio, e era. –

Dulce: Sim. – ele fica me olhando. – E você ? – Silencio novamente. –

Christopher: Não sei... – ele da passos em minha direção, mas não chega até a cama. – Tem que ser uma coisa legal, e se todo mundo topar...

Dulce: Any ficou de falar com os outros se eles tem algum interesse.

Christopher: Certo. – ele me observa esperando que eu fale mais coisas. –

Dulce: Caso eles topem a gente pode sentar juntos e ver quais são as ideias para fazer alguma coisa, digo, nossos fãs merecem, não merecem?

Christopher: Sim. – Ele balança a cabeça concordando. – Acho que a gente também.

Dulce: Então posso falar para ela que você tem interesse?

Christopher: Pode – ele volta para dentro do Closet, mas para na porta para me olhar novamente. – Acha que pode me dar um lugar apropriado no seu closet? Tipo, um espaço só meu. – ele me olha intrigado. - Acho que mereço. Quer dizer, a gente ta quase que morando juntos e você não me cede um espaço. – Não consigo conter a risada por conta do tom exagerado dele. –

Dulce: Fica a vontade Cariño – vou até ele e o abraço pelo pescoço. – Vou separar um lugar para suas roupas, ta?

Christopher: Já era hora, né? – ele passa o braço pela minha cintura me prendendo em seu corpo. – Achei que depois que tinha de dado um espaço na minha casa você ia se tocar e ia dar um espacinho aqui na sua. – ele fala próximo ao meu rosto, eu acaricio os cabelos da sua nuca. –

Dulce: Quando foi que você ficou tão dramático, hein? – fico na ponta dos pés para passar o nariz no dele. –  Até parece que você precisa ficar pedindo coisas.

Christopher: Não quero que você se assuste com minha intensidade. – ele beija meus lábios com carinho. –

Dulce: Tarde demais meu amor, acho que já passamos desse ponto a algum tempo.