Fanfic: Juntos pelo casamento – vondy | Tema: Vondu rbd

Capítulo 30

Dulce Maria.

Eu entrei brava na recepção e me sentei para aguardar minha vez. Na minha cabeça ficava rondando muitos motivos para Christopher não querer me beijar e nenhum deles me convencia de forma suficiente, a realidade é que me sinto insegura demais e ele fazendo isso me leva a crer que andou se acertando com a Carlinha.

– Dulce Maria Uckermann, Eddy lhe aguarda. – me levantei ainda emburrada e entrei na sala que estava aberta.

– boa noite Dulce, parece irritada hoje.

– estou, irritada, cansada e com sono. – falei com o semblante fechado.

– por que estava irritada? – ele parecia tão calmo que estava me tirando do serio. – tem a ver com o fato de Christopher não estar aqui?

– você acha que minha vida gira em torno dele por acaso, isso não tem nada a ver com ele. – falei virando a cara. Ele era muito observador.

– então isso tem a ver com ele, mas falar de relação amorosa não tem nada a ver com nossa consulta de hoje. Quero que conte como foi sua semana. – ele apoiou as costas na poltrona e eu relaxei.

Contei tudo a ele que tinha feito, desde que sai da consulta aqui, o acidente com Maite, a visita de Carla, conhecer Klebber, meus estudos, meu primeiro dia. Ele ouvia e perguntava a respeito de como eu reagia a determinada situações.

– então Dulce chegamos ao dia de hoje, como você estava quando acordou? – dessa vez nenhum lágrima já era um avanço né?

– estava ansiosa e nervosa.

– e durante o dia como foi colocar em sua cabeça que você tinha dado um grande passo na mudança de sua vida? – eu não tinha visto o dia de hoje assim.

– falando assim doutor parece até que hoje foi mágico, foi incrível é uma sensação de contentamento muito boa.

– você pode assemelhar essa sensação com outra coisa? – ele perguntou anotando.

– quando você escuta música sem querer sem saber o nome, ela é tão boa que fica dias em sua cabeça. E quando você finalmente descobre o nome não se cansa de ouvi-lá. Essa sensação de euforia.

– gostei de sua comparação. – ele falou divertido. – como é seu ambiente de trabalho?

– bom eu não conversei com quase ninguém, mas a sala onde eu estou é ótima.

– e seu chefe? – ih, nem me lembra dele doutor.

– ele é educado e gentil, como eu disse eu acabei o conhecendo em outra situação então as coisas entre nós as vezes parecem informais. – tentei deixar o assunto em aberto, mas Eddy parecia não querem isso.

– sinto um descontentamento seu ao falar dele, algo que ele fez anda lhe incomodando?

– na verdade acho que ele está confundindo a liberdade de fora do trabalho com dentro, eu não quero que as pessoas pensem errado e que ele entenda errado. Eu estou com o Christopher. – ele deu um discreto sorriso.

– bom as vezes as pessoas preferem ouvir de nossas bocas a entender ações e gestos. Seja franca com eles e tudo ficará certo. – entendi o recado.

– obrigada doutor. – ele ainda não tinha me falado dos jogos.

– então nada nessa semana pareceu te aguardar como jogar, tentou tudo que eu sugeri?

– tentei, menos o sexo. Quer dizer mais ou menos. – falei meio envergonhada.

– bom é uma boa ideia. – ele riu da minha timidez. – você pensou em alguma atividade em conjunto?

– conjunto?

– sim, por exemplo você mora com o Christopher não é? – fiz que sim. – então vocês poderiam fazer algo juntos, alguma vezes gostamos de fazer algo quando acompanhados, além de melhorar a convivência e o vínculo pode gerar experiências surpreendentes e uma sincronia excelente. Como no sexo.

– entendi, bom se ele topar eu faço sem problemas. – ele piscou pra mim. Seria muito bom ter a ajuda e o apoio de Christopher.

– outra coisa, antes de encerrar queria te pedir para ter cuidado com outras drogas viu, álcool, cigarro, remédios e até chocolates.

– chocolates?

– sim, eles tendem a nós fazer sentir bem e substituir o vicio anterior, então cuidado não exagere e consuma com consciência. – ele se levantou e entregou uma lista de afazeres entre casais. – tentem algumas dessas coisas e na semana que vem você me relata tudo.

– obrigada. – me levantei e apertamos aos mãos. Sai da sala e Christopher estava sentado na recepção, minha cara fechou lembrei que estava brava.

Eu tinha meia hora até minha consulta com o médico que veria meus exames, passei reto por ele indo até o estacionamento. Era pra ser difícil? Eu seria nível ultra difícil. Eu aguardei batendo o pé ele destravar as portas, mas parece que ele não tinha pressa em fazer isso. Fiquei olhando para frente quando o senti nas minhas costas.

– não fica com essa cara. – suas mãos me rodearam pela cintura, meu corpo amoleceu. Traíra! Cadê o ultra difícil?

– é a única que eu tenho! – uma resposta infantil, mas e daí?

– seu rosto é lindo demais para ficar com essa expressão brava, me perdoa por não quer te beijar eu não pensei que isso iria te chatear. – eu me virei em seus braços.

– eu me sinto insegura Christopher. – ele franziu o cenho pra mim. – você terminou a poucos dias um relacionamento de anos, com uma mulher que você ama. Depois você não quer me beijar eu penso que você mudou de ideia ou que só vai me querer quando estiver com vontade.

– eu jamais faria isso, te usar. – ele pegou meu rosto e pareceu pensar nas palavras certas a me dizer. – eu não quero que sinta insegurança, seremos sinceros um com o outro, por isso na sinceridade eu admito que não gosto do Klebber perto de você. Eu fiquei irritado e descontei em você me perdoa. – isso me pegou de surpresa, ele admitiu assim? Fácil?

– eu entendo, olha fico feliz que diga isso. Eu já disse que vou conversar pelo exagero de intimidade só que ele é meu chefe também, então certas coisas serão inevitáveis.

– eu sei, você é tão linda, gentil, amorosa, dedicada, trabalhadora, encantadora, charmosa,  cheirosa pra caramba. –falou com o nariz em meu pescoço. – seria impossível um homem não te querer. – uau! Que declaração.

– acha mesmo que sou tudo isso? – ele assentiu. – me prova?

_ como?

– mostra que não resisti a mim! – ele deu um sorrisinho sacana.

– eu vou, depois da sua consulta já estamos atrasos, seus exames estão aí dentro. – ele ia me soltar eu puxei e o beijei.

Nós soltamos rindo, novamente as coisas entre nós se acerta no estacionamento. Está virando rotina, pegamos o caminho até o doutor Manuel ele que olharia meu exames e cuidaria de tudo.

Chegamos um pouco cedo no consultório dele, tinha uma criança na frente, era uma menininha morena e gordinha. Coisa mais fofa, ela falou com a mãe e apontou pra mim, a mãe sorriu e fez que sim ela levantou e veio até mim. Acho que perguntou se podia vir perguntar alguma coisa.

– oi. – ela falou com aquela voz de criança, que fofura.

– oi linda.

– olá. – Christopher respondeu e se abaixou para ficar mais perto dela. – como é seu nome?

– Maria Luiza. Tenho 5 anos e vocês? – a menina tinha desenvoltura de adulto.

– sou Dulce Maria e tenho 33 anos. – fiz um careta na minha idade a fazendo rir.

– sou Christopher Alexander e também tenho 33.

A menina ficou conversando e puxando papo comigo e com Christopher até ela ser chamada, a mãe dela que se apresentou como rosa  ria da filha e falava algumas coisas. A pegou pela mão.

– vocês forma muito educados não é todo mundo que fica conversando com uma criança.

– imagina ela é linda e super inteligente. – eu sorri para ela que me olhava.

–voces serão ótimos pais, tenham boa noite. – ela deu tchau e se foi.

Christopher e eu ficamos em silêncio eu sabia que o sonho dele era ser pai, agora que rompeu seu noivado isso teria de ser adiado. E pela carinha que ele estava percebi que também pensou sobre isso.

– não fica assim, na hora certa você será um excelente pai. – falei deitando a cabeça no ombro dele.

– no fim, acho que Carla não seria a mãe que eu gostaria que meus filhos tivessem. – eu levantei a cabeça e o olhei.

– gostaria que a mãe fosse como? – perguntei, nós dois estávamos nos olhando com tanta intensidade que eu podia ver o brilho em seus olhos .

– como você. – meu cérebro demorou a processar essas duas palavras, como eu? Isso era tão profundo eu não me achava suficiente e ele com duas palavras me disse que eu era boa o bastante para colocar, educar e formar o caráter de outra pessoa. E por mais doido que pareça eu acreditei.

– você também seria o pai que eu gostaria que meus filhos tivessem.