Fanfic: O Milagre do Reencontro - Ponny e Vondy | Tema: AyA

 Faltavam pouquíssimo dias para Anahí voltar para sua cidade com o marido, porém ainda não havia aceitado conscientemente a ideia de que ela e o Poncho não iam ter uma despedida.

              Em meio as suas reflexões, chegou em uma conclusão: iria pedir o divórcio e enfrentar todas as consequências. Sim, estava decidida, mas esperaria até que Emiliano nascesse. 

            Havia decidido e percebeu que era a melhor coisa a ser feita. 

            Enquanto estava brincando com Manu, seu telefone tocou, mostrando um número desconhecido. Não gostava de atender números estranhos. Sempre ficava com receio desse tipo de ligação, porém resolver atender.

            - Alô? - Anahí atendeu, desconfiada. 

            - Oi meu amor! 

            Anahí ouviu a voz de Poncho e estremeceu. Seu coração deu um salto e começou a bater descompassadamente. Até quando reagiria assim ao falar com ele? Não sabia! A única coisa que podia entender naquele momento era o quanto lhe fazia bem escutar a sua voz.  

            - P... - Anahí foi falar, mas lembrou das câmeras. Falar da Maite também já não colaria mais. 

             - Você pode me ver agora? Eu estou a três ruas da sua casa. Preciso te ver antes que você vá embora!

          Anahí continuava muda, ao mesmo tempo que estava desesperada em falar alguma coisa. Aquilo era tudo que mais queria e precisava. 

          - Certo... - Anahí disse. Estava aflita e precisa inventar alguma desculpa. - Meu vestido ficou pronto? Ótimo, pretendo usar na noite de ano-novo! Estou indo buscar!

          Poncho olhou em volta, Anahí precisaria voltar com um vestido para casa.

           - Tá! Você sabe onde fica aquela farmácia perto da sua casa, certo? Eu vou...  - soltou uma risada. - procurar um vestido! 

           - Certo! Daqui a pouco já vou buscar! Obrigada!

          Anahí desligou super aflita. Seu coração estava disparado por ter falado com o Poncho e pelo nervosismo de estar mentindo mais uma vez. Não aguentava mais aquela situação. Precisava tomar uma atitude o quanto antes. 

          - Vou ter que buscar meu vestido de ano-novo! - Anahí avisou os funcionários que estavam trabalhando em sua casa.  - Preciso pegar hoje!

          - Quer que eu peça para o carro levar a senhora? 

         - Não precisa, obrigada! Quero andar um pouco sozinha! - Anahí olhou para o nada, enquanto pensava nas palavras a serem usadas.  - Sinto falta de andar sozinha pela Cidade do México!

          Ela sabia que aquela resposta não seria convincente, muito menos ao seu marido, quando questionasse aonde ela estava. Talvez não devesse mentir para ele, afinal, ele sempre arrumaria uma forma de descobrir o que ela havia feito. 

         Lembrou-se de Poncho que por certo estaria naquele momento procurando um vestido para que Anahí passasse o ano-novo! Deveria dizer para ele que não precisava nada daquilo, mas perder tempo avisando talvez fosse pior.

          Anahí esperou um tempo para  chamar o Uber. Pediu que a levasse até o local em que havia combinado com Poncho e logo de longe avistou seu carro.

        Seu coração já estava disparado, mas parecia que o ritmo havia acelerado ainda mais. Tentou respirar para se acalmar. Seu bebê estava em seu ventre e portanto não poderia sofrer fortes emoções - apesar de ser o que mais estava sentindo nos últimos dias. 

           Após sair do Uber, foi até o carro de Poncho e mesmo com o vidro fumê , ela percebeu que Poncho estava lhe esperando no banco detrás. Ela abriu a porta e sorriu.

             - Poncho! - seus olhos encheram de lágrimas ao vê-lo ali. Doía pensar que ficariam um bom tempo sem se ver. 

                Queria uma despedida digna e não teriam. Ali não poderiam fazer muita coisa, além de se beijar. Ela estava ciente de que por pouco não teriam despedida nenhuma, mas só de pensar que era para estarem em um hotel, passando a tarde juntos, seu coração apertava mais uma vez. 

            - Entre! - Poncho disse sorrindo. 

            Assim que ela entrou e fechou a  porta, ele a travou para que não houvesse nenhum problema. Logo em seguida, Poncho a conduziu para um beijo.

           Era um beijo calmo e suave. A mão de Poncho percorreu pelas costas de Anahí, indo até a sua nuca, acariciando lentamente no mesmo ritmo do beijo. 

            Ainda que estivesse em meio a adrenalina de estarem, fazendo algo proibido, aquele beijo acalmou os dois, pois Poncho - assim como Anahí - também sentia um turbilhão dentro de si: tinha plena consciência de que tudo era errado, mas sentia uma dor imensa ao saber que não veria mais Anahí.

            Eles se afastaram devagar e sorriram um para o outro.

          - Obrigada por ter vindo! - Anahí disse.

          - Eu não poderia deixar você ir embora sem me despedir...

           - Eu também não queria ir!

           Poncho deu um selinho demorado e separou seu rosto do dela. Tateou o banco e pegou uma sacola.

             - Feliz Natal! - ele sorriu. 

            - Poncho, você é demais! - ela riu. - Desculpe, eu não sabia o que dizer!

            - Eu queria mesmo trazer um presente! Que bom que você deu a dica! Espero ter acertado, não sou muito bom escolhendo vestidos...

            Ela abriu a sacola e abriu o vestido para vê-lo. Seus olhos encheram de lágrimas novamente. 

           - É lindo! - ela suspirou.

            De fato, ela havia achado bonito. Entretanto, não era isso que havia lhe deixado emocionada. O que lhe tocou foi a sensibilidade de Poncho em procurar  um vestido para que pudesse se justificar em casa. E mesmo na pressa, ele teve o cuidado de escolher algo ela realmente gostasse.

             - Obrigada, eu amei! - dessa vez foi ela que segurou a nuca de Poncho e o trouxe mais perto de si para beijá-lo.

            A cada segundo o clima de despedida parecia aumentar e a certeza de que aquela cena nunca mais se repetiria, aumentava ainda mais. 

             As lágrimas de Anahí começaram a cair, molhando o rosto dela e de Poncho. Com cuidado, Poncho encerrou o beijo com um selinho demorado e limpou os olhos de Anahí com seus polegares. 

           - Meu amor, não chora! A gente vai se ver...

          - Poncho... - ela disse, puxando o ar na tentativa de cessar o choro. - Eu tomei um decisão: vou me divorciar.

           Os olhos de Poncho pareciam saltar naquele momento. Havia ficado pálido e sem ação.                   Como assim se separar? O que ela espera dele? Queria que ele se separasse também? - Essas perguntas invadiram a sua mente. Não estava preparado para ouvir isso de Anahí. 

             - Any... eu...- ele olhou para baixo - er...não, não! Any! Eu não si o que te dizer!

             Ela limpou novas lágrimas com as próprias mãos e secou em sua roupa, para depois procurar as mãos de Poncho para segurá-las. 

             - Não precisa dizer nada! Esterei fazendo isso por mim! Estou disposta a encarar as consequências disso tudo!

             Era lógico que Anahí sabia que ele não queria se separar da esposa, não falou isso com a intenção de que ele fizesse, pois já havia deixado bem claro sem posição. Porém, mesmo assim, sentiu uma pontada de decepção dentro de si. Lá no fundo, tinha a esperança que sua decisão mexesse com ele, a ponto de embarcar junto na mesma ideia. 

                  - Eu preciso fazer isso! - Anahí continuou. - Não vou ser feliz assim! Só vou esperar o Emiliano nascer e depois volto para a capital com ele e o Manu! 

                 - Já sabe onde vai morar? - Poncho perguntou por não saber o que falar.

                 - Ainda não sei, vou procurar uma casa! Por que? Posso morar com você? - Anahí deu risada e Poncho acompanhou.

                Poncho abraçou Anahí de lado e deu um beijo no alto de sua cabeça.

                 - Se eu pudesse, com certeza levaria vocês para morar comigo!

                 - Sou contra a poligamia! - Anahí deu risada.

                 Eles riram e Anahí suspirou novamente.

                  - Bom, não sei como vai ser daqui pra frente, mas acredito que se eu conseguir colocar todos os meus planos em prática esse ano, a gente voltará a se ver!

                  - Isso é ótimo!

                  Realmente restava uma esperança. Mas, ainda assim, aquela despedida estava sendo difícil. Eles deram mais um beijo, que nenhum dos dois teve a ousadia de classificá-lo como "último".

                 - Eu tenho que ir agora! - Anahí disse. - Obrigada pelo vestido! Eu vou usar na festa do dia trinta e um. 

                  - Queria pedir uma foto, mas sei que ficará linda!

                 - Se eu pudesse ter contato com você, juro que te mandaria.... Mas infelizmente Manuel descobriu tudo. Ele está me vigiando em tudo e eu não duvido nada que ele vai descobrir o que aconteceu hoje. 

                  - Então você terá que a contar a verdade? 

                 - Certamente sim... - ela olhou para o vestido e suspirou. - Você me lembrou bem, talvez u nem consiga usar esse vestido!

                  -  Não tem problema, eu  te darei outros... - Poncho sorriu. - Fiquei tranquila que eu vou entender se você me disser que esse vestido foi cortado em milhões de pedaços.

                 Anahí deu uma leve risada, mas ficou triste só de pensar que aquilo realmente poderia acontecer. 

               - Eu te amo, Anahí!

               - Eu também te amo, Poncho!

               Eles se despediram novamente com um beijo demorado e em seguida Anahí saiu do carro. Decidida a ficar com vestido, foi até a loja em que Poncho havia comprado  e pediu para que fosse cancelada a compra feita anterior e passasse o valor do vestido no seu cartão. O presente não seria mais pago pelo Poncho, mas pelo menos diria ao seu marido que realmente comprou o vestido, caso ele perguntasse. 

                Anahí sabia que se caso Velasco quisesse, ele saberia de todo o trâmite que ela havia feito. Mesmo assim, preferia arriscar, por ter a possibilidade de ficar com o vestido.

                Depois de deligar o telefone com Maite, Christopher tirou o aparelho celular da mão de Dulce. 

               - Agora chega! - Christopher disse rindo. - Podemos ser apenas nós dois?

              - Agora podemos! - Dulce respondeu também dando risada.

            - Mas... posso pedir uma coisa?  - ela percebeu que Christopher já havia parado de rir e tinha uma expressão preocupada.

          - Claro! - Dulce respondeu. 

          - Podemos não tocar o nome de nossos companheiros a não ser que seja extremamente necessário?

        Dulce assentiu. Ela lembrava o quanto foi ruim ver Christopher e Muriel juntos, e lembrava das palavras dele naquele dia em que esteve em seu apartamento. 

          - Concordo plenamente! Durante esses dias seremos só nós dois!

           - E vai ser perfeito! - Christopher abraçou Dulce pela cintura e iniciou um beijo.

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Oieeeee!!! Quem me conhece já está acostumado com a minha demora, mas mesmo assim eu peço perdão!!!

Para quem não conhece, tenho algumas outras fics já postadas... Espero que gostem!!!

Já compraram ingresso para Live do RBD?? Quem vai assistir???

Beijooos