Fanfic: O Milagre do Reencontro - Ponny e Vondy | Tema: AyA

    - "Papai"? - Velasco perguntou em um tom ríspido, alternando o olhar para Manu, Poncho e Anahí, enquanto todos viam Manu correr até Poncho para lhe dar um abraço. 

           A respiração de Anahí ficou muito pesada. O sentimento de Manu era puro e seu carinho por Poncho era muito especial, não queria que seu ex-marido brigasse com Poncho e muito menos com o filho por causa disso. 

         Se fosse apenas com ela, não se importaria. Simplesmente deixaria ele falar, porém, sabia que as coisas entre eles poderia ser bem diferente.

         Poncho abaixou-se, deu um abraço na criança e um beijo em sua testa. Em seguida, trouxe Dani para perto, para que desse um abraço no aniversariante. 

         - Dê os parabéns e o presente pra ele, filho! - disse olhando para Dani. 

         Enquanto as crianças se abraçavam e Dani entregava o presente para Manu, Velasco caminhou até eles com firmeza. Escutar o próprio filho chamando outra pessoa de pai soava como um grande desaforo para ele.

        - Como assim você está fazendo o meu filho te chamar de pai? - Velasco perguntou para Poncho com o tom mais agressivo. 

         - Eu não incentivei... - Poncho disse com tranquilidade. - Acho que ele está vendo o Dani me chamar de pai e acabou repetindo. 

         Ao se aproximar deles, Manu tinha acabado de sair do abraço com Dani e havia pego o presente, estando com ele em suas mãos. Velasco se abaixou, pegando nos braços de Manu e tomado pela raiva, falou em um tom autoritário. 

         - Ele não é seu pai! Seu pai sou eu!

         Manu olhou assustado . Nunca tinha visto o pai agir daquele jeito. Seus olhos imediatamente se encheram de lágrimas. 

          Anahí e  Poncho tentaram inetrvir na mesma hora. 

         - Você não tem o direito de falar assim com ele! - Anahí disse com raiva enquanto de aproximava.

         - Ei! - Poncho tentou tirar as mãos de Velasco que estavam segurando a criança. - Ele não falou por mal!

        - Ele é meu filho! - Velasco disse no mesmo tom. - Não se intrometa nisso!

        - Eu me intrometo porque ele pode não ser meu filho, mas é meu enteado! E mesmo que não fosse, ele é uma criança e eu vou protegê-lo.

         Com o susto do grito do pai, junto com o clima tenso que havia se instaurado, Manu começou a chorar. Anahí se abaixou, sentou-se no chão e trouxe o filho para perto de si. 

          - O papai gritou comigo! - disse chorando, enquanto se apoiava no ombro de Anahí para que ela pudesse lhe consolar. 

         - Calma, meu amor! Fica tranquilo! A mamãe está aqui! Não vai acontecer nada! - ela disse e depois virou-se para Velasco. - Viu o que você fez? 

          Com a cena, Dani pediu colo ao pai, pois também estava assutado. 

        - A culpa é sua! - Velasco disse, ainda com raiva. - Como você permite que o MEU filho chame esse aí de pai?

        - Ele sentiu um carinho pelo Poncho e acabou chamando! - Anahí disse, enquanto ajeitava o filho para que ele ficasse em seu colo e se acomodasse sem pressionar a sua barriga. - Não há mal nenhum nisso!

         - E você gostaria que o Manu chamasse outra pessoa de mãe? 

          - Se fosse uma mulher que tratasse bem o Manu e quisesse o bem dele, eu não veria mal nenhum!

          - Até parece! - ele disse, seguido de uma risada irônica. 

          Ela sabia que não era algo tão simples assim, mesmo assim, para o momento preferia dar essa resposta. 

          - Não importa! - Anahí disse. - Mas você não deveria ter gritado com seu filho desse jeito!

           - Ele precisa entender quem é o pai dele de verdade! Já que vocês estão enfiando ideias absurdas na cabeça do menino!

            - Nós nunca falamos nada! - Anahí disse. - O Manu simplesmente sentiu vontade e falou. Se você não faltasse tanto como pai, talvez ele não fizesse isso. - ela disse com raiva. 

            Ouvir isso fez com que Velasco ficasse mais irado ainda. 

            - EU NÃO FALTARIA COMO PAI SE VOCÊ NÃO FOSSE EMBORA DE CASA PARA FICAR COM O SEU AMANTE! ELE MORAVA COMIGO E EU O VIA TODOS OS DIAS ANTES DE VOCÊ ME TRAIR E IR EMBORA!

          Imediatamente Anahí trouxe Manu para mais perto do seu corpo e tentou tampar os ouvidos da criança que ainda chorava.

            - Que isso? - Poncho 

            - Ow, ow! -Poncho tentou cortá-lo. - Você está louco? Falando isso na frente das crianças??

            - Eu vou poupar as crianças de ouvirem esses absurdos! - Anahí olhou para Poncho. -Me ajuda aqui, por favor? 

        Ele colocou Dani no chão, foi até Anahí, para ajuda-la a levantar e pegou Manu no colo que já ainda chorava. 

       - Larga o meu filho! - Velasco disse, indo pegar Manu, porém Poncho mesmo o impediu. 

       - Essa não é hora de abuso de poder! - Poncho acariciou a cabeça de Manu e conduziu para que ele repousasse em seu ombro , enquanto acalmava o choro. - Eu vou levá-lo para o quarto. Ele não merece ficar aqui ouvindo as suas grosserias, ainda mais no dia do aniversário!

        Manuel Velasco respirou fundo e se aproximou do filho que dava breves soluços tentando ainda se acalmar.  

         - Filho, desculpa! - ele disse. - Papai ficou nervoso porque te viu chamando o Alfonso de "papai". 

          - Não pode? - a criança perguntou ingenuamente, enquanto coçava os olhos. Poncho delicadamente abaixou a sua mão para que não o machucasse.

         - Não... - Velasco disse em um tom mais ameno. - Ele é namorado da sua mãe, mas não é o seu pai. Seu pai sou eu! Você deve chama-lo de "Alfonso" ou de "Poncho".

         Manu olhou para Poncho e o rapaz sentiu compaixão pela criança ao vê-la com aquela expressão confusa. O garoto sentia vontade de chama-lo de pai e no seu entediamento, não parecia ser algo errado e muito menos ofensivo. 

          - Tá bom... - Manu voltou a abaixar a cabeça no ombro de Poncho. 

          - Meu amor, fica tranquilo! - Anahí acariciou a cabeça do filho. - Está tudo bem! 

          - Bom, - Poncho disse. - Vou levar as crianças para o quarto! Vem, Dani! - ele estendeu a mão para a criança segurar. 

     Chegando no quarto, Poncho colocou Manu sentado na cama e Dani se sentou ao seu lado. Poncho se agachou para conversar com os dois.

     - Fiquem tranquilos, viu? O papai do Manu estava nervoso, mas já está tudo bem!

    - Ele estava bem bravo! - Dani disse. 

    - Sim, mas já passou!  - Poncho disse. 

    - Ele não gosta mais de mim? - Manu perguntou assustado.

    - Gosta, claro que gosta! - Poncho disse. - Ele te ama! Por isso que ele ficou assustado quando você me chamou de "papai"! Olha Manu, eu te amo muito e mesmo que você me chame de "tio Poncho" eu vou te amar da mesma maneira, tá bom? - falou com carinho. - Eu amo vocês dois! E amo também o Emiliano que está chegando!

    - Eu também te amo! - Manu disse. 

    - Também te amo, papai! - Dani completou. 

     Na sala, Anahí estava furiosa. Não estavam sozinhos porque estavam o assessor e o segurança de Velasco no mesmo ambiente. Mesmo assim, ela não se sentiu intimidada para falar o que pensava.

      - Você é ridículo! como é capaz de falar desse jeito com uma criança? E ainda por cima, seu filho!

      - Você disse bem: ele é MEU filho! - enfatizou o pronome possessivo com agressividade em sua voz. - Não permito que ninguém roube esse posto de mim!

      - Ninguém vai roubar nada seu! Em nenhum momento Poncho fez isso! Simplesmente ele está aqui dando amor e carinho para o Manu e ele carinhosamente quis retribuir desse jeito! 

      - Vocês não tinham o direito de ter deixado! Esse era o momento de cortar e dizer que Alfonso não é o pai. Pode até ser chamado de "tio" porque criança chama qualquer pessoa assim, mas nunca "pai". 

       - Eu entendo a sua posição! E você podia ter falado comigo sobre isso e, até mesmo, conversado e explicado para o Manu a respeito! Mas nunca ter gritado dessa maneira! Agora já foi, agora você já gritou, ele já se assustou e por sua causa, boa parte desse dia já foi estragado!

         - Ah, essa é boa, agora a culpa é minha!

         - É sim! - ela ainda o olhava furiosa. 

         - Eu já disse que se eu quiser, eu levo o Manu e o Emiliano embora quando ele nascer! 

         Aquele era o ponto fraco de Anahí. Seus olhos imediatamente se encheram de lágrimas de tanta raiva que estava.

            - Vai embora! - ela disse com força. - Eu não quero vocês na minha casa! - olhou para ele e para os rapazes que o acompanhavam. - Por favor, saiam da minha casa.

           - É aniversário do meu filho. 

           - Mas é a minha casa! Se quiser, se despede do seu filho e vai embora! Eu não aguento mais te ver na minha frente!

            Ao ouvir uma risada debochada, Anahí se enfureceu mais ainda. 

          - Eu chamo a polícia, a imprensa, o que for! Dentro da minha casa eu exijo respeito!

          - Eu vou embora sim, - Velasco disse. - Mas não porque você está pedindo ou por causa dessa ameaças inúteis. Eu vou me despedir do meu filho e vou embora! Mas fique esperta, porque você sabe muito bem que eu tenho poder de fazer muita coisa com você e seus filhos!

            Anahí engoliu seco, mas fez de tudo para não transparecer o seu medo diante daquilo, pois era uma coisa que realmente lhe preocupava.

         Apenas acompanhada do seu segurança, Ivan, Maite foi na casa de Koko para tentar algum acordo a respeito de Sancho. Era apaixonada por aquele cachorro e sabia que a sua ausência também afetava na vida dele.

         Tocou a campainha e assim que Koko viu que Mane não estava acompanhando Maite, ele abriu a porta, porém, demonstrou desânimo ao vê-la.

       - O que você quer agora? - perguntou com tédio.

       - Conversar sobre o Sancho e vê-lo! - Maite disse, olhando para dentro da casa e lhe procurando. 

        - Precisava disso? - indicou o segurança. 

        - Claro! Você sabe que da última vez as coisas não foram tão tranquilas!

        - Por causa do idiota do seu namorado! - Koko disse com raiva. 

         - Koko, eu não estou aqui para discutir! - ela disse, respirando fundo para não ficar com mais raiva do que já estava. - Só quero fazer um acordo! Posso entrar?

         Ele deu passagem para ela e para Ivan que entraram e se sentaram no sofá. 

         - Koko, é sério! O que podemos fazer com o Sancho? Enquanto você não fizer um acordo, eu não vou desistir!

          Ele viu que não tinha saída.

         - Ok! - se rendeu, bufando entendiado.  - Como você quer que seja a divisão de dias?

        - Uma semana com cada, eu acho justo. 

       - Ok, mas você vem buscar e trazer! 

       Maite revirou os olhos. Achava que o justo seria que os partilhassem esse ato como em qualquer família, porém, mais uma vez achava melhor resolver logo a situação. 

       - Está bem! - disse. 

       - E é você! - Koko disse. - Não quero que seja Mane ou nenhum outro namoradinho seu! - ironizou. 

      Maite se sentiu ofendida com o comentário. Ela sabia o que o Koko queria insinuar com aquilo.

        - Apenas Mane é meu namorado! Eu não vou falar mais nada porque não quero discutir com você! Mas sim, eu venho buscar ou peço para o meu irmão, motorista!  Enfim, você não terá contato com o Mane se é isso que te preocupa!

        - Ok! 

       - Onde ele está? 

      - Está dormindo no meu quarto! - Koko disse se levantando. - Você vai levá-lo agora? Vou arrumar as coisas dele. 

       -  Perfeito! Obrigada! 

    Maite sorriu para Ivan esperançosa. Finalmente tinha conseguido o que queria. 

    Ainda sonolento, Sancho ficou visivelmente animado quando viu Maite no sofá. Foi até ela e recebeu o carinho dela. 

       - Meu amor, que saudade de você! Vamos para casa uma semana e depois você volta para o Koko! Finalmente tenho você de volta! - disse enquanto beijava o cachorro em seus braços. 

       Christopher deixou tudo semi-preparado, buscou Dulce no trabalho e a levou para  casa. Quando ela chegou, não havia nada de diferente. Christopher deixou tudo escondido para arrumar enquanto a moça tomava banho e, assim, conseguir surpreende-la. 

        - Está cansada, meu amor? - Christopher perguntou. 

        -  Um pouco! - ela sorriu. - As gravações estão intensas, mas estou conseguindo levar bem!

        - Você sempre leva! - ele sorriu. - Vou preparar o jantar, vai tomando banho que quando você sair, já estará tudo pronto!

         - Quanta eficiência! - Dulce sorriu.

        Assim que entrou no banheiro, Christopher pendurou um vestido no cabide, na porta do guarda-roupa, com um bilhete. Então, ele correu para a sala para preparar tudo a tempo. 

         Quando Dulce saiu do banho, ainda enrolada em uma toalha, Dulce olhou para o vestido e sorriu. Pegou o bilhete e leu o que estava escrito. 

 Dul, meu amor!

Quero que essa noite seja especial para nós dois!

Comprei esse vestido e estou preparando algo especial.

Pode se maquiar e se arrumar com calma (com muuuuuita calma rs) e quando estiver pronta, estarei te esperando na sala!

Te amo!

   Ela sorriu e suspirou.

    - Christopher, como você é maravilhoso!

  Apesar de Christopher ter pedido que Dulce fizesse as coisas com calma, a sua ansiedade não permitiu que ela fosse tão devagar como ele gostaria. 

    Porém, isso não atrapalhou muito, já que Christopher já tinha adiantado tudo. Só foi preciso colocar tudo no lugar.

      Quando  Dulce abriu a porta, viu que estava tudo escuro, sendo o caminho iluminado por velas que estavam espalhadas, deixando tudo em um clima bem romântico

      Enquanto andava pelo corredor viu fotos deles juntos, começando na época de Rebelde. Admirou cada uma delas. O amor e cumplicidade sempre estiveram presentes no olhar de cada um.

    A cada foto seu coração tremia. Uma onda de boas lembranças invadiam a sua mente. Nesse momento não pensou nas coisas ruins que viveram. Somente as boas. 

     Christopher estava terminando de arrumar quando viu Dulce chegando. Parou para admira-la naquela cena: vindo do corredor à meia luz, Dulce parecia desfilar em uma passarela ao seu encontro. Ela sorriu para Christopher e o abraçou, dando um beijo em seus lábios.

        - Que coisa mais linda tudo isso que você fez! Eu não mereço tanto!

         - Claro que merece! Aliás, merecemos!

        - Você é tão lindo! - conduzindo Christopher para um beijo. 

         Encerrando o beijo com um selinho demorado, ele afastou a cadeira para Dulce sentar e depois sentou na outra cadeira à sua frente. 

      - Hoje não tem música? - Dulce perguntou. 

      - Se você quiser, pode ter!

      - Quero! - ela sorriu. -  Quero ouvir a minha música!

      - E dessa vez podemos gravar!

       - Podemos! aliás, você deveria gravar essa música em um estúdio! Tenho certeza que faria sucesso!

       - Quem sabe um dia? E quem sabe você possa gravar junto! - ele sorriu. 

       - Seria perfeito! Uma música "vondy"! Nossos fãs iriam amar!

       Christopher serviu o jantar e eles conversaram normalmente. Dulce contou sobre as gravações e Christopher fazia comentários sobre o que ela falava. Ele não tinha muito o que contar sobre o dia, já que estava empenhado em preparar o jantar para Dulce. 

       Depois que comeram, Christopher estendeu a mão e pegou a de Dulce. 

       - Hoje eu preparei esse jantar especial aqui em casa para termos mais privacidade. Em qualquer restaurante não poderíamos fazer isso tranquilamente. 

       - Sim, com certeza! - ela sorriu. 

        Seu olhos brilhavam e seu coração estava disparado. Era muito bom ver aquilo acontecendo. Sempre havia sonhado com o momento de que realmente estivessem juntos. 

     - Para você, desde quando estamos namorando?  - Christopher perguntou.

     - Desde que eu vim para a sua casa... 

     - Então já somos namorados, certo? 

     - É... - Dulce disse com um sorriso nos lábios, mas balançou a cabeça de um lado para o outro.  -  Bom, mais ou menos, né? Você disse que não era oficial!

      - Por não ter aliança ou porque você não considerava oficial? - ele perguntou, fazendo Dulce dar risada.

      - É óbvio que eu já sinto que nós dois somos namorados! 

      - Certo! - ele sorriu. - Então se já somos namorados...

     Christopher pegou a caixa de alianças que estava no seu bolso e abriu mostrando para ela.

      - ... Quero saber se você aceita se casar comigo? 

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aaaaaaaah!!!! eu demoro mas volto!!!

Sempre volto!!! Vocês sabem!! haha

Obrigada pela confiança, por me esperarem e sempre voltarem também!!

Obrigada pelo apoio e pelo carinho!!!!

Beijooooos