Fanfic: O Milagre do Reencontro - Ponny e Vondy | Tema: AyA

  Logo pela manhã, Anahí e Poncho saíram com Emiliano e Manuel. Poncho colocou todas as malas no carro e Anahí ajeitou seus filhos nas cadeirinhas, ficando sentada entre eles. 

       - Aonde vamos, mamãe? - Manu lhe perguntou. 

      - Vamos passar alguns dias na praia, meu amor! - Anahí disse em um sorriso. 

     - O papai vai também? 

     - O Poncho vai levar a gente e tem que voltar para trabalhar, mas logo estará com a gente. - disse, indicando Poncho que acabava de entrar no carro e sentando no banco do motorista.

     - Não, não este papai. O meu papai! 

      Anahí e Poncho se olharam com um ar entristecido. Manu pouco falava do seu pai biológico e ultimamente se referia mais a Poncho como "pai".

      - Ah, ele não!

      - Não vi mais o papai! - Manu disse em tom baixo evidenciando a sua tristeza. - Tô com saudade dele!

        Manu abaixou a cabeça e levou a mãos nos olhos. Anahí conduziu delicadamente para que Manu as abaixasse.

         - Ele está trabalhando, mas logo vocês vão se ver.

         - Quem sabe depois da viagem? - Poncho disse animadamente. - Você vai para a praia com a sua mãe e com o seu irmão. Depois eu vou levar o Dani, vai ser super divertido!

        Anahí sorriu e deu um beijo em seu filho. 

        - Vai ser bem divertido! - Anahí lhe disse, porém com seu coração partido. Não queria que os filhos estivessem passando por essa situação. Naquele momento julgou-se como péssima mãe por estar pensando somente em si, ao invés da felicidade dos filhos que gostariam de ver os pais juntos, morando na mesma casa. 

        Ao ver o semblante abatido de Anahí, Poncho esforçou-se para virar-se e tocar em seu joelho. 

       - Amor, vai ficar tudo bem! Eu estou com você! Com vocês!

        Anahí despertou de seus reflexões e sorriu ao ver a presença de Poncho ali. Realmente estava bem aparada e com os seus filhos não era diferente, Poncho dedicava-se muito a eles  e lhes transmitia muito amor. 

        - Sim, eu sei!

        No caminho, Anahí foi refletindo sobre a sua situação. Não podia - e nem queria - fugir a vida inteira. Só queria esperar que seus advogados resolvessem a situação. Que ficasse com a guarda dos filhos e que seu ex-marido pudesse ter suas visitas reguladas. E, o mais importante de tudo, que ele cumprisse o que fosse acordado para que seus filhos não sofressem com a sua ausência, principalmente Manu que já estava acostumado com o pai. 

        Como sempre, Maite foi despertada por Mane com muito zelo. Ele não poupava carinhos e ela se encantava com isso. Também sempre foi muito carinhosa e adorava que esse gesto fosse recíproco. Durante o tempo que esteve com Koko, não tinha tanto retorno, porém o entendia, pois ele tinha seu jeito mais reservado e intimista.

        - Bom dia, meu amor! - Mane disse, dando um beijo em seu rosto, enquanto trazia Maite para mais perto do seu corpo que estava de costas para ele.  

        Ela se virou de frente para ele e lhe deu um beijo nos lábios. 

       - Bom dia, meu amor! - ela disse. - Amo acordar assim!

      - E eu queria ficar assim o dia inteiro! - Mane a abraçou. - Mas...

      - O dever nos chama! - ela riu. - Teremos nossa viagem inteira de Acapulco para curtir juntos! Estou super ansiosa por essa viagem! E agora mais ainda, pois também estou preocupada com a Any e as crianças. Não queria que ela ficasse sozinha lá.

        Desde que Anahí havia avisado aos amigos sobre a viagem, Maite mantinha os pensamentos na amiga. Não queria deixá-la sozinha, ainda mais agora que acabara de ter um filho e estava junto com outra criança.

       - Entendo! - Mane disse. - Também me preocupo com ela! Se eu também não estivesse trabalhando, eu iria, só para ajudá-la! Com a sua permissão, é lógico!

        Maite soltou uma risada e deu um beijo nele. 

       - Lógico que teria a minha permissão. Eu ficaria muito feliz de você ajudá-la neste momento tão delicado. Mas também entendo que você não possa fazer isso agora! 

        - É, não posso!  Se eu tivesse qualquer outra possibilidade, eu faria. 

       - Você tem um coração de ouro, Mane! Eu me orgulho tanto disso!

       Ela o beijou e curtiu o momento com o seu namorado. Assim que ele levantou para tomar banho, ela pegou o celular e e a respiração ficou presa por alguns segundo. Uma das primeiras mensagens era a de Andres Tovar que lhe mandava um "Bom dia". Mesmo sendo ignorado pela última mensagem que havia enviado, ele não parecia ter se incomodado e ainda buscava um contato.

        Na intenção de responder alguma coisa, Maite leu novamente a mensagem que o amigo havia mandado no dia anterior, entretanto sua cabeça fervia de tensão que sentia naquele momento. Coração disparado, corpo gelado e pensamentos confusos - isso era fruto da mistura do nervosismo que a situação lhe causava junto com o medo de que Mane visse a mensagem e desconfiasse de algo. 

         Pensou um pouco e achou melhor responder o mais profissionalmente possível. Mesmo que fossem amigos a muito tempo, não queria deixar nenhuma abertura que fizesse com que Andres se confundisse. 

(06:54) Maite: Bom dia! Nossa reunião realmente foi muito proveitosa. Palomo já está analisando a data deste e de outros projetos. Creio que em breve ela te enviará a resposta. 

             Maite enviou a mensagem e apagou todas as outras para que Mane não visse nenhuma. Não queria que, assim como Koko, desconfiasse de uma traição que não existia e nem nunca iria existir.

          Durante todo o dia, todos se preocuparam muito com Anahí. Sabiam que ela estava com Poncho, mas mesmo assim, queriam ter a certeza de que tudo havia dado certo.

        Às três horas da tarde, Anahí mandou notícias no rupo dizendo que estava bem e que havia dado tudo certo. Explicou que a demora havia acontecido devido as inúmeras paradas que fizeram. Sempre que precisava trocar a fralda de Emiliano ou dar de mamar, Poncho parava em um local seguro para que Anahí fizesse isso com tranquilidade. Também pararam para se alimentar e distrair Manu, que ficava logo entediado no carro, mesmo que tenha dormido em boa parte do tempo de viagem. 

        - Que bom que a Anahí já está segura no hotel! - dentro do carro, Dulce disse para Christopher quando voltavam para casa. - Eu me sinto mais tranquila assim. 

       - Eu também! - Christopher lhe disse.

       - Não vejo a hora de estar lá! - Dulce sorriu. - Estou sonhando com o nosso casamento todos as noites!

        - E eu sonho a vida inteira! - Christopher riu e Dulce acompanhou na risada, dando um leve tapa em seu ombro. 

        - Não seja bobo!

        - E não é a verdade? 

        - Em partes! - ela riu. - Você tem uma passado obscuro em que outras pessoas cruzaram o seu caminho. 

       - E continuava pensando em casar com você! - ele disse, fazendo Dulce sorrir. - Não quero jogar na cara, mas o seu passado é bem pior que o meu! 

       - Só porque eu casei? 

       - "Só"! Só porque me fez sofrer! - Christopher disse e ainda que tudo fosse verdade, eles falavam em tom divertido.

           - Ah, mas não importa mais nada! Estou louca para casar com você! ter os meus amigos junto comigo neste momento tão especial, vai ser lindo! 

           - E quando vamos anunciar ao público?

           - Não sei! - Dulce suspirou. - Está tão bom assim, sem a mídia se intrometendo. Se eu pudesse manter tudo no sigilo eu ficaria bem mais feliz. Claro que quero a liberdade de andar por aí sem medo de ser vista. Mas, - deu um suspiro mais pesado dessa vez. - A imprensa às vezes é tão cruel que acaba pesando demais em tudo!

            - Às vezes?  - falou com ironia. 

            - Ah, sempre! Tenho uma visão de fora, mas percebo que a minha vida e a das meninas é muito mais invadida do que a sua, Poncho e Christian. Olha só o Poncho, consegue manter praticamente tudo da sua vida em particular. O pouco que sabem é o que divulga. 

             - É... Comparada com a de vocês, termos até que uma certa "privacidade". 

             - Pois é, e isso é tão ruim! Amo que eu faço, mas gostaria de viver a fama só enquanto gravo, enquanto sou artista. Gostaria muito que a minha vida pessoal fosse respeitada.

              - Também gostaria, mas faz parte da nossa escolha!

               - É, eu sei...

             Assim que chegaram em casa, Dulce e Christopher se beijaram. Isso era uma das coisas que (ainda) não podiam fazer na rua como qualquer outro casal.