Fanfic: Muse- For every aroma you exhale | Tema: Vondy

Capitulo 9:

Point Of View:Dulce:

Chego em casa e escuto meu celular tocando. Passo pela cozinha e há um bilhete na geladeira “Treino dos Pequenos Alfinhas” sorrio porque me lembro da felicidade quando Ben conseguiu vaga neste Club. Subo para meu quarto e meu celular ainda toca dentro da minha bolsa, pego ele e vejo no visor “Danna” sinto um alivio no peito, era a pessoa que mais precisava conversar hoje.

-Hola, estou bem sim e você? Ah me desculpa acabei de chegar da minha última consulta. Sim do Christopher- se joga na cama- Não Danna ainda não o agarrei. Preciso te contar algo, calma- retira seus sapatos- pronto agora estou mais confortável. Ok vou contar, lembra que te contei que hoje era aniversário da Ester, a enfermeira do hospital que saiu com a gente aquele dia... Então sabe o que aconteceu? Miguel a beijou na frente de todos. Ahh... Levei um susto, mas faz tempo que não temos mais nada. Sim, sei que ás vezes a gente transava, mais sentimento mesmo não tínhamos mais, no final acho que foi bom- escuta a porta da entrada se abrir- Dan, mais tarde conversamos Benjamin e meu pai chegaram besos- vai em direção ao banheiro.

Entro no chuveiro e os pensamentos tomam minha cabeça. Não consigo parar de pensar em Ayla, uma menina tão nova perder a mãe, ela deve sentir falta e eu a entendo. Talvez eu tenha julgado Christopher demais, talvez ele ainda tenha um trauma por perder a esposa. Saio do banho e coloco uma roupa leve, deito-me na cama e resolvo pesquisar um pouco sobre a história deste acidente. Pego meu computador e digito “Christopher Uckermann” aparece tudo sobre a origem da sua empresa, e por quem é administrada atualmente, faço outra pesquisa “Christopher Uckermann acidente” e então consigo o que procuro. O site diz que foi um acidente em 2016, no dia do aniversário da filha: “O carro acabou capotando com a família, depois de 3h presos entre as ferragens, pai e filha foram socorridos. Porém o corpo de Belinda Peregrín Portilla, esposa de Christopher e mãe da Ayla, filha do casal, foi arremessado para fora do carro e nunca encontrado.” Meu coração aperta, por imaginar o quanto de sofrimento está família não deve ter passado.

Point Of View: Christopher:

Acordo e faço os alongamentos que Dulce Maria tanto pede, olho pela janela e vejo a chuva lavar as ruas em frente de casa. Desço e tomo café, minha mãe avisa que preciso ir até a empresa porque Maite quer conversar comigo, então assim eu faço. Espero na sala de Maite, uns 20min por conta de ela estar em uma reunião, estou quase morrendo de tédio até que May abre a porta e se senta na mesa de frente para mim.

-Bom dia Ucker- coloca algumas pastas em cima da mesa.

-Bom dia May.

-Christopher, o que eu tenho para te falar não e nada agradável- digita algo em seu computador e depois mostra para ele- está vendo estes números?

-Sim, altos por sinal.

-Pois é, essa é a quantidade de rejeição e devolução do novo perfume que lançamos- passa as mãos pelos cabelos- Ucker, eu não sei mais o que fazer já cortei pela metade os funcionários e dispensei o nosso advogado. Vamos falir!

-Maite, nós não podemos perder essa empresa.

-É fácil falar isso quando não está aqui- aponta para a mesa- Christopher a gente mais paga processo e devolução de lote que produzimos, ou decretamos falência ou vamos acabar devendo até o que não temos.

-Tem que haver um jeito de reverter.

-O jeito tem ou você volta a trabalhar e produzir...

-Isso não.

-Ou voltamos a produzir Ángel!

- O perfume de Belinda? Nem pensar.

-Então vamos decretar falência- se levanta- Mas me admira muito falar que ama tudo isso aqui, e por um capricho seu nos levar a falência.

-Maite entenda. Belinda morreu você quer que eu passe na rua e sinta o cheiro da minha esposa morta?- se altera.

-Sim, eu penso que isso não deve ser fácil, mas pensou o quanto de pessoas e famílias que você vai prejudicar? Pensa que lançar este perfume será uma forma de homenagem para alguém tão importante para você. Christopher, eu me impedi o máximo que pude nesses anos que administro a empresa de pedir para relançar Ángel, mas agora é nossa única alternativa.

-Não.

-Olha vamos fazer o seguinte- se agacha de frente para Christopher- você vai para a casa e pensa nisso que está acontecendo e me da uma resposta pode ser?

-Tudo bem- assente.

Saio da empresa, arrasado. Minha mãe me busca e prefiro não comentar nada no caminho, buscamos Ayla na escola e nem consigo me concentrar no que ela fala. Em casa chego e subo para meu quarto, não sei o que fazer e nem sentir. Vou até uma gaveta e pego uma foto de Belinda.

-Se você estivesse aqui- aperta a foto contra o peito- você saberia o que fazer- começa a chorar- Deus... Por que tinha que levar ela? Isso não e justo- chora e soluça- Belinda o que eu faço?

Não é fácil para mim, e talvez eu realmente não tenha superado. Esse perfume foi o que eu fiz para pedir ela em namoro quando ainda estavamos na escola, a partir disso que entrei na universidade de química, e eu com a ajuda de Belinda criei esta empresa e marca. Este perfume conta toda nossa história, e não consigo imaginar sentir o aroma dela e saber que ela não está mais. Sei que May quer apenas salvar a empresa, porque sabemos que ele é o campeão de vendas, mas sei o quanto seria difícil para eu ter que reviver estas memórias. O dia passa de pressa. Minha cabeça não para de girar na possível falência de minha empresa. Acordo com minha mãe me chamando, preocupada.

-Christopher!-cutuca o braço do filho.

- O que foi?- abre os olhos devagar para se acostumar com a claridade.

-Você dormiu ontem o dia inteiro e hoje também- olha alguns comprimidos em cima da mesa ao lado da cama- ei...Você estava com alguma dor?- olha para a foto joga em cima da cama- Querido!

-Sem pena, por favor- se ajeita na cama para poder enxergar a mãe- Estou tentando tomar uma decisão difícil.

-Maite me disse. Mas talvez seja uma forma de superar filho, para você e para Ayla-tentar sorrir parra o filho.

-Eu sei, mas não é fácil superar tudo que eu e Belinda tivemos- pega a foto nas mãos.

-Ela era bonita- pega a foto das mãos do filho.

-Sim!

-Não fica assim- abraça o filho que começa a chorar.

-Ultimamente tudo dela está tão presente.

-Eu sei, eu sei-passa a mão nas costas do filho- Querido sei que você não está no melhor dia, mas Dulce está ai em baixo a sua espera a mais de 1h.

-Eu nem lembrava que tinha fisioterapia hoje, fala para que ela volte amanhã.

-Christopher ela foi tão compreensível em esperar você acordar para começar. Não faça está desfeita, por favor.

-Tudo bem, tudo bem. Chame Lorenzo para que ajude a tomar um banho rápido- vê a mãe assenti e ir até a escada e chamar Lorenzo.

Lorenzo me coloca dentro do Box, e liga o chuveiro para regular a temperatura.

-Está muito quente- faz uma careta. E percebe os olhos de Lorenzo se arregalar- O que foi?

-Christopher a água bateu apenas nos seus dedinhos dos pés- vê o olhar de Christopher se abaixar.

-Você tem razão- concorda com a cabeça e dá de ombros- Lorenzo eu senti agora que percebi- começa a comemorar junto com o mesmo.

Peço para que Lorenzo termine meu banho rápido, e de roupão mesmo conto a novidade para minha mãe que desce as escadas correndo.

Point Of View:Dulce:

Estou sentada na sala dos Uckermann´s a mais de 1h esperando Christopher acordar. Neste momento estou conversando com Ayla que me conta sobre a vontade que ela tem de cursar medicina.

-Mas você vai ver é bem legal.

-É eu imagino.

-Você podia ir um dia no hospital que eu trabalho para ver como é o dia de um medico, o que acha?

-Sério Dulce? – vê a mesma assenti- Ah seria muito legal- abraça Dulce, em um gesto involuntário.

-Sim, vamos combinar um dia- Ayla a abraça ainda mais e depois volta a se sentar no sofá de frente para Dul.

-Dul- hesita em falar- é que, posso te pedir um favor?

-Claro que sim- sorri.

-Bom semana que vem eu tenho uma festa... E minha tia Annie não vai estar aqui, e minha tia Mai é sempre muito ocupada... Será que você não poderia me ajudar a escolher uma roupa para ir?

-Claro!

-Prometo que não vou tomar muito do seu tempo.

-Imagina! só me avise quando vai precisar. Pode anotar seu número no meu celular- entrega o celular para Ayla.

-DULCE, DULCE!-desce as escadas correndo.

-Sr. Ale, aconteceu algo?- levanta do sofá rapidamente, preocupada.

-Suba aqui, por favor- diz do meio da escada.

-Tudo bem.

Fico preocupada porque nunca havia visto Ale daquele jeito. Termino de subir as escadas e a sigo até um quarto, quando entro no cômodo está Christopher, perto da cama apenas de roupão e cabelos molhados. E por incrível que pareça está muito atraente, afasto esse pensamento quando escuto Ale me chamar novamente.

-Dulce, quando Christopher foi tomar banho agora pouco sentiu o calor de a água tocar em seus dedos dos pés- aponta para o filho.

-Você sentiu mesmo Christopher?- pergunta se aproximando do mesmo.

-Sim senti, foi estranho- faz uma careta.

-Eu imagino- sorri.

-É um bom sinal Dul?
-Sim é um ótimo sinal. Com esse acontecimento vou pedir alguns novos exames. Está feliz Christopher?

-Sim, nunca pensei que alongamentos e ficar em uma maca estranha me ajudariam- todos riem.

-Viu eu te falei. Parabéns- Ucker se inclina para abraça-la.

Pegou-me desprevenida este ato de Christopher, mas o abraço, e que abraço apertado. Fico feliz com essa energia boa de todos.

-Acho que conta tantas emoções, acabamos perdendo nosso horário. Amanhã você não me escapa- aponta para Ucker com um olhar ameaçador.

-Tudo bem eu aceito- sorri para ela.

-Dulce, o que acha de jantar com a gente, aposto que toda a família vai ficar feliz com a notícia- vê Christopher concordar- seria um prazer ter você com a gente.

-Ahh... Eu queria muito ficar, não me interprete mal, mas já tinha um compromisso marcado, e confesso que estou um pouco atrasada- olha para o relógio que está em seu pulso.

-Não pode marcar para outro dia?- indaga Ucker.

-Bem que eu queria, mas não posso é muito importante- vê a cara desanimada de ambos- prometo que no próximo fico sem falta.

Me despido de todos, desço pego meu celular com Ayla que diz que vai me mandar uma mensagem assim que eu chegar em casa. Dirijo o mais rápido possível para chegar ao jogo de Benjamin. Quando chego avisto meu pai e Miguel, me esperando na arquibancada. Confesso que antes não entendia muito de beisebol, mas depois que Benjamin começou a praticar virei fera nesse jogo.

Point Of View:Christopher:

Fico feliz com o que aconteceu hoje, isso de alguma forma me dá uma esperança. Como sempre todos se reúnem na mesa, até Annie vem, e quando mamãe conta do ocorrido no banho todos ficam felizes, e consigo ver esperança no olhar de cada um e sinto esperança no meu coração também. Mas fico chateado por Dulce não estar conosco, foi por conta do trabalho dela e tive essa reação, mas talvez ela tenha um encontro por isso não quis ficar, ou o marido a esperava, ou ia a uma balada, ou talvez não quisesse ficar aqui comigo... Digo jantar com a minha família. Isso de alguma forma me incomoda porque foi uma desfeita.

E aí gente o que estão achando? Será que o Ucker está com ciúmes?

Boa leitura e beijos, até terça!

Atena_