Fanfic: O Milagre do Reencontro - Ponny e Vondy | Tema: AyA

  Incessantemente, Maite começou a bater na porta do apartamento de sua amiga Jessica. Ela abriu prontamente.

    - Amiga? O que houve? - Jessica perguntou com a expressão de preocupação estampada em seu rosto.

    - Eu preciso falar com você urgentemente! - Maite disse enquanto entrava e ia direto para o sofá, sentando ali. Jessica pode notar que Maite parecia extremamente aflita, mexendo nas mãos e no cabelo sem parar.

     - O que houve? - Jessica repetiu a pergunta enquanto fechava a porta e ia ao seu lado para conversar. - Você está me deixando assustada! Você está bem?

     - Não sei dizer se estou bem! - ela passou a mão no cabelo novamente antes de olhar para Jessica. - Bom, eu vou te contar desde o começo! Depois de deixarmos vocês em casa, eu e o Mane conversamos e nos resolvemos. Ele disse que não fechou projeto nenhum com a Natalia e eu me senti uma ridícula por não ter dado a ele a oportunidade de se explicar.

     - Mas eu tinha certeza! Ele não seria capaz de fazer isso com você!

     - Eu sei, eu sei! Eu fui uma tonta! - ela suspirou e respirou novamente para se acalmar. - A Dulce me mandou uma mensagem e quando fui mostrar para o Mane, chegou uma mensagem do Andrés Tovar falando do projeto que gostaria de me chamar. O Mane leu e brincou perguntando por que eu poderia aceitar um projeto e ele não. Na hora eu até fiquei com raiva, disse que era totalmente diferente.

      - Com certeza!

     - A reunião foi hoje. Eu acabei de voltar de lá. Eu e a Palomo chegamos e logo vimos o Andrés... - falava rápido deixando claro o nervosismo impregnado em sua voz. - Somos amigos a muito tempo, você sabe, mas ele estava muito diferente hoje! Com um olhar sedutor, um jeito de falar diferente... Eu me senti totalmente... hipnotizada!

     - Mas vocês são amigos a tanto tempo...

    - Somos! E confesso que sempre achei que ele tinha um jeito mais "galanteador". Mas era algo natural, sabe? Eu não ficava tão mexida como fiquei hoje. Parecia ser uma... Não sei! Talvez uma atração sexual? Ele estava me encantando com o jeito dele! E fora que ele me elogiava a todo momento de um modo sutil. Dizia que gostava de conversar comigo porque meus olhos transmitiam paz. E disse isso olhando no fundo dos meus olhos. Nessa hora, eu até senti uma leve tontura e um arrepio interno! Durante todo o jantar foi assim!

     - Nossa, amiga! - Jessica exclamou assustada. - Mas você sabe que isso não é a primeira vez que acontece! Você já se sentiu atraída por outra pessoa dessa mesma maneira! Willian Levy!

     - Não me lembre! - Maite balançou a cabeça e colocou a mão na frente, fazendo sinal para a amiga parar. - E sabe o que é pior? É justamente o cara que Mane sentia muito ciúmes! Agora aconteceu a mesma coisa com o Tovar e eu estou me sentindo péssima por ter acontecido bem quando eu estava com o Mane! Estou me sentindo como se tivesse traído!

      Jessica olhou para cima, conectando as ideias dentro de sua cabeça.

       - Você já parou para pensar que se isso acontece sempre quando você está com o Mane é porque talvez você não o ame tanto assim?

       - Eu amo! - Maite disse imediatamente. - E me sinto muito amada por ele! Depois do nosso desentendimento desses dias, eu tive mais certeza ainda de que eu o amo! Por isso eu estou me sentindo péssima! E as sensações são totalmente diferente. O Mane eu sinto que o amo com todo meu ser. Com o Andrés eu me senti atraída! Parece que o jogo de sedução dele mexeu comigo. Não sei se foi intencional ou não, como eu disse, ele sempre teve esse ar de conquistador.

      - E você nunca caiu nesse jogo dele! Nem quando estava com o Koko! - Jessica completou. - Para mim você está insegura quanto ao seu amor com o Mane e por isso se deixou levar pelo momento. Não acredito que seja possível se encantar por alguém dessa maneira quando se ama de verdade. Muito menos alguém que você conhece a anos!

     - Mas é a verdade! É o que eu sinto! Estou me sentindo horrível também porque não faz muito tempo que eu estava com o Koko. Só que ele eu já sabia que não o amava... Era só comodismo.

      - Então chegou o Mane, que te trouxe na memória tudo o que você sentia sobre o "amor". Só que depois de matar a saudade, bateu a insegurança que você tinha a anos atrás quando estava com ele!

      - Não! Não é isso... - Maite balançou a cabeça.

      - Talvez você tenha que refletir bem sobre isso... - Jessica lhe disse. - Mas, enfim... E o projeto?

       - Não sei!

       - Não sabe o que? Se vai aceitar?

        - Eu não sei sobre o que é o projeto. Eu me me perdi, não prestei atenção.

       Jessica soltou uma risada.

        - Amiga, você estava tão hipnotizada assim que simplesmente não se lembra de nada?

        - Não lembro! Eu estava ouvindo a voz, mas não conseguia assimilar o que ele dizia. Eu só sei de uma coisa: eu não vou aceitar! Não posso trabalhar com ele e me sentir como eu me senti hoje! Seria péssimo e totalmente desrespeitoso com o Mane! Ele não merece isso!

        - Não merece mesmo! - Jessica disse. - Mas também não merece, mais uma vez, sofrer por amor. Amiga, você tem que avaliar se o que você sente pelo Mane é amor de verdade ou era uma saudade que já foi saciada. Porque se for isso, é preciso que ele saiba o quanto antes. Ele está muito envolvido com você! Aliás, sempre foi!

       - Sim, eu sei! - Maite suspirou. - Mas eu o amo! Eu sei que amo!

       Os convites de casamento de Dulce e Christopher já haviam sido entregues a todos os convidados. Dulce estava cada vez mais ansiosa. A todo momento conferia algo, mesmo sabendo que havia uma equipe responsável por cuidar de cada detalhe.

        Christopher viu Dulce sentada na cama com o seu notebook e se sentou ao seu lado. Colocando a mão no aparelho e fazendo menção de abaixá-lo, começou a beijar o seu rosto e logo foi direto ao seu pescoço.

       - Agora é hora de dar uma pausa nisso e dar atenção ao seu futuro marido.

       - Ah, eu sei! - disse segurando o notebook aberto para que Christopher não fechasse. - Deixa eu só ver se...

         Dulce tentou dizer, mas Christopher virou levemente seu rosto para que ela o beijasse. 

         - Vai ficar tudo perfeito! - Christopher disse em meio ao beijo enquanto ainda tateava para fechar o notebook. - Você vai estar lá e isto me basta. 

         Dulce deu uma risada em meio ao beijo e se desvencilhou apenas para deixar o aparelho em cima da mesa, ao lado da cama. Não tinha como impedir Christopher, até porque ele já havia mexido com ela o suficiente a ponto de tornar impossível continuar fazendo qualquer outra coisa que não fosse desfrutar daquele carinho. 

          O beijo de Christopher continuava causando as mesmas vibrações da juventude e isso era o que fazia aumentar o prazer entre os dois. Com cuidado, ele deitou Dulce na cama e ficou por cima dela, tirando a sua roupa. 

        Dulce tirou a camiseta que ele estava vestindo e deixou com que ele percorresse com os beijos pelo seu corpo, descendo pelos seus seios e desfrutando de cada parte do seu corpo. 

       Os carinhos de Christopher a excitavam cada vez mais e Dulce fazia questão de retribuir à altura massageando o membro do namorado. Com ela, Christopher se sentia totalmente realizado. Ele sabia que não era simplesmente pelo o que ela fazia, mas sim por ser quem estava ali ao seu lado. Simplesmente isso. 

        Dulce mexia com os seus sentimentos de uma maneira incomparável, fazendo com que cada gesto tivesse um sabor especial, causando um misto de emoções. 

        Após a transa, Dulce se aconchegou se apoiando em cima do tórax de Christopher e ele passou o braço por cima dela, trazendo seu corpo mais para perto. Os dois se olharam como um gesto de amor e ternura entre eles. 

       Era possível ver na pupila de Dulce o quanto ela estava feliz. Ainda que em silêncio, ela agradecia por estar vivendo aquele momento e por ser apenas o começo de uma longa história que estava começando a escrever. 

    A visita de Christopher e Dulce em sua casa, fez com que Diego se sentisse bem. Depois de escutar os dois dizendo que sabiam entre ele e Christian, e que apoiavam o relacionamento dos dois, fez com que ele tirasse um peso de suas costas.

   Diego já imaginava, mas seus medos lhe assombravam tanto, que faziam com que o receio da rejeição e preconceito criasse uma barreira, impedindo com que ele encarasse a realidade. 

    Tomado pela coragem, Diego foi para casa de Christian. Ele ficou surpreso com a visita quando foi informado sobre a chegada do rapaz. 

     - Diego? - Christian sorriu ao abrir a porta. - Que bom que você veio!

     Diego olhou o rosto de Christian e viu seus olhos inchados deixando evidente que estava chorando.  

     - Chris? - Diego colocou as mãos nos ombros de Christian. - O que houve? 

     - Eu estava precisando de você agora! 

    Christian deu um passo para trás, para conduzir Diego para dentro do apartamento e fechou a porta. Logo em seguida, o abraçou e deu um beijo demorado nos lábios de Diego. 

      Dava para perceber o nervosismo de Christian através de seu corpo. Por isso mesmo, Diego fez de tudo para acalma-lo. 

      - Vem... - Christian pegou em sua mão e o levou até o sofá. - Preciso contar o que aconteceu!

      Christian pegou o celular e mostrou para Diego. 

     - O Maico me mandou essas fotos no meu celular. Ele quer dinheiro para que eu não o processe.

      As fotos eram de Maico com a cabeça e o rosto ensaguentado, tiradas de vários ângulos. Diego se assustou ao ver aquelas imagens e olhou com a expressão de medo para Christian.

     - Você... - Diego respirou fundo antes de continuar a pergunta. - Você fez isso? 

     - É... Eu fiz.... - Christian disse receoso. Ele havia percebido que maior que o espanto de Diego ao ver as fotos, era imaginar que Christian foi capaz de agredir alguém. 

     - Quando você disse que terminou com o Maico, você disse apenas que tinha tido uma "briga" com ele. Mas, er... Eu imaginei uma discussão de palavras, ofensas... Não uma briga física.

      - Eu fiz isso em legítima defesa. Ele já me agrediu várias vezes e nesse dia ele iria agredir de novo. Na hora do desespero, a única coisa que vi para me defender foi a garrafa. Então bati na cabeça dele e fugi.

      - Você não me disse nada!

       - Não fiz por mal... - Christian disse. - Em nenhum momento pensei em  te esconder, simplesmente não me passou a ideia de contar. Quando estamos juntos falamos sempre coisas boas e não me remeteu falar sobre isso. De verdade. 

         Diego ficou em silêncio e olhou as fotos mais uma vez. Conhecia Christian a muito tempo e sabia que ele não era uma pessoa violenta. mesmo assim, aquelas fotos lhe causaram uma sensação de medo. Em quais condições Christian fez aquele ato? Até onde ele seria capaz de ir?

         Como se lesse os seus pensamentos, Christian pegou nas mãos de Diego. 

         - Eu passei por muita coisa com o Maico. Isso aconteceu na tentativa de defesa. Sei que foi errado. Mas na hora eu não vi outra alternativa. 

         - Sei que você não é uma pessoa violenta. - Diego disse. - Mas isso foi realmente grave.

          - Foi! Eu sei que foi! Mas eu nunca seria capaz de fazer isso! Você lembra do dia em que fizemos o boletim de ocorrência pelas ameaças? Foi nesse dia que ele chegou em casa nervoso, queria saber com quem eu estava, onde eu estava. Ele me prensou na parede e deu um soco muito forte lá. Ele acabaria comigo se pegasse no meu rosto. Por medo, eu peguei a garrafa e quebrei nele. 

          - Você fez algum outro registro na delegacia? 

         - Não... Eu não fiz e acredito que ele também não. Ele me ligou pedindo o dinheiro para não me processar e nem me queimar na mídia. Depois me mandou as fotos pelo whatsapp. Provavelmente ele me ligou para não ter registro e eu não estava preparado, não gravei a ligação. 

        - Ele deve ter pensado nisso. E você pensa em pagar? - Diego perguntou.

        - É um valor muito alto! Eu não tenho esse dinheiro!

       Diego deu um suspiro. 

      - Eu posso te ajudar. 

      - É um valor muito alto, Diego. Não tem como! E eu não deixaria você pagar esse valor. 

       Christian pegou as mãos de Diego novamente e deu um beijo.

        - Você me dando apoio e acreditando em mim já é mais o que suficiente para me ajudar!

           Antes de entrar na casa de Mane, Maite respirou algumas vezes para se sentir mais calma e fazer com que o namorado não percebesse o estado em que estava. 

         - Oi, meu amor! - Mane abriu a porta e sorriu em ver Maite. 

          - Oi, amor! - Maite sorriu também e foi em sua direção para abraça-lo. 

          Os poucos segundos que distanciavam os corpos, foram o suficiente para Mane admirar aquele sorriso. Ele achava lindo o desenho de seus traços: quando ela sorria, os olhos fechavam, deixando seus cílios em evidência. A covinha, que possui apenas de um lado, aparecia e dava um toque especial ao seu rosto.

         Recebeu Maite em seus braços e a beijou com carinho. Para ele, era engraçado pensar que havia suportado anos longe dela, porém sentia falta por estar longe apenas algumas horas. 

         Em meio ao beijo, Maite se atentou a cada reação do seu corpo. Percebeu como Mane mexia com a sua estrutura. Ela sabia que aquilo era amor - só podia ser amor. 

         Após o beijo, ainda abraçada com ele, Maite olhou nos olhos de Mane e viu um olhar apaixonado. Ele a olhava com muito carinho e aquilo lhe fazia arrepiar só de pensar o quanto era amada por ele.  

       "Sim, é ele! Não resta dúvidas" - disse a si mesma em pensamento, na tentativa de confrontar todas as sensações que havia sentido naquela noite e que estava disposta a esquecer.

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