Fanfic: Juntos pelo casamento – vondy | Tema: Vondu rbd
Capítulo 12.
Christopher Uckermann.
Eu passei o resto do dia puto da vida. Briguei com a Carla e ela não respondia minhas mensagens, até meus pacientes estavam perguntando se estava tudo bem. Minha cara deveria ser a pior possível, me despedi da senhora Rodriguez a última do dia.
O caminho até o meu apartamento eu fui fazendo nota mental de todos os argumentos que eu usaria contra a ideia de se mudar para longe. E o que me deixou mais irritado ainda foi que além do claro motivo da instabilidade de Dulce, todos os outros eram porque eu a queria por perto.
Ela passou um fim de semana comigo e eu já estava querendo a mulher perto, isso era errado. Talvez fosse uma boa ideia diminuir o contato entre nós, eu não dúvido do meu amor pela Carla, só que a Dulce sempre fora meu ponto fraco na faculdade e talvez ela ainda seja.
Só que agora era diferente essa equação não tem apenas duas incógnitas tem três, e eu não sou tão bom em matemática, mas eu me lembro de que existe um método de resolução que exige que você escolha uma das equações e isole uma das incógnitas para encontrar uma resposta, e eu faria isso.
Cheguei ao meu prédio, subi como um raio louco para fazer aquele barulho ensurdecedor, entrei no meu apartamento. Estava vazio, ela tinha chegado ainda e eu me tremendo de nervoso. Resolvi tomar um banho para acalmar os ânimos, ela estava demorando, resolvi fazer a barba, meu celular apitou era Carla.
Noiva, recebida às 19h32min:
Soube que ela escolheu um apartamento, meu pai me mostrou, é sem duvida a melhor opção pra ela. Não vejo a hora de ter seu quarto só pra gente fazer muito barulho.
Te amo noivo.
Tá ok! Isso também era um problema Carla sabia a localização do apartamento, acabei me esquecendo de que conversei com meu sogro e ele me mostrou as melhores opções. O que eu diria se convencesse Dulce a morar mais próxima, na certa ouviria muito. Ela estava fogosa, falou de sexo mesmo tendo feito depois do almoço.
Ouvi barulho da porta e risada feminina, eu conhecia aquela voz era Dulce. Tirei a espuma do meu rosto e percebi que faltava metade para terminar, mas que se dane eu não podia adiar essa conversa. A voz dela continuava falando.
"Estou com saudades também". De quem ela sentia falta? "Não era verdade, você sempre me convencia de mais um drinque". Com quem ela estava saindo? Chegando à sala a pessoa do outro lado da linha falou algo que a faz corar. Tava na cara que era alguma paquera talvez um namorado. ”Aí Paco". Espera o gerente do cassino. Claro! Ele a tratava bem, deu uma recomendação pra ela, liga pra ela. Eles se gostam.
Como eu não percebi antes, pior de tudo era. O porquê eu me importo com isso? Droga eu puxei meus cabelos de raiva e fiz um grunhido Dulce acabou se virando pra mim e franzindo o cenho, ela se despediu do amigo e levantou pra conversar comigo.
– oi, desculpa a demora a Mai insistiu em passar no salão depois da consulta. – ela falou e eu reparei seu cabelo parecia mais curto, sobrancelhas feitas, unhas também feita.
– você ficou bonita. – elogiei e era verdade combinou mais com ela. – agora você pode tentar me convencer o porquê de eu deixar que você more tão afastada? – perguntei e me sentei no sofá eu parecia o pai dela.
– eu tenho que te pedir permissão? Você disse que eu poderia escolher o que eu quisesse.
– sim, mas o mais longe. Dul não é por nada, mas acho que você por perto seria mais simples. – ela me interrompeu irritada.
– pra vocês ficarem de olho em mim como um bebê? Pra ver se a Dulce coitadinha não está jogando buraco talvez? – ela estava brava.
- claro que não Dulce, é para sua segurança para garantir sua recuperação seja boa. – eu falei calmo, eu podia ver irritação em sua face e com todo estresse da falta de jogar, ela iria avançar em mim.
- conta outra, vocês que me querem ao alcance dos olhos só para não esquecer que eu existo novamente. – de raiva eu vi lágrimas, ela estava magoada pelo passado.
- Dul, ninguém te esqueceu. Só nunca imaginamos que você estivesse assim. – foi errado eu sei, mas também não foi na maldade.- pecamos com você, e eu to tentando me redimir.
- se redimir? – ela negou com a cabeça. – você é um hipócrita. – o que? Eu era hipócrita, por quê?
- eu sou hipócrita, da onde você tirou isso. Eu to aqui fazendo de tudo pra te ajudar e você vem essa coversa eu devo ser um otário mesmo. – eu fiquei puto.
- sim você é não venha com essa de eu to te ajudando como se tivesse me resgatado de um incêndio por acidente. Você só me trouxe por que quer a minha assinatura, - opa! Essa doeu meu coração deu aperto.
- Dulce, não... - ela me deixou sem fala, que resposta eu teria pra isso?
- Dulce não. Dulce sim. Dulce faça isso. Dulce faça aquilo. Dulce fiquei longe disso. – ela me imitou. – isso é tudo que eu ouço de você, você só sabe me privar, eu poderia ter ido escolher os apartamentos sozinha, eu posso ir ao médico sozinha. Mas eu entendo você não confia em mim.
- claro que confio, eu não... – ela me interrompeu ainda mais brava.
- não confia, eu já te saquei Christopher você ta fazendo tudo isso para eu assinar a merda do divorcio e abrir mão de tudo isso. – ele apontou ao redor. – afinal essa casa não é sua ela é nossa, o carro não é seu é nosso, o consultório não é seu é nosso, suas ações, investimentos, herança, conta bancária é tudo nosso. Mas quer saber que se exploda seu dinheiro e você.
Ela estava começando a me irritar, nada disso era verdade, eu estava ajudando sim por que queria que ela abrisse mão de tudo, mas ela fala como se eu fosse uma pessoa ruim. Isso fazia de mim alguém ruim? Se eu fosse ruim eu daria o papel para ela assinar agora e largava na sarjeta.
- você fala como se eu fosse ruim, eu só quero que você fique bem é crime? – eu me aproximei dela. – me diz é crime querer seu bem estar?
Ela deu uma risada irônica e começou a mexer na bolsa em movimentos furiosos, parecia procurando alguma coisa.
- você deve achar que eu sou uma imbecil, escuta bem o que vou te dizer Christopher. - ela virou para mim com uma cara péssima. – você está somente se enganando, tudo que você faz é tentar se redimir. E eu sou grata, só que eu sei que você só me achou porque precisa de mim. Se não fosse esse divórcio eu ainda estaria em Vegas. – ela pegou um embrulho na bolsa. – eu sei muito bem que se demorasse dez anos para você se casar levaria dez anos pra você me procurar. E quer saber tá tudo bem! Em três meses quando você parar de pagar o apartamento que eu escolhi, eu quero você bem mais longe do que 5 km. – ela jogou o embrulho no sofá perto de mim. – toma é um presente pra você.
Ela se virou e entrou no quarto, sabe o que é pior de toda essa história? Ela estava certa em todos esses anos eu nunca me preocupei em procurá-la.
Eu entendo que ela esteja magoada, eu me sinto uma merda. Caralho! Eu sou realmente a porra de um hipócrita, Dulce não merecia nada disso. Soltei o ar bruscamente, e fui até a porta do quarto dela, ouvi seu choro.
Eu nunca soube o que fazer quando uma mulher chora, geralmente vocês são mais resistentes que os homens e ao mesmo tempo frágeis, eu queria entrar lá e abraçá-la. Meu celular começou a tocar, estiquei a mão em meu bolso era uma chamada de vídeo de Carla.
Chamada de vídeo on:
- oi amor. – ela arregalou os olhos. – o que houve com seu rosto? – foi quando percebi que ainda tinha metade da barba pra fazer.
- nada eu só precisar terminar isso. – apontei para os pelos. – o que foi?
- queria saber que se a sua esposinha confirmou que vai se mudar. – o tom irônico dela não me agradou.
- sim, só que eu ainda não decidi. – falei sincero se era para contar que fosse logo.
- como assim?
- eu acho to começando a pensar que talvez seja uma má ideia, é muito longe a Dulce não tem nem mesmo um carro e... – ela me interrompeu com voz grosseira.
- você a quer mais perto é isso?
- é isso sim. – resolvi admitir, tinha que tomar coragem né?
- só pode ser brincadeira comigo. – ela começou a falar um monte de coisas quando eu ouvi um barulho de vidro quebrando e um som de dor. Dulce!
- aconteceu alguma coisa aqui, acho que ela se machucou. Vou desligar. – eu ouvi ela gritar meu nome e não dei bola.
Fui correndo no quarto de hospedes, ela trancou a porta. Corri no meu quarto e peguei a reserva, encontrei o quarto vazio e um barulho de chuveiro, tinha sangue. Eu nunca vi tanto sangue o espelho estava quebrado, ela estava jogada chorando no chão o sangue vinha de sua mão e pulso, ela socou o espelho. Abri o Box Dulce tinha um olhar perdido.
- Dulce, o que houve com você? – desliguei a água e ela ficou na mesma posição. - levanta Dul, vem comigo eu vou cuidar de você. – estendi minha mão e ela hesitou antes de pegá-la. Ela levantou nua, molhada e ensanguentada.
A tirei do banheiro e coloquei na cama enrolada em um hobby, fui correndo até a caixa de cuidados emergenciais que tinha nos apartamentos, voltei e peguei no pulso dela. O sangramento tinha diminuído, mas tinha estilhaços de vidro na pele.
- desculpa. – ela sussurrou. – eu não queria... Eu não consegui... Eu precisava... – eu a abracei e ela chorou, como nunca vi alguém chorar antes.
Apesar de não ser de derrubar lágrimas algumas caíram, eu as senti grossas pela minha bochecha e um sentimento. Culpa. Sabe aquilo de consciência pesada então era eu nesse momento, parecia que tinha 100 elefantes comigo. Ela ficou abraçada comigo, tinha sangue pingado no chão eu a peguei no colo e levei até meu quarto, ela deitou encolhida.
Ela estava se sentindo mal, sozinha, deprimida, reprimida, e eu não estava a ajudando em nada, eu tinha que repensar sobre a forma como eu estava a tratando. Dulce era adulta e sabia se cuidar e eu tinha que confia nela. Peguei um relaxante para tomar, ela fez sem nem mesmo um gole de água. Tirei todos os vidros de sua pele, passei um remédio e coloquei ataduras, não precisaria de pontos. Quando terminei ela já dormia, me deitei com ela, ao fundo eu ouvia meu celular tocar. Eu estava esgotado demais para conversar com Carla ela teria que entender.
Tirei a camisa para ficar mais confortável, passei a mão nos cabelos de Dulce eles estão meio úmidos, e tem um cheiro delicioso que parecia tão dela, me deitei com o rosto próximo aos seus fios eu gostava do cheiro, acabei dormindo abraçado a ela.
Autor(a): ssvonuck
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 649
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anne_mx Postado em 27/06/2020 - 20:47:45
AAAHHHHH que final lindo, obrigada por essa história de amor intensa e com tanto significados, eu amei desde o início, cada partezinha foi essencial, já estou preparadíssima pra o próximo enredo que você vai criar <3
Marcelly Postado em 20/07/2020 - 01:13:35
Obrigada amore, que bom que gostou.... estou com alguns pensamentos quem sabe amadureci a ideia
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thailavondy Postado em 26/06/2020 - 12:28:15
Ahhhhhh queria por emoji mas não dá!!!! Amei
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Postado em 25/06/2020 - 09:44:38
Lindo
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raylane06 Postado em 25/06/2020 - 03:08:04
Não acredito que terminou, lindo o final.
Marcelly Postado em 26/06/2020 - 12:33:07
Epílogo postado
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princesauck0818 Postado em 24/06/2020 - 22:43:21
Aaaaaaah que final lindooo!!!! Eu amei amei amei! Foi uma fanfic incrível. :)
Marcelly Postado em 25/06/2020 - 00:15:40
Epílogo amanhã, zero coragem de encerrar hoje
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thailavondy Postado em 24/06/2020 - 21:05:12
Ahhhh que lindo ela contando que está grávida! Fiquei bem emocionada ao longo da história! Amei cada capítulo e adorei conhecer você e sua escrita
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mandinha.bb Postado em 24/06/2020 - 18:26:06
Não estou pronta pro último capítulo e muito menos pro epílogo, mas como tudo q é bom dura pouco vou ter q me acostumar e q venha o último capítulo...
Marcelly Postado em 24/06/2020 - 20:58:05
Postei chorando
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Marcelly Postado em 24/06/2020 - 14:29:51
Estão prontas para o último capítulo? Pq eu definitivamente não estou!! Mais tarde o último e o epílogo
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raylane06 Postado em 23/06/2020 - 17:21:57
Comecei ler ontem e amando, feliz que ela vai voltar fazer psicologia e só falta descobri a gravidez
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jessicadm Postado em 21/06/2020 - 08:24:19
Continua!!!