Fanfic: O Milagre do Reencontro - Ponny e Vondy | Tema: AyA

            Assim que fecharam a porta, Maite e Dulce começaram a rir.

           - Está melhor que encomenda! - comemorou Maite. - Vai, Dul, corre para o banheiro! Vou chamar o Ucker e tranco vocês dois lá dentro!

          - Deixa de ser palhaça, Mai! - Dulce deu um leve tapinha no braço de Maite.

          -  É a oportunidade perfeita! Anda Dul, deixa eu ver meus "casais lindos" felizes essa noite! - Maite juntos as mãos, fazendo gesto de oração e Dulce lhe deu outro tapa leve.

          - Não sou nem louca de estragar meu casamento por um beijo rápido no banheiro, para logo em seguida vê-lo com a biscate lá embaixo! Não, já passei dessa fase!

           - Não creio que não vou poder ver todos os meus casais essa noite! - Maite balançou a cabeça olhando para cima.

           -  Falando em "casais lindos" eu também faço questão de juntar um...

          - Quem? - Maite estranhou.

         - Ora, "quem?"! Quem seria, Maite? - Dulce cruzou os braços. - Quem é o cara mais apaixonado por você no mundo?

          - Mane? - Maite franziu a testa. - Não, não! Credo! 

         - Credo, por que? Ele te ama! - Dulce colocou a mão na cabeça, apoiando a testa com os dedos polegar e indicador, como se estivesse pensando. - Não quero nem ver quando o Mane ver nossa foto juntas! Vai perguntar cada palavra que você falou nessa noite!

          - Ignora! Ou faz que nem eu quando ele manda mensagem, manda um emoji de joinha!

         - Conheço ele a mais tempo que você e parece que nosso único assunto em comum é "Maite Perroni", acredita?

          - Acredito! - Maite revirou os olhos, demonstrando tédio. - Ele tem uma obsessão por mim, mas na hora de me trair não pensou duas vezes! Não tenho paciência para ele, Dulce! - disse com raiva.

          - Eu ainda acho que você deveria dar uma chance... - Dulce disse.

         - E eu ainda acho que você deveria ir para o banheiro... 

         - Não, você tem que ir ao banheiro e ficar lá até a Anahí sair do quarto com o Poncho! - Dulce disse. - Eu vou voltar para sala, antes que a Diana pense que estou aqui me pegando com o Poncho e estrague o meu momento AyA! - Dulce riu.

         - É também não quero estragar! Pelo menos um casal precisa ser feliz essa noite!

         - Se quiser outro casal feliz, eu ligo para o Mane e digo que ele está no banheiro esperando. -  Dulce disse, mostrando o celular. - Ele aparece aqui na mesma hora!

         - Idiota! - mostrou a língua, dando as costas e indo em direção ao banheiro.

          Dulce foi em direção a sala. Ela sabia da história entre Maite e Mane, e sabia também o quanto a amiga ainda o amava. Porém esse amor, estava escondido por trás de um grande sentimento de mágoa gerada pela traição por ele cometida. 

           Assim que as duas saíram, Poncho olhou para Anahí que o mirava fixamente.

           - Essas duas não mudam nunca.

          - Não mudam mesmo... - Anahí concordou.

          Ele foi até onde Anahí estava e sentou de frente para ela. Seus olhos azuis brilhavam ao olha-lo. Naquele momento podia admira-lo com mais calma e atenção. Percebeu que ele continuava lindo. Os anos haviam passado e algumas marcas de expressão já estavam mais forte em seu rosto, no entanto, não era algo que a incomodava. Continuava lindo - era esse o fato e era a única coisa que podia perceber em sua frente.

           Dessa vez foi Dani que correu ao encontro do Pai, para abraça-lo. Manu fez o mesmo e o abraçou também. 

         - E aí garotos? - disse poncho abraçando cada um. Anahí riu em ver a cena, lembrando da imagem de Maite há poucos minutos atrás. Manu também estava cumprimentando o padrasto.

         - O que foi?  - Perguntou Poncho ao ver Anahí rindo ao olhá-lo.  - Acha que não levo jeito com crianças?

        - Você leva muito jeito! - disse com um sorriso nos lábios! - Tenho certeza que é um ótimo pai!

        - E você com certeza é uma ótima mãe!

         Anahí pegou Manu em seu colo e lhe deu um beijo em sua testa.

       - Sou! - sorriu. - isso eu não posso nem ser modesta e fingir que não! Eu faço de tudo pelos meus filhos!

        - Acredito que sim! - Poncho sorrriu. - Manu e Emiliano têm muita sorte!

        - O Dani também! - ela sorriu.

        Eles ficaram em silêncio, se olhando. Era óbvio o que se passava na cabeça de cada um. Embora ninguém havia dito, os dois sabiam que compartilhavam do mesmo pensamento: ali deveria estar uma única família. 

        O silêncio foi quebrado por Manu que correu para pegar um boneco que estava do outro lado do quarto e Dani correu atrás dele, o chamando. Nesse momento, Anahí e Poncho ficaram desconcertados.

         - Aqui tem câmeras? - Anahí perguntou, na tentativa de quebrar o clima entre os dois, além de saciar uma dúvida que lhe preocupava.

         - Câmeras? - Poncho levantou uma das sobrancelhas, estranhando a pergunta de Anahí. - você quer fazer algo sem ninguém ver?

           Anahí deu risada e balançou a cabeça.  

          - Não tem câmeras, mas tem crianças! - Poncho disse, indicando os filhos e soltando uma leve risada. - Eles contarão o que viram os pais fazendo.

          Ao ouvir isso, Anahí arregalou os olhos, aparentando serem mais azuis do que realmente eram.

        - Não!! - Anahí abaixou a voz, fazendo sinal para Poncho falar baixo também. - Não, não! O que você está pensando que eu quero fazer?

        - Não sei, mas posso te dizer o que eu quero... - Poncho disse em voz baixa.

        Anahí engoliu seco. Era óbvio que queria o que ele estava insinuando, mas não podia. Sua vontade era chorar, correr, correr chorando... Ou, sendo sincera, beijá-lo.

      Queria não se importar com o que fosse e simplesmente beijá-lo. Imediatamente olhou para sua barriga que a fez lembrar de toda realidade que a limitava.

       - Você não está falando sério! - Anahí disse sem graça.

       - Não, não estou. - Poncho mentiu ao perceber que havia perdido o controle da situação e dito coisas por impulso. - Só queria ver sua reação.   

      - hum...

     - Mas diga, porque as dúvidas sobre as câmeras? - disse na sua tentativa de cortar o assunto.

      - Estávamos falando mal da Muriel! Ficamos com medo que a sua esposa visse e nos julgasse mal por estarmos falando pelas costas.

       - Quanto a isso não teria problema! - Poncho deu risada. - O que aconteceu? A Dulce está com ciúmes?

        - Não, não... - Anahí disse para encobrir a amiga, afinal, era um segredo de garotas. - A Dulce está super bem casada e nem pensa mais no Ucker!Eu que não fui com a cara dessa garota!

        - Ah sim, entendi...  - Poncho riu. - Vamos levar as crianças para a sala? Eu disse para todos que viria buscá-los e podem estar estranhando a minha demora.

          - Sim, vamos!

         Poncho levantou e estendeu a mão para ajudar Anahí a levantar. Só de encostar em sua mão, veio à tona vários sentimentos novamente. Aquele toque era um gatilho para liberar mais emoções dentro de si. Fechou os olhos e prendeu a respiração por alguns segundos, voltando a puxar o ar. Eram recordações lindas, mas naquele momento se tornavam dolorosas.

          - O que foi? Você está bem? - Poncho perguntou, enquanto segurava a sua mão.

         - Estou, desculpa! Tive uma uma tontura! - ela levantou rápido e soltou a sua mão.

        - Não levanta assim tão depressa, você pode sentir tontura de novo!

       - Eu sou toda contrária! Sinto a tontura antes! - disse rindo.

       - Any... - Poncho segurou a mão dela novamente, deixando-a incomodada. 

       - Oi?

       - Posso te dar um abraço? - ele perguntou.

       "Droga"- pensou Anahí. Não queria abraça-lo, não queria senti-lo. Sabia que as emoções e recordações viriam muito mais intensas com esse carinho.

        - A gente não se abraçou quando você chegou, - ele disse. - eu senti falta.

      Anahí respirou fundo, estendeu os braços e então Poncho a abraçou, fazendo carinho em suas costas. Anahí tentou resistir por alguns segundos, mas era impossível! Colocou as mãos nas costas de Poncho, fazendo carinho, enquanto seu queixo  - apoiado no ombro dele - deixava com que seu nariz sentisse o perfume de Poncho com mais facilidade. Mais um sentido havia sido ativado e com essa memória, seu corpo se arrepiou por inteiro, fazendo-a tremer.

          Poncho percebeu a alteração corporal de Anahí. Tinha vontade de falar algo, mas sabia que poderia ser pior. Ela imediatamente, saiu do abraço e virou-se para o filho.

           -  Vem Manu, vamos encontrar seu pai! - ela disse, estendendo a mão.

          Poncho assentiu e fez o mesmo com Daniel, chamando-o e dando a mão para levá-lo para sala.

   Oieeee!!! mais uma vez agradeço todo o apoio e carinho!!! Os comentários de vocês são fundamentais para que eu me anime e continue escrevendo!! Falem o que vocês estão achando, estou semrpe aberta a sugestões e críticas!!

Muito obrigada por tudo!! Beijooos