Fanfic: Juntos pelo casamento – vondy | Tema: Vondu rbd

Capítulo 9 

Christopher voltou do banheiro e reparou que o clima parecia pesado, fechou os olhos isso não daria certo. Ele precisava achar um lugar pra Dulce ficar. Sentou-se ao lado da esposa e sua noiva se sentou ao seu lado. Isso podia ser mais surreal, sua noiva e esposa juntas. Que bagunça a vida dele era. 

- então, do que falavam? – as duas mulheres se lançaram olhares de desafio. 

- de como a casa dela é muito bonita. – Dulce apontou ao redor. – lembra a casa de minha mãe. 

- obrigada querida, eu sou arquiteta. – Carla sorriu. – quando você tiver sua casa me chame a decoro toda pra você. 

- eu vou adorar de verdade, eu só gosto de talvez mais simples. – ela pegou um enfeite colorido da cozinha. – é muito bonito, mas não meu estilo.

- claro, existe gostos e gostos não é. 

As duas engataram em uma conversa sobre decoração e Christopher reparou nas inúmeras indiretas de Carla demonstrando que ele realmente tinha que achar um lugar para Dulce morar. 

- amor seu pai ainda trabalha com corretagem? 

- sim, as vezes por que? – Carla perguntou ao noivo.

- bom hoje é sábado, segunda eu queria levar Dulce para ver uns imóveis para ela. – ele comentou tomando o vinho, fazendo as duas mulheres olharem para ele. Como estava no meio se sentiu no campo de batalha. – é essas coisas demoram até acertar tudo, então seria bom começar a procurar logo.

- eu também acho, afinal já dei despesas demais, eu poderia usar o endereço para ver um raio de empregos por perto. – Dulce falou, fazia anos que não tinha um espaço só dela isso a deixava feliz. – você tem ideia de onde procurar? 

- estava pensando em perto de casa, ou de Mai e Poncho. Fica mais fácil com um conhecido nas redondezas. 

- concordo, a Dulce tem um vício não se pode deixá-la sozinha seria horrível você querer voltar para aquilo. – Carla falou com uma cara de paisagem deixando Dulce irritada. 

- eu prometi que nem zero e ou um eu jogaria, então não vou fazer. Não precisa se preocupar Carla. – a mulher tirou a taça da boca. 

- não é isso, não me entenda mal eu não te conheço Dulce. E meu noivo  está tentando te ajudar seria muita falta de consideração sua ignorar tudo e voltar ao vício. 

- Carla não é hora de tocar nesse assunto. – Christopher falou baixo para a noiva. – a Dulce vai tratar isso, aqui ela está longe de jogos de azar. Um amigo meu vai ajudá-la como psicólogo. Além do mais a cabeça dela vai estar ocupada o suficiente para ela não se lembrar de nada disso. 

- bom amor é só preocupação eu sei como você ficaria se acontecesse. – Dulce a interrompeu. 

- se preocupe com os preparativos de seu casamento, afinal o divórcio em breve sai. – falou se levantando. – onde fica o banheiro? – Carla apontou o lavabo no fim do corredor, e ela foi. 

- precisava disso Carla, ela já não esta legal e você ainda jogando isso na cara dela. – ele falou irritado.

- ta defendendo ela outra vez? 

- não é defende só fico preocupado que isso atrapalhe a recuperação dela. 

- ta brincando comigo? – ela perguntou se levantando. 

- Carla entenda, se ela demorar muito pra se recuperar mais tempo ela vai depender de mim. – ele falou indo até a mulher. – amor eu te amo, quero me casar com você o mais rápido possível, acredita em mim.

- eu acredito, eu te amo. Só não quero essa Dulce na sua casa, eu me sinto mal você tem que entender. 

- eu entendo, eu realmente entendo que você não se sente confortável, eu vou fazer de tudo para ela se mudar o mais rápido possível. – ele a beijou. 

Dulce ouvia tudo atrás da porta e sentiu as lágrimas caindo de seu rosto, ela tinha que sair o mais rápido possível da casa de Christopher dar o divórcio e cair fora da vida dele. Ela se recompôs, e saiu do banheiro os encontrando de chamego na sala. Respirou fundo, e se sentou na bancada voltando a beber o vinho. 

- daria uma bela fotografia essa pose de vocês. – brincou já que ela o abraçava e ele beijava o nariz dela. 

Christopher sorriu e olhou e percebeu que Dulce parecia pior do que quando a encontraram em Vegas, o olhar perdido e cansado, parecia sem vida. Resolveu que era hora de ir embora, se despediu da noiva e foram para o carro. 

- aconteceu alguma coisa? – Dulce o olhou. – está com um olhar triste. 

- não é nada, a casa lembrou minha mãe só isso. 

- eu nunca te perguntei, mas como sua mãe morreu. – ele virou o rosto quando pararam no sinal. – digo, me lembro de que da última vez que conversamos você disse que ela estava bem.

- minha mãe estava bem na medida das limitações, mas não aceitava de maneira nenhuma que não poderia mais se mover. Então ela desistiu. – ele arregalou os olhos e Dulce o olhou. – eu fui ao mercado e quando voltei ela estava morta, alguém aplicou uma medicação nela e ela se foi, sem nem mesmo me dizer um adeus. – ela falou olhando pra frente.

Christopher percebeu que talvez Dulce tivesse com problemas antes mesmo dos jogos, e ela não tinha ninguém para abraçá-la. Ele e o resto foram realmente péssimos amigos. 

- sinto muito Dul, eu queria ter estado contigo nesse momento. – ele falou segurando a mão dela, ela tirou rapidamente a colocando no colo. 

E mais nada foi dito Christopher percebeu que ela recurou ao seu toque, talvez estivesse magoada que ninguém a procurou quando precisava, chegando em casa Dulce foi até o quarto e se trancou, ele sem escolhas foi ao escritório e olhou imóveis. Encontrou 4 ótimos três apartamentos e uma kitnet que ficava a umas três quadras de sua casa.

Dulce não saiu do quarto o resto do dia, ela ficou no celular procurando algumas vagas de emprego tinha uma vasta experiência em Vegas, ligou para Paco que lhe deu uma indicação, encontrou um site de vagas e enviou alguns currículos, para hotéis. Ela realmente gostava do ramo de hotelaria, quando percebeu já era quase 10 da noite e seu estômago dava voltas por estar vazio, saiu e encontrou tudo escuro, exceto a luz do quarto de Christopher. 

Foi até a cozinha, como já era tarde resolveu comer um sanduíche com suco. Fez e voltou para comer no quarto. Ela dormiu que nem sentiu acordou com um pulo e viu no relógio da cabeceira que eram 3h da manhã, esse maldito horário a perseguia. Sabendo que não voltaria a dormir se levantou, encontrou louça suja resolveu lavar, arrumou algumas coisas no sofá, e fez um lanche. Estava virada na sacada olhando a noite, quando sentiu um toque em seu ombro seu susto foi grande que gritou sendo virada rapidamente de frente encontrando os olhos de Christopher assustados para ela. 

- meu deus, Christopher, ta querendo me matar. – ela colocou a mão no peito no intuito de fazer seu coração desacelerar. 

- desculpa. – ele falou com a voz roupa. – eu achei que tivesse me ouvido eu te chamei duas vezes. 

- não ouvi, o que ta fazendo acordado, ainda está escuro. 

- eu que pergunto, eu vim beber água e vi tudo arrumado. Dulce vai dormi. 

- eu já falei que acordo cedo. – ela se virou para o parapeito outra vez.

- isso não é acordar cedo é insônia. – ele a pegou pela mão. – vem vou te dar uma coisa. 

Ele a levou até o seu banheiro, até aquele momento Dulce não tinha entrado no quarto dele, viu que estava uma bagunça, o closet praticamente jogava as roupas para fora. Ele abriu o gabinete do banheiro e tirou uma caixinha de remédios.

- olha aqui tem alguns comprimidos básicos. – ele pegou as seis cartelas que tinha. – dor de cabeça, dor de estômago, febre, cólica, ressaca, e esse é um relaxante muscular. – ele pegou o último e deu a cartela a ela. – ele é ótimo vai te deixar relaxada e te ajudar a dormir.– Ele quebrou um comprido e pegou água na torneira e deu a ela que tomou. – agora vai pro seu quarto, que daqui a uns 20 minutos vai dormir como um bebê.

- obrigada, a minha cabeça anda cheia talvez eu precise relaxar. – ela pegou a cartela quando ele puxou bruscamente. – o que foi? 

- eu vou deixar com você, mas escuta bem. Só pode tomar dois por dia, se você por acaso tomar mais que isso me avise Dulce, esse remédio pode causar parada cardíaca. – ele entregou pra ela que assentiu. 

Ele a viu sair e sussurrar um boa noite deitou na cama. Será que fora uma boa ideia deixar a cartela com ela?  Ele ligaria pra um colega de trabalho para conversar com Dulce, logo depois de ver os apartamentos, a segunda seria movimentada. Tinha que atender cedo, Maite acompanharia Dulce nas visitas, a levaria num clínico geral, estava claro que anos Dulce não sabia de sua saúde, e por fim visitariam um psicólogo. 

O domingo seguiu silencioso, o remédio deixou Dulce sonolenta o dia todo, ela dormiu muito mais de 14 horas. Christopher foi ver algumas vezes como ela estava, viu que ela no tinha tomado nenhum outro comprimido da cartela, então logo a noite ela estaria bem. Dito e feito ele estava vendo um filme quando Dulce se sentou no outro sofá com um sanduíche.

- hey dormiu bem em. – ela assentiu de boca cheia. – amanhã seu dia será movimentado. 

- o meu? – falou coma boca cheia. 

- sim, de manhã vai visitar alguns apartamentos com a Mai, de tarde quero que vá ao medico.  – ela franziu o cenho. – fazer uns exames de rotina, não quero você morando sozinha com o risco de passar mal, sem contar que está muito magra. 

- isso é necessário mesmo? 

- sim, eu ficaria mais tranquilo. – ele sentou. – de noite vamos ao consultório de um psicólogo amigo meu. Só pra você o conhecer, se sentir confortável de se abrir com ele. Você precisa tratar sua ludomania.

- eu sei, você não sabe o quão difícil está sendo Christopher. – ela falou. – eu fico na cama imaginado partidas na minha cabeça, eu não consigo dormir por que eu queria estar na frente de uma caça níqueis, eu to fazendo um esforço enorme. De verdade. – ela contou derrotada, por mais que tentasse disfarçar sorrindo e brincando, sua mente estava começando a trair.

- está entrando em abstinência você sabe disso. 

- eu me sinto fraca, podre. Eu não sei, parece que eu peguei a educação que meus pais me deram e joguei no lixo. Eles devem estar se revirando no túmulo por minha casa, talvez seja por isso que minha mãe me deixou ela sabia que eu era uma fracote. – ela começou a chorar. 

Parece que Dulce não está tão bem quanto demonstra. Daqui a pouco vou começar a postar a história do ponto de vista deles.