Fanfic: O Milagre do Reencontro - Ponny e Vondy | Tema: AyA

Christian abriu os olhos e sua cabeça latejava de tanta dor. Com dificuldade, tentou enxergar onde estava e se assustou ao reconhecer o quarto de Diego. Não se lembrava muito da noite anterior, porém alguns flashes apareciam em sua mente. Lembrou-se da bebida, de Diego chegando na balada e do beijo.

Sorriu ao saber que estava ali e que havia sido bem cuidado. Devagar, ele se levantou e foi para sala. Ali, encontrou Diego, sentado no sofá com o olhar perdido. Quando o amigo percebeu que Christian estava chegando, ficou um pouco desconcertado. Não sabia como agir ou o que falar.

- Bom dia! - Christian se sentou ao seu lado. - Obrigado por ter me ajudado! Eu não lembro muito bem do que aconteceu, mas sei que você me ajudou muito!

- Não foi nada! - ele disse um pouco sem graça.

- Desculpe pelo transtorno! Eu te tirei da sua casa para me salvar! E depois de tudo, você ainda me traz para a sua casa e me deixa dormir na sua cama!

- Não precisa se desculpar! Eu faria isso por qualquer amigo! - Diego deu um sorriso fraco.

Christian deu um suspiro de decepção ao ouvir aquela frase. Sentia que era mais que um simples amigo de Diego e gostaria que ele sentisse o mesmo.

Ver a expressão de Christian, deixou Diego ainda mais sem graça. Percebeu que suas palavras haviam machucado de alguma forma.

- Ah... - Diego tentou se explicar. - Não quis dizer isso! Você sabe, eu faria isso por um amigo, mas eu faria isso por você! Assim, er... eu sou amigo. Amigo e... Bom, não sei... Somos...Somos amigos, mas...

- Calma! - ele colocou a mão na perna de Diego. - Está tudo bem, eu entendi!

- Eu ainda estou confuso com tudo. Espero que você entenda essa parte!

- Eu entendo! - Christian sorriu.

Eles ficaram em silêncio e Diego colocou a mão no ombro de Christian.

- Você precisa dar um basta nessa situação, Chris! Não é justo você se torturar desse jeito por alguém que só te faz sofrer!

- Estava tudo bem, sabe? - Christian disse. - As coisas pareciam estar melhorando e de repente tudo virou de cabeça para baixo! Nossa vida está sendo uma montanha-russa!

- E você vai aguentar isso até quando?

- Eu só não sei como! Ele me ameaça e todas as formas! Tanto em agressões físicas como envolver a mídia no caso! Tenho muito medo do que ele possa fazer comigo e com a minha carreira!

- E se fizéssemos um boletim de ocorrência das ameças? - Diego sugeriu. - Ameaça também é crime!

- Não tenho nada gravado! Não sei como poderia fazer isso!

- Podemos tentar! De qualquer modo, precisamos acabar com essa tortura!

Christian sorriu e puxou Diego para um abraço. Ele sentiu medo que Christian o beijasse, embora, dentro de si, parecesse que seu corpo pedia por isso. No entanto, o carinho não passou do abraço - o que foi reconfortante para os dois.

No hotel, Anahí e Poncho preparavam as malas para saírem e irem para seu novo apartamento.

- Fico feliz que estamos indo para nosso novo lar! - Anahí sorriu. - É bom que vamos poder comemorar o aniversário do Manu lá e quando o Emi chegar, já estará na sua casa!

- Sim! - Poncho retribuiu o sorriso. - É melhor termos o nosso espaço! A mordomia aqui estava boa, mas precisamos do nosso canto!

Anahí suspirou.

- "Nosso canto" - disse encantada. - Eu, você e nossos filhos! Ainda não caiu a ficha que estamos vivendo esse sonho!

- Estamos! - ele foi até Anahí e deu um selinho nela. - Podíamos fazer uma festa em casa para comemorar a inauguração nossa casa e a nova fase que estamos vivendo!

- Sim! - Anahí falou com empolgação. - Poderia ser no aniversário do Manu!

- Pode... - Poncho disse. - Mas que tal se, essa semana mesmo, reunirmos nossos amigos do grupo? Acho que está sendo uma fase nova para todo mundo e podíamos comemorar!

- Sim! Perfeito! Temos que ter nosso reencontro com os verdadeiros casais juntos! Só que ainda falta a Dulce e o Ucker se acertarem e o Christian largar aquele doido do namorado e ficar com o Diego! - Anahí disse, pois ainda não sabia sobre o casal de amigos que haviam se resolvido na noite anterior.

- Quem sabe nosso reencontro não faça milagres? - Poncho sorriu. - O outro fez!

-Então quero esse Reencontro o mais rápido possível.

- Eu também! Amanhã ainda chegam alguns móveis. Depois já podemos chama-los! Acho que vai ser bom para o Christian se distrair e se desestressar...

A conversa foi interrompida por Manu que entrava no quarto, dizendo com a voz chorosa:

- Mamãe, cadê meu papai?

Anahí suspirou e olhou para Poncho.

- Ele não apareceu mais? - Poncho perguntou baixo, enquanto Manu se aproximava.

- Ele voltou para Chiapas e não ligou mais! - Anahí disse rapidamente.

Quando Manu chegou perto deles, Poncho o pegou no colo e se sentou na cama. Anahí se sentou ao seu lado.

- O papai está trabalhando muito, meu amor!

- Eu quero ver ele! - disse tristemente.

- Faz uma videochamada! - Poncho disse para Anahí.

-Sim, é melhor!

Anahí pegou o celular e viu a chamada perdida das amigas na noite anterior. Fez uma nota mental para retornar a ligação mais tarde e procurou o nome do ex-marido para chama-lo por vídeo. Assim que começou a chamar, Manuel cancelou a ligação e mandou uma mensagem:

"Não posso atender agora Anahí"

Ela deu um suspiro e digitou a resposta.

"Assim que puder, liguei para o seu filho! Ele está com saudades"

- Ele está trabalhando, meu amor! - Anahí disse. - Por isso não pode atender agora!

- Mas eu quero falar com ele! - Manu disse com a voz de chorro, esfregando os olhos com as mãos.

- Não faz isso, que você pode se machucar! - Poncho disse com carinho e afastou as mãos dele dos olhos. - Enquanto a gente espera seu pai liga, que tal darmos uma volta aqui no hotel para aproveitar bem antes de ir embora?

- A gente pode ir no parque?

- Claro!

- Posso pular lá de cima?

- Claro! Que nem o super-homem! - Poncho disse animado.

- Ai, lá vem vocês com essa história de pular! - Anahí balançou a cabeça respirando fundo.

- Eu sou o super-homem, mamãe! - ele disse animado.

- SÓ quando o Poncho estiver te segurando, tá? - Anahí advertiu. - Não pode ficar pulando sozinho!

- Ele sabe, né Manu? - Poncho segurou a criança no alto, que começou a rir.

Poncho colocou Manu de volta no chão e deu um selinho em Anahí.

- Já volto para te ajudar!

- Falta pouca coisa! - Anahí riu. - Afinal, nem temos muita coisa para levar!

Dulce e Christopher tiveram uma noite intensa na cama e por essa razão acordaram tarde. Ainda ficaram um bom tempo deitados, apenas curtindo a presença um do outro.

- Quero te levar na casa da minha mãe! - Christopher disse.

- Começamos e já quer oficializar namoro com jantar em família? - ela zombou.

- Nossa! Nem lembre! - Christopher riu. - Quando eu cheguei, pronto para terminar o namoro, dei de cara com a família toda dela ali na sala! Foi bem tenso! Eu sabia que tinha que terminar naquela noite, mas não achava saída!

- Eu não confiei que você teria essa coragem! - Dulce riu.

- Eu tive por você! - ele sorriu. - Fiquei com medo que você desistisse!

- Seria mais um desencontro! - ela balançou a cabeça. - Mas estamos namorando? - ela levantou a sobrancelha. - Não vá ficar em em silêncio e me deixar a entender que estamos porque agora nosso relacionamento não pode mais ter meias palavras!

- Eu sei que não! - ele deu um selinho em Dulce e acariciou o seu rosto. - Por mim já estamos namorando porque já pertencemos um ao outro! Mas acho por toda essa espera e desencontros, acho que você merece algo especial!

- Nós merecemos! -Dulce sorriu.

- Sim, com certeza! - ele também sorriu. - Mas eu queria te levar na minha mãe pelo simples fato de vê-la contente! Sei que ela vai ficar feliz em saber que estamos juntos!

- Sim! - Dulce suspirou. - E eu estou com tanta saudade dela! Mas e se ela perguntar se estamos namorando?

- Dizemos que estamos! É como eu disse, nós estamos, só precisamos do nosso momento especial para marcar esse acontecimento!

- Você tem razão! - Dulce sorriu e acariciou o rosto de Christopher. - Vamos! Eu quero conhecer a minha sogra! - Dulce disse, dando risada.

Ao sair da reunião, Maite viu Koko passar por ela rapidamente, sem olhá-la. Todos já tinham notado o clima tenso entre os dois e alguns se arriscavam a perguntar o que havia acontecido. Maite não guardou segredo para eles, preferiu explicar que haviam terminado e que Koko estava sem falar com ela.

Rapidamente, Maite se despediu de todos e assim que saiu, encontrou o carro de Mane parado na porta para lhe dar uma carona. Ele estava com o vidro abaixado e fez sinal para que ela entrasse.

- Vem, rápido! Vamos! - Mane disse.

Maite estranhou o comportamento de Mane. Ele sempre a tratava com tanto carinho que soava muito estranho ouvir sua voz naquele tom.

- Que? - Maite arqueou a sobrancelha.

- Vem! - Mane disse mais uma vez.

Ela entrou no carro, pronta para brigar com ele, porém, ele rapidamente ligou o carro e acelerou.

- Vamos seguir o Koko! - Mane disse. - Com certeza ele deve estar indo para a casa dele!

O sentimento mudou rapidamente, passando da raiva ao amor. Ficou admirada com aquele gesto.

- Como você sabe que ele não quis fazer nenhum acordo comigo?

- Imaginei só pelo jeito que ele passou!

- Ele te viu?

- Viu! - Mane deu risada. - Deve ter ficado com mais raiva ainda!

- Com certeza!

Mane dirigia com bastante atenção e cuidado para não perder o carro de Koko de vista, além de não se visto, para que Koko não percebesse que estava sendo seguido.