Fanfic: O Milagre do Reencontro - Ponny e Vondy | Tema: AyA

Chorar não fazia com que Dulce se acalmasse. Sua cabeça começou a doer devido ao choro e ao sono. Sozinha no banheiro, em sua mente ecoava o som da música que Christopher havia cantado para ela no Réveillon.

Não queria lembrar da música, pois isso fazia com que a dor aumentasse mais. Entretanto não conseguia controlar nenhum órgão de corpo: Seu cérebro mantinha o pensamento fixo em Christopher, seus olhos não cessavam o choro e seu coração batia descompassadamente.

Ouviu uma batida na porta e levou um susto, limpando as lágrimas imediatamente.

- Amor, está tudo bem? - Paco perguntou do outro lado da porta.

Dulce respirou fundo para disfarçar a voz de choro.

- Estou com cólica menstrual! - Dulce disse a primeira coisa que lhe veio na cabeça.

- Quer que eu prepare um chá?

- Não precisa, obrigada! Eu já vou sair!

Ela lavou o rosto várias vezes e abriu a porta. Tinha a esperança que seu marido voltado a dormir, mas ele estava no quarto, sentado na cama, com a luz acessa.

Ao vê-a com os olhos inchados, Paco tomou um grande susto.

- Dul! - ele se levantou e foi até ela, preocupado. - O que houve? Por que você está assim?

- Estou com cólica e comei a sentir dor... é isso! Só isso! - ela deu um sorriso fraco e fi em direção a cama. - Preciso descansar! É isso!

- Qualquer coisa, vamos no médico amanhã! - ele disse, deitando-se ao lado de Dulce e a abraçando pelas costas.

- Vai ficar tudo bem! Obrigada pela preocupação!

- Eu te amo! - ele disse, dando um beijo em sua nuca.

- Eu também te amo! - ela disse apenas para não deixá-lo sem resposta.

Dulce percebeu que o beijo na nuca dado por Paco não havia lhe causado nenhum efeito. Logo ali, que era o seu ponto fraco.

Lembrou-se de todas as sensações que Christopher lhe causava e sentiu seu corpo doer. Era se como cada parte de si sentisse falta dos toques dele.

No dia seguinte, Poncho tomou café da manhã com Anahí e Manu, e logo em seguida se arrumou para ir na casa do filho.

Antes de sair, deu um selinho em Anahí e um beijo no alto da cabeça de Manu.

- Daqui a pouco estou de volta. Vou ver se consigo trazer o Dani para brincar com o Manu! - ele sorrriu.

- Que legal! - comemorou Manu. - Posso ir com o tio Poncho, mamãe? - Manu perguntou.

Anahí começou a rir e abraçou o filho, lhe dando um beijo.

- Meu amor, o tio Poncho vai ter que ir lá rapidinho e logo depois ele volta!

- Mas eu queria brincar junto com eles! - Manu disse desapontado.

- Eu vou buscar o Dani e venho aqui para brincarmos todos juntos, o que você acha?

- Tá bom... - disse sem muito ânimo.

- Fica aqui com a mamãe! - Anahí sorriu.

Poncho ficou feliz em ver Manu querendo sair com ele. Era muito bom ser recebido bem pelo filho da mulher que ele amava.

- Amo vocês! - ele sorriu.

- Nós também te amamos! - Anahí sorriu. - Boa sorte! Espero que você consiga trazê-lo.

- Obrigado!

Chegou na casa de Diana e foi recebido por Vera. Ela sempre estava de cara fechada ao vê-lo. Poncho até ficava sem graça para falar com ela, mas não via outra opção.

- Papai!! - Daniel apareceu em meio as pernas de Vera, fazendo esforço para passar.

- Dani!! - Poncho sorriu. - Calma, filho! Cuidado!

Vera deu espaço para que Poncho pudesse entrar e ele abraçou o filho.

- Papai, você vai ficar aqui comigo? - perguntou animado.

- Bom, na verdade... - ele se levantou para falar com Vera. - Gostaria de saber se posso levar para dormir comigo hoje.

Ao ouvir esse pedido, Vera franziu a testa em sinal de reprovação.

- Não sei se a Diana vai autorizar.

- Poso falar com ela? - Poncho perguntou.

- Não, ela não quer falar com você! Eu pergunto!

- Por favor, vovó! - pediu Dani. - Deixa eu ir com o papai!

- Vou perguntar para a sua mãe! - ela disse friamente. - Mas se ela disser "não" é não!

- Não!!Por favor! - Dani começou a chorar. - Deixa eu ir com o papai!

- Calma, calma! - disse Poncho pegando o filho no colo. - Se a mamãe não deixar, não tem problema! O papai fica aqui brincando um pouco com você!

- A Anahí vai estar lá? - Vera perguntou.

- Sim... - ele disse um pouco sem graça. - Estamos morando juntos.

Ela apenas revirou os olhos demonstrando insatisfação e saiu. Poncho ficou brincando com o filho, até que Vera voltou com uma mochila.

- Aqui estão as coisas do Dani. - Vera disse, entregando a mochila para Poncho. - Ela pediu que você o traga de volta amanhã.

- Sim, pode deixar! - ele sorriu. - Obrigado.

- Vem, Dani! - disse a avó, pegando a criança pela mão. - Vai dar tchau para a sua mãe porque você vai dormir na casa do seu pai hoje.

- Oba! - Daniel pegou a mão de Poncho e o puxou. - Vem, papai! Vamos dar tchau pra mamãe.

Vera soltou a mão de Dani da de Poncho e deu alguns passos para que o menino também andasse.

- Já disse que sua mãe não quer falar com o seu pai! Vamos logo!

Poncho ficou sem graça com a situação, mas entendia que deveria respeitar o tempo de Diana. Ela deveria estar com raiva e muito fragilizada. 

Acordar e ver Muriel ao seu lado foi uma decepção para Christopher. Ela não preenchia o espaço vazio que Dulce havia deixado - nem na sua cama e nem no seu coração.

Pegou o celular e doeu ver aquele número bloqueado. Queria chamá-la, mas ao mesmo tempo não queria e nem podia, pois com certeza ela estaria com o marido do lado e faria questão de desligar para que ele não visse.

- Já acordou, amor? - ouviu a voz de Muriel ao seu lado, que estava se espreguiçando.

"Beije! É isso que os casais fazem quando acordam juntos" - ouviu o comando em mente.

Deu um selinho em Muriel e sorriu.

- Bom dia! - ele disse.

- Bom dia! - ela o conduziu para um beijo que Christopher deu, sem vontade. - Estava pensando: Podíamos ir nos meu pais falarmos sobre o nosso namoro.

Ele suspirou. Nem ao menos lembrara que estava namorando com Muriel.

- Sim, pode ser! - ele disse.

- Você não imagina o quanto eu estou feliz com isso! - Muriel sorriu.

- Eu também! - ele tentou colocar ânimo em sua voz, mas a tentativa foi frustrada.

Sem aguentar mais de tanta vontade de falar com ele. Diego finalmente tomou coragem de ligar para Christian. Sabia que ele deveria estar com o namorado e não tinha a intenção de prejudicá-lo, mas naquele dia a vontade falou mais alto.

Ao ver a ligação, Christian sorriu. Mesmo estando ao lado de Maico, resolveu atender. Afinal, era apenas um amigo.

- E aê Diego? - Christian o cumprimentou, tentando ser o mais natural possível. - Como está, cara? Quanto tempo!

Diego prendeu a respiração do outro lado. Percebeu que a forma e entonação da voz de Christian tinha a intenção de mostrar ao namorado dele, que não existia nenhum teor romântico.

- Olá... - ele disse sem jeito. - Liguei para saber como você estava...

- Estou bem! E você? - dis com a mesma animação.

- Estou bem... - Diego disse ainda sem graça. Não tinha um motivo ou assunto para ligar. Queria apenas conversar.

Christian, ao perceber o silêncio, resolveu que tinha que fazer alguma coisa. Seu namorado desconfiaria por estar em uma ligação em que nenhum dos dois falam nada.

- Ah certo! - Christian disse. - Posso encontrar com vocês sim! Você e o Mane combinaram que horas?

Diego ficou em silêncio, tomado pelo choque. Christian estava marcando um encontro com ele novamente? Sua mente ainda estava bagunçada.

- Pode ser às sete? - Christian perguntou.

- Pode!

- E aonde vai ser?

Diego olhou em volta e nenhum local vinha em mente. Apenas suspirou profundamente e respondeu:

- Pode vir aqui em casa!

- Certo! - Christian sorriu. - Qual é o endereço?

Após passar o endereço, eles desligaram e Christian avisou ao namorado que encontraria velhos amigos para conversar. Maico não gostou muito da ideia, mas não falou nada.

Diego ficou bem ansioso com o encontro, ainda mais por ser em sua casa. A única coisa que o acalmava é que estariam em ambiente seguro e ninguém veria os que estariam fazendo. 

Maite sorriu ao acordar e ver Mane ao seu lado. Debruçou-se sobre ele e começou a dar beijos em seu rosto. Em meio ao sonho, Mane sorriu só de sentir o toque dos lábios de Maite em seu rosto.

Ao abrir os olhos e ver, Maite ali, dando vários beijos nele e o admirando, ele sorriu.

- Que incrível! - ele sorriu.

- O que é incrível, meu amor? - Maite perguntou, acariciando o rosto de mane com a ponta dos dedos.

- Eu já sonhei várias vezes com essa cena e sempre que eu acordava, ficava decepcionado ao perceber que não passava de um sonho! Até tentava dormir de novo para ver se conseguia continuar... - ele envolveu Maite em seus braços. - Agora eu acordo e você realmente está aqui! É tudo real!

- Como é bobo! - Maite lhe deu um selinho. - Claro que é real! E eu estou super feliz por isso!

- E eu então? - Mane segurou na nuca de Maite e a conduziu para que se beijassem.

Após o beijo, ela voltou a se deitar, aconchegando-se nos braços de Mane.

- O que vai fazer hoje? - Mane perguntou.

- Continuo com a divulgação do filme! - ela disse. - Estou na esperança que Koko apareça por lá para que eu resolva sobre o Sancho de uma vez por todas.

- Espero que vocês consigam resolver logo! - ele disse, enquanto fazia carinho no cabelo de Maite. - Sei que não substitui, mas agora você será mãe do Benancio, o meu cachorro!

- Sim, eu sei! - Maite sorriu ao olha-lo, dormindo no canto do quarto. - Ele é muito amoroso também! Mas...

- Ninguém substitui um filho! - Mane deu um sorriso cúmplice.

- Pois é... - Maite suspirou.

- E logo... - Mane acariciou a barriga de Maite. - teremos o nosso!

Maite olhou para a própria barriga e suspirou.

- Filhos não estavam no meus planos ultimamente. Estou tão focada no trabalho que um filho neste momento pode acabar interrompendo algo que lutei tanto para construir!

- Não diga isso! - Mane deu um beijo no alto de sua cabeça. - Quando tivermos nosso filho, será apenas uma pausa. Todo seu império se manterá intacto e pronto para ter receber quando você voltar!

- As coisas não são bem assim... Ainda mais porque quero me dedicar ao meu filho quando esse momento chegar. Aliás, SE chegar! Já faz um tempo que eu tinha desistido dessa ideia...

- Mas isso é porque você tinha medo que seus filhos nascessem com a cara da Koko! - Mane começou a dar risada e Maite bateu nele.

- Ai Mane, deixa de ser bobo! - disse, dando risada também.

Ele deu um selinho em Maite e sorriu.

- Vai tudo acontecer no momento certo! - ele sorriu. 

Ao chegar no hotel com Dani, ele e Manu fizeram uma festa ao se encontrarem. Bastou poucos segundos para os dois estarem correndo e brincando pela sala.

Abraçada com Poncho, Anahí olhou para os dois admirada.

- Fico tão feliz que eles tenham se dado tão bem!

- Verdade! - Poncho sorriu. - São irmãos, né? agora só falta mais um para completar o time! - ele acariciou a barriga de Anahí.

- Sim! - ela sorriu, olhando para barriga. - Emi logo logo estará chegando!

Olhando de volta para Poncho, Anahí lhe deu um beijo no rosto.

- A Diana aceitou numa boa?

- Acho que sim! A mãe dela foi falar com ela no quarto e a Vera trouxe a mochila dizendo que Dani poderia vir, desde que eu o levasse para casa amanhã.

- Talvez ela estivesse com medo que ele passasse muitos dias aqui!

- Pode ser... Mas não tem problema! Fico feliz que ela tenha deixado! Espero que ela não se importe que ele venha com frequência!

- Acredito que ela não vai se opor!

Eles passaram um dia agradável e de noite, eram realmente uma família.

fonte: @portillavibes