Fanfic: STAY - VONDY | Tema: Vondy RBD

Estamos sentados em um sofá exageradamente grande da casa de Anahí. Imagino que seja uma das casas que ela e o marido tem, já que eles não moram aqui na capital. Anahí anda de um lado para o outro bem na nossa frente que como um aluno nervoso em dia de apresentação de trabalho. Maite estava focada em seu celular, Christopher parecia tranquilo ao meu lado, relaxado no sofá e com uma das mãos pousada em minha perna. Christian estava estranhamente encarando a mim e a Christopher como se quisesse falar algo.

Christian: Vocês estão juntos, juntos? Tipo, juntos mesmo? – Ele quebra o silencia não aguentando a curiosidade. –

Dulce: Claro que sim, o que está esperando? – me inclino na direção dele esperando sua resposta. –

Christian: Então na última vez que nos encontramos vocês já estavam juntos, né? – Eu e Christopher trocamos olhares, e Christian continua nos estudando. -  Vocês sempre são os mentirosos do grupo, já perceberam isso?

Christopher: Ah Christian, o que isso tem a ver? – Ele diz já aparentado não estar com paciência. –

Christian: Nada. – Ele dá de ombros. – Eu só gosto de saber, nada demais. – Ele levanta as mãos mostrando rendição. – É que as vezes eu fico pensando, se vocês conseguem esconder coisas assim da gente, imagina o quanto de segredinho que devem ter, tipo, vocês não são amigos confiáveis, sabe?

Christopher: Ai meu Deus... – ele revira os olhos e volta a se aconchegar no sofá. –

Dulce: Não seja um cretino, está bem? – Encaro Christian que parece estar se divertindo com aquilo. – Nosso relacionamento diz respeito a nós é só por isso que não saímos por ai falando.

Maite: Gente, ninguém chamou o Poncho? – Ela finalmente tira os olhos do Celular e parece se lembrar que nós estamos aqui e sem o Poncho. –

Anahí: Ai caramba! – Ela passa as mãos pelos cabelos e se aproxima da gente. – Acha que eu deveria ter chamado?

Maite: Mas é claro! – Ela diz obviamente. – Ao menos chamado, se ele ia vim ou não o problema é dele, certo? – Ela olha para nós esperamos que nós concordássemos com ela. –

Christopher: O que aconteceu? – ele olha pra Any que parece desesperada com as palavras de Maite. – Quer que eu fale com ele?

Anahí: O problema é que todos nós aqui já sabemos o que ele vai falar, ele não estaria aqui de qualquer forma. – Ela explica mais para ela do que para nós. –

Maite: Any, mas ao menos deveria ter avisado a ele.

Anahí: Ai... – ela pega o celular. – Vou ligar para ele então. –

Dulce: Olha só. – Me levanto. – Nós aqui. – Aponto para todos nós. – Somos apenas a “Capa” do RBD. Seja lá que nós vamos decidir hoje vamos precisar envolver mais pessoas, porque RBD é muito maior que só nós. Certo? – todos concordam balançando a cabeça. – Então vamos ver o que temos que ver hoje e caso a gente tenha um plano a gente fala com o Poncho. Nós sabemos que se formos até ele falando coisas pela metade é praticamente esperar que ele fale um Não. –

Christian: Eu acho que com plano eu sem plano ele vai falar não.

Christopher: Eu acho.

Anahí: Bom, vou falar com ele hoje depois que nós decidirmos algo. – Ela sorri animada, ou estaria aliviada, não sei. –

Passamos praticamente o dia todo conversando sobre possibilidades de uma reunião, sobre fazer algo que não atrapalhe a carreira de ninguém, sobre como poderíamos fazer isso sem ter a obrigação de todo ano lançar algo novo. Fizemos pequenas pausas para Mai atender alguns telefonemas e Any dar uma olhada nas crianças quando necessário. Nós desentendamos e concordamos nos assuntos abordados e acabamos tarde da noite ainda sem uma resposta concreta do que faríamos exatamente.

Maite: Acho que fazer um Show aberto para o público seria comprar uma briga muito grande como nossos fãs. – ele gesticula com a mãos enquanto falava chamando nossa atenção. – Rapidamente eles vão querer que esse show vá até o pais deles, e vão dizer porque só fizemos um show aqui.

Christopher: Talvez não. Talvez se nós desde o começo falarmos e explicarmos qual é ideia eles entendam.

Christian: Você certamente esqueceu como são seus fãs. – ele comenta de forma engraçada. –  Eles vão causar até que a gente faça shows pelo mundo todo. –

Anahí: Acha que conseguiríamos fazer algo grande assim?

Christian: Mas é claro Any.

Maite: Tenho muitos contatos com os grandões da Televisa – ela começa e nós todos a olhamos. – Podemos dar alguma ideia para eles, em vender algum especial nosso algo assim.

Dulce: Desenvolve. – eu a incentivo a continuar. –

Maite: Podemos gravar um DVD, ou algo assim... um show especial, talvez com plateia ou talvez não. – Ela dá de ombros. – Nós fazemos o projeto e vendemos para passar na Televisa... vai dar muita visibilidade tanto pra eles quanto pra gente de forma geral.

Anahí: Gostei

Christian: Também achei interessante.

Christopher: Vamos desenvolver um projeto pra gente apresentar pra ele.

Maite: Acho ótimo.

Dulce: Ok. – olho para meu relógio para verificar que realmente é tão tarde quanto eu penso. – Vamos marcar mais uma reunião semana que vem então?

Anahí: Isso, vamos bolar ideias e semana que vem nós apresentamos e vamos ajustando para que fique bom para todos nós.

Maite: Isso, assim que tivermos um projeto eu consigo uma reunião com o pessoal da Televisa.

Christian: Então Até semana que vem. – Ele se levanta do sofá pegando seus pertences. – Né?

Anahí: Sim. – Ela também se levanta ao ver nossa movimentação – Bom, talvez eu não esteja aqui na capital, mas podemos fazer online.

Dulce: Você fala com Guilhermo?

Anahí: Sim.

Maite: Gente, Poncho. Não esquece de falar com ele.

Anahí: Vou falar com ele amanhã.

Christopher: Vamos então? – Ele segura minha mão, mas fala com todos. –

...

Christopher: Amor, você quer m chá? – ele pergunto um pouco mais alto da cozinha. –

Dulce: Acho que não...- escuto ele resmungar algo antes de aparecer na porta. –

Christopher: Essa pergunta tem uma resposta simples. Sim ou não! – até a falta de paciência dele é sendo paciente. –

Dulce: Acho que não então. – ele revira os olhos, e falta pouco para bufar. – Não, eu não quero chá. – Respondo antes que ele acabe perdendo realmente a paciência. –

Christopher: Deus. – ele suspira cansado voltando para a cozinha. – Não é possível que seja tão difícil.

Dulce: É mais difícil do que você imagina.

Christopher: ah eu nem posso imaginar – ele volta da cozinha com sua xícara de chá. –

Dulce: O que você acha da ideia de hoje? – Pergunto assim que ele se acomoda no sofá ao meu lado. – Acha que é uma boa ideia?

Christopher: Acho que vai ser legal, sabia? – ele acaricia minhas pernas que estavam pousadas eu seu colo. - Estou empolgado até.

Dulce: Sério? – Deixo meu tom incrédulo escapar. –

Christopher: É Sério! – Ele ri enquanto me responde. – Sabe, eu tive fases e fases. – ele desvia os olhos dos meus e volta sua atenção para meus pés. – Tive momentos que não estava bem com a vida e tudo estava mi irritando. – ele aperta meu pé e suspira. – Eu descontei em tudo que estava perto, sabe?

Dulce: Está falando das suas declarações sobre o RBD?

Christopher: E sobre nós – ele finalmente me olha. –  Eu sei que fui idiota em falar tudo que falei. – ele morde o lábio enquanto parece pensar nas palavras certas para falar. – Eu ainda estava guardando muita raiva dentro de mim e acabei descontando onde não era... Não quero culpar ninguém, a culpa é só minha, mas na hora fui incentivado, como se isso fosse o certo.

Fico em silencio e ele também. Ele está atribuindo seu comportamento “rebelde” a Natalia? Quando Christopher Surtou com nosso grupo de Fãs e deu declarações dizendo que não queria ser mais relacionado ao RBD ele estava namorando com ela, se não me engano estavam morando juntos.

Christopher: Não é como se ela tivesse colocado uma arma na minha cabeça ou algo assim – ele fala como se estivesse lendo minha mente. – É complicado...

Dulce: Você não precisa... – ele levanta a mão pedindo para que eu parasse. –

Christopher: Eu sei que não preciso me explicar – ele sorri sem humor. – Mas eu quero fazer isso para você amor – ele volta a acariciar minha perna com suas mãos. – Eu não quero que pense que em algum dia eu disse aquilo de verdade. Eu estava com raiva, raiva porque ainda guardava muita magoa. Magoa da gente. – ele confessa. – Natalia tinha muito ciúme, ela sabia que eu ainda guardava esse sentimento e me pressionava muito e na hora pareceu que o certo a fazer seria cortar todo tipo de contato.

Dulce: Sinto muito – digo quase em um sussurro. –

Christopher: Não sinta, ta tudo bem. – ele me tranquiliza com seu tom mais amistoso. – Tudo aquilo me tornou quem sou hoje e eu tenho muito orgulho de quem eu sou hoje. Foi necessário para meu amadurecimento...

Dulce: Você parece outro homem. – Solto de forma sincera. –

Christopher: Acho que agora sou um homem finalmente.