Fanfic: O Milagre do Reencontro - Ponny e Vondy | Tema: AyA

  Assim que chegou em casa, Anahí foi para o quarto para experimentar o vestido. Ficou admirada como havia lhe caído bem aquela roupa. Poncho realmente tinha tido o cuidado de escolher algo que ela gostasse e ficasse bem.

       Seu marido chegou no quarto e encontrou a esposa em frente ao espelho, admirando a si mesma. 

       - Que vestido é esse?

       Ela revirou os olhos ao ouvir a voz dele. Estava começando a sentir raiva até ao escutá-lo! O que também lhe incomodou foi o fato de não se preocupar nem ao menos em cumprimenta-la ou perguntar como estava. 

        - Comprei! - ela disse secamente. - Vou passar o ano-novo com ele!

        - Cadê a nota?

       - Que? - Anahí levantou a sobrancelha. - Deixa de ser ridículo! Nota para quê?

       - Quero saber se você comprou mesmo esse vestido! E além disso, eu posso exigir nota de tudo que você fizer, afinal, sou eu que pago todos os seus gastos.

         Mais uma vez Anahí revirou os olhos e bufou, com a respiração alta. 

          - O que você pensa que eu sou? Eu posso ser sua esposa no papel e mãe dos seus filhos, mas nenhuma dessas condições te dá o direito de me controlar e dizer o que eu devo ou não fazer!

         - Anahí, depois de tudo que eu fiz por você, não acha que deveria ser um pouco mais grata?

         - Que eu saiba, toda essa palhaçada foi uma troca de favores. - Anahí disse irritada. - Assim como eu deveria ser grata, você também deveria ser!

           - Pelo o que? - Velasco a encarou. - Por casar comigo e aceitar ter filhos? Anahí, Anahí.. - ele balançou a cabeça em sinal de reprovação. - isso qualquer uma aceitaria! Posso te dar uma lista de mulheres que poderiam estar aqui hoje em seu lugar!

          A raiva que já existia dentro de Anahí, começou a dar lugar ao ódio. Havia aceitado várias condições, pois na época julgava que não tinha muito a perder, mas agora era diferente. Estava começando a perceber o quanto estava maltratando a si mesma com aquela escolha. 

           Até então, ela ia levando. O que importava eram apenas os seus filhos e estava disposta a viver para eles, sem se importar com mais nada. Porém, o retorno de Poncho em sua vida havia mexido com todos os seu sentimentos e decisões. Percebeu que estava farta de viver uma mentira e sabia o quanto aquilo seria prejudicial aos seus filhos no futuro.

           Queria esperar até que Emiliano nascesse para tomar aquela atitude, mas não estava mais aguentando suportar tudo aquilo - nem externamente e muito menos internamente.

              - Chega! - Anahí disse com raiva. - Acabou! Eu vou embora!

              Velasco deu uma risada debochada. 

            - Você não pode ir embora! Temos um contrato, lembra?

            - Dane-se o contrato! - disse com raiva. - Eu vou embora!

           Ela foi até o guarda-roupa, pegou a primeira bolsa que encontrou e começou a colocar várias roupas dentro dela.

             - Quer ir embora? - Velasco falou ironicamente. - Tudo bem, então! Pode ir! Mas lembre-se que a partir do momento que sair dessa casa, você está absolutamente sem dinheiro nenhum. Os cartões e dinheiro ficam! E o mais importante: Você não pode levar o Manuel e assim que o Emiliano nascer, ele vai para a minha casa!

            Anahí parou o que estava fazendo e olhou para ele.

           - Eu não vou deixar meus filhos com você! Estou saindo dessa casa agora junto com o Manu! Você é pai, mas não tem propriedade sobre eles!

           - Contrato, Anahí! Estamos falando de contrato!

          - DANE-SE O CONTRATO! - ela disse com mais força em sua voz. - O que você vai fazer? Vai me processar? Pois saiba que eu vou entrar com advogado e sei que a justiça está ao meu favor, porque ninguém separa o filho de uma mãe!

             Velasco continuou com a mesma expressão, soltando um riso debochado.

           - Você não sabe onde está se metendo, Anahí! Eu já disse que o Manu fica! Ele não vai sair dessa casa! 

              Os olhos de Anahí encheram de lágrimas na mesma hora. Sair de casa sem seu filho estava fora de cogitação. Porém, sentia medo de pegar Manu e ir embora com ele. Conhecia muitas histórias horríveis que já haviam acontecido entre o povo da política, envolvendo violência e até mesmo morte quando não faziam o que eles queriam. Perguntou-se se Velasco seria capaz de fazer algum mal para ela ou para os filhos. Nunca achou que isso seria possível, entretanto, não tinha coragem de pagar para ver.

           Soltou a bolsa, largando-a no chão e respirou fundo para que não começasse a chorar na frente de Velasco.

           - Eu te odeio! Você é a pior pessoa que poderia ter aparecido na minha vida! Tenho pena dos meus filhos que vão ter que te chamar de pai!

              Então Anahí passou por ele para sair do quarto. Bateu a porta com raiva e foi até o quarto de Manu. Tantas ideias loucas e ruins passavam na sua cabeça, que estava decidida a não sair de perto do filho em nenhum instante.

              - Mamãe! - ele correu para abraça-la assim que a viu.

              Abraçou forte o filho e começou a chorar. Precisava muito do carinho dele, mas com tudo o que estava em sua cabeça, as lágrimas começaram a sair sem o seu controle.

             - Por que está chorando, mamãe? - perguntou Manu.

             - Eu estou emocionada. - ela sorriu, fazendo carinho no rosto do filho. - Estou feliz por estar com você! Logo, logo seu irmãozinho vai estar chegando e vamos ser muito felizes juntos!

              - Eu, você, Emi e o papai! - Manu sorriu.

              Anahí respirou fundo e abraçou o filho mais forte. Achou melhor não responder nada.

            - A mamãe vai dormir com você hoje aqui no quarto! - Anahí sorriu.

            - Oba!!! - ele comemorou. 

            - Vamos brincar de acampamento?

           - Vamos! - o menino respondeu empolgado. 

             Anahí arrumou o quarto junto com o filho e preparou o lugar onde os dois iriam dormir. Pediu para os funcionários da casa levarem a janta dos dois até o cômodo que estavam, pois não iriam jantar com Velasco.

            Na casa de Christopher, Dulce se sentia nas nuvens. Os dois já tinham transado e estavam deitados, abraçados na cama. Dulce alisava o tórax de Christopher, enquanto ele fazia carinho em seus cabelos.

           - Sabe, - Christopher disse, olhando para Dulce. - eu não sei explicar o que eu estou sentindo em ver você na minha cama e saber que você vai ficar aqui esses dias.

            Dulce se virou para ele e sorriu. Gostava muito de estar ao seu lado. 

              - É uma sensação engraçada pra mim também! - ela disse.

             - A única coisa mexe comigo é saber que é pouco tempo! Que eu tenho que aproveitar ao máximo cada segundo, porque depois você vai embora.

             Ao ouviu aquilo, Dulce - embora ainda estivesse com um leve sorriso no rosto - respirou profundamente. Era aquilo que sentia também, estava tudo tão bom, mas sabia que logo tudo aquilo acabaria.

            Era apaixonada pelo seu marido e se sentiria mal se fosse embora de uma relação na qual sempre se sentiu tão bem. Porém, não tinha como negar que Christopher era o amor de sua vida. Já havia sido feliz com ele em um tempo atrás, mas várias coisas atrapalharam a história dos dois. 

         Christopher era encantado com a fama e o quanto que isso atraía as mulheres. Qualquer momento solteiro, fazia com que ele aproveitasse a oportunidade para se divertir e sair com várias garotas que sempre estavam aos seus pés. Com isso, Dulce se sentia desrespeitada. Queria ter uma relação com Christopher que fosse estável e duradoura, construída na base da confiança, porém, "confiança" era algo que Dulce não conseguia associar a ele. 

         Com o tempo e com a convivência da presença dos namorados que Dulce Maria teve ao longo de sua vida, Christopher foi percebendo que não havia feito as melhores escolhas. Aproveitou muito o seu tempo de balada e curtição, no entanto tudo isso fez com que Dulce não acreditasse em sua fidelidade.

            Durante todo o tempo de Rebelde  e RBD, Dulce sofreu vendo Christopher se divertindo. Sempre quis que ele assumisse um relacionamento sério com ela, mas por medo e insegurança, acabava se afastando mais. Por não acreditar nele e nem em suas palavras, quando ele se demonstrou estar pronto, foi Dulce que não quis. Ela não acreditou que ele conseguiria viver uma vida a dois.

              Ali, deitada naquela cama, batia o arrependimento e ao mesmo tempo, aumentava a sua dúvida. Ele não havia assumido ainda um namoro com Muriel e por mais que estivessem juntos, era com Dulce que ele estava deitado na cama naquele momento. Não podia julgar, porque ela  que era casada, também estava fazendo o mesmo.

             - Por que me olha com essa carinha? - Christopher disse dando um beijo na testa de Dulce. - No que está pensando?

            - Estava tentando lembrar onde a gente se perdeu... - ela deu um sorriso fraco. - Eu queria tanto que as coisas fossem diferentes!

              Christopher concordou e sua expressão era de decepção. Estava desapontado consigo mesmo. Ele sabia no que Dulce estava pensando. Com certeza ela estava lembrando de como ele se comportava naquela época e o quanto isso influenciou para que se distanciassem.  

          Para suprir sua carência e tristeza, Dulce sempre começava a namorar alguém que todos percebiam que não a fazia feliz. Ao vê-la com outro, Christopher se aborrecia e aumentava as suas saídas para se distrair. 

          Eles viviam um jogo que era marcado por mágoas, vinganças e decepções. E ao final, sempre eram os dois que saiam perdendo. 

            - Se você aceitar, podemos fazer diferente! - Christopher disse.

          Dulce o olhou, dando um suspiro. 

        - Imagine, - ele fez um gesto no ar como se indicasse uma tela para verem as criações que suas mentes iriam criar. - você se separa e vem viver comigo. Podemos morar aqui nesse apartamento até encontramos um que você queira morar. Nós nos casaremos e após nos mudarmos de casa, teremos um filho... Quantos filhos você quer ter?

            - Dois. - Dulce sorriu, emocionada. Ter filhos sempre foi seu grande sonho e Paco sempre falava que não tinha a intenção de ter filhos com ela.

           - Ótimo! Teremos dois! - ele sorriu. - Primeiro um...Menino ou menina?

          - Menina! Luna...

           - Luna! - ele sorriu ao imaginar. - Sim, a primeira será a Luna e logo depois teremos...

           - Gostaria de ter um menino, mas não sei, na minha família só nasce meninas! Tenho certeza que será outra menina... - soltou uma risada.

            - Eu vou adorar ter duas filhas! Menina é mais apegada ao pai! - Christopher deu risada. 

           - Mas é mais confidente da mãe! 

          - Mas sei que você vai me contar o que nossas filhas te contarem, não vai?

          - Lealdade feminina! - Dulce mostrou a palma da mão. - Algumas coisas ficarão só entre nós.

         Dulce soltou uma risada e Christopher abriu a boca, mostrando estar surpreso, mas deixando claro que estava brincando. 

          Ele continuou sua narração de uma vida juntos e Dulce estava amando. Christopher falava com tanta sinceridade que lhe fazia sentir vontade de que aquilo tudo realmente se tornasse algo real.

         - O que acha da proposta? - Christopher perguntou assim que terminou de falar.

          - Ah, era uma proposta? - ela soltou uma risada. 

          - Claro! - ele respondeu. - Agora só falta você aceitar!

         Dulce sorriu. Segurou o rosto de Christopher e lhe deu um selinho. 

          - Você me ilude desse jeito!

          - Eu não estou te iludindo, Dulce! - ele disse. - Tudo o que eu falei foi sincero! É o que eu proponho para viver com você! Isso é, se você aceitar...

          - Eu sei que é sério! - ela fez carinho em seu rosto. - E... Bom, você sabe de todas as condições que eu estou vivendo. O que te proponho é que agora possamos viver esse momento presente! Vamos aproveitar cada segundo juntos mesmo, como você disse, mas sem pensar no depois... porque no "depois" tudo pode acontecer!

            Christopher sorriu ao ouvir isso. Aquela frase de Dulce fez com que ele se enchesse de esperança.

            - Isso é um "sim"? - Christopher sorrriu. 

           - Ai Ucker!!! - ela deu risada. - Não é resposta nenhuma! É simplesmente um: Estou amando estar aqui com você!

           - Eu também estou amando!

           Conduzindo Dulce para um beijo, Christopher estava disposto a fazer daqueles dias os melhores para Dulce. Queria que tudo que ela vivesse com ele, fizesse com que desistisse do seu casamento e aceitasse ficar com ele de vez.

           Mais uma vez fizeram amor e Dulce fez questão de se lembrar da camisinha. Estava ciente de que deveria fazer de tudo para evitar uma gravidez. 

           Em sua casa, Christian vivia momentos de muita tensão. As brigas com o namorado eram cada vez mais frequentes e isso estava influenciando para que ficasse cada vez mais triste. 

            Ele sentia medo que que acabasse caindo em uma depressão, como já tivera tido há um tempo atrás. Foi um período muito turbulento em sua vida e não queria passar de novo por tudo aquilo.

            Estava mal pelo seu relacionamento. Não entendia como, novamente, havia se iludia com uma pessoa errada. As agressões verbais estavam cada vez mais frequentes, o que acabava prejudicando mais ainda o seu estado emocional.

           Por várias vezes, Christian tentou conversar com o namorado e terminar, porém, Maico insistia em continuar na casa.

         O conflito pairava na vida de todos. Maite começou a se sentir mais confusa nas questões amorosas. Várias vezes se pegava olhando as redes sociais de Mane. O pior é que quando fazia isso, queria fazer da maneira mais aprofundada possível: olhava as fotos, comentários, respostas que Mane dava e dependendo da resposta que ele dava, entrava no perfil da pessoa para ver quem era. 

        Ver tudo aquilo fez bater uma saudade tão grande que acabou indo em seu twitter para ver as mensagens antigas que ele enviava por direct na época que namoravam. 

         Aquela era o única rede social que ainda mantinha arquivadas as conversas daquele tempo. 

        Assim que clicou no nome dele, seu coração apertou. Cada mensagem ali parecia fazer com que uma dor fina percorresse todo o seu corpo.

        Todas as mensagens eram compostas por muito amor e carinho. Mane não economizava nos elogios. Ela lembrava que amava aquilo quando estavam juntos, porém quando terminaram, ela achou tudo meloso demais. 

         Achou engraçado como as coisas mudavam. Novamente se sentiu bem lendo aquelas palavras. Mane realmente sempre a amou muito e sempre deixou isso claro.  

            Percebeu que ver tudo aquilo estava lhe fazendo mal. Fechou o aplicativo na mesma hora e buscou o telefone de alguém para ligar e conversar. Aproveitou que Koko não estava perto e ligou para Jessica Coch, uma de suas melhores amigas.

            Primeiro ela contou tudo o que havia acontecido entre os amigos do RBD, o que deixou Jessica impressionada, pois nunca apoiou uma traição.

             - Mai, como você me diz que incentivou suas amigas a fazerem isso? - Jessica a repreendeu. - Elas são casadas, já tem marido! Eles também são comprometidos! Como você incentiva uma coisa dessas?

            - Eu sei, - Maite suspirou. - eu sei o quanto é errado. Eu também não tolero traição, assim como você! Mas eu não sei! Estava tão empolgada com aquele reencontro e quando vi que existia a possibilidade de ficarem juntos, eu não medi as consequências, sabe?

          - Eu nem sei o que te dizer, Mai...

          - Está decepcionada comigo, né? - Maite suspirou novamente. 

          Jessica ficou alguns segundos em silêncio.

          - Acho que "assustada" seria a palavra! Nunca imaginei que você pudesse apoiar uma traição.

           - É... - Maite disse decepcionada. - Koko também disse a mesma coisa. Ele ficou assustado por eu "normalizar" tudo isso. 

            - Ele deve estar com medo que você faça o mesmo.

           Maite ficou em silêncio e Jessica se assustou novamente.

          - Ah não, amiga! Não vai me dizer que você o traiu??

          -Não!! - disse rapidamente. - Não, eu não faria isso com o Koko... 

         - Então, o que houve?

          - Amiga, eu não sei o que está acontecendo comigo, mas eu estou muito confusa em relação ao Mane! - começou a ficar nervosa em meio a suas palavras. - E estou bem mexida com as mensagens que ele me manda e... não sei, não sei! - disse nervosa. - Bateu uma saudade de tudo que vivemos juntos! Eu me peguei olhando as fotos dele e olhando quem havia mandado mensagem. Fiquei vendo quem ele respondia, o que escrevia, quem era a pessoa! Eu stalkeei tudo, amiga! 

           - E o que você percebeu com essas investigações?

         - Que ele não é carinhoso com ninguém, assim como ele é comigo!

          - Mas isso é óbvio! Ele ainda te ama! Você sabe disso.

           - Sei e a Dulce também ficou falando o quanto ele fica em cima dela para saber sobre mim. Eu sei que ele deve ficar em cima de você também...

            - Ele não me pergunta nada porque eu cortei, Mai! O Mane sabe que eu respeito muito o Koko e não permito fazer isso com ele.

            - Ai amiga, você sempre tão sensata... - suspirou. - O pior de tudo foi que eu olhei as mensagens antigas na direct do twitter. Foi aí que tudo piorou de vez! Aquelas mensagens melosas, cheias de amor, mexeram comigo! Eu amo o Koko, muito! Mas... por mais carinhoso que o Koko tente ser, ele não é nem 10% do que o Mane era comigo!

               - E o que você pensa em fazer?

               -  Eu não sei... - Maite suspirou novamente. -Eu não quero terminar com o Koko ou dar um tempo e ir correndo atrás do Mane só para matar saudades!

                - Espero que trair também esteja fora de cogitação!

               - Sim, está! - disse rapidamente. - Eu não faria isso!

               Jessica ficou em silêncio e Maite soltou uma risada.

               - E te prometo que não vou incentivar mais ninguém a trair! 

               - Seria bom...

              - Eu não sei o que faço, amiga!

              - Você precisa refletir bem o que está acontecendo dentro de você! - disse a amiga. - O que sente pelo Koko, o que sente pelo Mane. Pode ser só saudade...

               - É que eu considero o que ele fez comigo como uma traição! E eu não consigo perdoá-lo por isso.

              - E se conseguisse perdoar... estaria disposta a separar do Koko para ficar com ele?

              - Não sei! - disse com a voz fraca. - Infelizmente, eu sinto que ainda o amo...

              - Você precisa ouvir o que realmente diz seu coração. Vai percebendo como você se sente perto do Koko, se você sente que o ama de verdade ou se está acomodada em viver com ele. Pensa também se o que você sente pelo Mane é amor ou é apenas uma carência dos carinhos que ele te oferecia. Às vezes pode ser que bateu a saudade das coisas boas e você acabou ficando confusa.

               - Eu amo o Mane! Disso eu tenho certeza! - Maite disse. 

               - E quanto ao Koko?

               Mais uma vez, Maite ficou em silêncio refletindo. Por que não conseguiu dar uma resposta tão rápida como havia feito em relação a Mane? Começou a se questionar a respeito disso. 

              - Eu o amo! - respondeu. - Posso estar acostumada, mas eu sinto que o amo.

             - Reflete tudo isso, amiga! Mas não toma nenhuma atitude imprudente. Você sabe do que eu estou falando, né?

             - Sim, amiga... eu sei!

             - Eu vou confiar! - a amiga deu uma leve risada.