Fanfic: O Milagre do Reencontro - Ponny e Vondy | Tema: AyA

   Diego saiu da casa de Christian intrigado com o que havia acontecido com ele. Não queria imaginar que Christian era agressivo ou envolvido com drogas e bebidas, influenciando a cometer alguma agressão. 

          Chegou em casa muito tarde e achou melhor esperar o outro dia para ligar para Dulce e Christopher para conversar com eles. Precisava conversar com alguém e imaginava que poderiam acolher as suas dúvidas, já que tomaram a iniciativa de incentivá-lo a viajar com eles. 

         Acordou no outro dia e ao pegar o celular, viu que havia uma mensagem de Christian:

[01:54, 15/02/2020] Christian: Obrigado por ter vindo aqui em casa. Você não imagina o bem que me fez. É como se tudo estivesse bagunçado dentro de mim e você me ajudasse a me pôr no lugar. É o meu equilíbrio. Obrigado por estar comigo!

          Inevitavelmente, ele sorriu, ainda que o medo batesse. Deu um suspiro longo e pesado. As coisas pareciam não se encaixar dentro de si. Eram muitas dúvidas e medos que pareciam aumentar cada vez mais. Será que era aquele era um sinal para se afastar?

          Afetivamente estava gostando dessa nova fase. Porém, cada hora parecia surgir mais um medo e isso não estava lhe ajudando.

         Tinha uma vida boa e estável. Não queria ter um relacionamento que o prejudicasse que afetasse a sua paz. 

         Tentou escrever várias vezes a mensagem para Christian,  entretanto não conseguia concluir. Não sabia o que dizer. Era a hora de terminar ou dar esperanças? 

         Procurou a conversa com Dulce e lhe mandou mensagem. 

 [08:36, 15/02/2020] Diego: Preciso conversar com vocês! Que hora podemos nos encontrar? 

         Dulce não respondeu imediatamente. Mas assim que viu, conversou com Christopher e marcaram de se ver no fim da tarde no apartamento do casal. Sabiam que essa conversa tinha a ver com Christian.

          Ao despertar, Mane ficou deitado admirando Maite ao seu lado. Havia esperado tanto tempo por aquele momento, que fazia questão de desfrutar cada segundo ao seu lado. 

        Começou a fazer carinho no alto de sua testa, perto de seu cabelo. Aquele gesto deu um efeito relaxante em Maite e ela de afundou mais no travesseiro. Cuidadosamente, Mane a levou mais para perto de seu corpo, aconchegando-a em seus braços. 

      - Eu te amo! - ele sussurrou em seu ouvido.

      Apesar de estar muito bem amparada e totalmente envolvida em seu sono, Maite conseguiu ouvir aquelas palavras em seu sonho. As palavras eram regadas de afeto e deveriam ser confortantes, porém toda a confusão na mente de Maite, encaixou aquelas palavras em uma cena de pesadelo: Ali estava ela, no jantar com o Andrés Tovar e as palavras de Mane rondando a sua mente. A culpa pesou mais ainda. No sonho ainda apareceu Koko, dizendo sobre como ela foi apoiadora de uma traição, fez com ele e agora estava fazendo novamente. 

        Acordou num susto com as palavras de Koko em sua mente e Mane até se surpeendeu com o seu comportamento depois de dizer um "Eu te amo" em seu ouvido.

        - O que houve, amor? - Mane perguntou preocupado, ainda acariciando o seu rosto. 

        Maite ainda estava atordoada. Sentou-se na cama e Mane a acompanhou, sentando ao seu lado. 

        - Eu estava tendo um pesadelo!

       - Eu achei que estava te acalmando, para você dormir melhor e estava. Mas quando eu falei, você fechou os olhos com força, como se eu tivesse falado algo ruim e começou a se remexer como se estivesse tensa. - Mane descreveu o que tinha visto.  

         - Você disse "Eu te amo", não foi? Eu ouvi no sonho!

         - E foi isso que transformou em pesadelo? - Mane franziu a testa, mas em tom divertido. - É tão ruim assim saber que eu te amo? 

          - Claro que não, meu amor! - Maite segurou o seu rosto e lhe deu um beijo nos lábios. - Eu ouvi a sua frase e logo em seguida apareceu o Koko, dizendo que eu apoiei a traição dos meus amigos e havia feito o mesmo com ele. 

          - Você ainda o ama? - Mane perguntou preocupado de verdade. Não havia mais o tom de graça, mostrando que sua preocupação era real. 

          - De jeito nenhum! - Maite respondeu olhando em seus olhos. - Você sabe que eu já não amo o Koko faz muito tempo! Eu estava apenas acomodada na relação e você chegou me "abrindo os olhos", despertando o amor que estava adormecido. 

        Ela viu Mane sorrir aliviado e lhe deu mais um beijo. 

        - Só acho que ainda não superei a culpa. - Maite disse. - Acho que por mais que eu diga que "não ligo para o que ele pensa", acho injusto que eu saia com a reputação manchada sendo que eu nunca o traí. 

         - Entendo... A gente não se sente bem quando é acusado de algo que não fez.

         Maite o olhou e deu uma leve risada de si mesma, ainda carregada de culpa. 

         - Eu fiz o mesmo com você! - Maite disse, passando a mão no rosto de Mane. - Fui tão injusta, me afastei e hoje sei como você se sente!

          - Não te disse por causa disso! Falei apenas na intenção de dizer que entendo o que você sente. Esse assunto já é passado, nós já conversamos!

          - Sim, eu sei! - Maite disse e se apoiou para levantar. - Eu preciso de um bom café para despertar e esquecer esse pesadelo.

          Para Mane, Maite preferiu omitir a parte de Andrés Tovar em seu sonho. Aquilo poderia atrapalhar a relação entre eles e levantar hipóteses no namorado, das quais não queria que houvesse. No entanto, Maite não conseguiu fugir do assunto durante o café da manhã, já que Mane, tomado pela curiosidade, trouxe para a conversa.

         - Como foi a reunião ontem com o Andrés Tovar? 

         Internamente Maite estremeceu de medo. Não queria que Mane percebesse qualquer sinal de nervosismo da sua parte. 

         - Foi boa! Devo dizer que me concentrei mais no jantar do que na conversa! - Maite deu risada. - Ele conversou mais com a Palomo. 

        - E sobre o que era o projeto?  - Mane perguntou. 

        - É um trabalho na tevê. Gostaria que eu atuasse em um quadro que ele estava planejando. Ele explicou e a Palomo disse que depois teremos uma reunião para analisar a proposta. Mas pela cara dela, acho que ela não vai aceitar. - tentou dizer o mais natural possível.

        - Não? Ela não gostou?

        - Ela me disse que não acha que tenha muito a ver com o rumo que a minha carreira está tomando. Que seria melhor eu me concentrar nas séries e filmes. Ainda vou ver direito com ela.

         - E o que você acha disso? - Mane lhe perguntou.

         - Concordei com ela. Não me chamou muito a atenção esse projeto. 

         - Entendi. 

        Maite mudou de assunto, falando sobre a viagem que iriam fazer em breve, para que não fosse necessário falar sobre isso e, consequentemente, parar de inventar mentiras.

          Anahí se sentia bem amparada.  Além de Poncho que dava todo apoio que precisasse, contrataram uma pessoa para ajuda-la a cuidar de seus filhos, principalmente quando estava sozinha, já que Poncho estava em meio a uma gravação.

           De tarde, Mariana, sua funcionária, foi ao quarto do seu filho lhe entregar a correspondência que haviam deixado a pouco tempo. 

           - Mandaram entregar essa correspondência.  -Mariana lhe disse. 

          Anahí pegou o envelope e se assustou ao ver que o remetente era o Tribunal Superior de Justiça. Abriu a carta rapidamente e passou o olho rapidamente lendo rápido.

          - Quem entregou? Foi um Oficial de Justiça? - perguntou com o nervosismo aflorado em suas palavras. 

           - Foi recebido pelo porteiro do condomínio. 

        - Ok! - disse ainda nervosa. - Eu vou ler isso direito... preciso ficar  um pouco sozinha! Você olha o Emiliano para mim, por favor? 

           - Sim, claro! 

       Anahí foi direto para o seu quarto e fechou a porta. Leu com calma aquele documento, prestando atenção em cada palavra ali escrita. Nele dizia que a partir da data de recebimento do documento, a guarda dos filhos Emiliano e Manuel pertenciam ao pai, Manuel Velasco Coello, dando a Anahí apenas o direito de visitas.  Ali dizia que ela tinha o prazo de dez dias para levar os filhos para a residência "oficial" ou então seriam "tomadas as medidas cabíveis".

       - Medidas cabíveis? Do que se trata isso? - perguntou a si mesma. 

       O seu coração estava disparado. Ela sabia que aquele silêncio de Velasco não passaria abatido e com certeza ele estaria tramando alguma coisa. 

         Respirou algumas vezes para se acalmar. Tirou uma foto do documento e mandou para o seu advogado. Sabia que ele faria alguma coisa. Também mandou o documento para Poncho, apenas para deixá-lo a par e poder acalmá-la assim que pudesse. 

         Não estava disposta a entregar seus filhos ao seu ex-marido e faria o que fosse necessário para que ele não concretizasse o ato. 

         Dulce chegou das gravações e esperou Christopher que estava no ensaio de um novo projeto. Quando ele chegou em casa, preparam algumas coisas para receber Diego em sua casa.  Estavam na expectativa do que ele tinha para contar. Embora quisessem que fosse boas notícias, imaginavam que não seria algo tão bom assim, pois a mensagem de Diego não transmitia a mensagem de tranquilidade.