Fanfic: O Milagre do Reencontro - Ponny e Vondy | Tema: AyA

         - Por que você está brava comigo, Dul? – Christopher perguntou baixinho, no ouvido de Dulce. Ela prendeu a respiração, odiava quando ele chegava assim tão perto dela. Não resistia a sua voz e muito menos àquela aproximação.

        Estavam na van, saindo do hotel e indo para o aeroporto. Dulce havia sido a primeira a entrar e o último banco do fundo para sentar. Christopher, entrou logo em seguida, para pegar o lugar ao seu lado.

        - Não estou brava, estou normal! – disse, demonstrando irritação em sua voz.

       - Eu te acho tão boa atriz. Como consegue mentir mal desse jeito? – disse novamente baixinho em seu ouvido e novamente ela sentiu todas aquelas sensações que não gostaria.

          Sem responder nada, Dulce virou-se para a janela. Assim não precisava encara-lo. Porém, ele deu um beijo no seu rosto, deixando-a desconcertada.

         - Por que não é sincera e me fala a verdade? Não queria que ficássemos mal por algo que não sei o que fiz.

        - Não é com você, tá legal? – falou irritada para cortar assunto.

        - E por que precisa despejar toda a raiva em mim? Você tratou super bem os outros agora de manhã.

        Dulce não respondeu, mas seus olhos encheram de lágrimas. Na hora veio a cena do Christopher saindo do quarto e se despedindo com um beijo na boca da garota que havia dormido em seu quarto aquela noite.

        - O que eu fiz, Dul? Fala pra mim!

        Ele sabia o que era. Queria que ela falasse, que ela admitisse.

         - Dulce, - perguntou Pedro Damian – Memo vai na próxima viagem? Preciso saber para reservar o hotel.

        - Vai! – afirmou com força em sua voz.

       A cena – e sensações – pareciam repetir para Dulce.

       "de novo esse jogo bobo."- disse para si mesma. Mas tinha ciência de que não era mais um jogo bobo. Estava casada com um homem que a fazia imensamente feliz. Não era mais uma paixão que tinha na tentativa de apagar seus sentimentos ou de provocar ciúmes. Agora era real e verdadeiro.

         Sentou no sofá e sentiu seu marido a abraçar. Sorriu para todos. Era estranho aquele momento, fazia tanto tempo que não se reuniam.

         - Estou realmente feliz de poder encontrar vocês! – disse Maite. – Dul, você está linda! Seu casamento foi muito bonito! Vi as fotos que publicaram, foi uma pena que tive que trabalhar no dia!

       Christopher se arrumou no sofá e acariciou a mão de Muriel.

        - Eu também, queria muito ter ido! Pena que tive um show no mesmo dia! – ele disse, tentando ser o mais verdadeiro possível.

        Aquele show havia sido marcado justamente para se distrair. Não queria ir no casamento e queria ter uma justificativa plausível para isso – e conseguiu.

       - Não tem problema! Eu entendo o motivo de todos! E... – olhou para Poncho. – desculpe não ter te convidado. Na época eu estava tão estressada com todos comentários, que acabei fazendo muita coisa sem pensar.

       - Não se preocupe, eu estava na correria com os meus trabalhos. Também não ia conseguir ir.

        Diana fuzilou Dulce com o olhar e então ela percebeu o que estava acontecendo. Internamente deu risada da situação, por mais que tinha sido namorada de Poncho, há muito tempo não sentia mais nada por ele a não ser uma amizade, que sendo sincera com ela mesma, até isso estava desgastada no momento. Porém, era olhar para Christopher e sabia que ali não tinha desgaste nenhum. Muito pelo contrário.

       Começaram a conversar e aos poucos o clima foi ficando mais leve. Ainda que o amor – que não foi levado a sério – continuasse pulsando dentro de alguns, os ânimos foram acalmando.

        Lembraram de shows, erros de músicas, coreografias erradas, viagens e várias outras situações que os fizeram rir.

         Ao poucos Anahí foi se acostumando com a presença de Poncho. Embora fosse difícil conviver ali tão perto, tinha que admitir que era bom vê-lo novamente. Sorriu ao pensar nisso, ainda que se sentisse totalmente desconcertada por dentro.

       - Vou olhar o Manu! – Anahí se levantou.

       - Eu vou com você! – Maite se levantou animada. – Quero conhecer ele e o Dani! Vamos Dulce?

       - Claro, vamos! – Dulce também se levantou.

        - Tragam eles aqui um pouco! – Poncho disse. – Assim todos já os conhecem!

         - Ótima ideia! – Christian sorriu.

       Poncho explicou onde era o quarto e elas seguiram até lá.

        - Vamos que quero conversar com vocês! – Maite disse empolgada. – Precisamos da nossa boa e velha conversa de meninas!

         Chegaram no quarto e encontraram Dani e Manu brincando.

        - Meu Deus! Que coisa mais linda! – Dulce sorriu. – Eles são lindos!

        - São mesmo! – Maite suspirou ao vê-los.

         Elas deram boa noite para a babá e entraram no quarto. Manu sorriu em ver a mãe e foi correndo abraça-la. Por ver Manuel correr, Dani o seguiu e fez o mesmo, abraçando Anahí.

          Anahí se agachou para poder abraça-los e Maite a ajudou a sentaram. Logo em seguida, as três sentaram no chão.

        - Você também quer carinho, Dani? Você é tão lindo... – disse olhando para ele.

       - Sabe o que é isso? – Maite disse, apenas mexendo os lábios, de costas para a babá. - Ele está conhecendo a madrasta.

        Ao ler os lábios de Maite, Dulce deu risada. Anahí ficou sem graça e imediatamente olhou para a babá, com medo que ela tivesse escutado, mesmo sabendo que era impossível.

       Elas abraçaram as crianças e brincaram um pouco com cada uma.

        - Vocês podem ficar com eles um momento? – a babá disse. – Vou fazer a comida para os dois.

       - Fica tranquila! Eles estão bem! – Dulce disse.

       Elas esperaram a babá sair e Maite foi fechar a porta.

      - Perfeito! Era o que eu queria!

       - Será que aqui não tem câmera? – disse Anahí olhando em volta.

      - Que isso? Big Brother? – Dulce deu risada.

     - Na minha casa tem câmera! Na casa inteira!

     - Com som? – Maite perguntou assustada.

       - Claro! – Anahí disse. – Preciso saber o que fazem com o meu filho! Eu não aceitaria que ele sofresse uma violência psicológica!

      Maite deu uma olhada em volta, não parecia ter nenhum indício de câmera.

      - A minha fica na lâmpada! – Anahí disse.

       - Vou confiar que Poncho confia nas pessoas que ele contrata! – Maite riu. – Meninas! Eu preciso falar: Por que esse encontro não aconteceu só nós seis, com uma garrafa de vodka rodando enquanto jogamos "verdade ou desafio?"

      As duas deram risadas.

     - Que foi? Quer ficar com o Christian? – Dulce deu risada.

      - Se o dilema fosse pra mim estava fácil! – Maite balançou a cabeça. – Estou falando de vocês!

      Anahí suspirou e olhou para Manu que brincava com Dani com blocos de encaixar.

       - Nem a mais pura das Vodkas poderia nos ajudar agora. – ela piscou várias vezes e voltou a olhar as duas. – Nossa realidade já é tão diferente! Cada um tem sua família, sua vida... – ela suspirou novamente. – É tão estranho pensar que eu estou aqui na casa dele, olhando para essas crianças e não somos uma família! A Anahí de 25 anos estaria decepcionada!

      - Está, né? – Maite perguntou.

      - Está... – ela parou com o olhar. – e a mulher dele, tão... tão... tão... não sei! Ela não é para ele! O Poncho é gentil e divertido e ela com aquela cara! Ele não a merece! Mesmo que ela tenha tentado ser simpática comigo, eu não acho que ele mereça tê-la como parceira.

      - Você não percebeu? – Dulce perguntou. – Ela está ciúmes de mim!

      - De você? – Anahí franziu a sobrancelha. – o que você tem a ver com a história?

      - Eu sou ex-namorada dele, esqueceu?

      Anahí começou a rir.

      - Sim, esqueci! Esqueci totalmente! – bateu na própria cabeça. - Só quem viveu os bastidores sabe onde esses sentimentos foram realmente mexidos.

        - Pois é... – Maite balançou a cabeça.

       - O Paco também tinha ciúmes do Poncho. – Dulce disse. – Entendo ele, também sinto ciúmes das ex dele e por isso eu respeitei o combinado de nenhum dos dois chamar os ex-namorados.

       - Por que você não queria que ele convidasse, né? – Maite disse.

        - Com certeza, não! – Dulce revirou os olhos.

         - E por que você convidou o Ucker? – Anahí perguntou.

     - Bom... – olhou para baixo. – uma das coisas foi porque o Paco não sabe da nossa história, então ele ia questionar porque eu não quis convidar. E a outra foi que... – suspirou. – Eu queria que Christopher me visse casando.

      - Queria? – Anahí estranhou. – Coitado do garoto!

     - É como se fosse uma espécie de vontade de vingança. Eu sei que é errado! Muito errado, por sinal!

     - Dá pra ver nos olhos dele o quanto ele ainda te ama! – Maite disse.

     - Não sei. Ele parece muito feliz com aquela piranha do lado dele!

     Maite e Anahí riram do jeito de falar de Dulce.

      - Você não muda! – Anahí riu.

       - Nem ele! – Dulce disse irritada. - Continua saindo com essas piranhas de quinta! Ele tem um péssimo gosto!

       - Lembre-se que você está no histórico dele de "gostos" – Maite disse.

       Dulce deu risada.

        - Eu fui a única exceção na vida dele. – Dulce parou por um segundo e riu, olhando para Anahí. – Você também, amiga!

       - Devo confessar que também nem lembrava dessa parte.

      Ouviram uma batida na porta e viram Poncho abrindo a porta devagar.

       - Atrapalho?

       As três se olharam e foi nítida a mudança de comportamento de Anahí tanto de corpo como a expressão de seu rosto.

      - Não, não atrapalha! – Maite se levantou. – na verdade, eu preciso ir no banheiro.

      - Eu vi onde é, eu te mostro! – Dulce disse se levantando.

     Poncho viu as duas se levantando e saindo. Deu uma risada abafada e balançou a cabeça. 

Obrigada pelo apoio pessoal!!!!

Fico super feliz com os votos e comentários!! Eu me empolgo toda vez que chega notificação haha

Beijoos