Fanfic: O Milagre do Reencontro - Ponny e Vondy | Tema: AyA

   Anahí e Poncho ficaram um bom tempo abraçados sentindo a batida do coração um do outro. A de Anahí estava um pouco mais acelerada que a de Poncho, porém foi entrando em equilíbrio aos poucos. 

              Deslizando as mãos pela cintura de Anahí, Poncho segurou a barriga dela, acariciou e depois se abaixou para dar um beijo. Anahí ficou emocionada em olhar a cena. Velasco não era tão carinhoso assim com o filho, muito menos com ela. 

            Ele se levantou, segurou o rosto de Anahí e acariciou. Tinha uma vontade imensa de beija-la e segurava-se para não fazer isso. 

           - Poncho... - ela suspirou. - Eu não queria isso, mas creio que eu deva te pedir um favor!

          - Claro!

         - Tivemos nosso momento de recordação, fizemos tudo o que tínhamos direito, mas eu prefiro recomeçar a minha vida da maneira certa. Agora que eu estou solteira, vamos ter mais tempo para nos ver e, como eu te falei, não acho justo enganar a  Diana e nem nossos filhos.

          Anahí sentiu uma vontade imensa de chorar, respirou fundo e segurou as mãos de Poncho, conduzindo para que ele as tirasse de seu rosto.

          - Então eu prefiro dar uma pausa, novamente, na nossa história. Quero te pedir o favor que você só volte a me procurar quando tiver a sua reposta: se vamos ficar juntos ou se seremos apenas amigos.

            - Eu entendi... - Poncho olhou para baixo.

            - Isso é mais difícil para mim do que pra você! Porque...- Anahí suspirou e soltou as mãos de Poncho, caminhando pelo quarto. - você vai para sua casa e lá tem outra mulher que você ama, te esperando.

            - Anahí, é sério quando eu digo que te amo! - Poncho disse. - Esse amor é mais forte que tudo, só não mais que o amor que eu sinto pelo meu filho. Se eu preciso de um tempo para tomar a decisão é unicamente por causa dele! 

            - Eu já disse que entendi... - Anahí deu um sorriso fraco. - Não precisa se explicar!

           Ele caminhou até onde Anahí estava e lhe deu um beijo na testa.

           - Prometo que vou pensar em um solução! 

           Os olhos de Anahí  se encheram de lágrimas mais uma vez.

              - Eu te amo, Anahí!

              - Eu também te amo, Poncho! - ela fungou, tentando parar de chorar. - Eu também. 

              Quando Maite entrou em casa, ela se sentiu só de ver Koko sentado na sala de estar, lendo um livro. 

                - Oi amor! - Maite disse.

               Ele abaixou o livro, colocando no colo e olhou para Maite. 

             - Oi! - ela se aproximou dele e lhe deu um selinho, sentando-se ao seu lado. 

              - Aconteceu algo? Parece triste!

             - Estou apenas preocupada com os meus amigos! A Any começando tudo do zero, o Christian com os problemas dele... Tudo isso mexeu comigo. 

             - Mas eles vão conseguir se resolver, Mai! Você ajudou bastante eles, acho que você até fez mais do que eles precisavam!

             - Não, não... não foi o suficiente! Fiz apenas o que estava ao meu alcance. Se eu pudesse, faria mais. 

              - Não tenho dúvidas! - Koko disse.

              Eles ficaram em silêncio e Maite estava balançando os pés, demonstrando ansiedade. Koko estava observando o comportamento dela, mas preferiu não falar nada, pois já havia lhe perguntado a respeito da expressão do seu rosto.

              - Bom, eu vou tomar banho! - disse Maite. 

               Ela foi tomar um banho quente na tentativa de acalmar seu coração e aliviar as tensões. Ficou refletindo se deveria ou não contar sobre Mane. Já havia o encontrado em vários eventos e Koko não havia se importado quando presenciou a cena. Então por que estava tão nervosa para falar sobre isso?

              Quando voltou para a sala, após se vestir, encontrou Koko ainda sentado, lendo seu livro. Ela sentou no sofá, ao lado de seu cachorro Sancho que estava dormindo. Ficou fazendo carinho nele, até que tomou coragem para falar a respeito do que havia acontecido.

              - Sabe quem encontramos no hotel em que Christian vai ficar hospedado? O Mane...

              Koko parou de ler o livro e o deixou de lado. 

              - O Mane? O que ele estava fazendo lá?

              - Ele e a família vão fazer uma festa de Réveillon no hotel! - ela disse, extremamente nervosa. 

              Koko ficou em silêncio por alguns segundos, apenas observando o  comportamento de Maite. Ela parecia aflita e sua voz estava um pouco trêmula, demonstrando que estava embaraçada com a situação. 

               - E você falou com ele?

                -  Sim... Er... Ele ficou conversando com a gente e... - ela refletiu se deveria continuar contando ou não, enquanto Koko ainda a observava. -  Bom, o Christian estava cansado e ficou no hotel descansando, então Mane me ofereceu carona até a casa da Any.... ficou me esperando e me trouxe até aqui. 

              - Hum....

              O silêncio permaneceu por algum tempo entre eles. O único barulho que se escutava era o ronco de Sancho que, naquele momento, era o único que estava tranquilo.

             - Por que você está tão nervosa, Maite? - Koko disse com a voz áspera. 

             - Nada! - ela disse, com a respiração presa. - Só estou preocupada com meus amigos. É o que eu disse...

             - O que aconteceu entre você e o Mane?

             - Apenas o que eu te disse, é sério! - ela disse apreensiva. 

            Várias cenas que aconteceram nos últimos dias passaram na mente de Koko. Lembrou-se de Maite na casa de Poncho, armando os encontro as escondidas dos amigos; os telefonemas dando ideias para eles; as mentiras que inventava para que eles contassem aos seus parceiros; a animação que sentiu ao ver os amigos traindo e principalmente a interação que ela e Mane mantinham nas redes sociais. 

              Ele sempre soube que Mane era apaixonado por Maite - isso não era segredo para ninguém. Entretanto, Maite sempre garantiu que não sentia mais nada por ele e que muitas vezes o achava inconveniente pelas coisas que ele fazia. Koko sempre confiou em Maite e portanto nunca desconfiou que ela pudesse lhe trair. Porém, naquele momento toda essa confiança se quebrava ao entrar em choque com todas as recordações que se misturavam em seus pensamentos. 

                - Por isso que você estava tão empolgada em ir neste hotel com o Christian, não é mesmo? - Koko falou alterando o tom de voz. 

                - Não, eu não sabia que ele estava lá!

                - E você quer que eu acredite nisso como? 

                - Confiando na minha palavra!

               Ele balançou a cabeça em sinal negativo.

                - Eu não te reconheço mais, Maite! Como eu vou confiar em alguém que articulou todo um plano para que os amigos traíssem seus parceiros e comemorou quando isso aconteceu?  Alguém que naturalizou a traição como se fosse a coisa mais normal do mundo! O que houve? - perguntou ironicamente. - Você quis experimentar a mesma aventura dos seus amigos? Queria saber qual é a sensação de trair?

                - Koko... eu não fiz nada! - ela se levantou, falando com firmeza. - Eu não acredito que você está desconfiando de mim dessa maneira! Eu estou te contando toda a verdade sobre o que aconteceu hoje!

                 - Se fosse só isso, você não ficaria tão nervosa!

                 Ela olhou indignada para Koko. Estava ciente do que havia feito com os amigos nos últimos dias e de tudo o que havia falado, porém achava inadmissível que o namorado desconfiasse de sua fidelidade. Tinha a convicção de que não o trairia, por mais que ainda tivesse algum sentimento por Mane.

                - Eu te contei toda a verdade! - Maite disse. - Meu nervosismo era o medo que você não gostasse que ele me deu uma carona, só isso! Eu contei exatamente tudo o que aconteceu!

                  - Você contaria se tivesse traído? - Koko cruzou os braços.

                 Ela ficou em silêncio. Contaria? Será que teria coragem de fazer isso? 

                  Essa demora foi o suficiente para Koko jogar o livro no chão, se levantar e ir em direção ao quarto. 

                - Sim! - Maite disse, indo atrás dele. - Eu conversaria sobre nossa relação para tomarmos uma decisão do que deveria ser feito. Mas eu contaria.

                 - Olha, eu não quero saber! - Koko disse. 

                Ele pegou um mochila e começou a colocar algumas roupas dentro.

                - Ei, onde você vai? - Maite perguntou.

               - Não dá assim! Eu prefiro ir embora! - ele disse, fechando a mochila. 

               - Pelo o quê, Koko? Eu já te disse que não te traí e te contei toda a verdade sobre hoje! 

               - E eu já disse que não confio em você depois de tudo o que eu vi nos últimos dias!

                 Os olhos de Maite se encheram de lágrimas de decepção e raiva. Achava injusto que ele não confiasse em suas palavras.

                   - Ótimo então! - ela disse nervosa. - Pode ir para onde você quiser!

                   - Quando eu estiver mais calmo, eu volto para pegar as minhas coisas! - ele colocou a mochila nas costas e saiu do quarto. 

                  Maite sentou-se na cama e começou a respirar profundamente na tentativa de se acalmar. 

                 Entendia a linha de raciocínio de Koko, porém não concordava que sua desconfiança fosse tão forte a ponto de sair de casa sem nem querer ter a dúvida se a traição havia acontecido ou não. Ela sabia que ele não iria gostar, mas não achou que ele teria uma atitude tão radical como esta. 

                Arrependeu-se de ter contado. Se guardasse a história para si, nada disso teria acontecido. Refletiu melhor e percebeu que uma hora ou outra ele poderia saber de algo. Mane poderia postar alguma foto de que estava naquele hotel e a desconfiança de Koko seria pior ao descobrir que havia escondido toda a história. 

              - Mas contar a verdade no mesmo dia também não adiantou! - lamentou em voz alta.

             Seu arrependimento então foi mais a fundo. Percebeu que nunca deveria ter apoiado a traição de seus amigos. Toda a sua empolgação havia queimado sua imagem e estragado seu relacionamento.

           Dulce se sentia no paraíso. Ao lado de Christopher ela se sentia realizada de todas as maneiras: no sentimento, no sexo e na presença. 

           Sentia que era muito bom estar com ele e conseguia se perceber como completa ao seu lado. Eram poucas as vezes que pensava em Paco e quando pensava era porque estava se questionando se valia a pena continuar o casamento agora que Christopher estava inteiramente para ela.

           Ali não existia mais as brigas e vinganças geradas por ciúmes que interferiram tantas vezes no relacionamento deles no passado. 

             Deitados na cama, Dulce deslizou a mão pelo corpo de Christopher, tocando em seu membro. Ele sorriu maliciosamente. Gostava quando ela tinha essas atitudes.

              - Você é incansável, né? - Dulce disse rindo.

              Christopher deu um sorriso, mordendo o lábio. Queria falar algo, mas recuou.

             - Diz! - Dulce disse.

             - Eu mesmo falei para não tocarmos os nomes de nossos companheiros, não quero falar isso.

              - Você ia me comparar com a Muriel? - Dulce levantou uma das sobrancelhas. 

             - Não! - ele riu. - Ia falar do seu marido!

             - O que?

            Ele deu risada, só de lembrar o que queria falar.

             - Só nesse tempo juntos, acho que já transamos mais do que vocês dois no tempo em que estão casados! - Christopher riu. - e olha que ainda temos alguns dias pela frente.

                - Como é besta! - Dulce balançou a cabeça.

                 - E estou mentindo? - ele riu.

                - Não vou responder essa pergunta!

               - Tudo bem, já entendi que é a verdade! - Christopher deu risada e puxou Dulce para um beijo. 

               Ele se debruçou , deitando-se em cima de Dulce e assim fizeram amor novamente. Christopher se sentia nas nuvens em tê-la ali ao seu lado.

               Outra pessoa que se sentia nas nuvens era Mane. Mesmo não tendo acontecido nada entre ele e Maite, estava imensamente feliz em ter passado algum tempo com ela. 

               Ao chegar no hotel, ele foi até o quarto que Christian estava e bateu em sua porta. 

               - Oi Mane! - disse assim que abriu. 

                - Oi! - disse, entregando as sacolas de compras. - A Mai pediu para te entregar isto!

                - Essa Maite é demais! - Christian pegou as sacolas. - Ela não precisava se preocupar! Só vou ficar poucos dias aqui!

                  - Você sabe que ela tem um coração de ouro! - Mane sorriu. 

                   - Sim, eu sei! - Christian deu risada. - Você a levou até a casa da Any? Deu tudo certo?

                   - Deu sim! Não sei se deveria estar te agradecendo por isso, mas obrigado por estar cansado e deixar com que eu desse uma carona para ela!

                  Christian deu risada. 

                  - Acho que não deve me agradecer! Eu estava cansado de verdade! Foi você que me ajudou!

                 - Então nos ajudamos! - Mane deu risada. - Está precisando de alguma coisa? 

                  - Não, obrigado!

                  - Certo, qualquer coisa você me avisa! Eu te espero na festa! Vai começar às oito da noite!

                   - Perfeito! Estarei lá! Obrigado pelo convite!