Fanfic: Juntos pelo casamento – vondy | Tema: Vondu rbd

Capítulo 18.

Christopher Uckermann.

Hoje o dia não estava muito bom, eu tinha muito mais pacientes, graças a minha viagem a Vegas e eu ter ido embora ontem, a senhora Almeida estava com uma cara péssima na consulta, eu tinha que me ajustar ou acabaria perdendo pacientes e isso não é bom pra mim nem pra eles que já estão em tratamento.

E pra piorar Carla ligou o dia todo no meu celular, no telefone do escritório ao ponto de eu ter que desligar ele da parede para não atrapalhar mais, nesse momento eu estava com a minha pior paciente, Elisa uma jovem de 18 anos que simplesmente não falava nada nas consultas. Eu já tinha tentando de tudo com ela, mas nem rir eu consegui fazer, ela era a quebra do meu ego profissional, eu a tinha em tratamento há quatro meses uma vez por semana, e nada, nem mesmo um oi ela soltou. Os pais dizem que ela é problemática e só arranja encrenca na escola. 

Eu estava diante dela agora, com minha prancheta na mão eu ficava desconfortável na consulta com ela, geralmente meus pacientes falavam e choravam e eu ouvia com ela era diferente, eu perguntava e ela não respondia. Meu notebook começou a tocar mostrando uma chamada via Skype, era Carla. Essa mulher é louca eu estou trabalhando. Isso é hora de ligar? Ignorei a chamada e tomei um susto com a voz de Elisa.

- pode atender, eu não me importo. Eu não vou falar com você mesmo. – parece que alguém deu com a língua nos dentes, eu sorri tanto que doeu. Resolvi aproveitar e fingir que tinha saído do personagem psicólogo.  

- não estou afim, briguei com minha noiva e não é hora disso. – eu suspirei de forma exagerada. – já te ocorreu que a pessoa que você mais ama simplesmente não se esforça para te entender? – quando eu achei que ela não responderia mais.

- todos os dias na verdade, é uma merda. – parece que eu consegui alguma coisa ela deve ter percebido, pois logo voltou a sua cara de nada e ficou calada nos próximos 23min de consulta. 

Carla não desistiu ligou mais cinco vezes, meu celular chegou a travar de tanta mensagem, mas eu não estava com cabeça. Dois pacientes meus tinham desmarcado um teve uma viagem de emergência, outra parece que alguém tinha morrido não entendi direito, talvez uma fosse uma desculpa para faltar.

Eu estava esperando uma paciente atrasada era uma senhora de idade que tinha trauma das agressões do marido, eu estava olhando as mensagens de Carla no meu celular, claro que fui esperto e desliguei a internet para parecer que eu não visualizei nenhuma. 

Noiva recebida às 9h22min: 

Amor, me atende. Poxa vamos nos entender.

Noiva recebida ás 9h36min: 

Eu acabei de ouvir sua musica favorita no rádio. Quero muito conversar, me atende. 

Noiva recebida ás 10h04min:

Amor, eu sei que está no trabalho na hora do almoço estarei naquele restaurante que você adora, vamos conversar. 

Noiva recebida ás 11h25min: 

Estou te esperando na melhor mesa, com aquele vestido que você comprou pra mim.

Noiva recebida ás 12h22min:

Não consegui comer sem sua companhia, eu vou ligar no seu escritório. 

Noiva recebida ás 13h

Por que não me atende amor? 

Noiva recebida ás 13h03min: 

Está dando telefone indisponível, já saiu do consultório? 

Noiva recebida ás 15hh23min.

Atende seu Skype quero ver você, estou com saudades. 

E tinha mais um par delas, meu deus que mulher insistente. Eu estava me sentindo glorioso ao vê-la correr atrás de mim, eu tomei um puta susto com pigarro vindo da porta. Era uma adolescente, parecia ter 15 ou 16 anos me olhando como se eu tivesse com um abacaxi na cabeça. 

- desculpa, eu não te vi. Posso te ajudar? – levantei para cumprimentá-la 

- sou neta da Aurora sua paciente das 16h. – ah, eu nunca a tinha visto. 

- sim, sente-se, por favor. Aconteceu alguma coisa? – a menina parecia abatida, eu gostava de atender o publico infanto-juvenil, e essa garota parecia precisar de ajuda. – quer uma água? Está pálida. 

- não, eu só vim avisar que minha avó não poderá vir nas próximas consultas. – ela se levantou para ir embora, porém eu precisava de uma justificativa. Então segurei no pulso dela com delicadeza e a menina resmungou de dor. – ficou doido? 

- não, não perdão é que eu preciso de uma justificativa para o prontuário de hoje, será você pode me dizer o motivo da falta de sua avó? – ela arrumou a manga do casaco que eu usava e pude ver atadura em seus pulsos. Opa! 

- ela caiu da escada e quebrou o braço, e sabe como é quebrar osso quando se é idoso. Então o médico pediu repouso absoluto. – isso estava estranho afinal, a casa da senhora Aurora era térrea ela mesma me disse. – bom eu tenho que ir. – eu peguei um cartão com meu celular pessoal para ela. 

- se sua avó precisar pode me ligar dia ou noite, eu atendo. – ela assentiu e saiu, essa história estava estranha demais. 

Liguei para meu próximo paciente outro adolescente problemático o Arthur, o menino vivia roubando as coisas e não era cleptomania, era para chamar a atenção mesmo, aparentemente os pais dele não estão nem ai. Quem o manda para minhas consultas é a irmã mais velha, falei com ela perguntando que se quisesse poderia adiantar em meia hora a consulta. Ela topou então mandei mensagem a Dulce afirmando que chegaria cedo, ela me surpreendeu ao dizer que ainda estava na entrevista de emprego e mandou sua localização em tempo real no whatsapp, era um ótimo hotel. 

Sai do consultório exausto, foi quando olhei pela janela Carla estava entrando. Porra! Não agora não, eu fiz o que qualquer adulto faria, eu fugi pela janela sem ela me ver, peguei o carro e sai acelerado de lá. Olhei para trás e ela não estava me seguindo, meu celular voltou a tocar no carro. Desliguei, eu tinha certeza que ela aparecia lá em casa, ia ser um show e tanto com Dulce lá. 

Peguei o celular e vi que Dulce ainda estava no hotel, não era possível ela deve ter esquecido o telefone lá. Por via das dúvidas resolvi dar uma passada consegui uma vaga de 10min na porta e desci, quando virei para a entrada ela vinha acompanhada de um cara todo pomposo, de terno com ar de rico. Quem era o sujeito? Ela não estava com o Paco de Vegas? Cheguei bem no tempo dele oferecer uma carona a ela. Mas nem por cima do meu cadáver que ela entraria no carro daquele estranho, nem pensar. Tudo piorou quando descobri ele seria o chefe dela, o chefe dela tinha que ser um cinquentão não esse cara. Dava pra ver ela Dulce estava encantada com ele. O cara piscou pra ela. Piscou! Será que ele não viu na ficha que ela é casada? Que homem da em cima de uma mulher casada? Já não gostei desse cara. 

Entramos no carro e ela foi contando animada como o hotel era incrível, grande, luxuoso. E eu ouvi atentamente não cortaria o barato dela, de acordo com o que ela me disse seria um excelente emprego, me contou também de como conheceu o tal Klebber, e que contou a ele sobre nossa história de casamento falsificado, pois ele estava preocupado de eu me importar sobre ela trabalhar em festas noturnas, e eu me importava afinal eu não queria que ela corresse nenhum risco, mas isso seria um assunto a tratar com o Klebber que descobri não ser o gerente, mas o dono o hotel. Ele tinha mesmo que ser rico?

Chegamos em casa e ela foi correndo tomar banho, em meu celular mais um enorme sequências de mensagens que eu nem fiz questão de ler. Fui tomar um banho também e a historia da neta da Aurora voltou na minha cabeça, algo parecia errado nessa história. Me sentei no sofá pensativo.

- aconteceu alguma coisa ta com uma carranca? – Dulce estava com um dos meus roupões. 

- preocupado. – ela se sentou do meu lado. – hoje uma adolescente entrou no consultório para avisar que avó perderia algumas consultas, pois caiu da escada. – Dulce arregalou os olhos.

- meu deus, ela está bem? – eu assenti. – e o que te preocupa? 

- ela tinha ataduras nos pulsos e sua avó mora em casa térrea. – Dulce olhou para mim, ela entendia do que eu falava. 

- vem, vamos fazer o jantar e você me conta direitinho isso, pois me deixou preocupada também. – nos levantamos e fomos para cozinha. 

Fizemos o jantar enquanto eu contava tudo para Dulce sobre a senhora Aurora e sua neta, contei que a senhorinha de 80 anos era muito traumatizada por causa do marido, comentei sobre o caso dela e minha opinião e sobre os métodos que eu usei para ajudá-la. Dulce concordou e me deu alguns conselhos e ideias, jantamos enquanto eu contava de Elisa, fazendo-a gargalhar pelas minhas tentativas falhas de fazer a jovem falar. 

- você já parou para pensar que ela não quer um psicólogo. Mas um amigo? – levantei a sobrancelha. – pensa comigo você podia contar algumas coisas já que te aconteceram ela pode se identificar, e contar algumas coisas. – e não é que a mulher estava certa. 

- você deveria voltar a cursar psicologia. – ela suspirou. – você seria incrível.

- eu acho que não, perdi aquela inspiração da juventude e, além disso, acho que meu ramo agora é outro. – ela falou brincando com o copo de suco. 

- bom se você diz, mas amanha às 18h até às 19h a senhorita. Quer dizer a senhora tem uma consulta com Eddy meu amigo psicólogo.

- sim senhor, maridão. – rimos nossa piada favorita era tirar sarro da nossa situação.

O que eu não imaginava é que levaríamos uma vida assim, afinal cozinhávamos juntos, limpávamos juntos, um contava o dia do outro, Carla nunca quis saber de nada relacionado aos meus pacientes e eu nunca me importei afinal é falta de ética contar, mas eu confiava na Dulce e ela era quase uma colega de profissão. E graças a deus Carla não apareceu aqui em casa. Ufa! Estávamos vendo um filme. 

- sabe o que eu queria? – eu juro que ia dizer uma besteira se ela não tivesse se adiantado. – uma taça enorme de sorvete. 

- acabou o sorvete. – ela fez uma carinha triste e eu percebi que era primeira coisa que Dulce me pedia. – mas, hoje você foi incrível na sua entrevista então eu vou comprar sorvete de chocolate para comemorar. – ela sorriu de uma forma linda. Que eu me senti feliz em oferecer comprar. 

Levantei-me e fui tinha um mercadinho a 5min de casa. Peguei a carteira e o casaco e sai.

Autora 

O que Christopher não viu foi Carla na portaria do prédio já que ele saiu pela garagem, a mulher tinha passe livre e foi subindo. No elevador se arrumou Christopher a ouviria de qualquer jeito, chegou no andar dele e bateu na porta, ouviu a voz de Dulce perguntando quem era? Nem se preocupou em responder e foi entrando. 

- sou eu, linda. Cadê meu noivo? – Dulce nem se virou para olhá-la.

- saiu rapidinho para comprar uma coisinha para mim,

- você é folgada né? – ela se virou ficando na frente do sofá tampando a visão de Dulce da televisão. – usando as coisas dele, sentada tão a vontade, usando e abusando. 

- como é? – ela se levantou. – que eu saiba você é que não foi chamada aqui. 

- você não me engana Dulce. 

- eu não to tentando enganar ninguém. – Dulce ficou cara a cara com ela. – mas, você deveria parar de se enganar isso é verdade. 

- eu me engano com o que? – perguntou debochada. 

-de achar que o Christopher não percebe o que você faz. – Carla de uma vacilada. – manda e desmanda acha isso saudável? Relacionamento é parceria não hierarquia. 

- coitada você acha que isso funciona? – ela riu. – relacionamento para mim é meu marido comer aqui ó. – ela apontou a palma da mão. 

- por isso seu relacionamento está do jeito que tá. – Dulce jogou na cara. 

- ele estava muito bem até você aparecer mulherzinha de merda. – Dulce bateu palma.

- ai que você se engana nos primeiros meses de casamento a coisa iria dar merda, acredite em mim. Mas, olha você é mais burra do que eu esperava. 

- como é que é? – Carla deu mais um passo. 

- você fazendo essas coisas de aparecer aqui não vão adiantar para se redimir com ele, sim suas atitudes. – Carla gargalhou.

- você que é burra. Christopher me ama e vai voltar comigo na primeira oportunidade, se eu fosse você assinava o divórcio e voltava para Vegas. – foi a fez de Dulce vacilar. – sente falta né? Da emoção dos jogos, das apostas, do sangue correndo rápido, do sabor da vitória. 

- e você sente falta né? Do noivo bobo e dedicado, do homem que te mimava e fazia de tudo, pois considerava devoção. Sente o gosto amargo de estar entregando ele de bandeja? 

- eu não estou entregando ninguém. – falou raivosa. 

- sim você está, cada vez que você vacila é pra mim que ele volta, dói né? – Carla sentiu o sangue ferver e pá! Um tapa.